No post anterior, aqui neste blog, se reproduziu o artigo escrito por Elon Musk para o jornal alemão “Welt”, em apoio a candidata Alice Weidel do partido AfD, nas eleições que serão realizadas no próximo dia 23 de fevereiro.
Hoje (03/01/20205) foi divulgado o convite acima para uma live entre a candidata e o Musk no próximo dia 09/01. Para Musk chegou a vez da Alemanha após sua participação vitoriosa nas eleições dos EUA. Chegou em boa hora, pois os europeus estão vivendo uma experiência inédita na história da civilização humana. Depois de resolverem praticamente todos os seus problemas, parecem ter decidido se suicidar socialmente, da economia ao seu conjunto de convicções históricas.
A Europa das últimas décadas por decisão de suas elites intelectuais, dos seus milionários e das castas de burocratas (a intelligentsia, os ungidos) que governam o continente através de suas “Uniões Europeias” e outros comissariados transnacionais, tomou uma decisão sem precedentes em sua existência. Resolveu, alegando as novas exigências políticas, sociais, éticas e científicas que teriam surgido no “mundo contemporâneo”, que só poderia sobreviver se parasse de se desenvolver — na economia, na sua capacidade inventiva, na tecnologia, na criatividade individual e na produção. O resultado é que começou a andar para trás. Como preveem as teorias gerais da evolução, o que não se transforma não fica no mesmo lugar: desaparece.
Essa situação é consequência de décadas a fio de semeadura e colheita de ideias destrutivas. A mãe de todas elas, que ganhou força de pandemia na virada do século, é a teologia geral da “desconstrução”, como escreveu J. R. Guzzo em seu último artigo na Oeste. Nascida de pais incertos nas universidades mais caras do Primeiro Mundo, ela se transmitiu para as elites culturais, os galhos mais altos da burocracia estatal e as suítes dos presidentes e de outros mandarins de empresas multinacionais — ou, de um modo geral, a tudo que se associa à imagem de “formadores de opinião”. Nunca produziu um átomo de conhecimento real, ou alguma inovação útil para a civilização humana. Em vez disso, concentrou-se em destruir, negar e criminalizar todos os valores racionais do pensamento ocidental o seja, do conjunto de ideias, princípios e fundamentos que formam a estrutura da sociedade tal como nós a conhecemos — uma organização humana com raízes na lógica clássica da filosofia grega, na civilização europeia, na religião e na ética judaico-cristãs e na ideia inegociável da liberdade individual. É o respeito à autodeterminação do ser humano, aos direitos naturais que recebe ao nascer e ao primado da lei aprovada pela maioria. É o exercício permanente da autocrítica e em função disso a abertura para as mudanças. É a liberdade de investigar, de pensar e de acreditar. É o direito de se defender dos governos.
Na visão do pensamento liberal-conservador de Thomas Sowell, a intelligentsia nada mais é do que a reunião de pensadores de gabinete (os ungidos) que tentam constantemente realizar mudanças estruturais na psiquê, na política e na ética histórica do Ocidente judaico-cristão. Tal grupo de intelectuais se ocupa especialmente do manejo ideológico da cultura e da política, seja de um país determinado ou de toda a comunidade internacional, afirma Sowell, autor do livro "Os ungidos: a fantasia das políticas sociais progressistas", tendo como foco a sociedade dos EUA.
Portanto, chega em boa hora a parceria entre Alice Weidel e Elon Musk contra a "intelligentsia" alemã ou melhor, contra a fantasia das políticas sociais progressistas atualmente vigentes na Alemanha.
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