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29 dezembro 2022

AS ORIGENS DO MAL DE NOSSO TEMPO

Quando a URSS desmoronou, o mundo foi induzido a pensar que os ideais socialistas e comunistas estavam soterrados para sempre. A Revolução Russa de 1917 e seus desdobramentos, pareciam fadados ao esquecimento e ao ostracismo, tendo em vista a catástrofe humanitária que provocou. Acreditava-se, então, que o totalitarismo soviético responsável pela miséria generalizada e pela morte de dezenas de milhões de pessoas, tivesse o mesmo destino de seu irmão siamês, o nazismo.

Segundo a publicação "O livro negro do comunismo: crimes, terror, repressão", o comunismo matou mais de 94 milhões de pessoas. Estimativa do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique), órgão público francês. 

Contudo, quando Lenin e Trotsky tomaram o poder do Império Russo, o fizeram com a ajuda de pessoas poderosíssimas que, aparentemente, não faziam parte do esquema revolucionário.

Agindo na sombra ou de forma bastante discreta, os seus colaboradores forneceram elementos materiais necessário à revolução. Esses cúmplices invisíveis tinham grande influência nos corredores do poder ou uma grande capacidade financeira. Dentre eles, citados na literatura que trata desse período, encontramos:

No campo político: Alfred Milner, então membro do Gabinete de Guerra do primeiro-ministro britânico David Lloyd George e Edward Mandell House, principal assessor do presidente Thomas Wilson e eminência parda do governo americano. Com o apoio desses poderosos, os líderes revolucionários, Lenin e Trotsky, conseguiram inúmeras facilidades diplomáticas, além de ajuda prática como armas, munições e vagões blindados.

Dos dois principais centros financeiros do mundo saíram colaborações - dinheiro, muito dinheiro - que tornaram possível a revolução.

Em Wall Street, Jacob Henry Shiff, que comandava o banco "Kuhn, Loeb & Co., que arrecadou milhões de dólares entre seus sócios e parceiros. Adicionalmente, nomes como Rockefeller, Morgan, Harriman, Vanderlip e alguns outros envolvidos com a criação do FED, doaram somas substanciais para concretizar a URSS.

Em Londres, os irmãos Warburg fizeram a mesma coisa com outros banqueiros europeus, incluindo a família Rothschild.

Entre 1918 e 1922, todos foram recompensados, por exemplo: o banco Schiff recebeu 600 milhões de rublos em ouro, a Standard Oil, dos Rockefeller, ganhou o monopólio do petróleo russo vendido na Europa e Harriman ganhou uma embaixada e o controle do comercio exterior soviético.

A ação dos bolcheviques também contou com a ajuda de um simultâneo e sistemático processo de ocultação, que envolvia desde importantes órgãos de imprensa de alcance internacional até as universidades sustentadas pela "filantropia" desses mesmo personagens.

Como no ditado que garante que o melhor truque do Diabo é fingir que não existe, após a queda da URSS o pensamento totalitário saiu do cena. Mas, devido à sua característica parasitária, o comunismo possui uma incrível capacidade de se renovar.

A permanente transformação ocorrida no seu desenvolvimento manteve apenas as características vitais à sua existencial. Aquilo que começou como um desejo de revolta armada, depois pela destruição institucional da dialética negativa e pela conquista da hegemonia cultural, agora está representado pelo subjetivismo de agenda identitária (a ser tratada em um próximo artigo).

Por mais que uma infinidade de autores tenha demonstrado todo tipo de engano do comunismo, ele permanece vivo na cultura e no espírito das pessoas. Revelar os seus pecados parece que apenas os fortaleceu. O comunismo está errado e faz pouco-caso disso.

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