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01 julho 2023

Decisão do TSE que deixou Bolsonaro inelegível deverá antecipar discussão sobre segurança nas urnas eletrônicas

E ela, a discussão, retornará porque todo brasileiro pode expressar o seu pensamento sobre qualquer tema. É o que nos diz a nossa Constituição em seu Art. 5º, item IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. Ou já nos encontramos numa ditadura cujas liberdades permitidas são apenas as do gosto do ditador de plantão?

Pois bem, segundo o que foi divulgado e reafirmado pelo próprio ex-presidente Bolsonaro, sua inelegibilidade foi decretada porque disse o que pensa sobre as urnas eletrônicas brasileiras durante uma reunião com embaixadores ocorrida no Palácio da Alvorada, sua residência de então. Mais especificamente sobre um inquérito que se encontra na Polícia Federal (PF) há quase cinco anos. Ouça-o: 



O Brasil quer saber

Claro, todos os brasileiros desejam saber não só o conteúdo do inquérito conduzido pela PF como também os seus desdobramentos, incluindo as medidas tomadas para segurança do processo eleitoral, cuja demonstração de uma impossível ocorrência de fraude nunca foi apresentada pelo TSE, ao contrário do que deseja a sociedade brasileira. 

Até porque se sabe que o maior problema das invasões cibernéticas está nas próprias instituições. Cerca de 2/3 delas nascem dentro das próprias organizações. Elas não acontecem a partir de invasões externas, e que 95% dos eventos de quebra de segurança ocorrem por falhas humanas, conforme já se pronunciou o engenheiro Carlos Rocha, que liderou o desenvolvimento das urnas eletrônicas brasileiras na década de 90. Veja o que ele nos disse, ouça-o na íntegra, clicando aqui. 

Conhecer toda a verdade é o nosso direito e a busca pela verdade só é possível em uma discussão livre, já nos ensinou Józef Mackiewicz.

"Nenhum homem neste mundo conhece toda a verdade. Aquilo que nós, seres humanos, chamamos de "verdade" é somente a busca. A busca pela verdade só é possível em uma discussão livre. Por isso, o regime comunista que a proíbe é, por força das coisas, - uma grande mentira. Ao nos encontrarmos em um mundo que respeita liberdade individual e a liberdade de pensamento, devemos fazer todo o possível para não estreitar os horizontes de pensamento, mas ampliá-los; não limitar a discussão, mas ampliá-la." Józef Mackiewicz (Jornalista e escritor, São Petersburgo, 01/04/1902 - Munique, 31/01/1985).

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