Quando terminou de escrever 1984, no ano de 1949, o escritor britânico George Orwell revelou grande parte de sua genialidade ao antecipar como seriam os regimes totalitários do futuro, principalmente ao fazerem uso de vigilância por câmeras e a manipulação de informações, invadindo a privacidade dos cidadãos.
A realidade da China atual é a que mais se aproxima do mundo vislumbrado por Orwell, onde o Grande Irmão e o Ministério da Verdade operam a todo vapor, para manter a população sob o controle da ditadura, por meio do Sistema de Crédito Social, iniciado em 2009. Nesse Jogo da Vida, o Sistema adiciona pontos pelo bom comportamento de cada indivíduo e retira pontos de quem desaponta a ditadura. Periodicamente, os indivíduos poderão receber prêmios ou punições, dependendo do resultado obtido após a contagem dos pontos de seus perfis.
O Jogo da Vida tem se expandido para outros países, principalmente aqueles que adotam regimes totalitários, como é o caso da nossa vizinha Venezuela e em Cuba, para citar apenas os geograficamente mais próximos de nós.
Contudo, com a chegada da pandemia Covid-19, o Jogo da Vida voltou a se expandir. A artificialidade da sociedade veio à tona. As portas foram escancaradas e estão sendo atravessadas por meio das redes sociais, com conteúdos, além da própria Covid-19, de origens diversas, e já denominados de guetos digitais, palavra esta que nos traz os tristes registros dos anos 40 em Varsóvia, na Polônia invadida pela ditadura nazista.
E, como no passado, guetos constituem o sonho de todo ditador. No Brasil, os guetos já afloraram e estão sob o controle de um poder que já se denominou de poder moderador, mas que está contando os dias para se anunciar como poder ditador. A Covid-19 e as eleições em 2022 têm sido seus principais combustíveis para alcançar esse objetivo.
Acorda Brasil. Já estamos vivendo sob o Jogo da Vida.
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