Neste domingo, primeiro dia do ano 2023, aqui em Brasília, e no restante do País também, não teremos um clima de ano novo, de paz de união, de otimismo e de esperanças no ano que se inicia. O País está dividido.
Isso se deve ao desfecho de uma caminhada - que já dura cerca de 4 anos - por um Brasil no qual seus cidadãos passaram a viver, passo a passo, sob uma ditadura judicial que rasgou a Constituição Federal para conduzir um condenado em três instâncias, por 9 juízes, a mais de 20 anos de prisão, à chefia do poder executivo da Nação, incluindo suspeitas no processo eleitoral, comentado até no exterior, como nos mostram os dois artigos: artigo1 e artigo2.
Em português, Ana Paulo Henkel nos resume o que foi o Brasil de 2022.
"Não foi apenas todo o ano de 2022 do brasileiro que foi conturbado, o final do ano foi um caos. Eleições nada transparentes, sistema eleitoral comprometido com juízes ativistas que, claramente, favoreceram um candidato corrupto, inconstitucionalidades sendo chanceladas por ministros com o “novo normal jurídico”… A lista de absurdos no Xandaquistão aumenta em uma velocidade alarmante. Sem contar as semanas de “Sobe a rampa. Não sobe a rampa”."
Mas e aí? Como entraremos em 2023?, pergunta Ana Paula. Ela mesmo responde:
"Ninguém sabe. Ok, mas então o que podemos levar para o ano que está para nascer já com medo de nascer velho, se não sabemos o que esperar desse parto? Creio que entraremos em rota de inúmeros medos e também certezas que são de arrepiar. Aquelas que, se concretizadas, trarão o período mais nefasto da nossa história. A pior gangue política que o Brasil, quiçá o mundo, já viu e agora de volta à cena do crime com requintes de crueldade e vingança."
Dessa forma, nesse clima, o dia da posse do ex-presidiário, ao invés de ser um tempo de celebração, está sendo um momento de angústia, derivado de ações dele próprio, de seus amigos e dos amigos dos amigos dele.
Ao longo de sua história, nunca houve no Brasil um presidente que assumisse o cargo com o país tão dividido como está agora. Dando seguimento aos seus discursos de campanha, Lula e sua equipe é um puro “nós” contra “eles”. Quem não votou em Lula não é um adversário – é inimigo, e tem de ser destruído.
Trata-se, portanto, de destruir o Brasil que vem existindo até agora - e colocar em seu lugar a partir do dia 1º. de janeiro de 2023, de preferência para sempre, um regime no qual só existe lugar para quem serve Lula e se serve dele.
A confraternização de Lula com os chefes de alguns governos e vice-versa é fortemente entendida com o auxílio deste vídeo. Ele contém as razões pelas quais o encontro é desejado por todos.
A foto nos revela que as "amizades"são de longo tempo. Desta, no vídeo, por exemplo, só um dos participantes ainda sobrevive.
Todos esses países visitantes se encontram no fundo do poço em consequência do modelo econômico bolivariano do finado Hugo Chavez secundado pelo cubano, símbolo maior do retrocesso que ainda permanece no mundo, incluindo a prisão e morte de presos políticos. O Brasil já não é mais exceção. No momento já são sete brasileiros que se encontram na condição de preso político. Nos encontramos também numa ditadura. Numa democracia não existem presos políticos.
Foi por meio da Lava Jato que se pôde ver as bizarras relações que o Brasil estabeleceu com os governos bolivarianos. Emilio Odebrecht revelou os bastidores de como Chávez lhe encomendou a construção do porto de Mariel, em Cuba, para ajudar o regime dos irmãos Castro. Segundo Emílio, bastou uma ligação de Chávez para Lula.
E assim foi feito. Lula interveio junto ao BNDES para conceder empréstimos que somaram US$ 682 milhões. Como se tratava de uma operação totalmente atípica, o contrato foi classificado como secreto até o ano 2027.
Os bilhões de dólares torrados pelo Brasil na aventura bolivariana do chavismo se tornaram ínfimos diante do prejuízo institucional. Em junho de 2011, após seis meses de ter assumido o Planalto, Dilma Rousseff recebeu a visita de Chávez. Dilma não esperou um minuto para dizer ao colega que não se preocupasse. Lula tinha ido embora, mas com ela seguia tudo igual.
Narcotráfico
Um ex-militar que fez parte do círculo do presidente Hugo Chávez revelou que a justificativa moral para o uso do aparato estatal em favor do narcotráfico foi ensinada por Fidel Castro.
Em uma visita a Havana, o presidente venezuelano revelou ao ditador cubano sua disposição em dar suporte às Farc. No entanto, havia o inconveniente da cocaína. Fidel, sem titubear, corrigiu o discípulo. Disse que a cocaína não era um problema, e sim um instrumento de luta contra o imperialismo.
De forma didática, o cubano convenceu Chávez de que, ao oferecer apoio total e irrestrito aos colombianos, não só fomentaria a revolução no país vizinho como causaria danos aos Estados Unidos. O incremento do tráfico, ensinou Fidel, obrigaria os americanos a gastar mais dinheiro com as ações de repressão e com os tratamentos dos adictos.
O casamento do castrismo com o narcotráfico ocorreu após superadas as exigências de Pablo Escobar que resistia a se aproximar dos irmãos Castro. Estes cada vez mais desesperados por dinheiro, pois as esmolas que recebiam dos russos estavam diminuindo.
A isca lançada pelos cubanos foi a possibilidade de empregar todo o seu aparato militar para acobertar as rotas de tráfico. A ferramenta, vislumbrou Escobar, que possibilitaria burlar a fiscalização dos Estados Unidos. Quando apertou as mãos de Escobar, os cubanos haviam aceitado receber 1 milhão de dólares por dia para que o Cartel de Medellín pudesse usar livremente o espaço aéreo, as águas, os portos e aeroportos e montar um entreposto para estocagem de cocaína.
Cumprimentados por Fidel Castro, Escobar e seu companheiro Roberto Suárez (o maior produtor de folhas de coca e pasta base do planeta) ouviram do ditador: "Vocês serão o míssil com o qual perfuraremos o bloqueio e o injusto embargo que sofre meu país”.
Ontem, quinta-feira (29), à noite, através do site Terra Brasil Notícias, tomamos conhecimento de que: "o presidente Jair Bolsonaro fez uma reunião, na quarta-feira (28), com o alto comando do exército sobre o que ele chama de situação de anormalidade constitucional e pediu o apoio das forças armadas para “barrar” o avanço do judiciário sobre os demais poderes, segundo o interlocutor, Bolsonaro apresentou vários indícios de que houve desvirtualidade do poder judiciário em favor do presidente eleito Lula.
Na reunião o comandante do Exército, General Freire Gomes disse que seriam 20 dias de glórias e 20 anos de problemas e disse que o Exército não apoiaria e não atenderia ao chamado do presidente para moderar a situação entre os poderes, entre os pedidos que seriam feitos estaria o adiamento da posse de Lula por 6 meses até uma investigação por um grupo de juristas sobre as decisões tomadas por ministros do STF e do TSE.sonaro foi obrigado a desistir de acionar ou requisitar as forças armadas para fazer um freio de arrumação no país.
Sem apoio do Exército e com a Aeronáutica contra qualquer ação que pudesse ir de encontro ao judiciário, o presidente Bolsonaro foi obrigado a desistir de acionar ou requisitar as forças armadas para fazer um freio de arrumação no País.
Bolsonaro viaja nessa sexta-feira mas fará um pronunciamento a nação e aos brasileiros que protestam há mais de 50 dias nas ruas do Brasil e a frente dos quartéis, não se sabe por qual canal ele falará mas provavelmente fará uma Live nas suas redes sociais." É o texto do Terra Brasil Notícias.
A informação repercutiu nas redes sociais e o deputado federal eleito pelo estado de Goiás a reproduziu em seu Twitter, ao mesmo tempo em que expressou sua primeira opinião sobre o ocorrido. Imagens abaixo.
A notícia foi confirmada nesta manhã (30) com a realização de live do Bolsonaro diretamente do Palácio da Alvorada, sob o seguinte título: "Prestação de contas e atual momento político brasileiro", acessível, na íntegra, no link a seguir.
Em seguida o Presidente se dirigiu à Base Aérea de Brasilia e decolou rumo aos EUA. “Estou em voo, volto em breve”, disse Bolsonaro à CNN.
Jair Bolsonaro fez tudo que podia pelo povo. Se cometeu erros no caminho, foi tentando o melhor para o Brasil. É um autêntico herói. Que a história lhe faça justiça. Boa sorte, PR!
* * *
Obviamente as reações ao pronunciamento do Presidente foram imediatas, entre elas a que reproduzimos no video e na imagem a seguir.
O ex-presidiário anunciou nesta quinta-feira, 29, os 16 "jogadores" que se somarão aos 21 anunciados há uma semana.
O petista comparou a escolha do seu time com a seleção que Tite convocou para a Copa do Mundo de 2022. “A sociedade elogiou a escalação dele e achou que ganharíamos a Copa do Mundo”, declarou. “Quero que vocês ganhem essa Copa e que a gente receba o título de melhor governo do mundo.”
O Brasil inteiro conhece a seleção escolhida pelo descondenado. E não foi porque seus componentes marcaram gols no passado, e sim pelos "lances sensacionais" de, grande parte deles, que ocupou manchetes policiais.
Mais uma vez LULA NA VANGUARDA DO ATRASO. O chefe do PT nem esperou o dia da posse para confirmar a opção pelo passado, conforme foi explicado no artigo dos jornalistas Augusto Nunes e Branca Nunes, que pode ser lido aqui.
Por fim, o petista ainda ameaçou aqueles que perderam as eleições: “Fiquem quietinhos”.
Confira os novos "jogadores" do petista:
Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias;
Secretaria de Comunicação Social, deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS);
Agricultura e Pecuária, deputado federal Carlos Favaro (PSD-MT);
Integração e Desenvolvimento Regional, governador do Amapá, Waldez Góes (PDT);
Pesca, deputado federal André de Paula (PSD-PE);
Previdência, Carlos Lupi (PDT);
Cidades, Jader Filho, presidente do MDB do Pará;
Comunicações, deputado federal Juscelino Filho (União-MA);
Minas e Energia, senador Alexandre Silveira (PSD-MG);
Desenvolvimento Agrário, deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP);
Esporte, ex-jogadora de vôlei Ana Moser;
Meio Ambiente, deputada federal Marina Silva (Rede-SP);
Planejamento e Orçamento, senadora Simone Tebet (MDB-MS);
Turismo, deputada eleita Daniela do Waguinho (União-RJ);
Quando a URSS desmoronou, o mundo foi induzido a pensar que os ideais socialistas e comunistas estavam soterrados para sempre. A Revolução Russa de 1917 e seus desdobramentos, pareciam fadados ao esquecimento e ao ostracismo, tendo em vista a catástrofe humanitária que provocou. Acreditava-se, então, que o totalitarismo soviético responsável pela miséria generalizada e pela morte de dezenas de milhões de pessoas, tivesse o mesmo destino de seu irmão siamês, o nazismo.
Segundo a publicação "O livro negro do comunismo: crimes, terror, repressão", o comunismo matou mais de 94 milhões de pessoas. Estimativa do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique), órgão público francês.
Contudo, quando Lenin e Trotsky tomaram o poder do Império Russo, o fizeram com a ajuda de pessoas poderosíssimas que, aparentemente, não faziam parte do esquema revolucionário.
Agindo na sombra ou de forma bastante discreta, os seus colaboradores forneceram elementos materiais necessário à revolução. Esses cúmplices invisíveis tinham grande influência nos corredores do poder ou uma grande capacidade financeira. Dentre eles, citados na literatura que trata desse período, encontramos:
No campo político: Alfred Milner, então membro do Gabinete de Guerra do primeiro-ministro britânico David Lloyd George e Edward Mandell House, principal assessor do presidente Thomas Wilson e eminência parda do governo americano. Com o apoio desses poderosos, os líderes revolucionários, Lenin e Trotsky, conseguiram inúmeras facilidades diplomáticas, além de ajuda prática como armas, munições e vagões blindados.
Dos dois principais centros financeiros do mundo saíram colaborações - dinheiro, muito dinheiro - que tornaram possível a revolução.
Em Wall Street, Jacob Henry Shiff, que comandava o banco "Kuhn, Loeb & Co., que arrecadou milhões de dólares entre seus sócios e parceiros. Adicionalmente, nomes como Rockefeller, Morgan, Harriman, Vanderlip e alguns outros envolvidos com a criação do FED, doaram somas substanciais para concretizar a URSS.
Em Londres, os irmãos Warburg fizeram a mesma coisa com outros banqueiros europeus, incluindo a família Rothschild.
Entre 1918 e 1922, todos foram recompensados, por exemplo: o banco Schiff recebeu 600 milhões de rublos em ouro, a Standard Oil, dos Rockefeller, ganhou o monopólio do petróleo russo vendido na Europa e Harriman ganhou uma embaixada e o controle do comercio exterior soviético.
A ação dos bolcheviques também contou com a ajuda de um simultâneo e sistemático processo de ocultação, que envolvia desde importantes órgãos de imprensa de alcance internacional até as universidades sustentadas pela "filantropia" desses mesmo personagens.
Como no ditado que garante que o melhor truque do Diabo é fingir que não existe, após a queda da URSS o pensamento totalitário saiu do cena. Mas, devido à sua característica parasitária, o comunismo possui uma incrível capacidade de se renovar.
A permanente transformação ocorrida no seu desenvolvimento manteve apenas as características vitais à sua existencial. Aquilo que começou como um desejo de revolta armada, depois pela destruição institucional da dialética negativa e pela conquista da hegemonia cultural, agora está representado pelo subjetivismo de agenda identitária (a ser tratada em um próximo artigo).
Por mais que uma infinidade de autores tenha demonstrado todo tipo de engano do comunismo, ele permanece vivo na cultura e no espírito das pessoas. Revelar os seus pecados parece que apenas os fortaleceu. O comunismo está errado e faz pouco-caso disso.
Durante o programa Oeste Sem Filtro, desta quarta-feira, 28 de dezembro de 2022, um dos temas comentados, pela bancada do programa, foi a promessa feita pelo então governador do Maranhão, Flávio Dino, durante o ato de sua posse em janeiro de 2015. O então governado e futuro ministro da Justiça do ex-presidiário não a cumpriu. - Ouça-a aqui -
A promessa feita naquela data nunca foi cumprida em seus dois mandatos de governador do estado do Maranhão, 2015-2022. Bem ao contrário do que prometeu, a pobreza de sua população se tornou ainda mais acentuada, é o que mostra o gráfico ao lado.
Quase 1,5 milhão de maranhenses luta diariamente para ter, pelo menos, o que comer, é o que revelou uma pesquisa do IBGE sobre a extrema pobreza no país.
No Estado, tem gente morando em palafitas, casas sem água tratada que foram erguidas sobre pedaços de pau em áreas de mangue. A diarista Roseane Costa, entrevistada pelo G1, vive em uma área como essa há 10 anos e já passou por situações bem complicadas. Se a maré sobe, inunda tudo. Em um cômodo só, tem sala, uma rede para dormir e cozinha. E a geladeira está vazia.
Em várias regiões de São Luís, por exemplo, a pobreza só aumenta. Uma realidade que mostra que, em 2021 no Maranhão, mais de 1 milhão e 400 mil pessoas viviam em extrema pobreza. E, de lá para cá, isso não mudou muito.
Segundo o IBGE, o Maranhão é o Estado do Brasil com a maior proporção de pessoas em estado de extrema pobreza. Sendo que, 8,4% dos extremamente pobres do país moravam no Maranhão, em 2021.
E mesmo para quem está empregado o cenário não é bom. O trabalhador maranhense tem o segundo menor salário entre todos os Estados do país. Em 2021, o trabalhador no Maranhão ganhava R$ 1.452, superando apenas o Estado do Piauí (R$ 1.409).
Há ainda quem ganha menos do que o valor encontrado nas pesquisas feitas pelo IBGE. Tem gente que não tem dinheiro para nada, vive de doações e mora nas palafitas do Jaracati, em São Luís.
A Síntese de Indicadores Sociais, que é feita pelo IBGE há mais de duas décadas, mostra que a pobreza monetária tem sido marcante na história do Maranhão.
Texto aborda também a atuação do STF, que extrapola sua competência e afronta o Estado de Direito
EmThe Return of Lula and the Judicial Threat to Brazil’s Democracy, publicado na seçãoThe Americasno domingo (25), a expoente doThe Wall Street JournalMary Anastasia O’Grady entende que o Supremo Tribunal Federal (STF) está buscando limitar o poder do Congresso brasileiro.
O’Grady destaca que o próximo presidente assumirá o cargo com previsões de baixo crescimento do País para os próximos dois anos e sob pressão inflacionária causada pelo excesso de gastos do governo. Ainda assim, mesmo antes da posse, Lula está indicando "sua intenção de deixar os gastos públicos estourarem, deter as privatizações e reverter as reformas destinadas a conter a corrupção”.
"Infelizmente, um presidente populista do Partido dos Trabalhadores prometendo gastar para prosperidade nacional não é a única coisa a temer pelos brasileiros", lamentou O’Grady. "Uma ameaça maior é a Suprema Corte de 11 membros, que está extrapolando sua jurisdição e desrespeitando o Estado de Direito por razões políticas sem consequências".
A jornalista lembrou que Lula tem o aval dos ministros do Supremo Tribunal Federal que lhe dão, não só base jurídica para continuar governando quanto, silenciam os opositores executando prisões, inclusive de parlamentares, banimentos e censuras das redes sociais, cobrando multas milionárias e até mesmo determinando o bloqueio de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.
"Uma coisa é um Poder guardar zelosamente suas próprias prerrogativas. Mas quando a mais alta corte se torna aliada de políticos ideológicos e corruptos, a democracia corre um grave perigo. O Brasil chegou a esse momento”, diz o texto, que esboça grande inquietação com o rumo que o País está tomando.
Na avaliação de O’Grady, o tribunal superior politizado ainda é uma ferida aberta para um público que está rapidamente perdendo a confiança nas suas instituições.
"A decisão da Suprema Corte brasileira de 2019 – por uma estreita maioria – de libertar Lula da prisão chocou a nação. O público aplaudiu os promotores que o condenaram em 2017 por acusações de corrupção e que desvendaram um esquema mais amplo de propinas multimilionárias orquestrado por seu Partido dos Trabalhadores. O enorme escândalo envolveu empresas, congressistas de vários partidos, a companhia estatal de petróleo, o banco nacional de desenvolvimento e muitos governos estrangeiros", explicou a jornalista.
No entender de O’Grady, "as provas contra Lula eram sólidas e sua condenação havia sido confirmada por dois tribunais de apelação".
"Mas o tribunal superior reverteu seus próprios precedentes e anulou a decisão. Sabia que o prazo de prescrição não deixava tempo para um novo julgamento. Lula foi solto, mas nunca exonerado", enfatizou.
O’Grady ressaltou que "o ativismo judicial não parou por aí".
"Durante a campanha mais recente, o tribunal eleitoral do país – que incluía três juízes da Suprema Corte – censurou os críticos de Lula, incluindo um juiz aposentado da própria Suprema Corte, que apontou que o candidato foi libertado por uma questão técnica, mas não inocentado".
"O mesmo tribunal também censurou outros discursos políticos de líderes empresariais, membros eleitos do Congresso e plataformas de notícias e entretenimento à direita. Isso foi realizado com o auxílio da 'assessoria especial para combater a desinformação' do Tribunal Superior Eleitoral, que atua como um ministério da verdade", como descrito no livro"1984", de George Orwell, publicado em 1949, que oferece a visão de um pesadelo satírico político de um mundo totalitário.
Outra preocupação descrita por O’Grady é a falta de limitadores para a ação do STF. Recentemente, um juiz do Supremo afirmou que o Congresso não tem o poder de usar um teto para negar aumentos em certos gastos sociais que Lula quer.
"Isso é um absurdo – como nos EUA, a Constituição brasileira dá aos legisladores o poder do orçamento. Mas na semana passada o Congresso cedeu à pressão e removeu o limite", escreveu O’Grady.
Na visão da jornalista, “Lula é um político esperto e vai querer reconstituir uma rede multipartidária de legisladores que o deixarão fazer o que quiser, desde que negociado. Tudo indica que o STF está pronto para ajudar usando seu poder, incluindo a ameaça de processo criminal, para pressionar os legisladores que hesitam em cooperar”.
O’Grady encerra o texto citando preocupações de Armínio Fraga na frente fiscal.
"Vejo velhas ideias que nunca funcionaram para nós. Estamos prestes a ver uma enorme expansão fiscal em uma economia que não está mais em crise", disse o ex-presidente do Banco Central. Novos estímulos que poderiam elevar o déficit orçamentário primário para 2% "não fazem sentido".
No final, possivelmente Lula ficará sem o dinheiro de outras pessoas. Mas isso dificilmente pode ser um conforto para os brasileiros, provocou O’Grady.
A imprensa oficial vem ignorando de perto as revelações do Twitter Files –uma série de e-mails e documentos internos que mostram o que pessoas atentas já suspeitavam: o Twitter, uma das maiores redes sociais do mundo, passou os últimos anos implementando censura sob medida, por encomenda. E o pior: a empresa fez isso não apenas por conta própria, seguindo seu Conselho de Nicéia interior, mas também a mando do FBI –tarefa pela qual recebeu mais de US$3 milhões de dinheiro público.
De acordo com informações publicadas no Twitter pelo próprio Elon Musk, novo proprietário do Twitter, e por jornalistas como Matt Taibbi, Bari Weiss, Michael Shellenberger e Lee Fang, a censura beneficiou ao menos 2 grupos que politicamente se entrelaçam e formam uma massa uniforme de ideologia inexplicável: esquerdistas que defendem a ideologia identitária financiada pelos maiores monopólios e bancos de investimento; e o consenso pseudocientífico financiado pela indústria farmacêutica que negou o tratamento da covid-19 com medicamentos baratos, seguros e sem patente, enquanto promovia uma vacina que não impede o contágio.
Uma frase repetida nesta pandemia sintetiza o que a investigação do Twitter vem confirmando: “97% dos cientistas concordam com quem financia os seus estudos; os outros 3% foram censurados”. Assim foi criado o “consenso” em torno do lockdown e da vacina-que-não-impede-o-contágio: com censura aplicada por um consórcio entre o grande capital e o governo. No caso do Twitter, revelações mostram influência direta e documentada do FBI e até do Pentágono na censura e na criação de psy-ops ou operações psicológicas.
Esse amálgama entre poder público e privado está se tornando indissociável, e cada vez mais se assemelha a uma distopia tecnofascista. No Brasil, por exemplo, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contratou uma empresa privada para “monitoramento on-line e em tempo real da presença digital do TSE e de temas de interesse da Justiça Eleitoral em redes sociais”. A empresa também entrega “alertas em tempo real, por app, e-mail, SMS ou WhatsApp, e relatórios analíticos sobre a ação estratégica para a atuação nas redes sociais”.
Essa contratação foi realizada pouco antes de o mesmo TSE publicar uma lista de “expressões racistas”, uma ode à estupidez que me envergonha reproduzir aqui, mas que temo poderá ser usada para perseguir inimigos da casa e do poder-du-jour. A lista de palavras a serem evitadas, que podem virar crime num futuro de trevas cada vez mais plausível, inclui coisas como “meia-tigela, cabelo ruim, chuta que é macumba, denegrir, esclarecer, feito nas coxas” e outras aberrações intelectuais que revelam mais sobre a mente de quem fez a lista do que de quem diz as palavras.
Me envergonha, é claro, morar num país com uma corte de meia-tigela que denigre a tradição dos grandes juristas do país, ainda que nossas cortes tenham sido a casa judicial de um “negro de primeira linha”, como disse o ministro Roberto Barroso ao se referir ao nosso juiz Joaquim Barbosa.
A saber: não vejo nada criminoso com a fala do ministro Barroso, tampouco maldade. Acredito que ele teve boa intenção, e não sei se aquilo escapou por preconceito, falta de tato, consumo de álcool ou qualquer outra possibilidade que não me cabe analisar ou especular porque tenho mais o que fazer. Essa é uma das vergonhas da nossa era: até recentemente, psicólogos tinham que passar anos analisando uma pessoa, examinando os escaninhos mais recônditos da sua mente para poder dar uma opinião sobre sua personalidade. Hoje, basta uma palavra para abrir o alçapão da condenação peremptória, desonesta e incivilizada.
Barroso pediu desculpas, ainda que num mundo com a devida sanidade e racionalismo ninguém lhe pudesse ter exigido isso além do próprio ofendido, se de fato se sentisse como tal. Mas junte as duas coisas –uma lista de palavras proibidas, e uma empresa paga para achar postagens na internet– e temos um cenário preparado para o tecnofascismo que mencionei acima. Em breve viveremos todos num circo gigante de surrealismo inominável onde só quem se faz de palhaço e jura que 2+2 não é 4 vai conseguir escapar da bota da lei.
Voltando ao Twitter Files, segundo as revelações iniciais, o Twitter deliberadamente baniu da plataforma notícias que diziam respeito ao conteúdo encontrado no laptop de Hunter Biden, filho do então candidato a Presidência dos EUA, a 3 semanas das eleições presidenciais. Diante das revelações, a desculpa oficial foi a de que o Twitter tem restrições –possivelmente corretas, a meu ver– sobre a divulgação de material hackeado. Mas o laptop de Hunter Biden não foi hackeado. Ele foi deixado, ou esquecido, em uma loja de manutenção de computadores, e depois de meses sem ter sido coletado, ele foi entregue pelo dono da loja ao FBI –o mesmo FBI que insistiu que as reportagens sobre o assunto eram propaganda russa.
Quem acha que o laptop tinha apenas imagens salaciosas do 1º filho fumando craque e tendo relações sexuais está enganado. De fato, essas imagens existem, mas a parte mais interessante é sobre as relações do seu pai, Joe, com a Ucrânia. Segundo esta reportagem do USA Today (e várias outras), Biden teria condicionado a entrega de US$ 1 bilhão à demissão de um procurador no país.
Mark Zuckerberg revelou em agosto deste ano –mais de 2 anos depois das eleições norte-americanas– que o Facebook foi instado pelo FBI a diminuir o alcance de todas as notícias referentes ao laptop de Hunter Biden antes das eleições que deram a vitória a seu pai. Em entrevista a Joe Rogan, que tem uma das maiores audiências do mundo, Zuckerberg revelou que “o FBI veio até a gente –até algumas pessoas da nossa equipe– e disse tipo ‘oi, só pra vocês saberem, fiquem alertas. A gente acha que teve muita propaganda russa nas eleições de 2016, e a gente tem informação que basicamente vai haver liberação de material tipo aquele [de 2016]”.
A Rússia de fato trabalha com psy-ops, manipulação de massas e desinformação, e eu mesma escrevi sobre isso quando resolvi descumprir meu acordo contratual de não-revelação (NDA, ou non-disclosure agreement), para poder contar minha experiência trabalhando para a produtora da TV russa RT em Berlim.
O fato de a Rússia ser frequentemente culpada de manipulação não deveria permitir sua condenação no atacado. Cada caso é um caso, e a falsa atribuição de culpa sobre um inocente se transforma na absolvição injusta de um culpado. A Rússia vem negando participação no caso do laptop, e é possível, provável até, que esteja dizendo a verdade (quem quiser saber mais, vale ler sobre o Dossier Steele, um relatório que associa a eleição de Trump a uma suposta ajuda da Rússia, escrito por um ex-agente secreto do serviço de inteligência do Reino Unido MI-6).
A censura de reportagens sobre o laptop de Hunter Biden, mesmo imoral, consegue ao menos exalar um cheiro de seriedade. Mas grande parte das postagens censuradas mostram que o dinheiro público em mãos privadas está sendo usado para a perseguição descabida, idiotizada e arbitrária de famosos e até desconhecidos, gente com 12 seguidores no Twitter. Tudo isso num país que tem um dos índices de criminalidade mais altos do mundo. Outro detalhe aparentemente menor, mas bastante emblemático, comprova que somos personagens involuntários num roteiro mal escrito, onde os personagens principais são os mais patéticos. Elvis Chan, um agente do FBI em contato direto com executivos do Twitter, fez questão de deixar claro nas suas comunicações oficiais uma informação que ele considerou imprescindível: seus pronomes eram “ele, dele”.
Enquanto tudo isso é revelado, a mídia oficializada está fazendo o que já se tornou sua especialidade: dando uma de joão-sem-braço. Quando não consegue evitar o assunto e sucumbe à pressão da realidade, outras artimanhas se tornam necessárias. Uma delas é o desmerecimento dos jornalistas investigando os documentos do Twitter. Assim como eu virei “jornalista bolsonarista” por trapos jornalísticos financiados por banqueiros, Matt Taibbi é agora frequentemente descrito como “blogueiro de direita” por alguns jornais, e “escritor de newsletter” por outros, ainda que seu jornalismo tenha feito mais para combater o poder descomunal e criminoso de bancos de investimento e Wall Street do que a maioria dos jornalistas autoproclamados “de esquerda”.
Taibbi é autor de uma reportagem icônica que causou mais danos à imagem do mercado financeiro norte-americano do que quase todo panfleto socialista. No artigo sobre a grande bolha financeira que explodiu e provocou uma das maiores recessões nos EUA, Taibbi se refere ao banco Goldman Sachs como “uma lula-vampira-do-inferno agarrada no rosto da humanidade, incansavelmente enfiando seu funil de sangue em tudo que cheire a dinheiro”.
Outro que está tendo sua reputação manchada é Lee Fang, jornalista investigativo daqueles que já quase não existem mais, autor de reportagens excruciantemente bem investigadas que tratam da interseção entre o poder do grande capital e sua influência em guerras, políticas públicas e na decimação da vida natural, como a extinção de abelhas e borboletas com o uso de um herbicida da Monsanto (agora Bayer). Hoje, esses jornalistas são desmerecidos com rasteiras semânticas tipo “blogueiro” e “de direita” –palavras que funcionam como choque elétrico em homens-ratos adestrados, treinados o suficiente pra entender que 2 + 2 nem sempre é 4.
O comandante do Exército, General Marco Antônio Freire Gomes, enviou uma mensagem de Natal aos militares brasileiros ressaltando que as Forças Armadas continuam prontas para cumprir suas missões constitucionais.
Esse mensagem e uma notícia de que o presidente Bolsonaro viajaria aos EUA na virada do ano (segundo Thaís Oyama - UOL), foram dois assuntos comentados acidamente durante o programa PingosNosIs desta sexta-feira (23/12).
O Paulo Figueiredo, nos dois tópicos, apresentou boas justificativas para expressar suas opiniões. Ouça-os no link abaixo.
Íntegra da mensagem de Natal do Exército
O final do ano aproxima-se, e este é o momento para refletirmos sobre os desafios que superamos e, ainda, buscarmos a motivação para prosseguir em nossa missão.
Dois mil e vinte e dois foi um ano intenso para todo o nosso Exército, e, como sempre, vocês cumpriram inúmeras missões, nos mais distantes rincões do Brasil e do mundo.
Foi pela ação de vocês, Soldados de Caxias, que mantivemos a vigilância e a segurança em nossas fronteiras, que projetamos o poder militar do Brasil pelo mundo afora e que permanecemos adestrados e prontos, com o nosso “Braço Forte”, para cumprir todas as nossas missões constitucionais.
Foi, também, por intermédio das mulheres e dos homens da Força Terrestre que a “Mão Amiga” se manteve estendida para o povo brasileiro, atuando na ajuda humanitária, nos resgates após as catástrofes naturais, na entrega de água no semiárido ou nas obras da nossa gloriosa Engenharia.
O sacrifício anônimo de cada um de vocês — no intenso frio dos Pampas, no interior da brasileira Amazônia, debaixo do sol inclemente da Caatinga, no retorcido Cerrado e nas planícies do Pantanal — foi convertido, mais uma vez, em melhoria de qualidade de vida, segurança e soberania para todos os brasileiros.
A confiança que a sociedade deposita em nossa instituição é fruto do trabalho individual de todos, refletido na postura, na atitude e no respeito que o soldado impõe no cumprimento de suas missões.
A hierarquia, a disciplina e a coesão não são apenas pilares que sustentam uma instituição de Estado como a nossa. São marcas indeléveis, que derivam dos nossos valores mais caros e que precisam ser cultivados todos os dias, da mesma forma que nossos veteranos fizeram antes de nós.
Em um ano como o de 2022, esses valores foram, mais uma vez, postos à prova e mostraram para toda a sociedade que o Exército brasileiro continua forte, disciplinado e unido em prol do nosso Brasil.
Mas o final de ano também é o momento de enfatizarmos os laços familiares. O suporte incondicional à família militar e o fortalecimento da dimensão humana estão sempre entre as prioridades da Força. Nesse sentido, procuramos fortalecer o sistema de proteção social, aperfeiçoar o apoio de saúde e a assistência social e religiosa, além de valorizar nossos veteranos e ampliar o Sistema Colégio Militar do Brasil. Aos meus nobres comandados, veteranos e servidores civis, herdeiros do espírito imortal do Duque de Caxias, o pacificador, meus agradecimentos por viverem para servir ao Exército e ao Brasil!
Parabéns pelos resultados obtidos neste exitoso ano! Com o forte sentimento de missão cumprida, desejo a todos um Natal repleto de alegrias e boas memórias. E um 2023 cheio de paz, união, liberdade e realizações!
Em À imageme semelhança do PT, o Estadão constata "que é absolutamente decepcionante para o País verificar a composição dos Ministérios que vai sendo delineada pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva".
"A rigor, ninguém pode dizer que está surpreso com tal situação. O passado petista nunca possibilitou qualquer esperança de um governo do PT politicamente aberto e plural. Ao longo da história da legenda, observa-se uma firme constante: sempre consideraram que eles, apenas eles, têm as soluções para o País".
"A legenda nunca foi capaz de enxergar nada de bom além de suas linhas. A partir daí entende-se também, por exemplo, o esquema do mensalão. Para o PT, os outros partidos, desprovidos de ideias e propostas, seriam apenas peças de manobra disponíveis para compra", acrescenta.
"Não há, portanto, nenhuma novidade na composição que vai se delineando para o terceiro governo de Lula. É o PT sendo o PT".
“Diante das grandes necessidades do País, não deixa de ser frustrante — reiteradamente frustrante — constatar que Lula e seu partido não entenderam nada, não aprenderam nada, não mudaram nada”.
Portanto, o jornal não se diz surpreso pelas ações do PT, mas omite que apoiou sem restrições a candidatura do dono do partido.
Os generais do atraso
Na quinta-feira (22) os generais da vanguarda do atraso,foram rápidos no suprimento de informações que estão levando o consórcio de imprensa a emitir tais opiniões, como foi o caso da Folha, no dia seguinte a tais informações.
Entre esses generais, está o futuro ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, que descartou a privatização da Autoridade Portuária de Santos – a maior do país. “A Autoridade Portuária vai continuar estatal”, declarou.
Ora, a privatização do Porto de Santos, em São Paulo, é um projeto do governo Bolsonaro. O Porto de Santos, em 2018, dava um prejuízo de quase meio bilhão de reais. Após a chegada do governo Bolsonaro, esse prejuízo foi revertido para um lucro que, agora em 2022, atingirá um saldo de meio bilhão de reais.
Nas previsões feitas por Freitas quando ainda era ministro, a concessão do Porto de Santos pode gerar R$ 18,5 bilhões em melhorias e ampliação, além de R$ 2,9 bilhões para a criação de um túnel subterrâneo que ligará o porto a Guarujá.
Relembrando: Em quatro anos, Bolsonaro contratou R$ 116 bilhões em investimento privado em transportes
Em quatro anos, o governo de Jair Bolsonaro (PL) garantiu um total de R$ 116,4 bilhões em investimentos privados em obras de infraestrutura de transportes por meio de concessões e arrendamentos. O valor veio da realização de 100 leilões de ativos nos modais aeroportuário, portuário, ferroviário e rodoviário, entre 2019 e 2022, que renderam ainda R$ 27,47 bilhões em outorgas pagas ao governo.
Desde 2019, 49 aeroportos foram concedidos à iniciativa privada, rendendo um aporte de R$ 17,3 bilhões das vencedoras dos leilões nos próximos anos para a manutenção e modernização dos terminais aéreos. Entre os destaques, o leilão do direito de exploração do Aeroporto de Congonhas (SP), o segundo mais movimentado do país, que foi arrematado em agosto pelo grupo espanhol Aena.
No setor portuário, foram garantidos mais de R$ 6,5 bilhões em investimentos privados. Além de 36 terminais arrendados, pela primeira vez na história foi desestatizada uma administradora portuária, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), responsável pelos portos de Vitória e de Barra do Riacho. O vencedor do leilão, realizado em março deste ano, foi o Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Shelf 119 - Multiestratégia.
O negócio assegurou R$ 850 milhões em investimentos para os próximos 35 anos de contrato, sendo R$ 334,8 milhões em novas instalações e melhorias e R$ 515 milhões em obras de manutenção, como de dragagem dos canais de acesso aos terminais.
No modal rodoviário, foram concedidos sete lotes de rodovias, que preveem contratualmente R$ 48,9 bilhões em investimentos das concessionárias. Entre os leilões de maior relevância, destacam-se o sistema formado pela Nova Dutra (BR-116) e Rio-Santos (BR-101), que tem R$ 14,8 bilhões em investimentos previstos, e a Rio-Valadares (BRs 116, 465 e 493), que teve R$ 11,3 bilhões contratados.
Além disso, R$ 43,7 bilhões foram garantidos em sete projetos ferroviários. Foram concedidas a Ferrovia Norte-Sul (FNS) e a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol I), e renovados antecipadamente os contratos com a Rumo Malha Paulista (RMP), a Estrada de Ferro Carajás (EFC), a MRS Logística S.A e a Estrada de Ferro Vitória-Minas, a qual permitiu ainda, pelo mecanismo de investimento cruzado, o início das obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico I).
Em outra frente, o programa Pro Trilhos, lançado em 2021 a partir da entrada em vigor aprovação de um novo modelo para construção de ferrovias por meio de autorizações federais, já viabilizou a execução de 32 projetos, que têm potencial para implantar 10,9 mil km de novos trilhos em 15 unidades da Federação. Ao todo, são projetados até R$ 149,6 bilhões em investimentos privados nas próximas décadas.
Confira os leilões realizados de 2019 a 2022, neste link.
Nesta quinta-feira, 22, o batalhão de sumidades que atendeu pelo nome de “equipe de transição do governo Lula” prometeu entregar uma síntese do programa que o candidato do PT manteve na clandestinidade durante a campanha. Fake News!
A leitura do documento de cem páginas é uma viagem por vigarices, tapeações, velhacarias e ideias de jerico que transformam os comandantes da multidão em generais da vanguarda do atraso. “Pela primeira vez”, poderia ter emendado Lula na discurseira, um presidente da República mobilizou quase mil pessoas na montagem de um papelório que pode ser reduzido a uma só proposta: destruir o que foi construído pelo governo de Jair Bolsonaro.
Das cem páginas, 46 descrevem minuciosamente uma “herança perversa” (nome que substituiu a “herança maldita” de Fernando Henrique Cardoso) que teria sido deixada por Jair Bolsonaro. Outras 30 são ocupadas pelos nomes dos componentes da equipe, mostra a reportagem de capa desta edição. O texto descreve em detalhes esse avanço do atraso.
Com a ajuda de Aloizio Mercadante (BNDES), Fernando Haddad (Fazenda), Flávio Dino (Justiça) e outros 35 ministros, Lula planeja a destruição de tudo o que foi feito nos últimos quatro anos para melhorar o país.
Este é um dos assuntos que a Oeste expõe neste fim de semana, em artigo dos jornalistas Augusto Nunes e Branca Nunes. Confira-o a seguir.
LULA NA VANGUARDA DO ATRASO
O chefe do PT nem esperou o dia da posse para confirmar a opção pelo passado
É a primeira vez que um presidente da República começa a governar antes da posse”, vangloriou-se Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 22 de dezembro, ao receber o “Relatório Final do Gabinete de Transição”, um monumento ao besteirol erguido por quase mil devotos da seita que tem como único deus um delinquente descondenado pelo Supremo Tribunal Federal. Incumbida de recensear os mais graves problemas do país, e sugerir soluções para todos, a legião de gênios da raça concluiu que o Lula modelo 2023 terá de reprisar o milagre que operou há 20 anos: mesmo emparedado pelo desastroso legado do sucessor, o enviado da Divina Providência saberá salvar a pátria em perigo. Tal façanha vai garantir-lhe uma nota 10 com louvor no Juízo Final, além da admiração que merece o único estadista do mundo que não aprendeu a escrever nem leu sequer uma orelha de livro por achar que isso é pior que exercício em esteira.
A senha para a conversa fiada foi recitada por Geraldo Alckmin, o vice-presidente eleito. Nascido e criado no ninho do PSDB, essa intrigante espécie de tucano demorou meio século para ver a luz. Era carola juramentado desde os 20 e poucos anos quando, perto dos 70, virou socialista, conseguiu tornar-se reserva do maior inimigo e gostou tanto do parceiro que o acompanhou de cócoras no caminho de volta à cena do crime. Entre um “Viva Lula” berrado no palanque e um “Lula é um gênio” sussurrado no almoço da família, Alckmin reza até em latim para que não haja inversões de posição na fila baseada em critérios biológicos. Era alguns anos mais novo que Mário Covas quando a morte do titular transformou o insosso vice em governador de São Paulo. É sete anos menos idoso que Lula. Enquanto espera, aprende a letra de hinos esquerdistas e bajula o dono do cargo que cobiça.
No palavrório que precedeu o sermão do chefe, Alckmin jurou que Lula vai lidar com uma “herança perversa” — ainda mais assustadora que a outra. Menos de um ano em péssima companhia bastou-lhe para aprender a mentir sem ficar ruborizado (e sem temer estágios no purgatório). Ele sabe que a “herança maldita” atribuída a Fernando Henrique Cardoso nunca existiu: em janeiro de 2003, caiu no colo de Lula um país com a inflação sob controle, modernizado pelo início da privatização de mamutes estatais e vigiado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Alckmin também sabe que o Brasil deste fim de dezembro é infinitamente melhor que a terra em decomposição e assolada pelo desgoverno de Dilma Rousseff. Mas foi com voz de quem acabou de comungar que acionou o sinal verde para que Lula responsabilizasse Jair Bolsonaro por todos os males da nação, passados, presentes e futuros.
“O resultado é uma fotografia contundente da situação dos órgãos e entidades que compõem a Administração Pública Federal”, falseia o documento fabricado por doutores em arrogância. “Ela mostra a herança socialmente perversa e politicamente antidemocrática deixada pelo governo Bolsonaro, principalmente para os mais pobres. A desconstrução institucional, o desmonte do Estado e a desorganização das políticas públicas são fenômenos profundos e generalizados, com impactos em áreas essenciais para a vida das pessoas e os rumos do país.” Fica combinado, portanto, que Lula tomou posse mais cedo para trazer de volta à vida (e esbanjando saúde) um Brasil sepultado em cova rasa. Não para aprovar ainda neste ano, com o aval dos presidentes da Câmara, do Senado e do TSE, a PEC da Gastança, o estupro do teto de gastos, a chicana que fingiu acabar com o Orçamento secreto que segue em vigor e o loteamento do ministério, fora o resto. Eleito pela coligação que juntou o PT, os demais partidos esquerdistas, democratas de galinheiro, superjuízes do STF e iluminados do TSE, o criminoso sem remédio age com a tranquilidade dos condenados à perpétua impunidade. Cadeia é coisa para os outros.
E 500 dias de gaiola não melhoram ninguém, atesta o comportamento de um Lula mais Lula do que nunca. É ele quem tudo decide, da nomeação de ministros ao tratamento reservado a convertidos e aliados de ocasião. Como os Bourbon, não esquece nada e nada aprende. Continuam sangrando na memória feridas abertas por constatações feitas por quem vê as coisas como as coisas são. Na mesma quinta-feira em que Alckmin voltou a louvá-lo, por exemplo, Lula castigou o vice com o rebaixamento a ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Teria sido um acúmulo de funções se o vice tivesse alguma função além de torcer, acampado no Palácio Jaburu, para que o pior aconteça — ao outro.
Se ocupasse o mesmo cargo na Argentina ou nos Estados Unidos, países em que o vice-presidente comanda o Senado, Alckmin estaria agora mais poderoso. Aqui, o número 2 é indemissível, mas qualquer ministro pode ser despejado do gabinete pelo chefe de governo. É o que ocorrerá caso Alckmin infrinja o Manual do Companheiro. O espetáculo da sabujice não cancela as acusações do aliado recentíssimo ao comandante do maior esquema corrupto da história. Se tivesse aprendido a assimilar tais agravos, Lula seria mais gentil com Simone Tebet e Marina Silva, que fizeram o L no segundo turno. Simone sonhou com o ministério que cuida do Bolsa Família até saber que aquilo não está disponível. Marina ainda caprichava na pose de ministra do Meio Ambiente até que alguém fez a advertência: tanta demora no convite é mau sinal. As duas enfim se deram conta de que é pecado capital admitir que Lula mereceu a temporada na gaiola.
O relatório da turma da transição avisa que o PT segue algemado a fórmulas grisalhas — e insiste em percorrer caminhos que apressam a chegada ao penhasco. Cinco páginas do documento tentam justificar o estupro do teto de gastos. Outras seis são consumidas no esforço para demonstrar que tudo vai melhorar se os 23 ministérios virarem 37. Um latifúndio de 46 páginas detalha a “herança perversa” debitada na conta de Bolsonaro. Em seguida, aparece uma amostra do que os participantes do levantamento batizaram de “revogaço”. Os redatores incluem entre os condenados à morte “oito Decretos e uma Portaria Interministerial que incentivam a multiplicação descontrolada das armas no Brasil, sem fiscalização rigorosa e adequada”. Também é recomendada “a revisão da lista de empresas que se encontram em etapas preparatórias e ainda não concluídas de processos de desestatização, como os Correios e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC)”.
É compreensível que a promoção de Aloizio Mercadante a presidente do banco tenha excitado fregueses castigados por quatro anos de abstinência
Um redator conciso resumiria em uma frase o palavroso conteúdo do relatório: o programa do governo Lula é revogar as medidas aprovadas por Jair Bolsonaro, ressuscitar as que foram sepultadas e dizer ou fazer o contrário do que ele disse ou fez. Os preparativos para a ofensiva do atraso vêm revelando os alvos preferenciais. A vanguarda do primitivismo quer o fim da autonomia do Banco Central, a interrupção das privatizações, a ressurreição do imposto sindical, a engorda do funcionalismo público com o preenchimento das 25 mil vagas que a revolução digital tornou desnecessárias, o desarmamento da população atormentada pela ampliação do arsenal da bandidagem, a redução dos juros e outras velharias há tempos banidas por governantes modernos.
O revogaço se amplia a cada indicação para o ministério. Nomeado ministro da Justiça, o senador Flávio Dino mostrou que, embora se tenha filiado ao PSB, o coração permanece no Partido Comunista do Brasil. “Pedir S.O.S. Forças Armadas é crime”, rosnou, indignado com os incontáveis brasileiros que continuam a manifestar-se diante de instalações militares. Dino nem sabe direito o tamanho da fatia que o Orçamento lhe reserva, mas já comunicou que vai contemplar com mais dinheiro Estados governados por gente disposta a desarmar a população e instalar câmeras nos uniformes da PM.
Incansável caçador de cargos públicos, Márcio França foi premiado com o Ministério de Portos e Aeroportos. Talvez por ter sido prefeito de São Vicente, ali perto, o candidato do PSB derrotado na disputa da vaga de senador por São Paulo reivindicou como brinde o controle do Porto de Santos. Durante o governo Bolsonaro, o velho porto deixou de ser um ancoradouro de corruptos e narcotraficantes para transformar-se num exemplo de sucesso administrativo e político. Já a caminho da concessão, corre agora o risco de cair nas mãos de França. Dirigentes do PT e das siglas que orbitam ao redor do partido mais poderoso acham que em time que está ganhando é que se deve mexer.
Outros indicados nem precisam de entrevistas para que se preveja o que vem por aí. Todo brasileiro com mais de dez neurônios sabe que esses farão o que fizeram no verão passado — e também na primavera, no outono e no inverno. O chanceler Mauro Vieira, de volta ao Ministério das Relações Exteriores que chefiou no governo Dilma Rousseff, retomará a política externa da canalhice aperfeiçoada por Celso Amorim. Enquanto essa obscenidade vigorou, o Brasil invariavelmente escolheu o lado errado. Ditadores assassinos, populistas gatunos, escroques repulsivos — tudo o que há de pior na escória internacional — foram favorecidos pela polidez da cúpula do Itamaraty e pela prodigalidade criminosa dos figurões do BNDES.
É compreensível que a promoção de Aloizio Mercadante a presidente do banco tenha excitado fregueses castigados por quatro anos de abstinência. O argentino Alberto Fernández já informou que conta com generosidade do BNDES para a retomada de obras financiadas com dinheiro brasileiro, a juros de pai para filho. E a hondurenha Xiomara Castro avisou que pegará dinheiro emprestado no dia da posse de Lula.
Para acomodar Aloizio Mercadante no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Lula tenta alterar a Lei das Estatais. A ideia é, entre outros equívocos, reduzir de três anos para 30 dias a quarentena de quem atuou em campanha eleitoral para assumir cargo de administrador ou conselheiro de empresa pública ou sociedade econômica mista.
Criada depois dos escândalos descobertos na Operação Lava Jato, a Lei das Estatais tinha como objetivo interromper o loteamento político dessas empresas. Assim, além da quarentena, foram estipulados requisitos mínimos de experiência e de competência para o preenchimento desses cargos. Sem a Lei, o PT está com o acesso livre aos cofres dessas empresas e a centenas de cargos públicos. Uma reportagem do Estadão de 16 de dezembro deste ano mostrou que o afrouxamento dessa lei criaria uma brecha para 587 indicações, com salários que vão de R$ 214 mil anuais (Companhia Docas do Rio Grande do Norte) a R$ 3 milhões anuais (Petrobras).
Lula também herdará pela primeira vez empresas públicas altamente lucrativas. No ano passado, por exemplo, o resultado líquido dessas companhias fechou próximo de R$ 190 bilhões, 40 vezes mais que os R$ 5 bilhões de 2016 — e cerca de R$ 230 bilhões a mais que o prejuízo de R$ 32 bilhões registrado em 2015.
Outro exemplo de sucesso que corre o risco de ser revogado por Lula é o Novo Marco Legal do Saneamento, aprovado em julho de 2020. Na época, 35 milhões de brasileiros não tinham acesso à água potável e 46% da população não dispunham dos serviços de coleta de esgoto — sendo que dois terços de seres humanos no país não sabiam o que era ter esgoto tratado em casa.
O principal objetivo do Novo Marco é promover a universalização dos serviços, garantindo que 99% da população tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de esgoto até dezembro de 2033. Pelas regras sugeridas, não apenas as empresas públicas, mas também as privadas podem participar dos processos licitatórios para oferecer seus serviços a Estados e municípios. Um dos leilões de maior sucesso foi realizado em Alagoas, então governada por Renan Filho, primogênito de Renan Calheiros. Eleito senador, Renan Filho vai compor a base aliada de Lula.
Só o leilão de Alagoas rendeu ao governo R$ 1,6 bilhão. A expectativa de investimento total é de mais R$ 2,9 bilhões ao longo dos 35 anos de contrato para levar água potável e tratamento de esgoto a regiões do semiárido alagoano.
“O êxito no leilão de hoje, que levantou R$ 4,5 bilhões (somando investimentos e outorga), é o resultado de uma agenda que vai transformar Alagoas em uma terra melhor, primeiramente, para quem vive lá e para quem nos visita”, afirmou na época Renan Filho. “O valor acrescentado ao leilão é muito significativo se considerarmos, especialmente, um PIB anual entre R$ 55 bilhões e R$ 60 bilhões.” Procurado pela reportagem para comentar o retrocesso, sua assessoria de imprensa não respondeu às mensagens.
Com todas essas decisões e ameaças, o Brasil avança em alta velocidade rumo ao atraso. O governo Lula acredita que é possível ganhar uma guerra com sucessivas retiradas.