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28 abril 2019

GERAÇÃO DE MONOPÓLIOS DERIVADOS DO PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO


Glen Weyl, economista americano, pesquisador da Microsoft e da Universidade Princeton, esteve recentemente no Brasil, para o lançamento de seu livro  “Mercados radicais”, em coautoria com Eric Posner, professor da Escola de Direito da Universidade de Chicago .
Glen Weyl proferiu palestras em diversas instituições do eixo Rio-São Paulo e concedeu entrevistas. Em uma delas, ao Estadão, - integra acessível aqui - Glen teceu comentários sobre as propostas econômicas apresentadas pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, e acendeu um alerta ao afirmar que poderão concentrar poder econômico e aumentar a desigualdade, sem resultar em mais crescimento econômico. 
Veja a seguir alguns trechos dessa entrevista em que o autor sinaliza a possibilidade de geração de monopólios derivados do processo de privatização.
Reformas como as propostas, se não se controlar a competição, não se garantir que as coisas sejam constantemente realocadas para novos usos, chega-se a grandes monopólios. E provavelmente esses monopólios serão controlados pelo número pequeno de famílias que tradicionalmente tiveram o poder no Brasil. 
Isso é muito perigoso, porque reduz a inovação e o potencial empreendedor. Foi o que aconteceu na Rússia, com os oligarcas.
Privatizaram tudo muito rapidamente e poucas pessoas ficaram com o poder. E então essas poucas pessoas ficaram amigas das pessoas do governo e eles protegeram uns aos outros.
O resultado seria mais concentração de renda e menos crescimento, menos dinamismo. Mais acordos corruptos entre os capitalistas e o Estado. 
A ideia de que podemos simplesmente deixar o sistema de propriedade privada com o qual estamos acostumados funcionar e que isso levará a competição e produtividade no benefício dos mercados é completamente ingênua. 
Glen Weyl alerta ainda que com a criação da internet, todos pensavam que isso iria abrir tudo para muita competição e, agora, temos o Facebook e o Google, que provavelmente têm mais poder do que qualquer outra organização na história humana. 

Eles controlam de duas a três horas, na média, do tempo de cada pessoa mundo afora. Isso é a versão mais extrema de planejamento central (modelo econômico do Bloco Soviético) que já vimos e foi criada pelo “livre mercado”. 
 x .-. x .-. x
O alerta está dado, embora para o Brasil ele já chega tardiamente. Ao longo de sua história, os monopólios estatais e privados têm sido a regra no País, incluindo famílias e/ou empresas tradicionais do Brasil somadas a outras tantas com origem no exterior. No momento há receio que isto suba mais um degrau, chegando ao nível de um determinado país oriental.
Conhecemos também a receita utilizada, até agora, no combate aos monopólios existentes: a criação de agências reguladoras para os diversos setores econômicos do País. 
Entretanto, a sua implementação tem sido um fracasso. Em geral, as agências criadas não atuam, de forma equilibrada, na defesa do tripé consumidores, fornecedores e governo, além de terem se tornado cabides de empregos de partidos políticos que, por sua vez, atuam no interesse de parlamentares "amigos" dos donos das empresas que atuam nos respectivos setores.
Eita Brasil !

PS.: Comentários sobre o livro propriamente dito virão em posts futuros. Adianto aqui que o livro revela formas novas e ousadas de organizar os mercados para chegar ao bem comum. Mostra como a força emancipatória de mercados genuinamente abertos, livres e competitivos pode despertar o espírito adormecido de reforma liberal do século XIX e levar a maior igualdade, prosperidade e cooperação. Vai haver muito debate sobre isto. A conferir.

27 abril 2019

EDUCAÇÃO E PRODUTIVIDADE

Há uma discussão inócua sobre a redução de investimentos nos cursos vinculados as ciências humanas e sociais após pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, em sua live, divulgada nas redes sociais e em outros meios de comunicação.

O contexto na ocasião era o econômico e de definição de prioridades para o País, ou pela falta de recursos mesmo, e neste quadro o curso de Filosofia não é prioritário em nenhum lugar do mundo. No Brasil são 8 milhões de estudantes (40 por mil habitantes), 1 milhão dos quais em universidades públicas, gratuitas, e 7 milhões em universidades privadas, que cobram mensalidades. O sistema de universidades públicas (são 78 hoje), consomem quase todo o orçamento do Ministério da Educação, de cerca de R$ 100 bilhões por ano. Nas universidades federais o custo médio por aluno é de cerca de R$ 27 mil, mas existem variações enormes entre elas. Na Universidade Federal do Amapá o custo é de cerca de R$ 14 mil reais e na Universidade Federal do Rio de Janeiro, R$ 70 mil por aluno. Obviamente, é necessário um esforço de racionalização, que caberia aos reitores dessas universidades liderar.

Não foi a primeira vez que isto ocorreu no Brasil. O Programa Ciência sem Fronteiras, criado em 2011, também não incluiu as áreas sociais. O projeto previa a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação fizessem estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação.

Sob o ângulo de setores econômicos propriamente ditos, o Brasil já fez algo parecido, estabelecendo prioridade na educação profissional com perfil atrelado a um determinado setor econômico. 

Isso ocorreu quando se criou a Embrapa, no início dos anos 70, e priorizou-se a formação de profissionais de alto nível para o seu quadro de colaboradores. Hoje, os resultados do agronegócio comprovam o acerto daquela tomada de decisão.

Em termos financeiros, por exemplo, só a matemática pode somar R$ 1trilhão por ano a nossa economia. A produtividade das profissões matematizadas em países desenvolvidos alcança a marca de 47,20 euros/hora.

Há uma relação direta entre níveis educacionais, níveis de escolaridade e produtividade de um país. Até oito anos de escolaridade, há um crescimento da produtividade muito pequeno, quase que marginal. A partir dos oito anos de escolaridade, o crescimento da produtividade passa a ser exponencial, e isto começa a acontecer a partir do ensino médio seguido do ensino superior. 
No mundo, um bom exemplo nesse sentido está na Coreia do Sul. Veja abaixo o que aconteceu por lá nos últimos 50 anos.
  • Em 1960 a renda per capita da Coreia do Sul era a metade da do Brasil. 
  • Em 1970 eram parecidas. 
  • Hoje na Coréia ela é três vezes maior do que a do Brasil. 
  • A virada em 50 anos:  Educação, educação, educação. 
  • A Coreia investiu no ensino básico público, de qualidade e acessível a todos. 
  • A Coreia gasta seis vezes mais do que o Brasil no ensino de nível médio. 
  • Na Coréia, um professor do ensino médio ganha o dobro do salário médio dos coreanos. No Brasil, não chega nem na média.
  • A Coreia do Sul é o país com o percentual mais alto de jovens na universidade, mais de 70%, contra apenas 13% no Brasil. 
  • A Coreia forma oito vezes mais engenheiros do que nós. Com um detalhe, a Coreia gasta menos com o estudante universitário do que o Brasil e forma 4 vezes mais PhDs do que o nosso País.
Toda a Ásia seguiu o mesmo caminho. Educação, educação, educação. Hoje, a renda média de um asiático está a poucos anos de equiparar-se à de um sul-americano. Há 38 anos, a primeira era 1/4 da segunda.

Há 29 anos o PIB brasileiro era superior ao da China em US$ 102 bilhões  (462 x 360). Ao longo desse período, vimos aquele país nos igualar e, rapidamente, nos ultrapassar, tornando-se a segunda economia mundial no momento atual. Se, pelo menos, tivéssemos acompanhado a média do crescimento global, o nosso PIB seria 76% maior do que o valor atual.

No que diz respeito à renda per capita, o Brasil ocupa a 75ª posição no mundo, segundo os dados do FMI e do Banco Mundial. Somos um país de renda média e também um dos mais desiguais. Não temos avançado. Somos 20% da renda per capita dos EUA desde 1960.

O Chile, seguindo os asiáticos, destoa dos demais países da nossa região e deve sagrar-se o primeiro sul-americano desenvolvido na próxima década.

Revisado em 29/04/2019.

26 abril 2019

HERANÇA DO PT PARA O NOVO GOVERNO: UM ESTOQUE INFERNAL DE MISÉRIA E POBREZA



Matéria publicada pela Folha de São Paulo, aponta que a recuperação da renda per capita no Brasil tem o seu pior momento na história.

O seu texto relata que: "Nunca foi tão difícil para o brasileiro conseguir recuperar a renda após um período de recessão econômica — e o processo ainda corre o risco de se prolongar. O padrão de vida medido pela chamada renda per capita, que divide o PIB (Produto Interno Bruto) pelo número de habitantes, estagnou ao redor de R$ 32 mil no Brasil. O valor está 9% abaixo do pico, alcançado no primeiro trimestre de 2014 — ou seja, há 19 trimestres".

Esse valor de renda per capita, ao dólar de hoje, R$ 4,00, nos coloca na faixa de US 8,000.00, muito distante das nações desenvolvidas. Este é o Brasil recebido pelo governo Bolsonaro após quatro mandatos consecutivos de governos do PT. Que maldita herança. 

Outras você pode conferir aqui.  O infernal estoque de pobres - Famílias de baixa renda conforme se pode ver quando se separam os cadastrados por faixa de rendimento: de R$ 0 até R$ 77 -38.919.660 pessoas; de R$ 77,01 até R$ 154 -14.852.534; de R$ 154,01 até meio salário mínimo -19.554.985. O total é um estoque infernal de miséria e pobreza. 

Pode até haver mais, porque o cadastro inclui apenas 7,8 milhões de pessoas que ganham mais que meio salário mínimo. Números do Banco Mundial, referentes ao Brasil, retratam que, no final de 2016, mais de 7,3 milhões de pessoas caíram no fosso existencial dos que vivem com menos de US$ 5,50 por dia, ou R$ 22,00. Eram 36,5 milhões em 2014, dois anos depois já chegavam a 44 milhões. Os que apenas parecem viver com menos de R$ 7,60 por dia (ou US$ 1,90) passaram, só naqueles dois anos, de 5,6 milhões para 10,1 milhões de seres humanos no que é chamado de "abaixo da linha de pobreza".

Retornando aos números da renda per capita. Há 29 anos o PIB brasileiro era superior ao da China em US$ 102 bilhões  (462 x 360). Ao longo desse período, vimos aquele país nos igualar e, rapidamente, nos ultrapassar, tornando-se a segunda economia mundial no momento atual.

A Ásia tirou o atraso nas décadas seguintes. Hoje, a renda média de um asiático está a poucos anos de equiparar-se à de um sul-americano. Há 38 anos, a primeira era 1/4 da segunda.

Na nossa região, o Chile destoa dos demais países e deve sagrar-se o primeiro sul-americano desenvolvido na próxima década.

O Peru celebra duas décadas de crescimento e estabilidade constantes. A renda per capita subiu de US$ 1,9 mil para US$ 6,6 mil no período, com reflexos na estrutura social do país de 32 milhões de habitantes. A proporção de pobres recuou de 55% para 22% da população com programas de auxílio e de proteção social.

Na África negra, o candidato é Botsuana, que decuplicou o PIB nas últimas quatro décadas, após praticar, há 50 anos, regimes abertos na política e na economia. Sua renda per capita ultrapassou a brasileira em 2014 e não vai parar tão cedo de abrir distância.

Enquanto tudo isso aconteceu lá fora, aqui o nosso Brasil continuou adormecido e engarrafado de gente corrupta e incompetente. Apenas a nossa lentidão foi veloz.

20 abril 2019

MANIFESTO PÓS-FUTURISTA





Acaba de chegar ao Brasil, com prefácio de janeiro de 2019, o livro "Depois do Futuro", de Franco Berardi, publicado originalmente em 2009, no aniversário de cem anos do Manifesto Futurista.


Manifesto Futurista foi escrito pelo poeta italiano Fillipo Tommaso Marinetti e publicado no jornal francês Le Figaro em 20 de fevereiro de1909. Segundo Berardi, este manifesto marcou a fundação do futurismo, um dos primeiros movimentos da arte moderna. Consistia em 11 itens que proclamavam a ruptura com o passado e a identificação do homem com a máquina mecânica de metal reluzente, a velocidade e o dinamismo do novo século.

Em seu livro, o autor afirma que no decorrer de um século (1909-2009), essa máquina visível no espaço da cidade se transformou em uma maquina invisível, interiorizou-se, tornou-se infomáquina, biomáquina, nanomáquina, potência penetrante que se autogera e canibaliza o tempo.

O que quer dizer "futuro"a essa altura? Na época moderna, os indivíduos puderam construir uma biografia para si mesmos, ter lembranças pessoais, imaginações próprias. Homens e mulheres eram força-trabalho à disposição da máquina produtiva, mas eram também pessoas com seu corpo, com sua memória pessoal e de grupo. Agora, o tempo de vida se apresenta como um mosaico de fragmentos celularizados, células de tempo a serem emprestadas à rede. O que resta da singularidade de percursos biográficos individuais?, pergunta o autor.

Berardi faz um balanço das ideias de porvir gestadas na aurora das vanguardas artísticas e políticas do século passado. O autor articula filosofia, política, arte, cinema e literatura para fazer uma diagnóstico crítico do nosso tempo e lançar o seu "Manifesto Pós-futurista", contendo também 11 itens.

Manifesto Pós-futurista

1. Queremos cantar o perigo do amor, a criação diária da energia doce que nunca se dispersa.

2. A ironia, a doçura e a rebelião serão elementos essenciais da nossa poesia.

3. A ideologia e a publicidade exaltaram até agora a mobilização permanente das energias produtivas e nervosas da humanidade para o lucro e para a guerra; nós queremos exaltar a ternura, o sonho e o êxtase,  a fragilidade das necessidades e o fazer dos sentidos. 

4. Afirmamos que a grandiosidade do mundo enriqueceu-se com uma beleza nova, a beleza da autonomia. Cada um tem o seu ritmo e ninguém deve ser obrigado a correr em velocidade uniforme. Os automóveis perderam da raridade; sobretudo, não podem mais desempenhar a tarefa para a qual foram concebidos. A velocidade se tornou lenta. Os automóveis estão imóveis como estúpidas tartarugas no tráfego das cidades. Apenas a lentidão é veloz.

5. Queremos cantar o homem e a mulher que se acariciam para se conhecer melhor e conhecer melhor o mundo.

6. É necessário que o poeta se esbanje com calor e generosidade para aumentar a potência da inteligência coletiva e para reduzir o tempo do trabalho assalariado.

7. Só há beleza na autonomia. Nenhuma obra que não expresse a inteligência do possível pode ser uma obra de arte. A poesia é uma ponte lançada sobre o abismo do nada para criar compartilhamento entre imagens diferentes e libertar a singularidade.

8. Estamos sobre o promontório extremo entre os séculos. Temos que olhar para trás de nós para relembrar o abismo de violência que a agressividade militar e a ignorância nacionalista podem desencadear a qualquer momento. Vivemos há muito tempo na religião do tempo uniforme. A eterna velocidade onipresente já está atrás de nós, na internet; por isso, agora podemos esquecê-la para encontrar nosso ritmo próprio.

9. Podemos ridicularizar os idiotas que difundem o discurso da guerra, os fanáticos da competição, os fanáticos do deus barbudo que nos incita ao massacre, os fanáticos aterrorizados pela feminilidade desarmaste que há em todos nós.

10. Queremos fazer da arte uma força de mudança da velocidade da vida, gostaríamos de abolir a separação entre a poesia e a comunicação de massa, gostaríamos de tirar a mídia do comando dos mercados para entregá-la aos sábios e poetas.

11. Cantaremos as multidões que podem, enfim, libertar-se da escravidão do trabalho assalariado, cantaremos a solidariedade e a revolta contra a exploração. Cantaremos a rede infinita do conhecimento e da invenção, a tecnologia imaterial que nos liberta do cansaço físico. Cantaremos o intelectual rebelde, que executa um trabalho precário, mas que se põe em contato com o próprio corpo. Cantaremos a infinidade presente e não teremos mais necessidade do futuro.

11 abril 2019

A MÁQUINA DE FAZER CABEÇAS

(...) "O que quer que uma pessoa possa ser, se você quer ser uma, delete suas contas nas redes sociais", afirma Jaron Lanier.

Jaron Lanier é cientista, músico e escritor, mais conhecido pelo trabalho em realidade virtual e sua defesa do humanismo e da economia sustentável no contexto digital, autor de diversos livros de crítica sobre a Era Digital, lançou em 2018 seu quarto livro, no qual denuncia o Vale do Silício de um modo geral, e o Facebook, em particular, como uma verdadeira máquina de fazer cabeças.

Lanier batizou a máquina de "Bummer", um acrônimo da frase em inglês "Behaviour of Others, Modified, and Made into an Empire for Rent".

A Bummer é uma máquina com seis partes (A, B, C, D, E, F). A de Aquisição de atenção que resulta na supremacia do babaca. B de meter o Bedelho na vida de todo o mundo. C de Comprimir conteúdo goela abaixo das pessoas. D de Direcionar o comportamento das pessoas de maneira mais sorrateira possível. E de Embolsa dinheiro ao deixar que os maiores babacas ferrem secretamente todas as outras pessoas. F de multidões Falsas e Falsificadoras.

A cada dia, a máquina Bummer está ficando mais forte porque aquilo que os algoritmos precisam, mais do que tudo, são os dados e comportamentos para analisar. Quanto mais matéria prima os algoritmos têm para trabalhar mais eficazes eles se tornam. A retórica das empresas proprietárias das redes sociais é toda sobre fazer amigos e torná-los mais conectados. E ainda assim a ciência revela a verdade.  Pesquisas mostram um mundo que não está mais conectado, em vez disso, sofre de uma sensação maior de isolamento.

O padrão se tornou tão claro que até pesquisas publicadas por plataformas de redes sociais mostram que as redes deixam você triste. Pesquisadores do Facebook praticamente se gabaram de que podiam deixar as pessoas infelizes sem que elas percebessem.

No mundo, a construção da democracia se espalhou por um número de países cada vez maior. Recentemente, na era Bummer, essa construção está dando sinais de desmoronamento impensável e catastrófico: Turquia, Áustria, Estados Unidos, Índia e outras democracias. Em cada caso, segundo conta Lanier, detalhando o que ocorreu nos EUA, a Bummer exerceu um papel proeminente. Brasil (?) - o livro foi escrito antes de nossas eleições. 

Residem aí as razões do pedido de Lanier para que as pessoas excluam suas contas das redes sociais, subsidiado por DEZ ARGUMENTOS PARA VOCÊ DELETAR AGORA SUAS REDES SOCIAIS, frase esta que dá o título ao seu livro e, nele, os argumentos são explicados com detalhes. Vale a pena a sua leitura. A seguir os dez argumentos.

Argumento UM  
VOCÊ ESTÁ PERDENDO SEU LIVRE-ARBÍTRIO

Argumento DOIS  
LARGAR AS REDES SOCIAIS É A MANEIRA MAIS CERTEIRA DE RESISTIR À INSANIDADE DOS NOSSOS TEMPOS

Argumento TRÊS  
AS REDES SOCIAIS ESTÃO TORNANDO VOCÊ UM BABACA

Argumento QUATRO 
AS REDES SOCIAIS MINAM A VERDADE

Argumento CINCO
AS REDES SOCIAIS TRANSFORMARAM O QUE VOCÊ DIZ EM ALGO SEM SENTIDO

Argumento SEIS
AS REDES SOCIAIS DESTROEM SUA CAPACIDADE DE EMPATIA

Argumento SETE
AS REDES SOCIAIS DEIXAM VOCÊ INFELIZ

Argumento OITO
 AS REDES SOCIAIS NÃO QUEREM QUE VOCÊ TENHA DIGNIDADE ECONÔMICA

Argumento NOVE
 AS REDES SOCIAIS TORNAM A POLÍTICA IMPOSSÍVEL

Argumento DEZ
 AS REDES SOCIAIS ODEIAM SUA ALMA




PS.:
Senadores dos EUA propuseram nesta quarta-feira (10), uma lei contra algoritmos e processos de inteligência artificial preconceituosos, com viés de discriminação, nas empresas de tecnologia. As novas regras se aplicariam às empresas com faturamento anual superior a US$ 50 milhões, e/ou às que comercializam informações de consumidores, e/ou às que detêm mais de 1 milhão de usuários.

Essa proposta vem depois que o Departamento de Habitação e Urbanismo americano acusou o Facebook por discriminação em anúncios de moradia. "Os computadores estão cada vez mais envolvidos nas decisões importantes que afetam a vida dos americanos - se alguém pode ou não comprar uma casa, conseguir um emprego, ou até mesmo ir para cadeia", disse o senador democrata Ron Wyden em comunicado de imprensa anunciando o projeto.

Essa reação é proveniente dos efeitos da máquina Bummer, divulgados amplamente por Jaron Lanier. O Congresso americano começou apenas a agir.