O jornalista J. R. Guzzo, em seu artigo semanal na Revista Oeste, aponta as classes e/ou brasileiros que possuem preconceitos contra os Evangélicos. Guzzo alerta que ter preconceito contra o que pode estar se transformando numa maioria é um convite aberto à guerra política. Veja a seguir alguns trechos do artigo. O texto completo está acessível aqui.
Quem é essa gente ?
Você sabe quem é essa gente?, pergunta Guzzo. Vejam a sua resposta.
- São as empresas desesperadas em atender às exigências dos “movimentos” negros, feministas ou gays — ou, mais exatamente, às exigências feitas pelos proprietários dessas organizações.
- É a imprensa em peso.
- São os militantes do clima — soldados da Amazônia e inimigos do aquecimento global.
- São os departamentos de marketing que trocaram a ideia de vender pela ideia de ser “justo”.
- É a universidade como um todo.
- São os cientistas políticos, os banqueiros de investimento e, de um modo geral, o mundo de quem não vive do trabalho manual.
- São os donos dos “movimentos sociais”, das ONGs e das organizações em favor da “democracia popular”.
- São os defensores dos direitos de quem está do “lado certo da contradição” — apenas desses.
- São os encantados com o Black Lives Matter, a máscara para toda a eternidade e os concursos de “Miss” ganhos por homens.
- São as grandes empresas e as lideranças políticas que aparecem no jornal.
Já deu para ter uma boa ideia, não é?
Pois então: Guzzo afirma que esse mundo todo está convencido de que os evangélicos brasileiros são o mal em estado puro.
Não tem, é claro, a mais remota ideia do que fazer com eles na prática: como conviver com milhões de pessoas que estão incomodando, ou se livrar delas?
Mas são contra a sua existência na vida real. Imaginam um Brasil sem evangélicos. Não se conformam, talvez mais que tudo, com o fato de que esses milhões de brasileiros pobres não são de “esquerda”. Se são pobres deveriam, é claro, pensar como pensam os editorialistas da imprensa ou os diretores de comerciais de TV. Mas não pensam. É o diabo.
Continua Guzzo
- O preconceito contra os evangélicos que existe na elite brasileira é incomparavelmente pior do que qualquer preconceito racial, ou contra homossexuais, ou contra mulheres, que possa existir no Brasil de hoje.
- É visível no desprezo aberto pelas práticas religiosas, pela conduta social e pelas ideias, crenças, valores e hábitos cotidianos dos evangélicos. Está presente, de forma explícita ou disfarçada, nos editoriais da imprensa que pregam as virtudes do “Estado laico”.
- É visto todos os dias na maneira depreciativa ou francamente irritada com que se trata a “bancada evangélica” — um mal em si, para a crônica política, algo que deveria merecer a repressão imediata do ministro Alexandre de Moraes e do seu inquérito perpétuo contra “atos antidemocráticos”.
- Para o Brasil correto, civilizado e que sabe pensar, o “evangélico” — assim mesmo, no genérico, como se fossem todos uma pessoa só — é o exemplo perfeito e acabado do brasileiro primitivo, atrasado e grosseiro, tanto do ponto de vista político como do ponto de vista social.
- O “evangélico”, nessa visão de mundo, é o sujeito que atravessou a fronteira do “fascismo”, ou está chegando a ela. É alguém francamente malvisto nos departamentos de RH das empresas “progressistas” como a Fiat, etc; não vai conseguir emprego se souberem que frequenta o culto.
A discriminação contra o evangélico deixou, há muito, de ser uma patologia apenas religiosa. Passou a ser o mais malicioso preconceito de classe no Brasil de 2021. O preconceito contra os evangélicos está criando dois Brasis. É um caminho perigoso, conclui Guzzo.
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