A economia está crescendo hoje justamente pela injeção de recursos pelo governo. A implementação do socialismo segue sempre esse padrão: num primeiro momento, parece estar dando certo, porque há crescimento e mais gente sai da pobreza, pela distribuição de recursos.
Só que a ressaca está logo ali, virando a esquina, e é exatamente isso que o mercado está enxergando, o registro histórico de fatos similares. Por exemplo, as políticas redistributivas do chavismo que foram tratadas pela esquerda ao redor do mundo como uma espécie de milagre, e como prova da superioridade do socialismo para retirar pessoas da pobreza.
Obviamente, se tratava de uma miragem. No caso venezuelano, a festa durou um pouco mais do que de costume por conta do petróleo em alta, mas acabou com o povo comendo seus animais domésticos para não morrer de fome, sem contar com a ditadura brutal estabelecida. De forma similar, a festa brasileira dos primeiros mandatos de Lula foi esticada pelo fenômeno do crescimento chinês na primeira década do milênio.
Mas, como dizia Thatcher, o socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros. No caso brasileiro, é ainda pior, porque o dinheiro dos outros já acabou e já se está gastando o dinheiro das próximas gerações, na forma de um endividamento brutal.
Logo, o final desse filme já é conhecido: desvalorização cambial, inflação e recessão. Foi exatamente isso que derrubou a mulher sapiens. Em casos mais extremos, há a destruição completa do mercado em paralelo à instalação de uma ditadura, como aconteceu em países como Cuba, Venezuela e Coréia do Norte, entre outros.
Só que agora o problema brasileiro é muito maior. Primeiro, o Brasil está muito mais endividado do que estava na época da Dilma. Segundo, e mais importante, não há mais liberdade política no Brasil. Assim, quando a recessão produzir uma profunda onda de indignação popular, os inquéritos das fake news e afins estarão abertos e prontos para colocar em cana quem reclamar — em nome da "democracia", claro.
É por essas e outras que o mercado se antecipa e vende Brasil como se não houvesse amanhã. Como Deus é brasileiro e nos acostumamos a viver na beira do precipício, é possível que um milagre aconteça e o cenário mude.
É o que se ler na última pesquisa Quaest (04/12/2024). 👉 Mercado acha que qualquer um ganha de Lula ou Haddad em 2026. Faria Lima vê derrota certa de candidato do PT; o nome preferido dos operadores para o Planalto é Tarcisio de Freitas.
Lula perderia a reeleição em 2º turno para qualquer outro candidato, em 2026. Segundo o levantamento, o mesmo aconteceria com uma possível candidatura de Fernando Haddad. A pesquisa inclui nomes de Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Pablo Maçal e Jair Bolsonaro (PL). Na disputa contra Lula, Tarcísio e Caiado se sairiam melhor, com 93% e 91% dos votos, respectivamente. Os mesmos também levariam a melhor contra Haddad, com 93% e 88%, respectivamente.
PS.: Recordando uma lição para uma comunista. Está neste vídeo.
Muito esclarecedor. Infelizmente quem pegar o abacaxi podre vai set acusado do crime já cometido, uma vez que a nação brasileira é analfabeta e desinformada.
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