Grandes empresas têm buscado de forma crescente a aproximação com startups. Corporações de diversos setores investem na criação de espaços de desenvolvimento de inovações para encontrar soluções mais rápidas para seus negócios e para o mercado. Esse movimento chegou a diferentes setores, do financeiro ao automotivo.
Bancos, companhias do setor de construção, mobilidade e seguros estão entre aqueles que decidiram investir em estruturas para fazer parte desse novo ecossistema de negócios. Seja por meio de aportes de capital (a chamada aceleração) ou a criação de espaços de compartilhamento de demandas e geração de ideias. Corporações como Itaú, Bradesco, Banco Inter, MRV, Porto Seguro, Localiza e mais recentemente a Nestlé. Todas apostam alto nas startups.
O Brasil tem estado no radar como um país a receber programas de aceleração de startups nessas áreas por já ter maturidade em projetos que agregam tecnologia.
Martínez-Yllescas, representante da OCDE, esteve recentemente no Brasil e destacou que o País tem uma liderança, na América Latina, em número de novas startups, o que gera dados importantes de geração de empregos nessa área.
Além disso, o País também tem se destacado pelo fato de ter hoje várias iniciativas na área digital, tanto por meio da adoção de soluções de fornecedores quanto pelo desenvolvimento interno.
Outro destaque apontado para o Brasil, é o de que seu ecossistema das startups oferece diferentes oportunidades para diferentes perfis de negócios. É claro que todos os seus participantes procuram rentabilidade como qualquer outro empreendimento, mas, também, estão conscientes que não se pode fugir da busca por soluções que ajudem populações de baixa renda, seja nas áreas de educação, saúde ou alimentação.
Na área de educação, já são 748 startups (EdTechs), segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), atuando desde o ensino básico ao superior. O maior desafio de algumas delas é penetrar no ensino público, cujos números de alunos são desafiadores. Segundo o INEP, são mais de 48,5 milhões de estudantes que frequentam o ensino básico no Brasil.
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14 outubro 2019
POSIÇÕES BRASILEIRAS NOS RANKINGS INTERNACIONAIS DE COMPETITIVIDADE
No ranking de competitividade global, como aponta recente levantamento do Fórum Econômico Mundial, na lista de 141 países pesquisados, o Brasil ocupa a 71ª posição. Na America Latina, pelo seu tamanho e peso, não se pode aceitar que fique em oitava colocação na região, atrás de Panamá, Peru, Costa Rica, Colômbia, Uruguai e México. A melhor posição entre os latino-americanos cabe ao Chile, cuja economia é a mais aberta da América do Sul. A pesquisa registra alguns avanços do Brasil, como dinamismo de negócios. Mas falta muito para que o país alcance patamar aceitável em competitividade global.
No Índice de Competitividade do Talento Global, que mede a qualidade do capital humano, o país está em 49° lugar entre 93 países. Na produtividade por trabalhador, fica ainda mais abaixo, na 64ª posição.
As razões para essas disparidades, dizem especialistas, são, principalmente, educação deficiente ou inapropriada para o mercado de trabalho. Burocracia e corrupção foram também citadas.
Proporcionalmente à sua população, o número de alunos matriculados nas escolas brasileiras tem crescido nas duas últimas décadas. Entretanto, o descompasso existente entre o conhecimento (quando) adquirido nas escolas e o exigido pelo mercado aumentou consideravelmente. Hoje ele é maior do que já foi no passado.
Para piorar o cenário, tal regressão se observa, acentuadamente, nas escolas públicas, responsáveis por cerca de 82% dos alunos do ensino básico.
São vários os motivos para a educação deficiente nas escolas públicas, apontam diversos professores e estudiosos do assunto.
Com raras exceções, especialmente nas escolas militares, as demais escolas enfrentam problemas em todas as frentes: infraestrutura física, laboratórios e equipamentos; conteúdo pedagógico; professores deficientes em quantidade e em qualidade; hierarquia, disciplina e segurança; comunicação e relacionamento entre alunos, pais e professores.
A propósito, veja o que respondeu um antigo professor, de uma outrora e das mais conceituadas escolas públicas de nível médio em Brasília, sobre o que havia acontecido por lá. A resposta veio direta e sem necessidade de análises sociológicas mais profundas.
"A saída da classe média das escolas públicas", disse, "levou consigo o interesse do governo e a obrigação do estado com a educação".
"O que ficou foi isso aí", referindo-se ao estado físico da escola, "um prédio em estilo modernista da época e hoje totalmente desfigurado e dilapidado, transformado em espaço arquitetônico cheio de grades, fechado e opressor".
Em pleno século do conhecimento, infelizmente, esse é o retrato atual do Brasil, deixado pelos últimos governos, após a redemocratização do País, incluindo aquela presidente que adotou "Pátria Educadora" como lema de seu governo e que não passou apenas de um slogan.
Para piorar o cenário, tal regressão se observa, acentuadamente, nas escolas públicas, responsáveis por cerca de 82% dos alunos do ensino básico.
São vários os motivos para a educação deficiente nas escolas públicas, apontam diversos professores e estudiosos do assunto.
Com raras exceções, especialmente nas escolas militares, as demais escolas enfrentam problemas em todas as frentes: infraestrutura física, laboratórios e equipamentos; conteúdo pedagógico; professores deficientes em quantidade e em qualidade; hierarquia, disciplina e segurança; comunicação e relacionamento entre alunos, pais e professores.
A propósito, veja o que respondeu um antigo professor, de uma outrora e das mais conceituadas escolas públicas de nível médio em Brasília, sobre o que havia acontecido por lá. A resposta veio direta e sem necessidade de análises sociológicas mais profundas.
"A saída da classe média das escolas públicas", disse, "levou consigo o interesse do governo e a obrigação do estado com a educação".
"O que ficou foi isso aí", referindo-se ao estado físico da escola, "um prédio em estilo modernista da época e hoje totalmente desfigurado e dilapidado, transformado em espaço arquitetônico cheio de grades, fechado e opressor".
Em pleno século do conhecimento, infelizmente, esse é o retrato atual do Brasil, deixado pelos últimos governos, após a redemocratização do País, incluindo aquela presidente que adotou "Pátria Educadora" como lema de seu governo e que não passou apenas de um slogan.
12 outubro 2019
O BRASIL ENCOLHE NO MUNDO: UM PASSO PARA A FRENTE E DOIS PARA TRÁS
O título deste artigo diz bem como o Brasil começa a ser visto de forma global. E, desta vez, não se trata dos indicadores sociais. Refere-se sim, ao retrocesso, visível a olho nu, que vem sendo imposto no combate a corrupção, chegando a já se constituir em uma nova barreira na construção de um país civilizado. E tal fato, para a surpresa de muitos, não veio dos morros entupidos de traficantes que mantêm suas populações ao arrepio das leis e de seus fuzis.
Agora, os atos surgiram na Praça dos Três Poderes da República, na Casa Maior da justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União, cujas atribuições são de fazerem com que todos os brasileiros cumpram as leis, a começar pelos seus integrantes.
Refiro-me, por exemplo, à manipulação manifestada nos processos da Lava Jato sobre a ordem a ser seguida na apresentação das alegações finais de delatores e delatados. Ora, ambos são réus. Não há lei que diga o contrário e/ou que estabeleça que uma sequencia deva ser seguida durante a fase de apresentação das alegações finais entre os ditos réus. O STF então resolveu criá-la, adentrando em uma atribuição que a Constituição Federal não lhe confere.
O outro caso, vexatório e que nos envergonha como Nação, perante ao mundo, é o do inquérito aberto, em março, pelo presidente do STF para investigar calúnias, difamações e injúrias que atinjam a “honorabilidade e a segurança” dos ministros do tribunal.
Para completar, enquanto países põem criminosos na cadeia logo após julgamento na primeira instância, como Estados Unidos, Reino Unido e França, ministros do STF dizem ver, na Constituição, dispositivo segundo o qual, inacreditavelmente, réus mantêm a “presunção de inocência” mesmo após condenados em até três graus de jurisdição. Pior: alegam que essa gente só pode ser presa depois de o STF bater o martelo no caso. Basta saber ler para ver que não há nada disso na Constituição.
O assunto tem auferido grande dimensão ao ponto de um senador da República ter afirmado " O crime no Brasil é tão organizado, que seu departamento jurídico é o STF".
Tais fatos vêm se agravando ao ponto de levarem os auditores fiscais da Receita Federal a submeterem uma representação junto a um organismo internacional em que criticam os retrocessos no combate à corrupção. No documento, o Sindifisco, que representa a categoria, afirma que decisões do STF e do TCU estão restringindo o trabalho do Fisco no País.
A carta foi entregue na sede do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), em Paris, grupo fundado por iniciativa dos países membros da OCDE, responsável por produzir recomendações a respeito do combate a crimes como lavagem de dinheiro e corrupção.
Um de seus parágrafos cita a decisão do presidente do STF que decidiu suspender as investigações baseadas em dados sigilosos do COAF e da Receita sem autorização judicial. Em outro trecho, os auditores criticam a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que suspendeu 133 procedimentos de investigação da Receita, afirmando que havia "desvio de finalidade".
Os brasileiros irão ficar apenas sentados aguardando o tempo passar para que essa composição atual do STF seja modificada ?
Enquanto tal modificação não ocorre, o BRASIL ENCOLHE NO MUNDO !
Agora, os atos surgiram na Praça dos Três Poderes da República, na Casa Maior da justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União, cujas atribuições são de fazerem com que todos os brasileiros cumpram as leis, a começar pelos seus integrantes.
Refiro-me, por exemplo, à manipulação manifestada nos processos da Lava Jato sobre a ordem a ser seguida na apresentação das alegações finais de delatores e delatados. Ora, ambos são réus. Não há lei que diga o contrário e/ou que estabeleça que uma sequencia deva ser seguida durante a fase de apresentação das alegações finais entre os ditos réus. O STF então resolveu criá-la, adentrando em uma atribuição que a Constituição Federal não lhe confere.
O outro caso, vexatório e que nos envergonha como Nação, perante ao mundo, é o do inquérito aberto, em março, pelo presidente do STF para investigar calúnias, difamações e injúrias que atinjam a “honorabilidade e a segurança” dos ministros do tribunal.
Para completar, enquanto países põem criminosos na cadeia logo após julgamento na primeira instância, como Estados Unidos, Reino Unido e França, ministros do STF dizem ver, na Constituição, dispositivo segundo o qual, inacreditavelmente, réus mantêm a “presunção de inocência” mesmo após condenados em até três graus de jurisdição. Pior: alegam que essa gente só pode ser presa depois de o STF bater o martelo no caso. Basta saber ler para ver que não há nada disso na Constituição.
O assunto tem auferido grande dimensão ao ponto de um senador da República ter afirmado " O crime no Brasil é tão organizado, que seu departamento jurídico é o STF".
Tais fatos vêm se agravando ao ponto de levarem os auditores fiscais da Receita Federal a submeterem uma representação junto a um organismo internacional em que criticam os retrocessos no combate à corrupção. No documento, o Sindifisco, que representa a categoria, afirma que decisões do STF e do TCU estão restringindo o trabalho do Fisco no País.
A carta foi entregue na sede do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (Gafi), em Paris, grupo fundado por iniciativa dos países membros da OCDE, responsável por produzir recomendações a respeito do combate a crimes como lavagem de dinheiro e corrupção.
Um de seus parágrafos cita a decisão do presidente do STF que decidiu suspender as investigações baseadas em dados sigilosos do COAF e da Receita sem autorização judicial. Em outro trecho, os auditores criticam a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que suspendeu 133 procedimentos de investigação da Receita, afirmando que havia "desvio de finalidade".
Os brasileiros irão ficar apenas sentados aguardando o tempo passar para que essa composição atual do STF seja modificada ?
Enquanto tal modificação não ocorre, o BRASIL ENCOLHE NO MUNDO !
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