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29 setembro 2022

BOLSONARO: NÓS DESMASCARAMOS TODO ESSE TEATRO!



- Pela primeira vez na história você está podendo enxergar o que o sistema é capaz de fazer para se manter no controle de tudo, inclusive da sua vida. Hoje, está claro que as "diferenças" do passado não eram nada além de 50 tons de vermelho. Nós desmascaramos todo esse teatro!

- O que explica o repentino rasgar das fantasias depois de tantos anos simulando uma falsa diversidade para que a mesma ideologia de esquerda imperasse por décadas no país é bem simples: DESESPERO! Foi o recurso que restou para tentarem impedir a libertação definitiva do Brasil

- Eles sabem que mais 4 anos de Jair Bolsonaro mostrará para os brasileiros que a prosperidade sempre foi possível. Que ficaram na lama esse tempo todo porque eram desprezados. É por isso que roubavam o seu dinheiro, porque nunca se importaram em como isso poderia te atingir!

- Aqueles que promoveram o maior esquema de corrupção de nossa história sempre souberam que cada milhão a mais que roubaram para si, era um milhão a menos para atender as demandas e as necessidades do país. O sofrimento do povo sempre foi uma escolha consciente dessas pessoas!

- Prova disso é que as estatais que antes eram saqueadas e davam prejuízos à nação, hoje dão lucros recordes que auxiliam no pagamento de programas de transferência de renda bem maiores. Sempre foi uma questão de escolha: nós escolhemos transformar o país, eles escolheram roubar.

- Faziam isso porque achavam que jamais surgiria alguém com independência, coragem e disposição para livrar o povo desse inferno. Alguém que não desistiria do país nem depois de uma tentativa de assassinato, da maior crise sanitária do século e de uma guerra com impactos globais.

- Como surgiu, agora apelam para uma suposta causa maior: defender a democracia. Mas como podem defender algo que se fundamenta justamente no que eles sempre desprezaram, que é o povo? É porque não é defesa da democracia, mas do sistema que construíram para se perpetuar no poder.

- Eles perceberam que não são invencíveis como pensavam. Perceberam que nem todos se deixam seduzir por suas promessas falsas ou se curvam às suas chantagens. Eles não se uniram contra mim porque ameaço a democracia. Eles se uniram porque ameaço os seus esquemas e interesses!

- E é um erro pensar que o alvo principal é Jair Bolsonaro. O sistema se uniu contra cada brasileiro que defende a familia, a liberdade de expressão, o combate ao aborto e às drogas, a propriedade privada, o livre mercado e tudo aquilo que por em xeque a ilusão do socialismo.

- Mas quem pensa que conseguirá tirar o povo novamente das decisões nacionais e retomar as velhas práticas que condenaram o país à miséria, não conhece a sua força. Se eles estão unidos para defender a si próprios, estamos ainda mais unidos com o povo para defender seus valores!

- Quem insiste em falsas memórias do passado ainda não entendeu que vivemos numa nova era. Aqueles que desprezam o povo e seus valores que se acostumem com a falta de sossego. Deus não me deu uma nova vida em 06/09/2018 para ser um gestor, mas para mudar de vez o nosso Brasil!

Jair Bolsonaro 


28 setembro 2022

PROCESSO ELEITORAL: TSE SATISFAZ APENAS 5% DOS REQUISITOS PARA ATENDER A NORMA DA ABNT NBR ISO IEC 27001 de 2013

Auditoria do PL diz que técnicos do TSE têm “poder de manipular resultado da eleição”

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e o engenheiro Carlos Rocha, durante visita à sala de totalização dos votos, nesta quarta (28) Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

O Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, divulgou nesta quarta-feira (28) as principais conclusões de uma auditoria que fez sobre a segurança do sistema de votação, apuração e totalização dos votos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Num documento de duas páginas, o partido diz ter encontrado, entre outros pontos, um “quadro de atraso” na implantação de medidas “mínimas necessárias” na segurança da informação; risco de invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, “com grave impacto nos resultados das eleições de outubro”; e um “poder absoluto” de alguns técnicos da Corte para “manipular resultados da eleição, sem deixar qualquer rastro”.

Em nota oficial, o TSE afirmou que as conclusões do documento "são falsas e mentirosas", e informou que o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, determinou a apuração de responsabilidade criminal de seus idealizadores – "uma vez que é apócrifo", alega o tribunal –, bem como uma investigação contra o PL por suposto desvio de finalidade no uso de verba do fundo partidário (leia a nota na íntegra no final deste texto).

A auditoria do PL foi iniciada em julho deste ano por um grupo de técnicos do Instituto Voto Legal (IVL), comandado pelo engenheiro Carlos Rocha, um dos desenvolvedores do primeiro modelo de urna eletrônica usado no Brasil e crítico do sistema atualmente adotado pelo TSE. Ele defende a certificação digital de cada voto e auditorias externas independentes, não controladas pela Corte, sobre o funcionamento das urnas eletrônicas.

O trabalho foi iniciado após pressão de Bolsonaro por uma fiscalização mais profunda e independente sobre os sistemas do TSE, tarefa também realizada pelas Forças Armadas. Do ano passado para cá, o presidente tem intensificado suas críticas às urnas eletrônicas, especialmente após a rejeição, pelo Congresso, da proposta do voto impresso.

Na auditoria, auditores do PL buscaram informações detalhadas do próprio TSE sobre a segurança de seus sistemas de tecnologia e a gestão de riscos, inclusive numa autoavaliação submetida ao Tribunal de Contas da União (TCU). O grupo de auditores contratados pelo PL buscou verificar se procedimentos e gestão seguem normas vigentes e as melhores práticas na área.

Ao todo, a auditoria diz ter identificado 24 itens como falhas, quando confrontados com a Constituição Federal, leis, resoluções, normas técnicas e boas práticas, detalhados no Relatório de Auditoria de Conformidade do PL no TSE e agrupados nos seguintes temas:

  • Descumprimento de Resoluções, Leis e da Constituição Federal;
  • Assinatura Digital com Certificado Digital ICP-Brasil;
  • Sigilo do Voto;
  • Governança Organizacional do TSE;
  • Governança e Gestão de Segurança e de Tecnologia da Informação;
  • Documentação dos Processos Eleitorais;
  • Certificação de Equipamentos e Programas do Sistema Eletrônico de Votação SEV.

“A auditoria do Partido Liberal (PL) utilizou uma lista de avaliação e controles com 215 questões propostas com base no Anexo A da norma ABNT de Sistemas de Gestão da Segurança da Informação - Requisitos (NBR ISO IEC 27001 de 2013). O TSE satisfaz plenamente apenas 5% dos requisitos para atender à certificação por esta norma de segurança”, diz a conclusão da auditoria.

Na autoavaliação, feita pelo próprio TSE e submetida ao TCU, os técnicos atribuíram nota zero em sete itens ligados à área de segurança e tecnologia da informação, entre eles “identificação precoce de requisitos de segurança da informação e a gestão permanente desses requisitos durante todo o ciclo de vida do software”; “processo de gestão de continuidade do negócio”; “capacidade em gerir riscos de TI”; e “gestão de incidentes de segurança da informação”.

O PL diz que algumas dessas atividades são de “fundamental importância” e que a governança e gestão identificadas nessa área revelam “extrema insuficiência”.

Poder de manipular resultados num grupo restrito de servidores

Segundo o PL, o poder de manipulação dos resultados se daria porque “somente um grupo restrito de servidores e colaboradores do TSE controla todo o código fonte dos programas da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais”, e “sem qualquer controle externo”. “Não foram encontrados os procedimentos necessários para proteger estas pessoas expostas politicamente (PEP) contra a coação irresistível, gerando outro risco elevado”.

Outro problema identificado está na “gestão de fornecedores da cadeia de tecnologias de informação e comunicação”, considerada “precária”. Não há, segundo a auditoria, uma política de segurança na relação com fornecedores de equipamentos, serviços e sistemas. “Considerando que cerca de dois terços da força de trabalho compõe-se de terceiros, trata-se de um risco substancial”, diz essa parte da auditoria.

Mesmo os documentos oficiais emitidos pelas urnas eletrônicas e que, segundo o TSE, registram fielmente as escolhas do eleitor, não são confiáveis, no entendimento do PL. “Sem a assinatura eletrônica qualificada, com um certificado digital da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), os documentos gerados pela urna eletrônica, incluindo a zerésima, o registro do voto e o boletim de urna, não têm a garantia da presunção legal de que o seu conteúdo é legítimo e verdadeiro, definida em lei”, diz o partido.

O boletim de urna é um extrato emitido por cada máquina com a soma dos votos recebidos naquela seção por cada candidato. É com base nele que os votos são totalizados no TSE. O registro do voto (RDV) é um arquivo, no formato de uma tabela, que registra os votos dados por cada eleitor nos candidatos a cada um dos cargos em disputa. Nesse arquivo, não se identifica o eleitor e a ordem em que cada um votou naquela seção eleitoral é embaralhada. Já a zerézima é um documento impresso pela urna antes da votação que demonstra que não foi digitado qualquer voto nela até aquele momento.

PL diz que objetivo da auditoria é aumentar confiança no TSE

O documento divulgado pelo PL se inicia afirmando que “grandes organizações, com alto investimento em segurança da informação, frequentemente, têm sido alvo de sequestro dos seus sistemas, por organizações criminosas com objetivo de extorsão”. No meio, registra a importância dada ao tema em normas do governo, do TCU e do Conselho Nacional. Por fim, diz que o objetivo do PL “é fortalecer a transparência eleitoral e a governança em TI e em gestão da segurança da informação no TSE”. “É imperativo aumentar a confiança do eleitor no sistema eletrônico de votação e nos processos eleitorais”, diz o documento.

Presidente do IVL e responsável pela auditoria, Carlos Rocha diz que tenta desde agosto, sem sucesso, se reunir com servidores de cúpula do TSE para apresentar esses problemas. Ele chegou a ser atendido no início daquele mês pela então secretária-geral Christine Peter, auxiliar direta do então presidente da Corte, Edson Fachin. Depois que Alexandre de Moraes assumiu a presidência do TSE, ele não conseguiu mais reuniões.

Em razão disso, o PL resolveu divulgar nesta terça as conclusões da auditoria. Antes, no dia 19 de setembro, Rocha enviou ao novo secretário-geral, José Levi, braço-direito de Moraes, as conclusões, num documento mais extenso, de 130 páginas.

À reportagem, Rocha disse que as auditorias internas do TSE são positivas, mas o que garante a confiança no sistema e na instituição são auditorias externas independentes. “Tínhamos a expectativa de conversar com a nova gestão. É comum que em várias organizações, quando um novo presidente assume, queira auditorias externas para tomar precauções. Fomos lá para dar informações no melhor interesse de colaborar. Nosso objetivo não é gerar problema. Quem audita constrói, não cria problema”, disse.

“O objetivo do trabalho é trazer uma contribuição construtiva, para aumentar a confiança dos eleitores no sistema de votação e aumentar a confiança da sociedade na instituição Justiça Eleitoral. Nos últimos anos houve uma queda na confiança, pois menos da metade dos eleitores confia muito nas urnas. E a confiança da sociedade na instituição também diminuiu”, acrescentou.

Nesta semana, Carlos Rocha acompanhou o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, em duas visitas feitas ao TSE. Na última terça-feira (27), o ex-deputado teve uma reunião a sós com Moraes, sem sua participação. Nesta quarta (28), o engenheiro participou de uma rápida visita à sala de totalização dos votos na Corte, junto com dezenas de outros representantes de partidos, entidades fiscalizadoras, como Forças Armadas, Ministério Público e missões de observação.

Leia abaixo algumas das conclusões da auditoria do PL

Resultados da Auditoria de Conformidade do PL no TSE 

Grandes organizações, com alto investimento em segurança da informação, frequentemente, têm sido alvo de sequestro dos seus sistemas, por organizações criminosas com objetivo de extorsão. O quadro de atraso encontrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referente à implantação de medidas de segurança da informação mínimas necessárias, gera vulnerabilidades relevantes. Isto poderá resultar em invasão interna ou externa nos sistemas eleitorais, com grave impacto nos resultados das eleições de outubro. 

O Relatório de Autoavaliação do TSE de 2021 apresentou sete notas zero, dadas pelos próprios servidores do tribunal, em processos essenciais como gestão de continuidade do negócio, gestão de incidentes de segurança da informação, e identificação precoce de requisitos de segurança da informação e gestão permanente desses requisitos durante todo o ciclo de vida do software (Levantamento de Governança e Gestão Públicas do TCU). 

Uma das notas zero confirma que não há um processo de gestão de riscos de segurança da informação no TSE, ou um inventário dos riscos de segurança existentes, ambas atividades de fundamental importância para uma gestão eficaz da segurança da informação. 

Os pontos falhos mais significativos estão relacionados à Governança e Gestão de Segurança e de Tecnologia da Informação (TI). A auditoria do Partido Liberal (PL) utilizou uma lista de avaliação e controles com 215 questões propostas com base no Anexo A da norma ABNT de Sistemas de Gestão da Segurança da Informação - Requisitos (NBR ISO IEC 27001 de 2013). O TSE satisfaz plenamente apenas 5% dos requisitos para atender à certificação por esta norma de segurança. 

A Governança e Gestão de Segurança e de Tecnologia da Informação revelam extrema insuficiência. Não se encontrou um Sistema de Gestão de Segurança da Informação, como determina resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Falta independência funcional na unidade responsável pela segurança cibernética, porque ela se reporta à Secretaria de TI e não à alta administração do TSE, como exigem boas práticas e normas de segurança da informação. 

Somente um grupo restrito de servidores e colaboradores do TSE controla todo o código fonte dos programas da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais. Sem qualquer controle externo, isto cria, nas mãos de alguns técnicos, um poder absoluto de manipular resultados da eleição, sem deixar qualquer rastro. Não foram encontrados os procedimentos necessários para proteger estas pessoas expostas politicamente (PEP) contra a coação irresistível, gerando outro risco elevado. 

A gestão de fornecedores da cadeia de tecnologias de informação e comunicação (TIC) mostra-se precária, segundo a autoavaliação enviada pelo TSE ao TCU e a constatação de que o TSE não possui, nem definida e nem implementada, uma política de segurança da informação no relacionamento com fornecedores. Considerando que cerca de dois terços da força de trabalho compõe-se de terceiros, trata-se de um risco substancial. 

Sem a assinatura eletrônica qualificada, com um certificado digital da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), os documentos gerados pela urna eletrônica, incluindo a zerésima, o registro do voto e o boletim de urna, não têm a garantia da presunção legal de que o seu conteúdo é legítimo e verdadeiro, definida em lei. 

Os registros da Secretaria de Auditoria (SAU) do TSE mostram que não foram realizadas auditorias internas nos processos de tecnologia da informação e de segurança da informação, desde 2019. 

PARTIDO LIBERAL Resultados da Auditoria de Conformidade no TSE v1.0 19/09/2022 pág. 1/2 

Isto contraria as informações enviadas pelo TSE ao Tribunal de Contas da União (TCU), através destes instrumentos de autoavaliação. Além disso, não foram identificados instrumentos técnicos para assegurar a ampla auditoria, garantida pela Lei Eleitoral aos partidos políticos, nem do registro digital de cada voto e nem da contagem de cada voto, na apuração dos resultados na urna. 

A governança em tecnologia da informação e a gestão da segurança da informação tornaram-se essenciais e sensíveis às operações de todos os setores da vida moderna, públicos e privados. O Governo brasileiro já atribuiu alta prioridade a estes temas, com ações e diretivas nos três Poderes da União. O Referencial Básico de Governança Organizacional do TCU, na edição de 2020, dedica 20 páginas a este tópico. A Resolução 396 de 2021 do CNJ determina a implantação do Sistema de Gestão em Segurança da Informação, em todos os órgãos do Poder Judiciário. Assim, o objetivo principal da fiscalização do PL é fortalecer a transparência eleitoral e a governança em TI e em gestão da segurança da informação no TSE. É imperativo aumentar a confiança do eleitor no sistema eletrônico de votação e nos processos eleitorais. 

A equipe técnica do Instituto Voto Legal (IVL) foi contratada pelo PL para realizar a fiscalização de todas as fases da votação, apuração e totalização dos resultados da eleição, como estabelece a Lei Eleitoral 9.504/1997. A metodologia escolhida busca, sempre, a colaboração construtiva com a alta direção do TSE, porque quem audita constrói valor para a organização auditada. 

Foram adotados, até agora, dois instrumentos de fiscalização, amplamente utilizados pelo TCU: o Levantamento e a Auditoria de Conformidade, incluindo a orientação para a coleta de evidências em documentos públicos. Em geral, os auditores apresentam e discutem as oportunidades de melhorias com a organização auditada. Não obstante a urgência e a gravidade das evidências encontradas, o TSE não respondeu, até o momento, aos inúmeros pedidos para agendar uma reunião para tratar do tema. Este fato tornou necessária a divulgação dos resultados da avaliação da equipe técnica do PL, sobre os documentos públicos encontrados. 

Ao todo, foram 24 itens identificados como falhas, quando confrontados com a Constituição Federal, leis, resoluções, normas técnicas e boas práticas, detalhados no Relatório de Auditoria de Conformidade do PL no TSE e agrupados nos seguintes temas: 

        1. Descumprimento de Resoluções, Leis e da Constituição Federal 
        2. Assinatura Digital com Certificado Digital ICP-Brasil 
        3. Sigilo do Voto 
        4. Governança Organizacional do TSE 
        5. Governança e Gestão de Segurança e de Tecnologia da Informação 
        6. Documentação dos Processos Eleitorais 
        7. Certificação de Equipamentos e Programas do Sistema Eletrônico de Votação SEV 

Os resultados da auditoria do PL, conduzida desde julho último, reúnem informações relevantes, que permitiriam à alta direção do TSE tomar as precauções necessárias para prevenir e detectar erros e fraudes e garantir a integridade dos resultados das eleições de 2022. A equipe técnica do PL continua à disposição do TSE, para contribuir no aperfeiçoamento da governança de TI e da gestão de segurança da informação. 

PARTIDO LIBERAL Resultados da Auditoria de Conformidade no TSE v1.0 19/09/2022 pág. 2/2 

TSE diz que conclusões da auditoria são "falsas e mentirosas"

Em nota oficial, o Tribunal Superior Eleitoral se manifestou da seguinte maneira:

"As conclusões do documento intitulado 'resultados da auditoria de conformidade do PL no TSE' são falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade, reunindo informações fraudulentas e atentatórias ao Estado Democrático de Direito e ao Poder Judiciário, em especial à Justiça Eleitoral, em clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral.

Diversos dos elementos fraudulentos constantes do referido 'documento' são objetos de investigações, inclusive nos autos do Inquérito nº 4.781/DF, em tramitação no Supremo Tribunal Federal, relativamente a fake news, e também já acarretaram rigorosas providências por parte do Tribunal Superior Eleitoral, que decidiu pela cassação do diploma de parlamentar na hipótese de divulgação de fatos notoriamente inverídicos sobre fraudes inexistentes nas urnas eletrônicas (Recurso Ordinário Eleitoral n. 0603975-98.2018.6.16.0000/PR).

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, determinou a imediata remessa do documento ao Inquérito nº 4.781/DF, para apuração de responsabilidade criminal de seus idealizadores – uma vez que é apócrifo –, bem como seu envio à Corregedoria Geral Eleitoral para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade do Partido Liberal e seus dirigentes, em eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do Fundo Partidário."

PS.: Matéria publicada no jornal Gazeta do Povo acessível aqui.


Discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da 77ª Assembleia Geral da ONU

Tradicionalmente, cabe ao presidente do Brasil fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Ao chegar ao Brasil, o presidente Bolsonaro foi impedido, pelo TSE, de utilizá-lo em sua campanha eleitoral. Na sessão desta terça-feira (27) o plenário referendou duas liminares concedidas pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves. Sim, ele mesmo, aquele das tapinhas.

* * * 

Abaixo, o que disse o Presidente.

New York, 20 de setembro de 2022

Senhor Csaba Kőrösi, Presidente da Septuagésima Sétima Assembleia-Geral das Nações Unidas,

Senhor António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas,

Senhoras e Senhores chefes de Estado, de governo e de delegações,

Senhoras e Senhores,

Começo por cumprimentá-lo, Embaixador Csaba Kőrösi, pela eleição para presidir esta Assembleia Geral. Esteja certo de contar com o apoio do Brasil.

O tema escolhido para este Debate Geral gira em torno de um conceito que se aplica perfeitamente ao momento que vivemos: um divisor de águas.

Senhor Presidente,

Nossa responsabilidade coletiva, nesta Assembleia Geral, é compreender o alcance dos desafios que compõem esse divisor de águas. E, a partir daí, construir respostas que tirem sua força dos objetivos que são comuns a todos nós.

A tarefa não é simples. Mas, a rigor, não temos alternativa.

Esse esforço tem de começar no interior de cada um dos nossos países. Antes de tudo, é aquilo que realizamos no plano interno que dá a medida da autoridade com que agimos no plano internacional.

Deixe-me falar da perspectiva do meu país.

Quando o Brasil se manifesta sobre a agenda da saúde pública, fazemos isso com a autoridade de um governo que, durante a pandemia da Covid-19, não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos.

Como tantos outros países, concentramos nossa atenção, desde a primeira hora, em garantir um auxílio financeiro emergencial aos mais necessitados.

O nosso objetivo foi proteger a renda das famílias para que elas conseguissem enfrentar as dificuldades econômicas decorrentes da pandemia. Beneficiamos mais de 68 milhões de pessoas, o equivalente a 1/3 da nossa população.

Em paralelo, lançamos um amplo programa de imunização, inclusive com produção doméstica de vacinas. Somos uma nação com 210 milhões de habitantes e já temos mais de 80% da população vacinada contra a Covid-19. Todos foram vacinados de forma voluntária, respeitando a liberdade individual de cada um.

Da mesma forma, no terreno da economia, o Brasil traz a autoridade de um país que, em nome de um crescimento sustentável e inclusivo, vem implementando reformas para a atração de investimentos e melhoria das condições de vida de sua população.

No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e em desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares.

O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas.

Esse é o Brasil do passado.

Aprimoramos os serviços públicos com redução de custos e investimento em ciência e tecnologia. Hoje, por exemplo, o Brasil é o 7º país mais digitalizado do mundo: são 135 milhões de pessoas que acessam 4.900 serviços do meu governo. O Brasil foi pioneiro na implantação do 5G na América Latina.

Levamos adiante uma abrangente pauta de privatizações e concessões, com ênfase na infraestrutura. Concluímos o projeto de transposição do Rio São Francisco, levando água para o Nordeste brasileiro. Adotamos novos marcos regulatórios, como o do saneamento básico, o das ferrovias e o do gás natural. Além disso, melhoramos o ambiente de negócios, com a lei de liberdade econômica e a lei de start-ups. Como resultado, criamos oportunidades para o jovem empreender e ter empregos de qualidade.

Coroando todo esse esforço de modernização da economia brasileira, estamos avançando, a passos largos, para o ingresso do Brasil como membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.

Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos emprego em alta e inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada.

Os números falam por si só. A estimativa é de que, no final de 2022, 4% das famílias brasileiras estejam vivendo abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5,1%. Isso representa uma queda de mais de 20%. O Auxílio Brasil, programa de renda mínima criado pelo meu governo, durante a pandemia, que atende 20 milhões de famílias, faz pagamentos de quase US$ 4 por dia às mesmas.

O desemprego caiu 5 pontos percentuais, chegando a 9%, taxa que não se via há 7 anos. Reduzimos a inflação, com estimativa de 6% no corrente ano. Tenho a satisfação de anunciar que tivemos deflação inédita no Brasil nos meses de julho e agosto.

Desde junho, o preço da gasolina caiu mais de 30%. Hoje, um litro no Brasil custa cerca de US$ 0,90. O preço da energia elétrica também teve uma queda de mais de 15%. Quero ressaltar que o custo da energia não caiu por causa de tabelamento de preços ou qualquer outro tipo de intervenção federal. Foi resultado de uma política de racionalização de impostos formulada e implementada com o apoio do Congresso Nacional.

Em 2021, o Brasil foi o 4º maior destino de investimento estrangeiro direto do mundo. Nosso comércio exterior alcançou a marca histórica de 39% do PIB, mesmo diminuindo ou zerando impostos de milhares de produtos.

No plano interno, também estamos batendo recordes em três áreas: arrecadação fiscal, lucros das empresas estatais e relação entre dívida pública e PIB. Aliás, em 2021 tivemos superávit no resultado consolidado de contas públicas. O PIB brasileiro aumentou 1,2% no segundo trimestre. A projeção de crescimento para 2022 chega a 3%.

Temos a tranquilidade de quem está no bom caminho. O caminho de uma prosperidade compartilhada. Compartilhada entre os brasileiros e, mais além, compartilhada com nossos vizinhos e outros parceiros mundo afora.

É isso que vemos, por exemplo, na produção de alimentos. Há quatro décadas, o Brasil importava alimentos. Hoje, somos um dos maiores exportadores mundiais. Isso só foi possível graças a pesados investimentos em ciência e inovação, com vistas à produtividade e à sustentabilidade. Faço aqui um tributo à pessoa de Alysson Paulinelli, candidato brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz, por seu papel na expansão da fronteira agrícola brasileira com o uso de novas tecnologias. Este ano, o Brasil já começou a colheita da maior safra de grãos da nossa história. Estima-se pelo menos 270 milhões de toneladas. O Brasil também, em poucos anos, passará de importador a exportador de trigo.

Para o período 2022/2023, a previsão é que a produção total ultrapasse as 300 milhões de toneladas. Como afirmou a Diretora-Geral da Organização Mundial do Comércio, em recente visita que nos fez, se não fosse o agronegócio brasileiro, o planeta passaria fome, pois alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo.

O nosso agronegócio é orgulho nacional.

Senhor Presidente,

Quero lembrar que, também na área do desenvolvimento sustentável, o patrimônio de realizações do Brasil é fonte de credibilidade para a ação internacional do nosso país. Em matéria de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, o Brasil é parte da solução e referência para o mundo.

Dois terços de todo o território brasileiro permanecem com vegetação nativa, que se encontra exatamente como estava quando o Brasil foi descoberto, em 1500. Na Amazônia brasileira, área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% da floresta continua intocada, ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional.

É fundamental que, ao cuidarmos do meio ambiente, não esqueçamos das pessoas: a região amazônica abriga mais de 20 milhões de habitantes, entre eles indígenas e ribeirinhos, cuja subsistência depende de algum aproveitamento econômico da floresta.  Levamos internet a mais de 11 mil escolas rurais e a mais de 500 comunidades indígenas.

O Brasil começou sua transição energética há quase meio século, em reação às crises do petróleo daquela época. Hoje, temos uma indústria de biocombustíveis moderna e sustentável. Indústria que contribui para a matriz energética mais limpa entre os países do G20.

Cerca de 84% da nossa matriz elétrica atualmente é renovável, e esse é o objetivo que muitos países desenvolvidos esperam alcançar somente depois de 2040 ou 2050.

No ano passado, o Brasil foi escolhido pelas Nações Unidas como país “campeão da transição energética”. Temos capacidade para ser um grande exportador mundial de energia limpa. Contamos com um excedente, já em construção, que pode chegar a mais de 100 Gigawatts entre biomassa, eólica, terrestre e solar, além da oportunidade, ainda não explorada, de eólicas marítimas de 700 Gigawatts, com um dos menores custos de produção do mundo. Essas fontes produzirão hidrogênio verde para exportação.

Parte desta energia 100% limpa abre a possibilidade de sermos fornecedores de produtos industriais altamente competitivos, especialmente no Nordeste brasileiro, com uma das menores pegadas de carbono do mundo.

A agenda do desenvolvimento sustentável é afetada, de várias maneiras, pelas ameaças à paz e à segurança internacional. Erguemos as Nações Unidas em meio aos escombros da Segunda Guerra Mundial. O que nos motivava, naquele momento, era a determinação de evitar que se repetisse o ciclo de destruição que marcou a primeira metade do século XX. Até certo ponto, podemos dizer que fomos bem-sucedidos.

Mas, hoje, o conflito na Ucrânia serve de alerta. Uma reforma da ONU é essencial para encontrarmos a paz mundial. No caso específico do Conselho de Segurança, após 25 anos de debates, está claro que precisamos buscar soluções inovadoras. O Brasil fala desse assunto com base em uma experiência que remonta aos primórdios da ONU.

É pela décima-primeira vez que ocupamos assento não permanente no Conselho. Temos buscado dar o melhor de nós para a solução pacífica e negociada dos conflitos internacionais, sempre guiados pela Carta da ONU e pelo Direito Internacional.

O Brasil também tem um longo histórico de participação em missões de paz da ONU. De Suez a Angola, do Haiti ao Líbano, sempre estivemos ao lado da manutenção da paz.

Também contribuímos para a paz ao abrirmos nossas fronteiras para aqueles que buscam uma chance de reconstruir suas vidas em nosso país. Desde 2018, mais de seis milhões de irmãos venezuelanos foram obrigados a deixar seu país. Muitos deles vieram para o Brasil.

Nossa resposta a esse desafio foi a “Operação Acolhida”, que se tornou referência internacional. Já são mais de 350 mil venezuelanos que encontraram, em território brasileiro, assistência emergencial, proteção, documentação e a possibilidade de um recomeço. Todos têm acesso ao mercado de trabalho, a serviços públicos e a benefícios sociais.

Nos últimos meses, chegam por dia ao Brasil, a pé, cerca de 600 venezuelanos, a grande maioria dos quais mulheres e crianças pesando em média 15 quilos a menos do que tinham antes, fugindo da violência e da fome.

A política brasileira de acolhimento humanitário vai além da Venezuela. Temos também recebido haitianos, sírios, afegãos e ucranianos.

Senhor Presidente,

O conflito na Ucrânia já se estende por sete meses e gera apreensão não apenas na Europa, mas em todo o mundo.

Quero, em primeiro lugar, renovar o agradecimento do Brasil aos países que ajudaram na evacuação de brasileiros que se encontravam na Ucrânia quando começou o conflito. Refiro-me especialmente à Eslováquia, Hungria, Polônia, Romênia e República Tcheca. A operação foi exitosa. Não deixamos ninguém para trás, nem mesmo seus animais de estimação.

Diante do conflito em si, o Brasil tem-se pautado pelos princípios do Direito Internacional e da Carta da ONU. Princípios que estão consagrados também em nossa Constituição. Defendemos um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não-combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito. Esses são os primeiros passos para alcançarmos uma solução que seja duradoura e sustentável.

Temos trabalhado nessa direção. Nas Nações Unidas e em outros foros, temos tentado evitar o bloqueio dos canais de diálogo, causado pela polarização em torno do conflito. É nesse sentido que somos contra o isolamento diplomático e econômico.

As consequências do conflito já se fazem sentir nos preços mundiais de alimentos, de combustíveis e de outros insumos. Estes impactos nos colocam a todos na contramão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Países que se apresentavam como líderes da economia de baixo carbono agora passaram a usar fontes sujas de energia. Isso configura um grave retrocesso para o meio ambiente.

Apoiamos todos os esforços para reduzir os impactos econômicos desta crise. Mas não acreditamos que o melhor caminho seja a adoção de sanções unilaterais e seletivas, contrárias ao Direito Internacional. Essas medidas têm prejudicado a retomada da economia e afetado direitos humanos de populações vulneráveis, inclusive em países da própria Europa.

A solução para o conflito na Ucrânia será alcançada somente pela negociação e pelo diálogo.

Faço aqui um apelo às partes, bem como a toda a comunidade internacional: não deixem escapar nenhuma oportunidade de pôr fim ao conflito e de garantir a paz. A estabilidade, a segurança e a prosperidade da humanidade correm sério risco se o conflito continuar.

Senhor Presidente,

Tenho sido um defensor incondicional da liberdade de expressão. Além disso, no meu governo, o Brasil tem trabalhado para trazer o direito à liberdade de religião para o centro da agenda internacional de direitos humanos. É essencial garantir que todos tenham o direito de professar e praticar livremente sua orientação religiosa, sem discriminação. Quero aqui anunciar que o Brasil abre suas portas para acolher os padres e freiras católicos que tem sofrido perseguição do regime ditatorial da Nicarágua. O Brasil repudia a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo.

Outros valores fundamentais para a sociedade brasileira, com reflexo na pauta dos direitos humanos, são a defesa da família, do direito à vida desde a concepção, à legítima defesa e o repúdio à ideologia de gênero.

Quero também destacar aqui a prioridade que temos atribuído à proteção das mulheres. Nosso esforço em sancionar mais de 70 normas legais sobre o tema desde o início de meu governo, em 2019, é prova cabal desse compromisso.

Combatemos a violência contra as mulheres com todo o rigor. Isso é parte da nossa prioridade mais ampla de garantir segurança pública a todos os brasileiros.

Os resultados aparecem em nosso governo: a queda de 7,7% no número de feminicídios e a diminuição do número geral de mortes por homicídio. Em 2017, eram 30 mortes por 100 mil habitantes. Agora são 19.

A violência no campo também caiu ao mesmo tempo em que aumentamos a regularização da propriedade da terra para os assentados. No meu governo, entregamos 400 mil títulos rurais, 80% deles para as mulheres.

Trabalhamos no Brasil para que tenhamos mulheres fortes e independentes, para que possam chegar aonde elas quiserem. A Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro, trouxe novo significado ao trabalho de voluntariado desde 2019, com especial atenção aos portadores de deficiências e doenças raras.

Senhor Presidente, Senhor Secretário-Geral, Senhoras e Senhores chefes de Estado e de governo.

Senhoras e Senhores,

Neste 7 de setembro, o Brasil completou 200 anos de história como nação independente. Milhões de brasileiros foram às ruas, convocados pelo seu presidente, trajando as cores da nossa bandeira.

Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, Pátria, família e liberdade.

Muito obrigado a todos os senhores.

25 setembro 2022

GOVERNOS SOCIALISTAS E SUA EQUAÇÃO MACABRA

Uma das características dos governos populistas de esquerda, que propõem modelos econômicos socialistas, é que são previsíveis. Por isso, é possível enxergar o resultado das desastrosas políticas na área social, econômica, educativa e de saúde. 

Um dos indicadores mais importantes para um país está identificado por três letras: PIB — ou Produto Interno Bruto — representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período. 

O socialismo mudou o significado para Pobres, Inflacionados e Burros

Existe uma fábula liberal que explica que o socialismo gosta tanto dos pobres que os multiplica. Mas na realidade a pobreza faz parte da estratégia de chantagem eleitoral, em que o governo socialista gera pobreza para ajudar a quem ele mesmo não permite evoluir economicamente (mantendo sempre viva a esperança do pobre de um futuro melhor).

A inflação é fundamental para a proposta socialista de esquerda, porque ela permite esconder as ineficiências na administração do recurso público. Especificamente porque a inflação é o pior tributo para justamente a parte mais débil da pirâmide econômica e social. É funcional ao socialismo, porque colabora de forma eficaz para a geração de pobres.

Finalmente, o socialismo propõe uma sociedade com a menor cultura possível, precisamente para que no futuro não haja possibilidade de se desenvolver acima do restante dos compatriotas (pobres e sem educação). Dessa forma, todos continuam a depender da ajuda do Estado.

Uma equação macabra

O projeto socialista é absurdamente previsível e perversamente difícil de resolver. A classe média e a alta da pirâmide econômica têm, em geral, tantos filhos quanto podem educar, dar saúde e manter (em geral, dois filhos por família) e começa a ter filhos, em média, a partir dos 24 anos de idade.

A classe baixa da pirâmide começa a ter filhos aos 16 anos e tem, em média, quatro filhos (que mal alimentados não conseguem desenvolvimento cognitivo e ficam reféns da ajuda do Estado). Sendo assim, a cada 48 anos, serão quatro filhos de duas gerações de classe média, contra 12 filhos em três gerações de classe baixa. Todos eles são eleitores.

Esta é a estratégia que o populismo de esquerda está usando para se perpetuar no poder. Gerar pobreza com pessoas mal alimentadas, mal-educadas e com uma economia com alta inflação.

Nas próximas eleições presidenciais brasileiras, uma má escolha política pode fazer com que o Brasil seja… Argentina, Venezuela e Cuba… amanhã.

Em ótimo artigo publicado na Revista Oeste, Gustavo Segré nos revelou também o antes e o depois da implantação dos regimes socialistas nos países citados acima. Clique abaixo, no nome de cada um desses países e conheça, resumidamente, a história de cada um deles.

ArgentinaVenezuela e Cuba.


A RENDA PER CAPITA DE CUBA SÓ FICA ACIMA DA QUE EXISTE HOJE NO HAITI

Havana, 1952 | Foto: Reprodução

Cuba

Antes do socialismo

Na década de 1960, Cuba tinha uma taxa de alfabetização de 76%, e o PIB per capita era de U$S 11.300 (valores atualizados), sendo maior que o de muitos países europeus (Itália, por exemplo). Os cubanos tinham, na época, o maior número de televisores, jornais e telefones que qualquer outro país da América Latina. Foi o segundo país no mundo fazer uma transmissão televisiva.

Cuba foi o primeiro país a ter ferrovias na América Latina e o terceiro no mundo (depois da Inglaterra e dos Estados Unidos). Em 1889, Cuba foi o primeiro país latino-americano a ter iluminação. Em 1900, Havana teve o primeiro bonde (elétrico) da América e foi o primeiro país da região a receber o automóvel. Em 1906, teve o primeiro sistema de telefone direto, sem telefonista. Em 1908, implementou a primeira máquina de raios X da América Latina. Em 1937, foi o primeiro país a decretar a jornada de trabalho de oito horas, o salário mínimo e a autonomia universitária.

Em 1951, o Hotel Riviera, em Havana, foi o primeiro no mundo a ter ar-acondicionado. Em 1958, foi o segundo país a transmitir TV em cores. Cerca de 90% das residências cubanas tinham rádio, em que era possível sintonizar 140 emissoras. Havana era a “Las Vegas” de hoje. El 1955, o canal americano NBC, transmitiu “Tropicana” — o principal Cabaré de Cuba —, apresentações de Carmem Miranda, Frank Sinatra e Nat King Cole (entre outros famosos).

Rua Obispo, Havana, março de 1952 | Foto: Reprodução

Em 1959, havia 600 salas de cinema em Havana (mais do que em Nova Iorque e Paris). Em 1958, Cuba tinha a maior quantidade de carros da América Latina: um carro para cada 38 habitantes. A ilha tinha também a maior taxa de telefones por cada cem habitantes (2,6) da América Latina. Havia 70 jornais de diversas ideologias circulando pela ilha. O salário industrial de Cuba era o oitavo maior do mundo (U$S 6 por hora), ficando acima do da Noruega e do da Dinamarca. A remuneração nas fazendas era a sétima maior do mundo: U$S 3 por hora. A produtividade na indústria da cana-de-açúcar era de 55 toneladas por hectare (o dobro da que tinha o Brasil na mesma época).

Havana, atualmente | Foto: Shutterstock

Hoje

Cerca de 70% das famílias cubanas vivem com menos de U$S 3,8 por dia (R$ 21). A inflação projetada para 2022 é de 32% ao ano. O salário mínimo mensal é de U$S 87 e máximo de U$S 386. Existem 38 carros para cada mil habitantes — os mesmos índices de Angola ou Tajiquistão. Mais de 50 anos após o início do regime socialista, a taxa de telefones para cada cem habitantes chegava a três (quase os mesmos parâmetros que 50 anos atras). A imprensa é controlada, e não é possível sair da ilha sem autorização do governo. O cubano comum consegue pagar com um salário mínimo quatro horas de internet numa lan house.

Aproximadamente 80% dos alimentos consumidos são importados, porque a indústria está sucateada, e a ilha sobrevive com exportação de cana-de-açúcar e turismo. Os cortes de energia são constantes, em função da falta de investimentos nos últimos muitos anos. Enquanto a maioria da população é pobre, os dirigentes do regime são milionários. A produtividade da indústria da cana-de-açúcar é de 30 toneladas por hectare. A renda per capita de Cuba só fica acima da que existe hoje no Haiti.

Fonte: Gustavo Segré - Revista Oeste

VENEZUELANOS PERDERAM EM MÉDIA 10 QUILOS DO SEU PESO EM FUNÇÃO DA FOME

 


Campo de petróleo em Lagunillas, Venezuela | Foto: Shutterstock

Venezuela  

Antes do socialismo

Era chamada Venezuela Saudita, por ter a maior reserva de petróleo do mundo. Os venezuelanos eram considerados os maiores consumidores de uísque do mundo. Entre 1959 e 1983, o desemprego no país era um dos mais baixos da região. No mesmo período, o crescimento médio do país foi superior ao 4% ao ano, e a inflação era menor do que a registrada nos países vizinhos. A estabilidade da moeda local, o bolívar, permitia que muitos venezuelanos conseguissem sair do país para temporadas de férias, principalmente com destino a Miami, nos Estados Unidos, vista como um paraíso do consumo. Nos anos 1970, a população tinha o maior poder de compra entre os países da América Latina — quase três vezes maior que o dos brasileiros —, segundo um índice da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Devido à crise econômica e à hiperinflação, na Venezuela há uma grande escassez de alimentos e remédios | Foto: Shutterstock

Hoje

A população abaixo da linha da pobreza é de 94,5%. A inflação em 2020 foi de quase 3.000% e a de 2021, de pouco menos de 700%. A inflação projetada para 2022 é de 114% ao ano. O salário mínimo é de U$S 39 (incluindo U$S 10 de ajuda-alimentação). Há desabastecimento nos supermercados, e as principais empresas multinacionais do mundo abandonaram o território, pela insegurança jurídica e social. Muitos dos ativos das referidas companhias foram estatizados pelo regime de Hugo Chávez.

No ano passado, os venezuelanos perderam em média 10 quilos do seu peso em função da fome — há testemunhos de cidadãos que comeram animais dos zoológicos e cachorros das ruas. O regime de Nicolás Maduro é considerado uma ditadura, salvo por países como Argentina, Nicarágua, Irã, Cuba e Rússia.

Venezuela é a Cuba de amanhã.

Fonte: Gustavo Segré - Revista Oeste

ARGENTINA É A VENEZUELA DE AMANHÃ

Antes do peronismo

No fim do século 19, a Argentina era o país mais rico do planeta. Em 1895, tinha o maior PIB do mundo, acima do de Estados Unidos e Bélgica. Reza a lenda que, entre o fim do século 19 e começo do século 20, a expressão “tão rico quanto um argentino” era comum e frequentemente utilizada por aristocratas britânicos que tentavam casar suas filhas com argentinos ricos.

Durante as três primeiras décadas do século 20, a Argentina ultrapassou o Canadá em renda total e per capita

Entre 1860 e 1930, o país enriqueceu acentuadamente, em decorrência, entre outras coisas, da exploração das férteis terras dos pampas. Os investimentos estrangeiros eram livres e diversificados, oriundos da França, da Alemanha, da Bélgica e, majoritariamente, da Grã-Bretanha. Indústrias e ferrovias foram construídas com capital estrangeiro. Os altos salários atraíram vários imigrantes, principalmente italianos, espanhóis, alemães e franceses. Em 1899, o país retornou ao padrão ouro e, durante 14 anos, cresceu a uma taxa anual de 7,7%.

Durante as três primeiras décadas do século 20, a Argentina ultrapassou o Canadá e a Austrália não somente em termos de população, mas também em renda total e per capita. Nesta época, a famosa loja de departamentos Harrods, de Londres, abriu uma filial em Buenos Aires — a única em todo o mundo.

A Argentina inaugurou o primeiro metrô de América Latina, em 1913 (55 anos antes que o de São Paulo). Um argentino era, em média, 29% mais rico que um francês, 14% mais rico que um alemão, três vezes mais rico que um japonês e cinco vezes mais rico que um brasileiro. Em 1946, a Argentina tinha o oitavo PIB per capita do mundo e o maior da América Latina. Era duas vezes mais alto que o do México. O mesmo acontecia quando comparado com países europeus, como Espanha e Portugal. A inflação era de 1,5% ao ano.

Juan Péron, ex-presidente argentino | Foto: Wikimedia Commons

Hoje

Depois de muitos anos de peronismo, ditaduras e, sobretudo, dos últimos anos do kirchnerismo, o país entrou em queda dramática. A pobreza chegou a 50% da população. Quase 70% das crianças menores de 13 anos são pobres e têm comprometido o desenvolvimento cognitivo. A projeção de inflação para 2022 supera 100%.

Simon Kuznets, prêmio Nobel em Economia, afirmou que existem quatro tipos de países no mundo — os desenvolvidos, os subdesenvolvidos, o Japão e a Argentina. Após a crise de 2001, em que Argentina teve cinco presidentes em apenas uma semana e decretou a moratória da dívida (novamente), a situação econômica se agravou e o equilíbrio entre os que produzem e os que se aproveitam dos que produzem ficou cada vez pior.

Em 2001, o país tinha 2,5 milhões de pessoas trabalhando para o Estado (nos Três Poderes e nas três esferas). Dois milhões de pessoas recebiam ajuda social, e o país tinha 6 milhões de trabalhadores com registro em carteira. Pouco mais de 20 anos depois, os números só pioraram: 4,5 milhões de pessoas trabalham para o Estado, 22 milhões recebem alguma ajuda social e apenas 5,8 milhões trabalham com registro em carteira.

A conta não fecha: o salário mínimo é de U$S 191 (AR$ 51.200, em setembro de 2022) e, para uma família não estar abaixo da linha de pobreza, ela precisa de pelo menos AR$ 100.000 (equivalente a U$S 374). Em outras palavras, é necessário ter dois salários mínimos (pelo menos) por família para não ser pobre.

Em função da ajuda social absurda e impossível de financiar — dependendo do programa, pode beneficiar uma família com mais de um salário mínimo —, o governo populista criou duas gerações de pessoas que não têm motivação nenhuma para a atividade econômica, já que ganham mais sem fazer nada.

Desvalorização do peso argentino | Foto: Shutterstock

Argentina é a Venezuela de amanhã!

Como política econômica comum, os governos de Cuba, da Venezuela e da Argentina defendem a ideia de que não é importante a busca do superavit fiscal, que o Estado tem de tirar de quem tem para dar a quem não tem, controle de câmbio, regulamentações e burocracias absurdas que a única coisa que geram são altíssimos índices de inflação, redução do investimento e perda do emprego privado.

Em função do controle de câmbios, existem nos três países um mercado oficial de câmbios (com valores impeditivos para a população comprar dólares, mas que os exportadores devem considerar para suas exportações) e um mercado paralelo, em que a economia deve rodar com todos os problemas que isso significa em termos de custos e baixas rentabilidades. Os três países têm controle de preços, desabastecimento e empresas estatais com perdas milionárias.

Fonte: Gustavo Segré - Revista Oeste