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25 julho 2021

PARTIDO COMUNISTA CHINÊS 100 ANOS DEPOIS. O MUNDO, E ESPECIALMENTE, OS CHINESES NÃO TÊM NADA A COMEMORAR

A ideologia de outrora voltou com força e os pensamentos de Xi Jinping são celebrados como na época de Mao. O culto da personalidade está de volta e pela primeira vez um líder do partido não possui mais limitação de tempo no poder como os antecessores. Xi Jinping redesenhou o modelo e pode comandar o país por tempo indeterminado. 

Os retrocessos no tímido movimento de liberdade chinês das últimas décadas é uma preocupação. Hoje, o país possui campos de detenção onde uigures são torturados, igrejas são destruídas e textos religiosos, reescritos. Tudo ocorre exatamente quando tenta se vencer um vírus surgido em Wuhan. Cientistas silenciados, imprensa censurada e informações limitadas levantam teses e teorias diversas. Isto sem mencionar a influência política e eleitoral ao redor do mundo. A falta de transparência faz parte da nova China de Xi Jinping.

Depois dos anos de Jiang Zemin e Hu Jintao, onde foram sedimentadas as políticas de abertura econômica, a chegada de Xi Jinping vem alterar profundamente os rumos da política chinesa. Xi é o líder que acumula mais poder desde Mao e isso pode não ser uma boa notícia. Desde sua chegada ao poder, defensores de Direitos Humanos passaram a ser perseguidos e presos. Institutos que discordam das políticas do governo foram fechados e a perseguição contra a imprensa é a mais brutal em décadas. Hong Kong passou a ser fortemente tutelada, com impiedosos cerceamentos de liberdades. A situação se deteriora rapidamente e o Ocidente suspeita que Pequim pode avançar sobre Taiwan.

Muito mudou desde que Mao, com outras 50 pessoas, fundaram o Partido Comunista Chinês, em 1921, em Xangai. Mas, 100 anos depois, os retrocessos e a postura imperial de Xi Jinping ameaçam os progressos feitos ao longo de décadas. Com as devidas maquiagens e uma nova roupagem, é o retorno da escravidão conhecida. A China está passando neste momento pela mudança mais profunda desde os anos de Mao. O mundo, e especialmente, os chineses não têm nada a comemorar.


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