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31 maio 2023

Política externa brasileira durante os primeiros cinco meses de dois governos

Acertadamente o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, divulgou as ações do primeiros cinco meses do governo Bolsonaro no campo da política externa brasileira, planejadas e executadas pelo Itamaraty sob o comando do então ministro.

É um registro importante para a história do Brasil mas, neste momento, para confrontar diretamente a "política externa" do atual governo, cujo ponto culminante e lamentável ocorreu durante o início desta semana, com o recebimento formal de chefe de Estado concedido ao narcoditador venezuelano Nicolás Maduro, responsável por tortura, espancamento, asfixia, violência sexual, prisões arbitrárias, censura e repressão, segundo o que consta no informe produzido por missão criada pela ONU, e que refuta categoricamente a tese de Lula de que a situação na Venezuela seria apenas uma "narrativa" criada contra Maduro.

Leia a seguir o texto divulgado pelo Ernesto Araújo através de suas redes sociais.

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Recordando.

Nos primeiros 5 meses do governo Bolsonaro, com a nova política externa que eu então conduzi:

- Organizamos uma coalizão de mais de 50 países de todo o mundo que retirou reconhecimento ao regime ditatorial de Maduro na Venezuela, possibilitou a formação do governo legítimo de Juan Guaidó, e só não conseguiu derrubar a ditadura por causa da repressão brutal de Maduro apoiado pelos governos totalitários de Rússia, China e Cuba.

- Realizamos visita presidencial histórica aos Estados Unidos onde estabelecemos as bases de uma aliança Brasil-EUA, com o princípio de que, se queremos ter no Brasil uma verdadeira democracia com economia de mercado (liberdade política e liberdade econômica), nossa principal relação precisa ser com a maior democracia e economia de mercado do mundo, e não com um país totalitário e socialista como a China.

- Criamos o PROSUL, organização para uma integração sul-americana baseada na democracia e livre mercado e no combate ao crime organizado (corrupção/narcotráfico /terrorismo) que forma a essência do Foro de São Paulo. Fechamos o clube de apoio recíproco entre narco-socialistas, que era a UNASUL.

- Renovamos o Mercosul, para que deixasse de ser uma vaca leiteira do Foro de São Paulo e se tornasse plataforma de integração ao mundo, o que se confirmou logo em junho de 2019 com a conclusão do Acordo Mercosul-União Europeia.

- Realizamos visita presidencial também histórica a Jerusalém, concretizando finalmente a amizade profunda sentida pelo povo brasileiro com Israel, ao mesmo tempo em que aumentamos a relação com os países árabes, o que contribuiu para os futuros acordos de paz na região.

- Reorganizamos a relação com a China, sob o princípio de que “queremos vender soja e não vender a nossa alma”, ou seja, relação comercial produtiva, mas sem trazer para o Brasil o modelo chinês de governança e sem condicionar nossas decisões às estratégias do Partido Comunista Chinês.

- Assumimos a presidência do BRICS e demos ao grupo o caráter de simples foro de diálogo e iniciativas técnicas específicas, não de aliança estratégica, que não teria cabimento em se tratando de grupo com presença de dois países totalitários com valores completamente diferentes dos nossos, China e Rússia.

- Assumimos posições na ONU pela preservação da soberania brasileira, não aceitando que organismos internacionais definissem a nossa legislação em temas como aborto, gênero ou educação, e sem subordinar nossa Constituição à Agenda 2030 da ONU.

- Reposicionamo-nos nas negociações do clima para evitar que fossem usadas como pretexto para controlar nossa agricultura, e reorientamos a estratégia para a Amazônia, de modo a centrá-la na atração de investimentos produtivos, exploração sustentável de recursos e criação de empregos, não no financiamento de ONGs pouco transparentes.

- Iniciamos a construção de parcerias estratégicas com grandes democracias como Japão, Índia e Reino Unido.

- Obtivemos o apoio de todos os países da OCDE para nos tornarmos membros, possibilitando o convite oficial que viria em 2021.

- Começamos a mudar a mentalidade da diplomacia brasileira, para que deixasse de bajular tiranos externos e corruptos internos, acomodada em falsas tradições pró-totalitárias, indiferente ao povo, e se tornasse um centro de trabalho pela liberdade, soberania, prosperidade, segurança e valores dos brasileiros.

Todas essas e outras iniciativas começaram a dar frutos imediatamente. Entretanto, com a influência crescente do Centrão, da esquerda e do Partido Comunista Chinês sobre o governo e demais instituições, a partir de 2020 começaram a ser travadas. A partir de março de 2021, quando deixei o governo, foram quase todas abandonadas. Agora, nestes trágicos primeiros meses de governo Lula, estão sendo completamente revertidas. A política externa de Lula e Celso Amorim já conseguiu afundar o Brasil até o pescoço na lama do projeto totalitário e do globalismo destruidor da nossa liberdade, dignidade e soberania.

Visita de Maduro ao Brasil causa constrangimento ao País e entre os líderes sul-americanos

O encontro da União de Nações Sul-americanas (Unasul) acabou na noite desta terça-feira, 30, com agressões de jornalistas por parte de seguranças do narcoditador venezuelano Nicolás Maduro e de agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) confirmou o episódio.

Em toda a sua extensão, iniciada com a chegada do narcotraficante venezuelano ao Brasil, e já no domingo (28), os episódios no aeroporto de Brasília e os que se sucederam mancharam a imagem do Brasil, aqui e no exterior.

Congresso Nacional e presidentes do Uruguai e do Chile condenaram as atitudes e as falas de Lula

Todos condenaram o acolhimento de chefe de Estado oferecido pelo governo brasileiro a um narcoditador detentor de mandato de prisão nos EUA pelo tráfico de drogas.

Já na segunda-feira (29), os senadores Eduardo Girão (CE) e Jorge Seif (SC) apresentaram em Plenário voto de repúdio ao presidente brasileiro.

A senadora Damares Alves (DF) conclamou as mulheres a se vestir de luto, em protesto contra as torturas atribuídas ao governo Maduro em relatórios de entidades não governamentais.

Na Câmara dos Deputados, no que depender de alguns parlamentares, Maduro, deixará o Brasil na condição de preso a ser extraditado aos Estados Unidos. Em ofícios encaminhados à embaixada norte-americana ainda na segunda-feira, 29, os deputado federais Zé Trovão (SC), Bia Kicis (DF) e Gustavo Gayer (GO) pediram a prisão do narcopresidente.

Repercussão sul-americana

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, criticou as declarações de Lula em relação ao regime de Maduro. "Fiquei surpreendido quando se falou do que acontece na Venezuela, de que é uma narrativa”, criticou.

Além do uruguaio, Gabriel Boric, presidente do Chile, disse, no mesmo evento, que a situação da Venezuela “não é uma questão de narrativa, mas de direitos humanos”.

30 maio 2023

TAPAR O SOL COM UM DEDO

Uruguai e Chile reagem a Lula e rebatem tese de que ditadura na Venezuela de Maduro é farsa

“A pior coisa que se pode fazer é tapar o sol com um dedo”, disse Luis Lacalle Pou, presidente do Uruguai, durante reunião com líderes da América do Sul. Ele transmitiu em rede social parte de seu discurso e criticou Lula por dizer que ditadura na Venezuela é 'narrativa'. Acompanhou o presidente uruguaio, no mesmo tom, o presidente do Chile, Gabriel Boric. 

Ambos os presidentes mostraram a Lula que a grandeza de uma nação não está na dimensão de sua área geográfica mas no cérebro de suas lideranças e de seu povo, coisa que o ex-condenado nunca possuiu.

Uma vergonha, mais um vexame para o Brasil perante o mundo. Aqui e lá fora, nunca se irá aceitar que se passe pano para ditaduras, para autoritarismo e miséria absoluta por erros do regimes totalitários.

Luis Lacalle Pou


O BRASIL JÁ NÃO É MAIS EXCEÇÃO

Ontem (29/05) no Palácio do Planalto, Lula recepcionou o ditador venezuelano Maduro. Durante o seu discurso, Lula citou uma integração cooperativa entre as forças armadas dos dois países para combate ao narcotráfico. Seria cômico se não fosse trágico: Lula disse isso ao lado do chefe do Cartel dos Sóis ("Cartel de los Soles"), grupo narcotraficante que opera dentro das forças armadas venezuelanas e é responsável pelo escoamento de 25% de toda a cocaína produzida no mundo.

O termo "Cartel de los Soles" foi usado pela primeira vez em 1993, quando dois generais da Guarda Nacional Bolivariana foram investigados por tráfico de drogas e crimes relacionados. Cada um carregava nos ombros as insígnias de um único sol que caracteriza os generais de brigada, dando origem ao nome "Cartel del Sol".

Leonardo Coutinho em seu livro "Hugo Chávez - o espectro" nos conta o que disse um ex-militar que fez parte do círculo do presidente Hugo Chávez revelando que a justificativa moral para o uso do aparato estatal em favor do narcotráfico foi ensinada por Fidel Castro. 

Em uma visita a Havana, o presidente venezuelano revelou ao ditador cubano sua disposição em dar suporte às Farc. No entanto, havia o inconveniente da cocaína. Fidel, sem titubear, corrigiu o discípulo. Disse que a cocaína não era um problema, e sim um instrumento de luta contra o imperialismo.

De forma didática, o cubano convenceu Chávez de que, ao oferecer apoio total e irrestrito aos colombianos, não só fomentaria a revolução no país vizinho como causaria danos aos Estados Unidos. O incremento do tráfico, ensinou Fidel, obrigaria os americanos a gastar mais dinheiro com as ações de repressão e com os tratamentos dos adictos. 

A isca lançada pelos cubanos foi a possibilidade de empregar todo o seu aparato militar para acobertar as rotas de tráfico. Quando apertou as mãos de Pablo Escobar, os cubanos haviam aceitado receber 1 milhão de dólares por dia para que o Cartel de Medellín pudesse usar livremente o espaço aéreo, as águas, os portos e aeroportos e montar um entreposto para estocagem de cocaína.

Hoje (30/05) ocorre uma reunião, em Brasília, com o objetivo de se convencer os presidentes dos países da América Latina a restaurarem a falida Unasul, para torná-la um centro aglutinador de ações diplomáticas do continente.

Mas não é segredo para ninguém que quase todos os países visitantes se encontram no fundo do poço em consequência do modelo econômico bolivariano do finado Hugo Chavez secundado pelo cubano, símbolo maior do retrocesso que ainda permanece no mundo, incluindo a prisão e morte de presos políticos. O Brasil já não é mais exceção. No momento já são vários brasileiros que se encontram na condição de preso político. Nos encontramos também numa ditadura. 

Também não é mais segredo para o mundo que o Brasil segue firme em sua postura de se tornar um párea internacional, aliando-se aos principais regimes totalitários, assassinos e criminosos do mundo. Hoje está sendo dado mais um passo nesse sentido.


PS.: Participam da reunião os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Luís Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Guillermo Lasso (Equador), Irfaan Ali (Guiana), Mário Abdo Benítez (Paraguai), Chan Santokhi (Suriname), Luís Lacalle Pou (Uruguai) e Nicolás Maduro (Venezuela). A presidente do Peru, Dina Boluarte, está impedida de deixar seu país e não pôde comparecer ao encontro.


28 maio 2023

Lula tirou o Brasil da rota do dinheiro global

Erros em série do governo Lula colocam em risco atração de dinheiro novo

A matéria acima citada nos diz que de janeiro até o dia 22/5/23, entraram na Bolsa de Valores brasileira apenas R$10,7 bilhões em recursos estrangeiros. No mesmo período de 2022, foram R$51,5 bilhões ou seja,  5 vezes mais.

E acrescenta: apenas "Em fevereiro, justamente o mês que Lula abriu fogo contra Campos Neto, começaram as retiradas (da bolsa), e o estrangeiro não voltou até agora. (...) Os ataques ao Banco Central do Brasil alimentaram ceticismo, e o investidor agora espera.

Espera por uma estabilidade que não vem. Caos gerado pelo desgoverno, pela insegurança jurídica, mudanças de regras do jogo, como no saneamento, no pagamento de concessões e nas autuações retroativas da Receita Federal. Só gol contra.

Para completar, a própria matéria alerta que o investidor na agenda verde foi surpreendido e não entende a queda de braço do próprio governo com Marina Silva.


THREAD DAS REALIZAÇÕES DO GOVERNO LULA ATÉ O MOMENTO

Estamos caminhando para o 6º mês de Governo Lula. Abaixo, segue uma Thread (de autor desconhecido) das suas realizações que circulam na Internet.

1 - Aumentou 14 Ministérios

2 - Aumentou 5 mil cargos de confiança

3 - Aumentou seu salário e dos Ministros

4 - Empregou sua neta com salario de RS 55 mil por mês e seu bisneto

6 - Deu R$ 5 milhões pra Claudia Raia e mais R$ 595 milhões pra outros artistas

7- Gastou R$ 340 mil em diárias de hotel sem licitação

8 - Comprou 7 móveis de luxo para o Palácio por R$ 370 mil reais sem licitação

9 - Proibiu religiosos de entrar nas áreas indígenas

10 - Fez pessoas com renda de RS 1.905,00 pagar imposto de renda

11 - Fez turismo pelo mundo com dinheiro da sociedade

12 - Colocou petistas como Presidente da Petrobras e do BNDES de forma ilegal

13 - Aumentou o preço da gasolina

14 - Aumento da Inflação

15 - Aumento dos desempregados

16 - Dezenas de empresas fecharam

17 - Suas declarações desastradas fez empresas perderem R$ 600 bilhões de reais na bolsa

18 - Decretou sigilo nas câmeras que identificariam os bandidos que destruíram prédios públicos

19 - Colocou como Ministra uma pessoa suspeita de estar ligada a maior milícia do RJ

20 - Colocou no Governo André Ceciliano

21 - Diversos ministros têm processos judiciais

22 - Não quer a CPI da depredação dos prédios públicos e decretou sigilo nas câmeras q filmaram as ações

23 - Deu uma ajudada até pra Xuxa, que virou embaixadora de campanha de vacinação do governo

24 -Foi a Bahia entregar as casas que Bolsonaro fez, mas vai dizer que foi ele

25 - Mandou mil chips para os indígenas na Amazônia mas lá não tem sinal de celular

26 - Um Ministro de Lula gastou R$ 5 milhões de reais do povo para asfaltar a rua de sua fazenda

27 - R$ 18,00 de aumento pro povão, 300 mil por mês pra Dilma

28 - Extinguiu o 13º salário do Bolsa Família

29- Maior evento de inaguração, foi da Esbanja que inaugurou um letreiro

30- Ministro usou avião da FAB pra ir em leilão de gado

31- Nomeou PresidentA da Caixa, a mulher que “denunciou” Pedro Guimaraes de assedio

32- Levou líder/terrorista do MST na comitiva da China

33- Cortou inúmeros beneficiários do Bolsa Familia

34- Cortou a Água da transposição do São Francisco e voltou a máfia dos caminhões pipa

35- Revogou decreto do Bolsonaro, permitindo novamente Planalto comprar itens de luxo

36- Criou crise internacional, criticando Ucrânia

MARINA NO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - SUA FUNÇÃO É ENFEITAR O MINISTÉRIO COM UMA PEGADA AMBIENTALISTA - SÓ ISSO


“Qualquer tentativa de desmontar o serviço nacional de meio ambiente é um desserviço à sociedade brasileira” protestou Marina. “Isso pode criar gravíssimos prejuízos para o país”. É mesmo? Mas quem está prestando o que ela chama de “desserviço” não é a “direita”, nem o “agronegócio”, nem a oposição – é o governo Lula, do qual faz parte.

Como é que fica, então? A ministra, como já aconteceu em outras oportunidades, tentou fazer parte do Sistema Lula. Está vendo que não faz. Sua função é enfeitar o ministério com uma pegada ambientalista – e só isso", conclui J. R. Guzzo em seu primor artigo, "Marina Silva no governo Lula: pedir para sair ou engolir sapo?",  publicado na Gazeta do Povo.

Aos 65 anos de idade, e uns 50 como profissional das causas ecológicas no Brasil e no mundo, ela continua querendo ser amiga de Lula e do PT para receber alguma vantagem – e continua se dando mal todas as vezes em que tenta. Agora, mais uma vez, está na posição de pedir o boné e tornar-se ex-ministra, ou engolir o sapo e continuar grudada no governo. É uma situação inviável, até porque a ministra é uma figura inviável. Sua única função na vida pública tem sido fazer oposição ao progresso, sempre – e, aí, até o “socialismo” do PT fica incomodado, afirma Guzzo.

Marina teve duas realizações notáveis em sua curta permanência no governo Lula.

A primeira foi dizer, para os “bilionários do bem” que se reúnem todos os anos numa estação de esqui na Suíça, que havia “120 milhões” de pessoas passando fome no Brasil. 

A segunda, antes de se completarem seis meses de governo, foi ver o seu ministério amputado de funções essenciais. Para se ter uma ideia mais precisa das coisas: o Ministério do Meio Ambiente, hoje, é menos do que era no governo anterior.

27 maio 2023

A CORRUPÇÃO RECOBROU O VIÇO E ESBANJA SAÚDE

A frase acima, título deste post, é a última do artigo do jornalista Augusto Nunes publicado na Revista Oeste deste final de semana, e que está anunciado em sua própria capa.

De leitura obrigatória,  o texto do Augusto Nunes reproduz o diálogo feito entre o então senador Romero Jucá e o ex-senador Sergio Machado, na época exercendo o cargo de presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobrás, um dos ramais da corrupção investigada pela Lava Jato. O diálogo revela parte dos "políticos"envolvidos e a previsão de um pacto, incluindo o judiciário, que acabou acontecendo. O Brasil e o seu povo que f... . 

Confira abaixo parte do artigo cuja versão completa está acessível neste link.

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"Impressionado com o ritmo da operação, o país mal notou o aparecimento da senha para o começo da contraofensiva: “Estancar essa sangria”. A expressão foi recitada por Romero Jucá, líder no Senado de todos os governos, durante uma conversa com o ex-senador Sérgio Machado, então homiziado no comando da Transpetro, um dos braços da Petrobras mais castigados pela gangrena da corrupção. Poucos tiveram paciência para a leitura do diálogo grampeado da Polícia Federal. Como atesta a transcrição dos melhores momentos, a maioria dos brasileiros não sabe o que perdeu. Confira:

Sérgio Machado: Mas viu, Romero, então eu acho a situação gravíssima.

Romero Jucá: Eu só acho o seguinte: com Dilma não dá (…). Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais crédito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?

SM: Tem que ter um impeachment.

RJ: Tem que ter impeachment. Não tem saída.

SM: Acontece o seguinte, objetivamente falando. Com o negócio que o Supremo fez, isso de autorizar prisões logo após decisões de segunda instância, vai todo mundo delatar.

RJ: Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo e a Odebrecht vão fazer. Seletiva, mas vão fazer.

SM: Eu estou muito preocupado porque eu acho que o Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.

[Rodrigo Janot era o procurador-geral da República]

RJ: Tem que resolver essa porra… Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.

SM: Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel Temer.

RJ: Só o Renan que está contra essa porra, porque o Michel é Eduardo Cunha. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.

SM: É um acordo, botar o Michel num grande acordo nacional.

RJ: Com o Supremo, com tudo.

SM: A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos. 

RJ: Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura.

SM: Isso, e pegar todo mundo. E o PSDB, não sei se caiu a ficha já.

RM: Caiu. Todos eles. Aloysio, Serra, Aécio…

SM: Caiu a ficha. Tasso também caiu?

RJ: Também. Todo mundo na bandeja para ser comido.

SM: O primeiro a ser comido vai ser o Aécio. [Baixa o tom de voz] O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para ele ser presidente da Câmara? [Muda de assunto] Amigo, eu preciso da sua inteligência.

RJ: Estou à disposição, você sabe disso. Veja a hora que você quer falar.

SM: Preciso ter uma conversa emergencial com vocês.

RJ: Acho que a gente não pode juntar todo mundo para conversar, viu? Você deve procurar o Sarney, deve falar com o Renan. Depois que você falar com os dois, colhe as coisas todas, e aí vamos falar nós dois do que você achou e o que eles ponderaram pra gente conversar.

SM: Não pode ter reunião a três?

RJ: Não pode. Isso de ficar juntando para combinar coisa que não tem nada a ver. Os caras já enxergam outra coisa que não é… Depois a gente conversa os três sem você.

SM: Se não houver uma solução a curto prazo, o nosso risco é grande.

RJ: [Em voz baixa] Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem ó, só tem condições sem Dilma. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca”. Entendeu? Então… Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar.

SM: Eu acho o seguinte: a saída para Dilma é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais. Tem que ter uma paz, um…

RJ: Eu acho que tem que ter um pacto.

Parece conversa de pátio de cadeia. E é. Parece que foi ontem. Foi mesmo, se medido pelo tempo histórico. O parto demorou mais que o previsto e foi complicado, mas o pacto dos morubixabas em perigo está em vigor. Todos os punidos pela Lava Jato estão em liberdade, o Supremo faz o que quer e o Congresso capricha na cara de paisagem. A corrupção deixou de ser um problema a combater.

Tecnicamente, a Lava Jato não morreu. O ex-presidente Fernando Collor foi condenado pelo STF com base em revelações obtidas pela operação. E a juíza Gabriela Hardt, que considerou Lula culpado no caso do sítio em Atibaia, acaba de assumir o posto que foi de Moro e pertenceu por algumas semanas a um caso de polícia fantasiado de juiz. Mas é possível que Collor fosse absolvido se tivesse apoiado Lula. E ninguém sabe quantas semanas (ou quantos minutos) Gabriela permanecerá no cargo. 

De todo modo, parecem tão remotos quanto a Primeira Missa os anos em que milhões de brasileiros puderam acreditar que enfim entrara em vigor a norma segundo a qual todos são iguais perante a lei, e que havia lugar na cadeia para qualquer vivente que incorresse em pecados graves, mesmo que fosse o presidente da República. A corrupção recobrou o viço e esbanja saúde."

O uso da desinformação como estratégia política

DESINFORMAÇÃO voltou a ser uma palavra utilizada com bastante frequência e em larga escala em todo o mundo, e por isso, talvez, passando a ser classificada, pelo menos a partir de ontem (26/05), como uma pandemia. 

Foi o que afirmou o médico infectologista Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, durante a realização da 2ª Conferência FAPESP 2023, que tratou do tema “Vírus, pandemia e vacinas”.  O dr. Kallás nos alertou que devemos estar preparados para combater a “pandemia da desinformação”, fabricada pelos negacionistas da ciência. Certamente não deve ter esquecido daquela televisão que em horário nobre espalhou muitas mentiras sobre a Covid-19.

Tal declaração nos obriga a buscar a origem e/ou do uso dessa palavra nos últimos tempos. Pode(m) ser encontrado(s) em vários contextos, mas o destaque aqui neste artigo é para apenas um deles: o da política

No contexto político, desinformação, segundo registros disponíveis, inclusive em livros, não é nenhuma novidade, especialmente quando se ler sobre ditaduras. Foi/é/continua sendo uma tática muito utilizada pelos governos totalitaristas, especialmente os comunistas. O termo é encontrado, inclusive, na Grande Enciclopédia Soviética (GES) que define desinformação (do russo dezinformatsya) como a disseminação de dados falsos, por qualquer meio de comunicação, com o propósito de manipular a opinião pública e com a intenção de ludibriar o mundo todo para demonstrar suas intenções de "paz e amor".

Trata-se, portanto, do esforço sistemático para disseminar falsa informação e distorcer, ou encobrir, dados autênticos para dissimular a situação real e as políticas do mundo comunista. 

Na desinformação estratégica comunista podem ser encontrados três padrões assim definidos: um para períodos em que se visa a uma política específica e de longo alcance; outro para períodos de crise num regime comunista ou em sua política; e um para períodos de transição.

Lenin (assassino totalitário que ficou no poder sete anos 1917-1924) foi o usuário número um do primeiro padrão (também denominado de "declínio-evolução") a partir de 1921, para salvar a revolução de 1917 conduzida sob sua liderança e que estava em completa decadência.

Lenin reverteu essa decadência formulando um política ideológica e agressiva acreditando que poderia prová-la como eficaz se acompanhada do uso sistemático do embuste e da falsa representação ou seja, - da desinformação - e a denominou de Nova Política Econômica (NEP), para uso interno e externo, visando estreitar relações com seus conterrâneos e com outras nações. 

Para execução dessa estratégia o serviço de segurança soviético foi reorganizado, recebeu o novo nome  de OGPU (em russo,  Объединённое государственное политическое управление - ОГПУ)  e também novas incumbências, destinando-se à montagem de operações políticas e de desinformação.  Entre elas, o "controle social" da mídia e a organização de falsos movimentos secretamente controlados pela OGPU. Tinha como uma de suas finalidades atrair oponentes genuínos do regime para seus quadros, dentro e fora do país. Obteve sucesso.

A NEP foi bem sucedida. Vista por olhos ocidentais, a ameaça do comunismo parecia se tornado difusa. O temor do bolchevismo esmoreceu, tanto internamente como externamente. Os estrategistas comunistas aprenderam bem a lição de que poderia enganar os líderes ocidentais.

A NEP criou condições favoráveis para o sucesso da política interna, da diplomacia ativista e da ação do Comintern, organização internacional fundada por Lenin e pelo PCUS (bolchevique) para reunir os partidos comunistas de diferentes países.

A NEP foi oficialmente encerrada por Stalin em 1929, ao decidir colocar em prática e à luz, o que de fato era o bolchevismo: as concessões a industrias estrangeiras foram canceladas; a iniciativa privada, proibida; a propriedade privada, confiscada; a agricultura, coletivizada; e a repressão à oposição política endurecida.

24 maio 2023

Comandante do Exército intensifica luta contra o que chama de ” forças desagregadoras” ( * )


Uma extensa ordem do Comandante do Exército, que vale para os próximos 4 anos, tem pontos estratégicos e nevrálgicos que visam impor a visão atual comando do exército para todo o efetivo