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21 novembro 2025

“justiça revolucionária”


    Em 8 de maio de 1970, o Tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar de São Paulo, comandava um pelotão em uma patrulha na região de Sete Barras/SP. Durante a operação, ele e seus homens foram emboscados por militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Após ser rendido, Mendes Júnior foi feito refém para proteger seus subordinados.


Detalhes do ocorrido

- Dois dias depois, em 10 de maio de 1970, os guerrilheiros montaram um “tribunal revolucionário” improvisado e o condenaram à morte.

- A execução foi brutal: o tenente foi golpeado com sucessivas coronhadas na cabeça, esfacelando seu crânio.

- Seu corpo foi enterrado no local e permaneceu desaparecido por cinco meses, até ser encontrado em 17 de outubro de 1970.

- A morte foi registrada como homicídio doloso e consta nos arquivos da Comissão Nacional da Verdade e do Ministério Público.


Contexto

- Idade e carreira: Alberto Mendes Júnior tinha 23 anos, era filho de Alberto Mendes e Angelina Plácido Mendes, e servia como tenente da Polícia Militar. Foi promovido postumamente a capitão.

- Motivação: O assassinato foi justificado pelos guerrilheiros como uma retaliação ao regime militar e uma tentativa de “justiça revolucionária”, prática comum em grupos armados de esquerda durante o Regime Militar.

- Impacto: O caso chocou a corporação policial e a sociedade, sendo usado como exemplo da violência de ambos os lados do conflito. Mendes Júnior é lembrado como herói pela Polícia Militar e homenageado em cerimônias oficiais.


Observações

- O crime foi confessado por um dos envolvidos, Carlos Lupi, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, mas a VPR nunca assumiu oficialmente a autoria.

- A morte de Alberto Mendes Júnior é um dos casos emblemáticos de violência política durante o regime militar brasileiro (1964‑1985) e integra os relatórios de direitos humanos sobre o período.


Um comentário:

  1. A juventude brasileira precisa tomar conhecimento desses horrores que a direita não divulga. Por outro lado, a esquerda faz o inverso todos os dias, como foi o caso recente na produção do filme Ainda Estou Aqui (sobre um guerrilheiro), sob a direção do Walter Salles e que recebeu os cumprimentos de Lula. - https://youtu.be/3J6WK9YC8HY?si=9WzD90cgK9N9sTzq

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