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23 junho 2023

No Brasil e no mundo, cresce o número daqueles que fizeram o L e se decepcionaram


A decepção e o desconforto daqueles que fizeram o L ultrapassaram as fronteiras brasileiras e já são notícias no mundo através, até, da grande mídia, como ilustra a primeira página do Libération.

O jornal francês colocou o ex-condenado Lula na capa de sua edição desta 6ª feira (23/06/2023) com o título “LULA, LA DECEPÇÃO” e com alegações de que o mandatário seria um “falso amigo do ocidente”. 

A crítica se dá especialmente pelos posicionamentos do petista frente à guerra na Ucrânia. “O presidente brasileiro não é o precioso aliado que imaginávamos, especialmente quando se trata de ostracizar o novo pária do Ocidente: a Rússia, culpada de uma invasão intolerável da Ucrânia”, diz o jornal.


Não demorou muito para que autoridades americanas e de outros países também, 'acordassem" e estão sentindo os efeitos dos tiros nos pés a que foram submetidos.

A obviedade do tiro no pé no caso dos EUA ficou muita clara pois, nesta quarta-feira (21/06/2023), o Financial Times revelou, com detalhes, sob o título "A discreta campanha dos EUA para defender a eleição brasileira", que a administração Biden pressionou políticos e generais brasileiros a respeitarem o resultado eleitoral brasileiro. Diz o artigo:

"O fato de a eleição não ter sido seriamente contestada é um testemunho da força das instituições brasileiras. Mas também foi em parte o resultado de uma silenciosa campanha de pressão de um ano pelo governo dos EUA para instar os líderes políticos e militares do país a respeitarem e salvaguardarem a democracia, o que não foi amplamente divulgado. 

O objetivo era transmitir duas mensagens consistentes aos generais inquietos no Brasil e aos aliados próximos de Bolsonaro: Washington era neutro quanto ao resultado da eleição, mas não toleraria qualquer tentativa de questionar o processo de votação ou o resultado.

O Financial Times falou com seis ex-funcionários dos EUA ou atuais envolvidos no esforço, bem como com várias figuras institucionais-chave brasileiras, para juntar a história de como a administração Biden se envolveu no que um ex-alto funcionário do Departamento de Estado chama de "campanha de mensagens muito incomum" nos meses que antecederam a votação, usando canais públicos e privados.

A solução foi uma campanha concertada, mas não anunciada, em vários ramos do governo dos EUA, incluindo o exército, a CIA, o Departamento de Estado, o Pentágono e a Casa Branca. "Foi um envolvimento muito incomum", diz Michael McKinley, ex-alto funcionário do Departamento de Estado e ex-embaixador no Brasil."

O artigo ainda informa que alguns generais brasileiros estavam desconfortáveis com as tentativas de Bolsonaro de politizar uma instituição que tentou se manter fora da política desde que devolveu o poder aos civis em 1985 e estavam preocupados com os riscos de o exército sair da constituição. Hamilton Mourão, vice-presidente de Bolsonaro, era um deles e cita que durante uma visita de Mourão a Nova York para um almoço privado com investidores. Depois de afastar as perguntas sobre os riscos de um golpe, repetindo que estava confiante de que as forças armadas do Brasil estavam comprometidas com a democracia, Mourão entrou em um elevador para sair e o ex-embaixador o acompanhou.

"Quando a porta estava fechando, eu disse a ele: 'Você sabe que sua visita aqui é muito importante. Você ouviu as preocupações das pessoas ao redor da mesa. E compartilho dessas preocupações e, francamente, estou muito preocupado. Mourão se virou para mim e disse: 'Eu também estou muito preocupado'". 

Em resposta a essa informação, o agora senador Hamilton Mourão publicou em seu Twitter 


Alguns brasileiros arrependidos de terem feito o L

Após quatro dias do governo petista, na cópia abaixo, algumas afirmações de quem assinou a "Carta de São Paulo", lida no dia 11 de agosto de 2022, e que podem ser encontradas nas redes sociais.

Os 'Pais' do Plano Real que fizeram o L durante a campanha tentam se distanciar do presidente eleito em carta aberta com alerta econômico. Em carta aberta publicada pela Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (17), Arminio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan, economistas que declararam voto em Lula, criticam as declarações do petista durante a COP27 que influenciaram negativamente o mercado.

Paulo Coelho - twitter comentado neste link https://youtu.be/2EtwY1j7ZaI


Tasso Jereissati - Jereissati ampliou a lista de pessoas que fizeram o L e se arrependeram depois. É o caso também do jurista Miguel Reale Júnior, dos economistas Armínio Fraga e Elena Landau

PS.: + 1

Estadão, 25/06/2023


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