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31 julho 2024

Prazo legal de 48 horas para apresentar atas eleitorais na Venezuela se encerrou

O prazo legal de 48 horas para apresentar atas eleitorais na Venezuela se encerrou ontem à noite. Portanto, o processo eleitoral do último domingo é oficialmente nulo, conforme a lei eleitoral venezuelana. Contudo, tal como acontece em outro país que conhecemos de perto, a legislação que prevalece é a do ditador de plantão.

No inicio desta tarde, nas redes sociais, Maria Corina Machado divulgou a seguinte nota:

"A cada uma de nossas testemunhas extraordinárias, membros das mesas, coordenadores, operadores de call center e centros de coleta e totalização de minutos, dou-lhe minha gratidão como venezuelano e o RECONHECIMENTO pelo serviço histórico que prestou à República, à causa da liberdade, à democracia e aos seus próprios filhos.
A sua assinatura na ata de cada estação de voto é a assinatura na ata da nova Independência Nacional.
Tenha orgulho. Vamos até o fim e vocês serão membros e testemunhas da vitória consolidada!"

 [ ... ] "Aos mais de 60 mil comandantes espalhados pelo país, expressão genuína de organização e ativação comunitária, e à poderosa força motorizada que foi fundamental para alcançar a vitória do 28 de Julho:

Você trouxe nossa mensagem de mudança e redenção a todos os venezuelanos, a todos os lares do país. Eles deram uma contribuição extraordinária para alcançar a nossa vitória. Toda a Venezuela lhe oferece o maior reconhecimento, carinho e incentivo. Conseguimos uma grande vitória e agora vamos consolidá-la para que Edmundo González Urrutia assuma, como Deus ordena, a presidência da República. Peço-lhe que se mantenha ativo, que ajude a mobilizar as pessoas de uma forma cívica e ordeira, que se proteja a si e aos outros da repressão, e que não baixe a guarda nem caia em provocações. Para as próximas mobilizações eles têm que estar, como sempre, na linha de frente."

Lula mostra quem realmente é ao tratar como normal a eleição fraudada na Venezuela

Presidente indica que quer impor ao Brasil, se tiver um mínimo de chance, um regime o mais parecido possível com as tiranias que tanto

J. R. Guzzo, publicado no  O Estado de S. Paulo em 31/07/2024

O presidente Lula, depois de anos a fio de embuste, e de cuidado cada vez menor em esconder quem ele realmente é, sentiu-se enfim seguro para dizer em voz alta a verdade sobre si próprio. Acima de qualquer coisa, gosta de ditadura, é parceiro de ditador e quer impor ao Brasil, se tiver um mínimo de chance, um regime o mais parecido possível com as tiranias que tanto inveja. Mais: com a sua cumplicidade declarada à maciça fraude praticada pelo ditador Nicolás Maduro para roubar as eleições na Venezuela, está fazendo questão de avisar em público que quer a mesma coisa no Brasil. Se ele acha que não aconteceu “nada de mais” na Venezuela e que “a democracia” está em perfeito funcionamento por lá, com mortos nas ruas, perseguição aberta à oposição e discursos histéricos do ditador, por que seria contra o mesmo tipo de golpe no Brasil? Não pode estar certo num lugar e errado no outro. É ele, Lula, quem está dizendo isso.

As autoridades eleitoras escolhidas por Maduro não tinham sido capazes, três dias após a eleição, de mostrar a ninguém os boletins de votação. Ou seja: os venezuelanos votaram, a ditadura contou os votos num quarto escuro e, a folhas tantas, o governo disse que Maduro tinha ganho com 51% dos votos. Que coisa, não? Lula, o PT e o MST acham que está tudo perfeito — o que mais se poderia esperar do “processo democrático”? A verdade é que publicar ou não publicar as “atas” da eleição não vai fazer diferença nenhuma. A eleição na Venezuela estava mais do que roubada antes do primeiro venezuelano colocar seu voto na urna. A candidata mais popular da oposição foi simplesmente proibida de concorrer. “Inelegível”, decidiu a “justiça eleitoral” de Maduro. Foi apresentada uma segunda candidata, com o mesmo nome da primeira. “Inelegível”, repetiram os “juízes”. Só o terceiro nome foi tolerado, mas não pode fazer campanha, as prisões ficaram cheias de oposicionistas e a primeira candidata, que queria falar para os eleitores, foi proibida de viajar de avião.

Maduro, no final, ameaçou a população com um “banho de sangue” se não fosse declarado como vencedor — e está ameaçando prender, por crime de “fascismo”, quem reclamar do golpe. Que mais faltou? É este, segundo Lula e o seu sistema de apoio, o “processo normal” das eleições. É, também, a ideologia “civilizatória” que comanda o Brasil de hoje. Aqui são condenados a até 17 anos de prisão baderneiros armados de estilingue que fizeram um quebra-quebra em Brasília. São oficialmente descritos como “golpistas”. Não têm direito à proteção do Código de Processo Penal. É proibido sugerir uma lei de anistia para os crimes que não cometeram. Lá, roubar a eleição na frente de todo o mundo e reprimir protestos à bala, com uma dúzia de mortos até agora, é o exercício pleno da democracia. No máximo, é um “problema interno da Venezuela” — e a gente tem mais é de respeitar os usos e costumes de cada país. O que Lula e a extrema esquerda sob o seu comando estão dizendo, porque se sentem confiantes para dizer, é que todo mundo vai ter de ficar quietinho e obedecer ao resultado que o TSE vai declarar daqui a dois anos para a eleição no Brasil.

Lula ficou ao lado de Cuba, Rússia e Irã no apoio à fraude de Maduro — mais China, Coréia do Norte e outros paraísos da democracia mundial. Não está ligando a mínima para a folha corrida da turma em que enfiou o Brasil; é junto com esses mesmos, na verdade, que ele quer ficar para sempre. Quem não gostar que vá se queixar no Comando do Exército, no Supremo e no TSE; o último que foi reclamar lá, na eleição de 2022, saiu com uma multa de 22 milhões de reais no lombo, para não incomodar mais a “normalidade democrática”. É isso que Lula está afirmando com a sua declaração de amor à trapa, feita com sangue, do companheiro Maduro.

Magnífico vídeo do consagrado artista Pedro Sandoval sobre os recentes acontecimentos políticos na Venezuela

 

O notável artista venezuelano, Pedro Sandoval, de 56 anos, exibiu mais uma vez seu notável talento artístico. Para se ter uma ideia de quem é Sandoval, ele, com apenas seis anos de idade, recebeu o prestigioso prêmio "Young Master of the World" em Osaka, Japão.

As obras de Pedro Sandoval estão abrigadas em instituições de prestígio em todo o mundo, incluindo o Museu de Arte de Boca Raton, o Museu de Belas Artes da Cidade de Salta, o Museu de Arte Contemporânea de Osaka, o Museu Nacional de Desenho da Espanha e a Biblioteca Nacional da Espanha, entre muitos outros. Além disso, sua arte enfeita as estimadas coleções particulares da Família Kennedy, a Coleção da Casa Branca e a Coleção da Família Thyssen-Bornemisza, para citar algumas.

Atualmente, Sandoval está envolvido em estudos aprofundados do Expressionismo Abstrato Americano e da integração de novas tecnologias no reino da arte. Notavelmente, ele explora técnicas artísticas inovadoras, como metacrilato, fibras de carbono e gravação a laser como parte de seu repertório artístico.

Desta vez sua produção, através deste vídeo, foi sobre os recentes acontecimentos políticos em seu país. Confira.




Relatório da OEA reconhece que os resultados das eleições na Venezuela foram distorcidos

 

 


O departamento de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) publicou um relatório no qual afirma que não pode aceitar os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), que declarou Nicolás Maduro vencedor das eleições de domingo.

Muitos líderes latino-americanos rejeitaram estes resultados ou exigiram maior transparência no processo e a OEA convocará uma reunião extraordinária nesta quarta-feira para discutir as eleições.

“Nas atuais circunstâncias, não é possível reconhecer os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral que declaram Nicolás Maduro como vencedor da presidência”, afirma o relatório.

O relatório critica que a CNE tenha feito o seu único anúncio mais de seis horas depois do encerramento da votação de domingo, sem fornecer detalhes sobre as tabelas processadas, sem publicar atas e apenas dar percentagens globais de votos.

“A CNE classificou erroneamente estes dados como ‘irreversíveis’. Os números publicados no canal oficial também apresentavam erros aritméticos”, acrescenta a OEA.

Além disso, o relatório do bloco sustenta que os acontecimentos da noite eleitoral confirmam “uma estratégia coordenada, implementada nos últimos meses, para minar a integridade do processo eleitoral”.

O relatório também documenta “ilegalidades, vícios e más práticas” neste e noutros processos eleitorais recentes na Venezuela, como a desqualificação de candidatos, atos de intimidação, rejeição da observação internacional e falta de independência do órgão eleitoral.

“As evidências sugerem uma tentativa do regime de ignorar a vontade majoritária expressa nas urnas por milhões de venezuelanos”, conclui o relatório.

Na segunda-feira, Maduro reiterou a sua afirmação de que o sistema eleitoral da Venezuela é transparente.

O organismo multilateral reconhece as pesquisas de boca de urna, a informação local e as atas apresentadas pela campanha de María Corina, que dariam crédito ao vencedor de Edmundo González.


Quatro fontes de dados diferentes não coincidem com o anunciado pela CNE


Os dados refletem que Edmundo supera a intenção de voto em mais de 60% enquanto Maduro só atinge entre 30 e 32%.

“Cabe à autoridade eleitoral explicar, de forma convincente, porque é que os registos do seu próprio sistema informático contradizem os totais anunciados e proclamados às pressas.”





29 julho 2024

Diversos países não reconhecem a anunciada vitória de Maduro e oposição diz que o vencedor foi Urrutia


Logo após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), no inicio da madrugada desta segunda-feira (29/07/2024), ter anunciado a vitória de  Nicolás Maduro, a posição se manifestou em sentido contrário afirmando que o vencedor das eleições foi o candidato Edmundo González Urrutia. Maria Corina Machado, líder oposicionista assim se manifestou:

"Hoje teremos dizer a todos os venezuelanos e ao mundo inteiro que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González Urrutia. Já ganhamos e todo mundo já sabe. Isso tem sido algo tão grande e avassalador que ganhamos em todos os cantos do país, todas as cidades do país, em todos os estados do país".  Ouça-a:


No mesmo pronunciamento Corina também afirmou: 

“Sabemos o que aconteceu hoje. Neste momento temos mais de 40% das atas. Estamos recebendo todas as atas que o CNE transmitiu e todas as informações coincidem que Edmundo recebeu 70% dos votos e Maduro 30% dos votos, esse é a verdade. E essa é a eleição com a maior margem de vitória. Parabéns Edmundo.”

“Quando digo que quando todo mundo sabe o que aconteceu aqui, me refiro ao próprio regime”, acrescentou a opositora. “Eles sabem o que pretendem fazer. Isso sabe toda a comunidade internacional, até mesmo os aliados. Todos sabem que os venezuelanos votaram por uma mudança.”

“Quero pedir a cada um dos nossos mesários e fiscais que daí ninguém sai, e peço a toda a comunidade da Venezuela que vá em família acompanhar a apuração em todos os centros de votação”, pediu María Corina. “Seguimos registrando a vitória de Edmundo González Urrutia em toda parte de Venezuela e é avassaladora.”

Nas redes sociais circula uma foto de técnico de informática do CNE quem mostram telas de computadores com os gráficos dos resultados apurados nos estados. Nele são claramente visíveis a vantagem de Urrutia (cor azul) sobre Maduro (cor vermelha), corroborando o que disse Maria Corina.



Reforçam também os dados que estavam sendo computados na medida em que as atas das apurações eram divulgadas pelo CNE e que inexplicavelmente foi suspensa. O Conselho suspendeu a transmissão dos dados de contagem de votos e impediu que testemunhas dos partidos da oposição tivessem acesso aos registros de votação, retirando-as dos locais de votação.








O CNE, controlado pelo chavismo, anunciou que, com 80% das urnas apuradas, Maduro obteve 51,2% dos votos, enquanto Urrutia alcançou 44,2%. No entanto, a votação ainda não foi certificada por observadores internacionais e há pressão diplomática para auditoria dos resultados.

Após essa divulgação diversas manifestações de autoridades estrangeiras não reconhecendo esses resultados foram publicadas, três delas aqui.

Em conjunto, o comunicado abaixo dos chanceleres (ministros de relações exteriores) da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, peru, República Dominicana e Uruguai.

Reconhecendo os resultados se pronunciaram Cuba, Nicarágua, China e Rússia, todos operando sob regimes ditatoriais como faz o Maduro.


Brasil e Venezuela. A semelhança entre os dois países aumentou

Ex-presidente colombiano, Andrés Pastrana

Já se tornou comum se afirmar que o Brasil caminha no sentido de tornar uma Venezuela. Hoje isto ficou mais explícito. A imagem acima reafirma o que se ouve e se ler em todo o Brasil.

Pois bem. No inicio da madrugada desta segunda-feira (29/07/2024), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), criado por Hugo Chavez e controlado por Nicolás Maduro, o que lhe dá efetivamente o poder para contar os votos, informou que, contrariando todas as pesquisas e bocas de urna, Nicolás Maduro venceu as eleições na Venezuela.


As reações no Brasil foram imediatas ao comparar o CNE venezuelano com o nosso TSE daqui. “ Eu já esperava por isso, não é diferente do que aconteceu no Brasil”, disse um observador que preferiu permanecer  no anonimato.

Claudia Wild,  não deixou por menos: "Tão previsível a “vitória” do narcoditador. Em pocilgas cucarachas, povo nas ruas não garante vitória eleitoral. Maioria não garante vitória alguma. Ganha quem tem as máquinas: de votar e de ‘comprovar’ a votação. Já lanço meu bolão para as eleições brasileiras: PT vencerá com 51,42% dos votos válidos. 🤡"

Ou seja, os dois países comungam de um modelo de sistema eleitoral que são similares na contagem dos votos e na divulgação de seus resultados, e que resolveram chamar de sistema eleitoral de uma democracia relativa, no qual a maioria popular é desprezada, conforme se constata, ao vivo, em diversas manifestações realizadas nas ruas.

As reações no exterior vão nessa direção a começar pelos países da América do Sul. Os presidentes do Chile, do Urugai e da Argentina já se manifestaram pelo não reconhecimento do resultado divulgado.







27 julho 2024

Kamala Harris é autoritária e perigosa


Li neste final de semana dois artigos comentando a possível, e quase certa, indicação de Kamala Harris para concorrer à presidência dos EUA nas próximas eleições em substituição a Joe Biden.

O primeiro é de autoria de J. R. Guzzo, "Sai Biden, entra Kamala – mas as mentiras continuam", do qual foram copiados quatro parágrafos.

O segundo, uma pouco mais extenso, detalha o perfil de Kamala. Está publicado com permissão do seu original em inglês: "Kamala Harris Is Still a Dangerous Authoritarian".

Ambos alertam para o perigo que, caso seja eleita, correrão os EUA, em primeiro lugar, e o resto do mundo também.

J. R. Guzzo, "Sai Biden, entra Kamala – mas as mentiras continuam"

[ ... ] "Kamala, do seu primeiro dia no cargo até hoje, não mostrou nenhum tipo de qualificação que a tornasse capaz de fazer um plantão como guarda noturna. Mas para os formadores de opinião americanos e mundiais ela se tornou subitamente uma nova Franklin Roosevelt – ou coisa melhor, porque é mulher, negra e a favor do aborto.

Mas na lavagem cerebral posta agora em ação, Kamala é uma estadista capaz de enfrentar as piores crises, lidar com a Rússia e a China ao mesmo tempo e comandar a segunda invenção da roda – além de ser, é claro, a única capaz de derrotar Donald Trump.

Não há nenhum problema com Kamala, nem com os barões do seu partido e nem com os bilionários que lutam para que ela seja a próxima presidente dos Estados Unidos. Eles apenas fazem política, ou defendem seus próprios interesses, e a democracia lhes dá o direito de agirem assim – embora todos neguem terminantemente o mesmo direito para Trump. Se tivessem um TSE por lá, já teriam decidido que Trump é “inelegível”, como Bolsonaro no Brasil – e se tivessem um STF ele estaria na cadeia pela prática de “34 crimes” simultâneos e cumulativos.

O trágico nessa história toda é adoção definitiva da mentira como principal instrumento de ação política. Sai Joe Biden. Entra Kamala Harris. As forças de “enfrentamento” da direita mundial continuam com a mesma impostura."

*  *  *

Dan McLaughlin, National Review -"Kamala Harris Is Still a Dangerous Authoritarian"

Qual Kamala Harris concorrerá à presidência? Vimos duas versões diferentes de Harris. Seria prematuro descartar qualquer uma delas, mas também não devemos deixar uma esconder o risco da outra.

Por um lado, há a Harris que vimos como procuradora-geral da Califórnia, senadora e candidata à presidência. Essa Harris era uma autoritária perigosa com um apetite ilimitado por poder que demonstrava desprezo pela Constituição e nenhum respeito pelos direitos, dignidade, fé ou reputações de quem quer que estivesse em seu caminho.

Por outro lado, há a Harris que vimos como vice-presidente: francamente, uma tola. Essa Harris é uma figura cômica e dificilmente parece correr o risco de realizar qualquer coisa. Ela tem sido constantemente comparada à personagem da atriz Julia Louis-Dreyfus no seriado 'Veep' [disponível no Brasil no serviço de streaming HBO Max], com seus discursos cheios de clichês vazios e tagarelice sem sentido. Ela perdeu inúmeros funcionários. A Casa Branca de Biden nunca lhe atribui nada além de causas desesperadas e tarefas impossíveis, enquanto vaza incessantemente à imprensa sobre o baixo respeito que têm por ela.

Essas duas imagens não são necessariamente inconsistentes. A fome de poder não é limitada aos inteligentes, competentes ou eloquentes. A incompetência não é limitada aos tímidos. O desrespeito pela Constituição, leis e civismo básicos dos Estados Unidos pode decorrer tanto da ignorância quanto da malícia. Kamala Harris, criada na estufa progressista da área da Baía de San Francisco, é reflexiva em vez de ponderada porque nunca teve que realmente se envolver com ideias opostas, conquistar o apoio de pessoas que discordam dela ou pagar um preço político por desconsiderar seus direitos.

Ameaça aos tribunais

Meu medo mais específico em relação a Harris desde os primeiros dias de sua candidatura presidencial tem sido seu apoio ao aumento do número de juízes para preencher a Suprema Corte. A alteração da Corte para fins puramente ideológicos/partidários é a maior ameaça ao nosso sistema constitucional dentre qualquer coisa feita ou proposta na política americana na última década. É uma travessia do Rubicão que, de um só golpe, destruiria a Suprema Corte como guardiã da lei escrita, reduzindo-a a um apêndice de república de banana de quem quer que estivesse no poder em um determinado momento.

O instinto de Harris e outros progressistas nessa direção tem sido até agora contido por três fatores. O primeiro é a frágil maioria dos democratas no Senado, que inclui dois institucionalistas que não estão dispostos a impor uma mudança sistêmica radical. Ambos (Joe Manchin e Kyrsten Sinema) estão se aposentando, e Sinema pode ser substituída por um arquiprogressista. O segundo é o controle republicano da Câmara, que atualmente está por um fio. O terceiro são os últimos resquícios do próprio senso de institucionalismo de Biden, que se sumiu repetidamente quando pressionado pelos radicais de seu partido.

Em 2020, após Joe Biden criticar a alteração da Corte durante as primárias, ele e Kamala Harris depois se recusaram a se comprometer com a questão. Eles se safaram com isso, embora a questão tenha sido desfavorável para os democratas em várias disputas pelo Senado. É por isso que os progressistas têm trabalhado tanto para criar uma cortina de fumaça de reclamações "éticas" a fim de preparar o terreno para alegar que estão salvando, e não destruindo, o judiciário. No entanto, o objetivo final é o mesmo.

No último fim de semana, Biden cedeu ainda mais e disse à bancada progressista do Congresso que estava prestes a apresentar um plano visando "limitar a Corte" que parece incluir a remoção de alguns de seus membros atuais para mudar suas decisões. Resta saber se Harris impulsionará o mesmo plano ou até mesmo um mais radical — e, em qualquer caso, quais serão os detalhes. Mas a defesa que fez dessa medida é, por si só, absolutamente desqualificante em um candidato presidencial americano. Isso a marca como inimiga do Estado de Direito e da Constituição.

A mão pesada

A alteração da Corte não é a única maneira pela qual Kamala Harris não é apenas terrível em praticamente todas as questões de políticas públicas, mas também perigosamente autoritária e desrespeitosa com as normas essenciais que permitiram que nosso sistema de democracia constitucional sobrevivesse tanto tempo. Não há dúvida de que Harris está inclinada a usar todas as alavancas de poder disponíveis para contornar o Congresso e trazer a máquina do governo contra qualquer um que se interponha em seu caminho. Um exemplo:

Harris prometeu emitir uma proibição de armas por decreto presidencial; quando Biden objetou que a Constituição poderia ser um obstáculo para isso, ela riu da ideia de a Constituição ser um obstáculo.

Em 2017, Harris se opôs à confirmação do juiz Neil Gorsuch com o argumento de que ele estava muito preocupado com a lei para servir na Suprema Corte, dizendo que ele "valorizava legalismos em detrimento de vidas reais".

Como procuradora-geral da Califórnia, Harris usou os poderes de execução criminal de seu escritório para perseguir David Daleiden por expor o envolvimento da Planned Parenthood no tráfico ilegal de tecidos fetais, inclusive invadindo seu apartamento. Então, trabalhando de mãos dadas com a Planned Parenthood, ela fez lobby para que a legislatura autorizasse seu sucessor a processar Daleiden por jornalismo investigativo. Muitas das acusações de Harris contra Daleiden foram posteriormente anuladas no tribunal. Isso é um ataque flagrante à liberdade de expressão e à imprensa livre. Muito depois de Harris deixar a Califórnia, Daleiden ainda está lutando contra o ataque legal contra ele.

Harris também usou seu escritório como procuradora-geral da Califórnia para perseguir a Americans for Prosperity e outros grupos por sua dissidência da ortodoxia climática de esquerda. O esforço de Harris para forçar as organizações sem fins lucrativos a divulgar suas listas de doadores foi posteriormente considerado uma violação da Primeira Emenda, mas não antes de um tribunal descobrir que o escritório de Harris "falhou sistematicamente em manter a confidencialidade" desses registros. Claro, intimidar os doadores era o objetivo. Sua posição era tão extrema e tão favorável a tiranos estrangeiros como Xi Jinping que foi denunciada por um amplo espectro ideológico de grupos amicus, incluindo a própria administração Biden, e resultou em uma reprimenda da Suprema Corte que citou especificamente a má conduta do escritório de Harris. Liberais ficaram horrorizados com a péssima maneira como o caso se desenrolou.

Harris concorreu com a promessa de reescrever a lei de imigração por decreto presidencial, uma plataforma que David French caracterizou na época como "Por que concorrer à presidência quando você pode concorrer à rainha?" Claro, o modo Biden de tentar governar por decreto executivo seria ainda mais frequente com Harris como presidente.

Harris prometeu outro decreto executivo sobre medicamentos prescritos: “Darei ao Congresso 100 dias para enviar uma legislação à minha mesa para impedir que as grandes empresas farmacêuticas obtenham lucros massivos à custa dos americanos. Se o Congresso não agir, eu agirei.”

Harris prometeu derrubar o filibuster legislativo [Nota da tradução: é uma tática usada no Senado para prolongar o debate sobre uma proposta legislativa e impedir que ela seja votada], enterrando dois séculos de tradição do Senado, se o Congresso não aprovar o Green New Deal.

Harris exigiu, sem qualquer base na Constituição, que os estados fossem obrigados a "pré-aprovar" mudanças em suas leis de aborto através do ramo executivo federal.

Na Califórnia, Harris tentou prender pais por evasão escolar, usando uma lei cuja aprovação ela defendeu.

Harris abraçou publicamente em várias ocasiões "meu querido amigo" Al Sharpton, a figura mais tóxica da vida política americana, responsável por incitar assassinato, motim, incêndio criminoso e pogroms antissemitas, liderando uma acusação de estupro falsa contra homens inocentes e evasão fiscal, entre outras coisas.

Em contraste, como senadora, Harris interrogou um indicado a juiz sobre sua participação no antigo e tradicional grupo católico Knights of Columbus.

Durante as audiências de Brett Kavanaugh, Harris divulgou as mais caluniosas difamações contra ele, lendo no Registro do Congresso a acusação ridícula e desacreditada de estupro em grupo promovida por Michael Avenatti. Harris tentou fazer Kavanaugh sofre impeachment do Circuito Judicial de D.C. Para Kamala, a verdade era irrelevante; Kavanaugh estava no caminho dela.

Lembra quando as pessoas diziam estar chocadas com o canto "prendam-na" [Nota da Tradução: canto geralmente entoado por apoiadores de Donald Trump, na eleição presidencial de 2016, direcionados à Hillary Clinton] porque os americanos não deveriam defender a prisão de seus adversários políticos? Harris disse durante sua campanha que não teria "escolha" senão processar criminalmente Trump se eleita.

Harris frequentemente defendia suas posições duras como procuradora-geral afirmando que estava obrigada a defender a lei, mas quando a violência política irrompe em seu próprio lado, Harris adota uma postura diferente. Durante os motins em protesto contra a morte de George Floyd, ela apoiou um fundo para pagar fiança dos manifestantes, dificultando a restauração da ordem e exacerbando a violência, a obstrução dos negócios governamentais e a destruição da propriedade de pessoas inocentes.

Finalmente, há o histórico de Harris como promotora criminal. Embora eu não tenha objeções ao uso agressivo dos poderes de aplicação da lei adequados contra o crime, há um enorme rastro de críticas a Harris por, entre outras coisas, defender condenações injustas, reter provas, proteger má conduta de promotores e até argumentar que prisioneiros não deveriam ser libertados porque o estado precisava de sua mão de obra.

A imagem geral do histórico de Harris é uma que deveria alarmar qualquer pessoa que acredita na liberdade individual e em um governo constitucionalmente limitado. Como concluiu David Harsanyi: "Não há poder que Harris tenha detido que ela não tenha abusado." O fato de grande parte disso passar por pensamento corrente em seu partido torna isso pior, não melhor. Nosso sistema tem um forte sistema imunológico contra ameaças do tipo que Donald Trump apresentou; ele tem um sistema imunológico muito fraco contra ameaças do tipo que Harris apresenta. Praticamente todos os abusos de poder que ela defende teriam uma bateria de instituições — a imprensa, a academia, a advocacia — alinhadas para apoiá-la.

Isso antes de abordarmos maneiras pelas quais Harris é perigosa de maneiras mais irresponsáveis. Por exemplo, durante o debate vice-presidencial de 2020, Harris levantou alarmes infundados sobre a segurança das vacinas contra a Covid exclusivamente com base no fato de que foram desenvolvidas sob a administração Trump: “Se Donald Trump nos disser para tomá-la, eu não tomarei.” Ela também apoiou reparações baseadas em raça, uma ideia profundamente iliberal.

Veep Veep

Harris passou a maior parte dos últimos quatro anos como vice-presidente servindo saladas de palavras e realizando outros trabalhos cerimoniais sem saída, então teve muito menos oportunidades de adicionar ao seu histórico de declarações e posições perigosas. Mas os sinais ainda estão lá. Em 2022, ela afirmou que os Estados Unidos não têm "eleições livres e justas" e contratou um diretor de comunicações que recentemente havia afirmado que a eleição de 2000 foi roubada. Em um ponto, ela sugeriu o uso de decretos executivos para assumir unilateralmente as eleições estaduais.

Sobre processos políticos, Kamala Harris manteve-se consistente no cargo de vice-presidente. Ela constantemente promove as acusações criminais abusivas contra Donald Trump; em relação ao caso de Alvin Bragg, fundamentado na teoria de que Trump roubou a eleição de 2016, Harris gabou-se do veredicto: "trapaceiros não gostam de ser pegos e responsabilizados." Enquanto isso, ela criticou o conselheiro especial Robert Hur (incorretamente, como agora todos sabemos) por sua descrição dos problemas de memória de Biden: "A forma como o comportamento do presidente foi caracterizado naquele relatório não poderia estar mais errada sobre os fatos e claramente motivada politicamente."

Harris também sinalizou seu apoio aos manifestantes pró-Hamas "que se mobilizaram contra a destruição de Gaza(...) Eles estão mostrando exatamente qual deveria ser a emoção humana, como resposta a Gaza." Como Noah Rothman detalha, Harris é vista pelos radicais como uma aliada.

Kamala Harris é uma ameaça ao sistema americano. Sua ascensão à presidência seria uma perspectiva aterrorizante para a liberdade e a lei.


O que os franceses fizeram é uma loucura. Não é a primeira.

 "Em maio de 1794, a Revolução Francesa estabeleceu o Culto do Ser Supremo, uma nova religião estatal que deveria substituir o Cristianismo. Maximillien Robespierre, o líder dos Jacobinos, a facção mais radical da revolução, foi nomeado Sumo Sacerdote do culto. No dia 8 de junho foi realizado o primeiro Festival do Ser Supremo em Paris. No dia 28 de julho Robespierre foi preso por seus colegas revolucionários e guilhotinado. Os deuses dos progressistas sempre tiveram pés de barro.", disse Roberto Motta nas redes sociais.

Hoje à tarde, o próprio Comitê Olímpico tirou do ar o vídeo dos travestis imitando a Santa Ceia Ficou evidente que o principal alvo da extrema-esquerda é o Cristianismo.



Agora é tarde o estrago já foi feito e todos sabem que essa atitude não irá alterar o modo de agir dos progressistas.

Olimpíadas 2024. Quão longe o Ocidente caiu, e o Brasil também. Leia clicando aqui.

A abertura das Olimpíadas - um triste espetáculo Woke


"A abertura das Olimpíadas está a cara da anfitriã decadente: a gente achava que seria chique e sofisticada, mas transformou-se num triste espetáculo Woke. Lacração e multiculturalismo politicamente correto na veia. Décadence et inélégance 🤡", escreveu Claudia Wild no X.

O teor da cerimônia causou polêmica por abordar temas do estilo wokeEm uma das apresentações, drag queens se posicionaram em um palco, de uma maneira que remetia ao quadro A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, feito entre 1495 e 1498.



A celebração olímpica francesa mostrou também um balão de ar quente sobrevoando a estátua da liberdade maltratada e machucada.

Os globalistas procuram destruir a América em primeiro lugar. Sabem que se os EUA caírem, o mesmo acontecerá com todo o Ocidente.

Uma das interpretações dadas a um vídeo que circula nesse sentido segue abaixo:

"A Estátua da Liberdade desfigurada e destruída, não deixa de ser um sinal do colapso das Américas por meio de uma guerra civil. Acoplado por um enorme “vírus”, que mostra a pré-programação de que vão lançar mais uma histeria de vírus tipo Covid. Observe a tecnologia de satélite de vigilância em massa que flutua no espaço através de balões de hélio – significando a verdade sobre o firmamento que encapsula a nossa Terra. Muitas mensagens enigmáticas acontecendo aqui. As pessoas precisam se acertar com Deus, porque a Nova Ordem Mundial está agindo sobre nós. Isto está além do simbólico – é quase aterrorizante."


 


Outras manifestações nas redes sociais você pode vê-las clicando aqui.

Ex-presidente do México, Vicente Fox, denunciou que as autoridades de venezuelanas proibiram ele e outros quatro ex-líderes de entrarem na Venezuela

Na quarta-feria (24/07/2024) . o grupo IDEA tinha anunciado que os ex-chefes de Estado Vicente Fox do México, Mireya Moscoso do Panamá, Miguel Ángel Rodríguez da Costa Rica e Jorge Tuto Quiroga da Bolívia, bem como a ex-vice-presidente da Colômbia Marta Lucía Ramírez, estariam presentes em nome de seus colegas para acompanhar o povo venezuelano durante o dia em que elegerão o candidato que deverá ocupar a presidência da república a partir de 10 de janeiro de 2025 e que terá lugar no próximo 28.



Nesta sexta-feira (26/07/2024), já embarcados em uma avião eles foram proibidos de seguirem para Caracas. Neste vídeo o ex-presidente do México, Vicente Fox, denunciou que as autoridades de venezuelanas proibiram ele e outros quatro ex-líderes de entrarem na Venezuela.



O Grupo IDEA (Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas), é formado por mais de 30 ex-chefes de Estado e de Governo de diferentes filiações políticas e ideológicas, se define como 

"uma entidade não governamental que garante a validade dos elementos essenciais e componentes fundamentais da democracia contidos na Carta Democrática Interamericana. A partir da sociedade civil e da opinião pública, IDEA observa e analisa os processos e experiências democráticas ibero-americanas, reflete sobre as formas e meios que permitem a instalação da democracia onde ela não existe ou a sua reconstituição onde ela se deteriorou, bem como favorecer a sua defesa e respeito pelos governos onde está sediada."

O deputado Marcel van Hattem, do Rio Grande do Sul, também foi convidado pela oposição venezuelana para ir a Caracas e acompanhar as eleições neste domingo. Nesta sexta-feira ele publicou a seguinte mensagem:

"Também fui convidado pela oposição venezuelana para ir a Caracas e @NicolasMaduro vetou nossa ida, representando a Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Deputados presidida por @LucasRedecker, que também foi convidado.

Veja no vídeo o que acaba de acontecer com ex-presidentes de vários países da América Latina que, mesmo assim, tentaram acompanhar as "eleições" na Venezuela. Não puderam nem decolar!

Este é o regime de exceção sanguinário que Lula, o PT e os abusadores do STF apoiam."


 

26 julho 2024

Olimpíadas 2024. Quão longe o Ocidente caiu, e o Brasil também

Paris - Rio Sena

Logo após, ou melhor, ainda mesmo durante a abertura dos Jogos Olímpicos, diversos comentários sobre o evento começaram a surgir. Uns a favor, especialmente os oriundos da velha imprensa como a Globo, por exemplo.

Contudo, nas redes sociais, os comentários individuais foram mostrando como as diferenças apresentadas entre a solenidade de hoje e as anteriores. Esse  diferente das anteriores vai ficar para a história como uma decepção sobre o mundo atual. Nela se destaca a destruição de uma tradição milenar, retirando o símbolo e o conceito das razões que levaram ao surgimento das Olimpíadas na Grécia, a começar pelo respeito aos valores religiosos e familiares. Veja algumas dessas manifestações nas redes sociais.


Quão longe o Ocidente caiu. Olimpíadas 1992 x 2024. 👇




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PS.: Atualizações serão inclusas ao longo da noite.