O Congresso do Peru aprovou, na tarde desta quarta-feira (7), o impeachment do presidente Pedro Castillo, após dezesseis meses de governo. A medida ocorreu depois de o político de esquerda anunciar, entre outras coisas, a dissolução do Legislativo, instituir um “governo de exceção”, convocar novas eleições e mudar a Constituição do país. Opositores classificam a ação como golpe de Estado.
Foram 101 votos a favor do impeachment, embora a oposição tenha apenas 80 congressistas. Mesmo assim, conseguiu ultrapassar o número mínimo de votos (87) para a aprovar o fim do mandato de Castillo.
Em publicação no Twitter, o Congresso informou que “ninguém deve obediência a um governo usurpador, nem àqueles que assumem funções públicas em violação da Constituição e das leis”. Posteriormente Castillo foi preso.
À tarde, a vice-presidente do Peru, Dina Boluarte, tomou posse como nova presidente do país.
Brasil
No Brasil a reação da cumpanheirada foi de imediata defesa ao seu colega do Foro de São Paulo. Afinal, anteriormente, o Castillo recebeu os aplausos de seus cumpanheiros.
Aloizio Mercadante, um dos líderes do governo de transição de Lula, classificou como “inaceitável” a destituição do presidente do Peru,
“Não sabemos se o primeiro movimento é só uma narrativa de golpe ou houve realmente uma tentativa [de golpe].Qualquer que tenha sido a verdadeira história é inaceitável. É inaceitável mais uma vez quebrar institucionalidade, a democracia, o Estado democrático de direito”, disse durante coletiva na tarde de hoje (7).
Pedro Castillo, disse em novembro que foi convidado diretamente pelo presidente eleito, o ex-presidiário, para comparecer à posse do petista.
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