Uma ilustração mostra livros oferecidos na Amazon.com, em um portal de vendas criado com o governo da China no que veio a ser conhecido como o projeto China Books, realizado em 14 de dezembro de 2021 |
A Amazon estava divulgando uma coleção de discursos e escritos do presidente Xi Jinping em seu site chinês há cerca de dois anos, quando Pequim emitiu um decreto, segundo duas pessoas familiarizadas com o incidente. Segundo a Reuters, a gigante americana do comércio eletrônico deve parar de permitir quaisquer classificações e comentários de clientes na China.
Uma crítica negativa do livro de Xi gerou a demanda, disse uma das pessoas. “Acho que o problema estava abaixo de cinco estrelas”, disse a outra pessoa a classificação mais alta no sistema de cinco pontos da Amazon.
As avaliações e resenhas são uma parte crucial do negócio da Amazon, uma forma importante de engajar os consumidores.
A conformidade da Amazon com o decreto do governo chinês, que não foi relatado antes, é parte de um esforço mais profundo de uma década da empresa para ganhar o favor em Pequim para proteger e expandir seus negócios em um dos maiores mercados do mundo.
Mas essa colaboração entre capitalistas e comunistas é muita mais ampla. Ela ultrapassa a esfera dos espiões e já foi objeto de sonhos universais (e ainda vigentes) como os declarados na defesa de projetos globalistas.
Em política, a receita certa para não se entender nada é adotar uma concepção subjetivista dos fenômenos em tela. Quando falamos da cooperação entre capitalistas e socialistas, e mencionamos, na condição de financiadores da agenda revolucionária da esquerda global, o nome de bilionários como David Rockefeller ou George Soros, somos impreterivelmente fulminados com a seguinte objeção: “Então você está dizendo que Rockefeller e Soros são comunistas?”
Ora, pouco importa saber no que esses bilionários realmente acreditam, se são comunistas no sentido específico de esposar a doutrina marxista. Provavelmente jamais saberemos com certeza algo sobre sua visão pessoal de mundo. O que basta saber é que, objetivamente, eles têm financiado os principais movimentos e organizações de esquerda radical no mundo contemporâneo. Isso, sim, é fácil de constatar.
Por exemplo, recorde-se que, há alguns anos, quando do vazamento de informações da fundação Open Society, descobrimos que Soros financiou até mesmo o brasileiro Mídia Ninja – grupo de extrema-esquerda ligado ao PT e ao PSOL, nominalmente dedicado a fiscalizar a violência policial, e que, durante as manifestações de junho de 2013, atuou como uma espécie de departamento de propaganda do grupo terrorista Black Blocs, os camisas-negras da esquerda.
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