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17 julho 2021

O FENÔMENO BOLSONARO

Por Ipojuca Pontes - 13/07/2021

A esta altura do campeonato, ao cruzar a barreira dos 78 anos de idade, não me é difícil vaticinar que se passarão décadas, talvez séculos, para que seja possível emergir na vida pública brasileira um fenômeno da dimensão de Jair Messias Bolsonaro. 

Tivemos no cenário político pregresso figuras do porte de José Bonifácio, D. Pedro II, Rui Barbosa, o trágico Getúlio Dornelles Vargas, dentre outros, mas, na soma geral, nenhum que tenha enfrentado com tanto destemor o renhido conflito entre a visão transcendente da vida vivida e o nocivo materialismo marxista, em essência, devorador e estatizante. Numa palavra, o velho combate entre a mentira comunista e a verdade de uma democracia inspirada em bases conservadoras, legitimada pelo voto popular.

De minha parte, devo dizer que acompanho a vida política brasileira desde o suicídio de Vargas, em agosto de 1954. Antes, tinha uma vaga noção, repassada pelos meus pais, do governo pós-guerra do Marechal Eurico Gaspar Dutra que, vencendo as eleições presidenciais, colocou o Partido Comunista na ilegalidade depois que o seu líder Carlos Prestes, então senador, indagado com quem ficaria no caso de uma guerra entre o Brasil e a URSS, declarou sem titubear:

– Com a União Soviética!

Ao fim da tumultuada Era Vargas, que culminou com o seu suicídio, vieram os governos de Café Filho, Juscelino Kubitscheck, Jânio Quadros, Jango, Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel, João Figueiredo, Zé Sarney, Collor de Mello, Itamar Franco, FHC, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. Na qualidade de jornalista ou como mero observador, conheci pessoalmente Juscelino, Jânio, Jango, Figueiredo, Sarney, Collor de Mello, Itamar e o vaselina FHC. Alguns desses governos foram vergonhosos, outros medíocres, a maioria deles, no entanto, absolutamente nocivos para a consolidação de um país viável, transparente, soberano e de livre mercado.

De um modo geral, diga-se, norteava tais governos o mais  indigente antiamericanismo, que atingia as raias do grotesco, mesmo na fase dos governantes militares. Fique claro ao leitor que o trono presidencial, até o advento de Jair Bolsonaro. foi ocupado por todo tipo de gente: comunistas, ladrões, demagogos, loucos, irresponsáveis, ativistas, impostores, tolos e arrivistas.

Destaco fatos que ilustram o caráter de alguns desses figurões.

Por exemplo: JK. Certa feita, em campanha eleitoral, foi caitituar votos numa favela. Lá, encontrando uma criança de colo que escorria meleca, sacou do lenço e limpou o nariz da garota. Em seguida, rindo para a mãe e para a plateia admirada, dobrou o lenço e recolocou-o cuidadosamente no bolso do paletó.

Já na estrada, JK mandou parar o carro e, ar de nojo, olhou pelos lados. Só então, jogou o lenço no matagal, não sem antes imprecar contra si mesmo. (Apud Autran Dourado, o ghost writer de JK).

Outro exemplo notável foi o de Jânio Quadros. Eleito presidente depois do governo perdulário e caloteiro de JK, traiu a UDN e o voto conservador que o elegeu ao condecorar com a Grã-Cruz o sanguinário Che Guevara, numa atitude escrota cujo objetivo era chegar, pela destemperada provocação, ao poder absoluto. Jânio tirava uma onda de doido compulsivo, mas sifu ao cabo de 7 meses – e, com ele, o País.

Outro exemplo patife: em 1962, com a queda de um avião da Varig no Peru, foi encontrada uma mala diplomática cubana e, nela, uma carta confidencial destinada ao ditador Fidel dando conta das operações e planos da guerrilha financiada por Cuba nos confins de Goiás, e que tinha por objetivo criar “mais um Vietnam” para ferrar os EUA. De posse da carta, Jango, que tinha como aliado o fanático Carlos Prestes, em vez de enviá-la ao governo americano, fez com que a correspondência chegasse em mãos de Castro – no fundo, um ato explícito de sabotagem contra o País que o manco desgovernava.

Mais outro exemplo: o submarxista FHC, depois de comprar votos parlamentares para prorrogar o próprio mandato presidencial, foi considerado pelos pares comunas um reles “neoliberal” oportunista, traidor das próprias pregações. Resposta de FHC, um vaselinoso para quem falar a verdade não passa de um preconceito pequeno-burguês:

– Esqueçam o que escrevi!

Só mais um exemplo de vileza presidencial: em abril de 2004, o pedreiro José Antônio de Souza, 30 anos, desempregado, vendeu o barraco onde morava em Cariacica, Espírito Santo, deixando a mulher grávida e um filho de 8 anos. Confiante, José partiu de ônibus para Brasília e instalou-se defronte ao Palácio do Planalto na esperança de falar com Lula, o presidente--operário que tinha prometido riqueza e felicidade aos trabalhadores. Como ninguém o notasse, José, ao cabo de 12 dias fez por escrito um apelo dramático: 

– Senhor Presidente. Vendi meu barraco no Espírito Santo para falar com o senhor. Roubaram meus documentos e estão armando um monte de problemas para mim. Estou desempregado e perdendo minha família. Preciso de ajuda.

Em que pese o tamanho e a visibilidade do cartaz, ninguém deu importância ao apelo do pedreiro postado diante do Planalto. Nem Lula nem sua nomenclatura parasitária. Desesperado, à luz dos primeiros raios da manhã, José, depois de se banhar em gasolina, ateou fogo no próprio corpo em ato de consciente imolação. Gesto único na vida do País, o sacrifício do pedreiro não foi considerado pela mídia cabocla. Soube-se depois que um burocrata do governo socialista, temeroso de noticiário adverso, mandou transportar o corpo carbonizado de José para o Espírito Santo num voo da FAB – e ponto final.

Pois bem: é esse tipo de gente, menor e sem escrúpulos, nutrida no totalitarismo vermelho que procura sufocar no homem sua crença em Deus, bem… é esse tipo de gente, repito, que faz oposição ao gigante Bolsonaro, um sujeito de couro grosso que enfrenta a cada instante a estúpida sabotagem de esquerdistas fanáticos instalados, por exemplo, no aparelho do STF, cuja maioria dos integrantes foi nomeada pelos condenados Lula e Zé Dirceu (este último, um agente cubano que garantiu que hoje não se trata mais de “ganhar as eleições, mas de tomar o poder”.

Ao lado do sombrio STF, Bolsonaro enfrenta de igual modo, com crescente galhardia, a má-fé cínica da mídia militante que, saudosa dos bilhões despejados pelos desgovernos de Luladrão e Dilma guerrilheira, transforma a mentira num aríete rombudo para detonar o governo. Ela inventa, cozinha e divulga nas suas TVs, rádios e jornais falidos, montes de escândalos e falsas denúncias, todas fabricados pe1a mente fétida de militantes travestidos de jornalistas. Alguns desses sacos de excrementos lamentam que o sicário Adélio Bispo não tenha traspassado o coração de Bolsonaro, enquanto outros confessam por escrito o desejo insano de vê-lo morto.

Por sua vez, para tirar bodum do inodoro alabastro, políticos viciosos inventaram a CPI da Peste Chinesa, considerada um escárnio pelo grosso da opinião pública consciente. Nela, para atingir Bolsonaro, são desfechados petardos inquisitoriais pelos senadores Renan Calheiros e Omar Aziz, este último, presidente do circo, envolvido em escândalos de corrupção no Amazonas, um tipo que interroga dando coices nos depoentes e no vernáculo pátrio. (O mais curioso nessa chanchada é que ninguém ali ousa ventilar a origem do covid 19 formatado no Laboratório Biológico Wuhan, epicentro da pandemia objeto de investigações do governo esquerdista de Joe Biden, nos Estados Unidos, e de governos da União Europeia, entre eles a França e a Inglaterra. De todo modo, o que se anuncia é o trilionário negócio da venda da discutível CoronaVac que disparou em muitos pontos o PIB chinês).

No pacote de maldades industrializado pela vilania da oposição, avolumam-se as pesquisas de intenções de votos levantadas pela fajuta DataFoice, que alimenta semanalmente a vitória de Luladrão sobre Bolsonaro (embora compareçam multidões nas manifestações em apoio ao Presidente da República enquanto adversos contados nos dedos barbarizem as ruas nas passeatas de aluguel.A coonestar ainda os ataques bafejados pelo ódio, causam risos os insistentes pronunciamentos de Lulu Barroso, presidente do STF, em favor das manipuláveis urnas eletrônicas, cujo controle digital (contraprova) se faz obrigatório para garantir o mínimo de  lisura na contagem dos votos eleitorais nas próximas eleições.

Neste sentido, aliás, a sempre bem informada CIA enviou relatório à Presidência da República detalhando articulação golpista tramada pelas esquerdas na mesma linha apontada por Zé Dirceu.

No entanto, o que os comunistas esquecem, na trama diabólica urdida às claras, é que Jair Bolsonaro interpreta, como nenhum outro líder, o espírito e a alma do povo brasileiro, razão pela qual milhões de pessoas seguem os seus passos e escutam os seus pronunciamentos. São pessoas, em resumo, que, alertas, não se deixam devorar pela bocarra do monstro vermelho que se vende ao povaréu como uma inocente odalisca de cabaré barato.

Voltaremos ao assunto.

Ipojuca Pontes (texto original aqui)

Ipojuca Pontes (João Pessoa, 10 de setembro de 1942) é um cineasta, escritor, jornalista, autor e produtor teatral e ex-crítico de cinema . Filho do militar João Pontes Barbosa e da enfermeira Laís Holanda Pontes, mãe de dez filhos, nasceu em João Pessoa, Paraíba, e ao longo de sua carreira conquistou mais de trinta prêmios nacionais e internacionais. Em festivais cinematográficos como os de Tessalônica - Grêcia, Bengalore - Ìndia, Berlin - Alemanha, Bilbao - Espanha e nos festivais Cidade de São Paulo, Brasília, Gramado, Cabo Frio e Lajes, sendo que um dos seus filmes, Canudos foi selecionado oficialmente para o Festival de Cannes. Em 1978 ( fonte revista Nuevo Harold de cinema na contra-capa).

Iniciou no jornalismo nos anos 1960, como colunista dos jornais "Correio da Paraíba" , " A União" em João Pessoa;"jornal do Comércio" em Recife; "Díario Carioca", "Tribuna da Imprensa" e "Câmera e Ação" no Rio de Janeiro; "Jornal da Tarde" e " O Estado de São Paulo". E em vários sites da mídia eletrônica.entre eles "Mídia Sem Máscara", "Uchoinfo"e "Diário do Poder"conforme informações contidas na própria Wikipédia e CPDOC da FGV.

O cineasta foi secretário Nacional da Cultura no governo Fernando Collor de Mello em 1990, época em que assinou o decreto de extinção da Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes S.A.).[1] Foi também Adido Cultural e Diretor do Centro de Estudos Brasileiros em Buenos Aires, entre os anos de 1991/1992, fonte contida no Diário Oficial do Governo Federal, CPDOC da FGV e reportagem do Jornal do Brasil, Junho de 1991.

Em 2003 lançou o livro de ensaios "Politicamente Corretíssimos" pela Editora Topbooks com prefácio de Olavo de Carvalho, conforme exposto no acervo da referida Editora.

Em 2006 lançou o livro "A Era Lula" pela Editora A Girafa com prefácio de José Nêwmanne Pinto. No livro, o autor mostra como previu acontecimentos opostos aos proclamados pelas falas do ex-presidente, com destaque para a inconsistência de um discurso pautado pelo moralismo e promessas bombásticas.

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