Um resultado da vitória de Donald Trump é que os CEOs empresariais estão repensando sua obediência à esquerda democrata. O exemplo mais recente é a decisão bem-vinda da Meta esta semana de abandonar seu regime de censura.
Em um mea culpa histórico, Mark Zuckerberg afirmou: "Chegamos a um ponto em que há muitos erros e muita censura. As eleições recentes impuseram um ponto de inflexão cultural para priorizar novamente o conteúdo dos usuários e suas liberdades de expressão."
Priorizar novamente revela tanto o histórico do FB como os que a ele deram as ordens para implementação da censura. Vejamos. Em seus primeiros anos, o Facebook adotou uma abordagem não intervencionista para moderar o conteúdo. Mas após a eleição americana de 2016, os democratas, com viés de esquerda - os progressistas - criticaram a plataforma por não fazer mais para remover a desinformação russa, que eles alegaram ter ajudado Trump a vencer.
O Facebook então estabeleceu um sistema opaco no qual checadores certificados, como veículos de comunicação e organizações sem fins lucrativos, verificavam os conteúdos das postagens. Aqueles classificados como enganosos ou falsos foram rebaixados nos feeds de usuários ou simplesmente recusados.
Em 2019, Zuckerberg tentou acalmar as fúrias se comprometendo com a liberdade de expressão. "Cada vez mais, em todo o espectro, parece que há mais pessoas que priorizam obter os resultados políticos que desejam em vez de garantir que todos possam ser ouvidos", disse ele na Universidade de Georgetown. "Acredito que devemos continuar a defender a liberdade de expressão."
Mas, à medida que os ventos em Washington sopravam para a esquerda, o mesmo acontecia com o discurso da plataforma. Após a revolta no Capitólio em 6 de janeiro de 2021, a plataforma baniu o Trump. Em seguida, suprimiu visões contrárias relacionadas à Covid que os democratas consideraram desinformação, muitas vezes sem explicação.
Contudo, uma descoberta legal revelou como os executivos da Meta se curvaram às demandas de autoridades de Biden para censurar "desinformação". A Suprema Corte decidiu no ano passado que os demandantes não provaram que foram censurados em resposta direta à pressão do governo, mas o caso expôs o conluio entre a Administração Biden e a Big Tech.
A censura progressiva estimulou Elon Musk a comprar o antigo Twitter para fornecer um fórum de liberdade de expressão. Musk eliminou os controles de discurso político da plataforma e implementou o sistema Community Notes no qual os usuários podem sinalizar postagens para fornecer mais contexto. Em outras palavras, combata o discurso ruim com mais discurso. Zuckerberg disse nesta terça-feira que encerrará sua verificação de conteúdos através de terceiros certificados e adotará o sistema do X (antigo Twitter).
Tais mudanças podem ser em parte motivadas pelo desejo de Zuckerberg se acertar com os republicanos que em breve controlarão Washington e evitarão a regulamentação. Mas Zuckerberg, sem dúvida, também está respondendo à mensagem que os eleitores enviaram ao eleger Trump: "Parem o imperialismo progressista".
Repercussão no Brasil
A repercussão no Brasil foi imediata. A esquerda não resistiu e vestiu a carapuça imediatamente ao se manifestar que reagiria ao anúncio. Não quer aceitar a decisão do Zuckerberg, cuja metodologia até então vigente na Meta vinha sendo elogiada. As manifestações vieram do Palácio do Planalto, de parlamentares e da velha imprensa, conforme se pode ver através das imagens a seguir.
Manuela d'Ávila |
Fernão Lara Mesquita: DITADURA LULISTA VAI EXIGIR QUE CENSURA CONTINUE
ResponderExcluirO Ministério Público Federal (MPF) vai oficiar a plataforma Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, para verificar se as novas regras apresentadas pelo dono da empresa, Mark Zuckerberg, nesta terça-feira (7) serão implementadas no Brasil.
A informação foi confirmada à CNN pelo próprio MPF.
O órgão quer saber se a Meta no Brasil vai seguir a matriz americana e encerrar seu programa de checagem de fatos e o substituirá por um sistema de “Notas da Comunidade” semelhante ao que é utilizado pela plataforma X, antigo Twitter, de propriedade de Elon Musk.
Os ofícios serão encaminhados dentro de um inquérito civil que tramita desde 2021 e que apura a responsabilidade das big techs nos conteúdos postados.