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02 setembro 2015

O ÚLTIMO QUE SAIR APAGUE A LUZ

Em agosto, segundo o MDIC, as importações somaram US$ 12,796 bilhões, queda de 33,7% em relação ao mesmo mês de 2014, enquanto as exportações somaram US$ 15,485 bilhões, declínio de 24,3% na mesma base de comparação.

Mas não há o que se comemorar, pois o saldo positivo de US$ 2,689 bilhões não decorreu da melhoria e da maior competitividade dos produtos brasileiros, mas da falta de dinheiro, do aumento do desemprego, da inadimplência do consumidor e da fragilização do setor produtivo brasileiro. Portanto, saudar esse aumento de saldo da balança comercial é enganar a si próprio. Vai acabar sendo carimbado como mais um estelionato eleitoral.


Crescente mesmo tem sido o já acentuado desânimo registrado no setor privado, na sociedade em geral e no próprio governo. Segundo palavras de um ministro de Dilma ao jornalista Josias de Souza, o desânimo se espraia pelo primeiro escalão do governo. "Quando aceitei participar do elenco do segundo mandato da presidente Dilma, sabia que não seria o protagonista. Mas não imaginei que viraria figurante de um filme sem roteiro, mal dirigido e com orçamento deficitário. Pensei em pedir para sair. Fui aconselhado a ficar. Isso foi há um mês. Desde então, meus dias são feitos de arrependimento."

Mas o ministro não está sozinho. Já se tornou corriqueiro falar-se que todos os demais ministros vivem esse dilema. Nem mesmo os que compartilham o "4o. andar" se sentem seguros. Falar-se que Lula vai ter uma conversa com Dilma causa-lhes calafrios.


Nessa situação também se encontra o ministro da fazenda. Depois das idas e vindas das medidas econômicas, que anoitecem e não amanhecem, e de que o aguardado novo rumo ao desastre econômico herdado dos governos da última década ainda não deu sinais de vida, se comenta, abertamente,  que o prazo de validade do ministro já está vencido.


No plano político, prazos de validade também caminham para seus vencimentos. A aposta, do momento, é saber quem acertará o dia do anúncio da saída da base do governo a ser feito pelo PMDB. Praticamente todos os seus caciques já deram seus sinais nesta direção.


O governo acabou. O último que sair apague a luz. Sem tiros, sem porradas e sem bombas.



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