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31 dezembro 2023

Aquarius/Let the Sunshine In

"Aquarius/Let the Sunshine In" é uma junção de duas canções do musicalHair (1967), compostas por James Rado, Gerome Ragni e Galt MacDermot, e lançada em maio de 1969 como primeiro single de The Age of Aquarius, quarto álbum da banda estadunidense The Fifth Dimension. "Aquarius" foi interpretada pela cantora Ren Woods, no musical Hair, ficando bastante conhecida em todo mundo.


A canção foi composta com base na crença astrológica de que o mundo, ao entrar na Era de Aquarius, iria experimentar uma época de amor, paz, democracia e humanidade, ao contrário da atual Era de Pisces. Presumia-se que esta mudança iria ocorrer no final do século XX, mas a maioria dos astrólogos divergem sobre este assunto.

Nos Estados Unidos, o single ocupou a primeira posição da Billboard Hot 100 por seis semanas e recebeu o disco de platina por mais de 1 milhão de cópias vendidas. Também atingiu o topo da lista de canções de música contemporânea adulta e a sexta posição na lista de singles de artistas negros.

Internacionalmente, o sucesso da canção foi limitado. "Aquarius/Let the Sunshine In" atingiu a primeira posição na parada oficial do Canadá por três semanas, se tornando o primeiro e único número um do Fifth Dimension naquele país. No Reino Unido, atingiu a décima primeira posição na parada oficial, se tornando o primeiro single da banda a entrar na mesma. Na Suíça, atingiu a quarta posição. Na Áustra, a décima primeira, e nos Países Baixos, a décima quarta.

Em 1990 o compositor Hans Zimmer recriou a canção para a sequência de abertura do filme Bird on a Wire. Essa versão foi oito anos mais tarde utilizada como sample para a faixa "Aquarius" do álbum Music Has The Right To Children da dupla escocesa de música eletrônica Boards of Canada.

Em 1994, "Aquarius/Let the Sunshine In" foi incluída na trilha-sonora do premiado filme Forrest Gump.

No ano 1998, o canal peruano América Televisión, pelos 40 anos, foi incluida no 1° episódio do documental aniversário do citado canal: 40 años de la Televisión en Perú (em Espanhol: 40 anos de televisão no Peru).

Em 2005 a canção foi incluída na sequência final do filme The 40-Year-Old Virgin, após a primeira relação sexual do personagem principal.

Em 2007 a Bic utilizou a canção nos comerciais televisivos de um de seus aparelhos de barbear nos EUA. No ano seguinte, o trecho de "Let the Sunshine In" da canção foi utilizado como um dos temas oficiais da campanha presidencial de Barack Obama.


Fonte: Wikipedia

OS 300 DE ESPARTA E OS CORVOS DA REPÚBLICA

Estamos a menos de 24 horas para a virada do ano. Já dura uma semana de noite adentro que se aguarda a chegada do novo ano. Nesse espaço de tempo a busca por - objetos - em seu sentido mais amplo, que se deve ter o cuidado de guardá-los e, claro, de não esquecê-los.

Dentre tais - objetos - estão os artigos que muito significarão para a história a ser contada de nosso País num futuro mais distante pelos historiadores profissionais. Especialmente, quando o assunto a ser pesquisado será o de nossa República durante o ano que ora se encerra. Neste contexto, reproduzo neste Blog o primoroso artigo do Antonio Fernando Pinheiro Pedro, advogado e consultor ambiental, jornalista e editor.

Boa leitura e ...



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OS 300 DE ESPARTA E OS CORVOS DA REPÚBLICA

Em nossas Termópilas, a democracia é esmagada pelos corvos, sem que haja um único Leônidas a liderar sua defesa

Por Antonio Fernando Pinheiro Pedro, advogado e consultor ambiental, jornalista e editor.

30/12/2023


O leão nunca ataca o touro se ele tem seu chifre em postura de ataque. Ele ataca quando o touro se põe em fuga. 

Essa lição parece caber integralmente na coreografia das nossas instituições nacionais na presente crise política. 

Em verdade, não se trata das instituições... mas do péssimo material humano que delas se assenhorou.

Vivemos um conflito derivado da notória falta de legitimidade do atual governo. 

O presidente Lula da Silva, um "líder popular", não pode por o nariz na rua sem sofrer alguma ofensa... de populares. Já o seu antecessor - cassado e "caçado" pelo sistema instalado no planalto, é recebido nos braços do povo até na Argentina. Fatores sintomáticos de que algo  de errado, não está certo.

Aliás, tal qual um castelo de cartas, um regime ilegítimo apoiado pela jurisprudência do medo produzida por um tribunal injusto... não vencerá a lei da gravidade e... cedo ou tarde, cairá. 

Os sintomas da ruptura são claros.

Uma sombra cada vez maior se abate sobre o sistema eleitoral "eletrônico" brasileiro - utilizado aqui e no Butão, e já substituído até na Venezuela por um sistema de voto impresso.   Esse incômodo assunto é propositadamente obnubliado por uma imensa polarização no ambiente político e social - a cada dia estimulada pelo governo impopular e seus acólitos nele pendurados.

No mesmo sentido, testemunhamos a tragédia, da desmoralização impressionante, sofrida pelas instituições permanentes da República, e encetada por seus próprios quadros. 

A péssima judicatura em exercício nos tribunais superiores soma sua desfaçatez à de membros do Ministério Público e agentes de segurança ideologicamente orientados. Temerosos da evidente impopularidade e alvos da desconfiança do Povo, tratam de distribuir carteiradas, criminalizar críticas, caçar e cassar mídias discordantes.

O nível de distorção de valores é impressionante. Os corvos instalados na Repúbluca tratam de intimidar cidadãos de bem,  enquanto manipulam o entendimento das normas legais para garantir a impunidade aos notoriamente maus, reprimir dúvidas e questionamentos de jornalistas e cidadãos, esmagar o direito de defesa e inibir manifestações de protesto. O aparato instalado em Brasília, hoje, mimetiza hienas acossadas que reagem em bando, tentando isolar e atacar suas vítimas... 

O avanço da censura e da perseguição política, protagonizado por decisões judiciais atrabiliárias, somado à postura de escárnio adotada pelos novos pançudos no Poder Executivo, destrói o  Estado de Direito sob o cínico pretexto de "salvá-lo".

Vale aqui mencionar o sempre atento General Paulo Chagas, que exerceu crítica às ações literalmente arrogantes do Ministro Alexandre de Morais - aquele que tudo investiga, inquisidor e julgador... 

O General escreveu em seu twitter:

"Convido Alexandre de Moraes a assistir ao filme "300 de Esparta" na cena em que Leônidas, ao final da luta nas Termópilas, em um último gesto, atira sua lança em direção a Xerxes e o fere no rosto lembrando-o de que ele não era imortal.

Os persas venceram a batalha mas não a guerra!"

Porém, em nossas Termópilas, a esmagadora maioria de populares mobilizados é que está sendo sacrificada pelos corvos, sem que haja um único Leônidas a liderá-la.

Os corvos da República, togados, engravatados ou uniformizados como o boneco "Falcon" do "Comandos em Ação", zelosos dos seus privilégios e prerrogativas, "premiados" com gordos salários, têm consciência da podridão que operam. Sabem que a história será com eles implacável.  Temem o desprezo dirigido a eles pelos cidadãos de bem e, talvez por isso, agem desbragadamente, como se não houvesse amanhã.

A covardia institucionalizada se revela na direta proporção da arrogância que a protoditadura instalada em Brasília demonstra, ao beneficiar notórios "vilões" do escândalo da Lava Jato, aprovar privilégios odiosos a seus pares, investigar, processar e condenar cidadãos comuns por condutas "construídas", em sede e foro "de exceção" - aplicando-lhes penas que não teriam coragem de infligir ao chefe de quadrilha do tráfico da esquina da rua onde moram. Reprimem e desencorajam manifestações públicas de protesto às aberrações que produzem contra a República, a Moral Pública, os costumes e a ética. Abusam da caneta, como se a tinta que a abastece uma hora não acabe...

"Lucas 12:24 NVI

Observem os corvos: não semeiam nem colhem, não têm armazéns nem celeiros; contudo, Deus os alimenta. Vocês têm muito mais valor do que as aves!"

Guardo um profundo respeito por toda mobilização popular. Ainda que haja equívocos, a ação voluntária dos seguimentos do povo expressa um traço profundo de humanidade.

As manifestações populares constituem o verdadeiro termômetro da democracia. Talvez por isso, sempre tenha desprezado o transporte de gente paga para "inchar" manifestações, a claque ensaiada e a distribuição do kit "R$50+pão-com-mortadela" - que transforma ato político em show de torcida organizada.

Esta a razão evidente de constatar que a pantomima lulopetista...  nunca foi mobilização popular, embora contemple o que há de mais miserável na natureza humana.

Porém, há algo mais trágico que isso: o sacrifício contido numa mobilização perdida pela covardia atribuída à liderança. E é o que parece ter ocorrido no Brasil, frustrado pelo bolsonarismo e retomado pelo lulopetismo. 

O Brasil foi palco das maiores manifestações pacíficas de massa ocorridas na história da humanidade, desde a libertação da Índia sob a liderança de Gandhi. Essas manifestações, iniciadas em junho de 2013, num primeiro momento apontaram para a perspectiva de reformas profundas no carcomido Estado Brasileiro, na década passada.

No entanto, a covardia, a pusilanimidade, a corrupção e o despreparo de quem deveria assumir uma liderança, ou foi pelo povo incumbido disso, permitiu a recomposição do carcomido establishment - no pior formato imaginado.

Milhões de pessoas se mobilizaram, antes e depois das eleições de 2022. Acusadas de "antidemocráticas", mantiveram-se corajosas. Fizeram uso pacífico do sagrado direito de livremente se manifestarem.  Centenas de milhares se sacrificaram nas ruas, pacificamente, sem qualquer perspectiva de resposta das instituições permanentes da República - acomodadas, cooptadas e acovardadas. 

Certos ou equivocados - pouco importa num regime plural, cidadãos conservadores, cristãos e democratas, viram nossas forças armadas se reduzirem o um conjunto de "soldadinhos toddy". Testemunharam a Policia transfigurar-se na "Gestapo" tupiniquim e, para completar a tragicomédia nacional foram enredadas na farsa de 8 de janeiro - o único caso em todo mundo de "tentativa de supressão violenta do Estado de Direito" em que não se produziu um único tiro, não se fez um único morto, não se reteve, encarcerou, agrediu ou perseguiu uma única autoridade representante dos poderes  em causa ou mesmo se tratou de ocupar, com intuito funcional, algum quartel ou mesmo os predios vandalizados na confusão.

Num país que já assistiu tomadas de forte, quarteladas e revoluções, com governantes de estatura capazes de pacificar e superar os conflitos fazendo uso de instrumentos como a anistia, redução de pena ou indulto - o que temos hoje é o desprezível espetáculo de pigmeus morais, pulgas saltitantes, "descendo a pua" em aposentados, donas de casa e pais de família - exemplados por um quebra-quebra na praça dos três poderes, sem que sequer a conduta dos mesmos seja esclarecida de fato.

Assim,  centenas de pessoas permanecem encarceradas à revelia da lei - com base na pantomima "golpista", forjada pelo imbróglio mal explicado de 8 de janeiro.

A desmoralizada mídia convencional - formada por micos amestrados que dançam conforme a música tocada pelo realejo do Planalto, distorce o fenômeno, aplaudindo a repressão e estigmatizando de forma leviana os atos de protesto - propositadamente confundindo-os com o "golpismo" - de fato efetivado no "contragolpe" de 8 de janeiro. Com isso,  contribuiu para destruir a liberdade de imprensa  e a dignidade do jornalismo brasileiro.

Se a mobilização em frente aos quartéis parece ter servido de "lastro", de  "salvo conduto" de lideranças em fuga;  a pantomima de 8 de janeiro claramente autorizou a somatória de escárnios e violações a garantias constitucionais, caras à democracia, que incrementam hoje o processo de venezuelização, de desmoralização institucional e da censura ao livre pensar no Brasil.

O espetáculo que assistimos nesse período foi e é dantesco.  Impondo "pós-verdades", ditadas como  "novilíngua" do drama de George Orwell,  os corvos  da República mergulharam os brasileiros numa espécie de "venezuelização" da política nacional. Após um processo de abdução jurisprudencial, o quadro judiciário se assenhorou do sistema partidário. Manteve e mantém, na coleira, organizações políticas organizadas de forma provisória, reféns da chave do cofre do fundo partidário. 

Esse aprisionamento destruiu a harmonia entre os poderes. Deixou o eleitor à margem da estrutura daquilo que deveria representar sua soberania. Sem soberania popular, permanece no ar a ameaça de represália a quem manifesta apoio à maior lisura e transparência no pleito eleitoral. Não havendo mais garantia a direitos básicos da cidadania, restou a censura, a perseguição e o acobertamento sistemático ao mal feito.

O silêncio omisso e a falta de liderança do parlamento nacional revela a hegemonia dos covardes na política atual. O fenômeno da covardia aumenta a sensação de desperdício  do esforço popular e estimula a sensação geral de desalento. Aliás, a sensação de "tudo pode - nada pode", emanada da "destruição criativa" protagonizada pelos corvos da República, desmobiliza a camada produtiva da população e amplia a deseconomia.  

Sofremos hoje uma reação coletiva, histórica, de profunda frustração, um corrosivo desprezo por todas as instituições que se alimentam do que ainda resta de nosso tecido social. Um retrocesso cívico-cultural aos tempos de colônia.

Presenciamos cidadãos serem inutilizados e destruídos por uma repressão cega, protagonizada por gente que fez da justiça pretexto para exercer tiranias. Famílias cindidas, hoje permanecem ao desabrigo de um pronunciamento oficial  decente - e ainda são achincalhadas com um "perdeu mané, não amola".

A esbórnia retornou em peso, com ares de revide.

Se o pior já ocorre, hoje, com as instituições permanentes, civis, da República, as FFAA seguem solertes para o poço do opróbrio, pela omissão de seus comandantes. Estes, ainda que aquinhoados com benesses salariais, sabem do evidente desmonte que sofrerão sob o tacão dos populistas,  que não hesitarão em subjugá-los.

Como lecionava Aristóteles, "são as escolhas efetivas entre o bem e o mal que definem o caráter, nunca o que  se pensa sobre um ou outro".

Não bastará, portanto, "arremessar a lança contra Xerxes". 

O desprezo surdo, visto no 7 de setembro de 2023... deverá se repetir nos eventos próximos, incluso a pantomima de 8 de janeiro.

Como vaticinou Churchill, pode-se enganar alguns por algum tempo... mas não se enganará a todos, todo o tempo. A verdade surgirá e a história será implacável.

Talvez, seja o caso de ler e cantar os Salmos.

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30 dezembro 2023

2023: o governo não funcionou. Sem funcionar prejudicou menos

É o que nos explica J R. Guzzo em seu artigo "Lula não conseguiu realizar em 2023 o que prometeu – por isso economia ainda respira". Veja alguns trechos desse artigo.

Por exemplo, o Brasil, não vai a lugar nenhum se continuar andando de lado em termos de crescimento. Para sair da pobreza, da desigualdade e do atraso, teria de estar crescendo três ou quatro vezes mais do que cresce – e para isso seria indispensável colocar a conduta do Estado brasileiro num rumo exatamente oposto ao que segue hoje. Mas o que está acontecendo é sempre melhor do que andar para trás. De qualquer forma, é o que temos a comemorar neste ano.

A esquerda, que um ano atrás exigia uma política econômica com a “cara” de Lula, infantil e irresponsável, agora vai às redes sociais dizer que o primeiro ano deu certo. Ninguém se lembra de mencionar que nenhum dos resultados citados acima se deveu a qualquer ação do governo. Fora o ministro Fernando Haddad, que adotou uma postura menos aventureira que a ala extremista do PT, o resto não fez nada para ajudar – e tudo para atrasar.

A comprovação mais evidente disso foi a guerra aberta que Lula fez contra o presidente do Banco Central, que tem mandato e não foi nomeado por ele. 

Com o apoio das lideranças do seu partido, passou o ano inteiro insultando pessoalmente o responsável legal pela administração da moeda. Disse e repetiu que a racionalidade financeira do BC era a maior desgraça do Brasil. 

Mas aí está: a inflação de 4,7% em 2023 é o resultado direto do trabalho do Banco Central, e não de Lula. O dólar está abaixo dos 5 reais porque o agro, que o governo trata como inimigo, continua a encher o Brasil de moeda forte. 

O restante é fruto do esforço do brasileiro que trabalha todos os dias, cumpre a lei e pagou 3 trilhões de impostos em 2023.


PS.: Ao subirem a rampa do Palácio do Planalto, Lula e Janja deixaram na calçada a simplicidade apresentada na campanha. Logo na estreia internacional, nos Estados Unidos, a bolsa de R$21,4 mil da primeira-dama roubou os holofotes. Na estreia na TV, já inquilina do Alvorada, Janja ostentou camisa de quase R$2,6 mil. No exterior, a imprensa portuguesa cunhou o “Dona Esbanja” dada a ostentação de Janja.

29 dezembro 2023

Projetos de censura

Nos governos petistas os seus projetos de censura, disfarçados como um virtuoso conjunto de medidas destinadas a “colocar ordem no caos da internet” (e até a “salvar vidas de crianças” - PL 2630, das fake news, entre outros prodígios nunca vistos antes na história deste país) sempre foram derrotados no Congresso Nacional. 

Recordando: capitaneado pelo ex-guerrilheiro Franklin Martins, comunista, militante do grupo MR-8. Na ocasião como ministro-chefe da SECOM no governo Lula, proposta de sua iniciativa para regulamentação da Internet foi jogada no lixo.

O objetivo de se implantar a censura no País, é um processo recorrente e que se faz presente em todas as ditaduras já estabelecidas no mundo, incluindo as de nossos países geograficamente mais próximos e participantes do Foro de São Paulo.

Neste ano (2023), na Câmara dos Deputados os comunistas, tendo como relator o deputado Orlando Silva, do PCdoB, quiseram, por todos os jeitos, impor a “urgência” da votação do PL 2630 para não dar a ninguém a oportunidade de estudar um pouco melhor o que diz o texto.

No dia marcado para a votação, o mesmo governo que exigia a “urgência” pediu o adiamento – viu que ia perder no Plenário, e fugiu da decisão. O fato concreto é que o governo queria, desesperadamente, a aprovação do projeto – não conseguiu e se viu obrigado a recuar. Já estão falando em reapresentá-lo no início de 2024.

Agora, no apagar das luzes de 2023, Lula oficializou nesta quarta (27/12/2023), por decreto, a criação da Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber), que terá como objetivo “orientar a atividade de segurança cibernética” no Brasil. A proposta foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e não cita, pelo menos explicitamente, qualquer tipo de regulação do que se publica na internet no Brasil.

Embora não haja qualquer menção sobre regulação, uma bandeira levantada pelo governo contra o que julga como “fake news” e “desinformação”, o decreto fala em “garantia dos direitos fundamentais, em especial a liberdade de expressão, a proteção de dados pessoais, a proteção da privacidade e o acesso à informação”.

Ora, desde o início do novo governo, Lula e aliados têm defendido a regulação de conteúdos publicados na internet brasileira – principalmente nas redes sociais.

 Seu negócio é impor a censura ao Brasil.

FPE considera a MP que põe fim à desoneração uma medida desrespeitosa ao Congresso Nacional

A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), composta por 205 deputados e 46 senadores, enviou nesta sexta-feira, 29, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, um pedido para que devolva ao governo Lula a medida provisória (MP 1202) que põe fim à desoneração e retoma a cobrança de tributos sobre a folha de pagamento.

A MP foi anunciada na quinta-feira 28 pelo ministro Fernando Haddad e publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União. A intenção do governo é pôr fim à desoneração, adotada como política econômica desde 2011, de maneira gradual.

A possibilidade de devolução de medida provisória pelo presidente do Congresso se fundamenta no artigo 48 do Regimento Interno do Senado Federal, que atribui ao presidente da Casa o dever de impugnar “as proposições contrárias à Constituição, às leis ou ao Regimento”.

Com a devolução, a MP rejeitada sumariamente nem tramita no Congresso. 

O presidente da FPE, Joaquim Passarinho, chamou a MP de “absurdo” e “imposição traiçoeira e afrontosa”. “O governo perde todas as votações e, numa afronta, faz uma MP por cima da legislação feita pelo Congresso. O mínimo que podemos fazer, para mostrar respeito e independência, é o presidente Rodrigo Pacheco devolver esta Medida Provisória ao Executivo”, declarou ao Estadão.

Da mesma forma, o  Movimento Desonera Brasil, que representa os 17 setores incluídos na atual política de desoneração da folha de pagamentos, criticou o governo em razão da MP.

Para as entidades, não é razoável que essa lei, amplamente debatida no Congresso, seja alterada ou revogada por uma MP. A lei foi “aprovada com expressiva maioria no Congresso Nacional”, diz a nota do Desonera Brasil.

Alexandre Garcia, jornalista político em Brasília desde 1976, se mostrou surpreso com tal decisão, jamais ocorrida até então. Ouça-o.


Bom, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode-se ao menos dizer que, ao contrário de outros petistas graúdos, ele ao menos parece estar consciente de que o déficit público é um problema, e não uma solução como ferramenta para vencer eleições. Mas, infelizmente, o elogio termina aí. 

Seu anúncio mais recente, esse novo pacote para segurar o rombo nas contas públicas e ao menos tentar – ou parecer que está tentando; a essa altura, já não há como saber – alcançar o déficit zero em 2024, mostra que ele não aprendeu absolutamente nada depois de um ano sentado na cadeira de ministro, pois insiste na mesma receita do pacote apresentado em janeiro: muito imposto e pouco ou nenhum corte. Porém, em janeiro ele foi mais sincero, "não sei nada de economia, na faculdade fiz apenas uma disciplina com duração de dois meses".

Promessa feita, promessa cumprida!

Em agosto, quando ainda era candidato à presidência da Argentina, Milei disse ser contra a entrada da Argentina no Brics porque “nosso alinhamento geopolítico é com os Estados Unidos e com Israel. Nós não vamos nos alinhar com comunistas”.

No dia 22 de dezembro, o presidente da Argentina, efetivou a sua posição ao enviar carta aos países que compõem o BRICs recusando a entrada de seu país no Bloco. 

Enquanto isso, o Brasil ruma ao fundo do poço. A Argentina está com uma liderança forte, capaz de fazê-la submergir. Não há dúvidas que o povo argentino tem mais o que comemorar. Pelo menos, há luz no fim do túnel.






A síntese da vida de nossa geração


🩵 *"OS IDOSOS"* (Autor desconhecido)

 "Nascemos nos anos 30-40-50-60-70."

 "Nós crescemos nos anos 50-60-70-80."

 "Estudamos nos anos 60-70-80-90."

 "Estávamos namorando nos anos 70-80-90."

 "Nos casamos e descobrimos o mundo nos anos 70-80-90."

 "Aventuramo-nos nos anos 80-90-2000."

 "Nos estabilizamos nos anos 2000."

 "Ficamos mais sábios na década de 2010."

 "E seguimos firmes em 2020."

 "Acontece que vivemos OITO décadas diferentes..."

 "DOIS séculos diferentes..."

" DOIS milênios diferentes..."

 “Passamos do telefone com operadora para chamadas de longa distância para as videochamadas para qualquer lugar do mundo, passamos dos slides para o YouTube, dos discos de vinil para a música online, das cartas manuscritas para o e-mail e WhatsApp."

 "Desde partidas ao vivo no rádio até a TV em preto e branco e depois para a TV HD."

 "Fomos ao Videoclube e agora vemos Netflix."

 'Conhecemos os primeiros computadores, cartões perfurados, disquetes e agora temos gigabytes e megabytes em mãos no celular ou IPad."

 "Usamos shorts durante toda a infância e depois calças compridas, oxfords, bermudas, etc."

 "Evitamos paralisia infantil, meningite, gripe H1N1 e agora COVID-19."

 "Andamos de patins, triciclos, inventamos carros, bicicletas, ciclomotores, carros a gasolina ou diesel e agora andamos em híbridos ou 100% elétricos."

 "Sim, passamos por muita coisa, mas que vida maravilhosa tivemos!"

" Eles poderiam nos descrever como “exennials”;  pessoas que nasceram naquele mundo dos anos 50, que tiveram uma infância analógica e uma idade adulta digital."

 "Somos uma espécie de Yaheseen-it-all."

 "Nossa geração literalmente viveu e testemunhou mais do que qualquer outra em todas as dimensões da vida."

 "É a nossa geração que literalmente se adaptou à “MUDANÇA”."

"Uma salva de palmas a todos os integrantes de uma geração muito especial, que será ÚNICA." Mensagem preciosa e muito verdadeira."

 🏹🏹 *O TEMPO NÃO PARA*

       _"A vida é uma tarefa que nos propusemos a fazer em casa.  Quando você olha... já é sexta-feira;  quando se olha... acabou o mês, quando se olha... acabou o ano;  quando se olha... 50, 60 e 70 anos se passaram!"

"Quando você olha... não sabemos mais onde estão nossos amigos."

"Quando você olha... perdemos o amor da nossa vida e agora, não dá mais para voltar."

 *O dia é hoje!  NÃO TEMOS MAIS IDADE DE ADIAR NADA.*


Lula não abre mão do Brasil continuar no Terceiro Mundo

Final de ano. Como sempre hora de se olhar para o que aconteceu durante os 365 dias do período que está se encerrando. Hora de TBT na linguagem atual utilizada nas redes sociais. Porém, no caso do Brasil não se pode fugir do primeiro ano do governo Lula-3. Uma pequena retrospectiva de forma itemizada  já disponibilizada aqui. Várias outras estão disponíveis. Dentre elas se selecionou o artigo do J. R. Guzzo, copiado a seguir.

Boa leitura.

*. *. *

Lula ficou entre o zero e o zero absoluto neste ano e terá mesmo desempenho em 2024

A única ideia que orientou o governo nos últimos doze meses, e que parece resumir a soma total de suas capacidades, foi gastar com a máquina estatal

Ao completar o primeiro ano de um governo que esteve entre o zero e o zero absoluto em matéria de produzir alguma coisa útil para o país e para os brasileiros, o presidente Lula se despede de 2023 mostrando a intenção de fazer mais do mesmo em 2024. A única ideia que orientou o governo nos últimos doze meses, e que parece resumir a soma total de suas capacidades, foi gastar com a máquina estatal, seus beneficiários e seus clientes. “Gastar”, aí, significa consumir tudo o que o Estado arrecada dos brasileiros — e mais ainda. É a religião da era Lula-3. “Gasto é vida”, sobretudo gasto com nós mesmos e os nossos lençóis de linho egípcio. Não se produz nada; só se consome. Quem tem de produzir é a população. Tem de trabalhar, pagar imposto — foram 3 trilhões de reais em 2023 — e encher o nosso bucho. É a ideologia do parasita-raiz.

Lula passou o ano inteiro fazendo uma coisa só: distribuir o dinheiro do Orçamento Federal para as “emendas parlamentares”. É o que eles chamam de “governabilidade”. Entrega-se o Erário público para a compra do apoio de deputados e senadores – que umas vezes vem e outras não vem, o que leva a pagar de novo e cada vez mais. É isso. O resto da ação presidencial este ano foi passar 72 dias viajando para o exterior, através de 24 países diferentes, hotéis “padrão Dubai” e uma coleção sem precedentes de declarações cretinas. O tempo que sobrou ficou para comícios em circuito fechado (o presidente da República não pode sair à rua neste país), na presença e sob o aplauso das ministras e ministros que se especializam em não produzir nada, nunca – dos “indígenas”, das “mulheres”, dos “direitos humanos” e por aí afora.

Lula, na sua versão atual, tem um pensamento só, e ele está errado. Diz todos os dias que o crescimento do Brasil depende do gasto público — acha que isso é “investimento”, e que quanto mais o governo gasta mais o país cresce. Déficit, segundo este tipo de entendimento, é uma exigência do progresso. É objetivamente falso. Como diz o próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad: “De dez anos para cá, a gente fez 1 trilhão e 700 bilhões de reais de déficit e a economia não cresceu”. Xeque-mate, mas e daí? Lula não está ligando a mínima para os fatos; não se dá sequer ao trabalho de acreditar naquilo que ele mesmo diz. Não lhe interessa que o déficit é só déficit, e que o “investimento” real não existe. O que conta para ele é a caneta que autoriza gasto do governo, e só isso.

Não poderia haver uma maneira pior para o Brasil encerrar ano, em termos de lógica e de intenções na economia, do que o acesso de neurastenia que Lula teve diante do último relatório bianual da OCDE sobre a economia brasileira. A organização, que reúne os países mais prósperos do mundo e é reconhecida pela competência técnica de suas análises econômicas, disse que a dívida pública do Brasil neste momento pode levar à uma situação “claramente insustentável”. Lula se declarou “irritado” com as realidades expostas pela OCDE e chamou a análise de “palpite” — como se ele tivesse alguma ideia do que está falando. É uma grosseria e, de novo, uma estupidez. O Brasil poderia começar a pensar em si mesmo como um país desenvolvido se conseguisse, um dia, ser admitido na OCDE. Lula acha ruim. Não abre mão de continuar no Terceiro Mundo.

28 dezembro 2023

Retrospectiva LULA 2023


  • - Taxou comprinhas online
  • - Corte de 300 milhões da educação
  • - Indulto de natal para 33 mil presos
  • - Cortou o aumento salarial da enfermagem
  • - Escondeu imagens do 8 de janeiro
  • - 16 bilhões para artistas (Lei Rouanet)
  • - Rombo de 203 bilhões nos cofres públicos
  • - Pregou ódio contra opositores
  • - Gastou milhões com cartão corporativo
  • - Aumentou apenas R$18,00 o salário mínimo
  • - Comprou móveis caríssimos com dinheiro público
  • - Passagens de avião absurdamente caras em todo o Brasil
  • - Indicou o próprio advogado pro STF (Cristiano Zanin)
  • - Indicou seu amigo pessoal pro STF (Flávio Dino)
  • - Voltou com o imposto sindical
  • - Viagens para o exterior enquanto o sul sofria com enchentes
  • - Está dificultando o acesso de água para os nordestinos
  • - Queimadas na Amazônia
  • - Agradeceu à África pelos 350 anos de escravidão
  • - Criou mais 30 ministérios e uma infinidade de secretarias inúteis para abrigar apadrinhados políticos

Se vc conhece mais fatos que poderiam agregar essa lista, deixe nos comentários e compartilhe para que todo
s tenham conhecimento das atitudes do atual governo.

27 dezembro 2023

IA - Aplausos e preocupações. Fique ligado

As redes sociais atualmente se prestam a oferecer diversos serviços de utilidade para o usuário. Infelizmente permitem também o seu uso para malandragem, fofoca, desinformação, estelionato, vícios em várias coisas inclusive deixando pessoas endividadas, envolvidas em tráfico de drogas e por aí vai ... Portanto, ao usá-las o usuário tem que prestar muita atenção para não cair nas falsas tentações. As pessoas precisam saber o que elas seguem e compartilham nas redes sociais. As pessoas não precisam seguir A ou B que postam conteúdos, um monte de baboseiras, que não possuem nenhuma relevância para a vida de cada um ou para a sociedade em geral.

Mas não fica aí. A próxima rodada de discussão sobre os resultados dos avanços tecnológicos será (ou já está sendo) sobre o uso da inteligência artificial generativa (IA). Com o seu poder para gerar qualquer coisa que se imagine - pro bem e pro mal - textos, prescrições médicas, fotos, vídeos, músicas … Alguns desses conteúdos já estão postados nas redes sociais.

Por exemplo. fotos que deixaram as pessoas alegres, bonitas, profissionais, ... (ótimo). Nos casos vistos estavam presentes os traços e/ou perfis originais. Mas nada impede que com criminosos seja feito o contrário, com a falsificação do conteúdo gerado através da própria IA.

No âmbito da fotografia, a IA é capaz de realizar várias coisas, entre elas criar imagens com base em umas poucas palavras, testar um penteado, imitar o estilo artístico dum artista famoso ou apagar elementos indesejados de uma imagem. A conversão de textos em vídeos também é rápida (poucos minutos) com as ferramentas já disponíveis para criação, geração e edição de vídeo com tecnologia IA.

Com esse poder, imagine agora o que - com essa ferramenta - se fará com objetivos criminosos. Por exemplo, hoje a tecnologia deepfake tem sido usada para gerar vídeos pornográficos de vingança.  A tecnologia aumenta a eficiência da atividade criminosa. Ela permite que os infratores atinjam um número maior de pessoas e os ajuda a serem mais plausíveis.

Como ilustração, veja quatro usos preocupantes que criminosos podem fazer com o uso da IA.

Phishing

Técnica que visa obter seus dados pessoais como número da identidade, senhas bancárias, número de cartão de crédito — enviadas em forma de spam que são mal escritos e facilmente detectados. Com a ajuda de IA é possível escrever um texto mais crível, o que é a chave para obter informações de uma vítima.

Interações automatizadas

Um dos primeiros usos das ferramentas de IA foi automatizar as interações entre clientes e serviços por meio de texto, mensagens de bate-papo e telefone. Isso permitiu uma resposta mais rápida aos clientes e uma eficiência empresarial otimizada. Seu primeiro contato com uma organização provavelmente será com um sistema de IA, antes de falar com um humano.

Os criminosos podem usar as mesmas ferramentas para criar interações automatizadas com um grande número de vítimas em potencial, em uma escala que não seria possível se fosse realizada apenas por humanos.

Deepfakes

A IA é muito boa em gerar modelos matemáticos que podem ser "treinados" em grandes quantidades de dados do mundo real, tornando esses modelos melhores em uma determinada tarefa. A tecnologia deepfake em vídeo e áudio é um exemplo disso. Um ato de deepfake chamado Metaphysic demonstrou recentemente o potencial da tecnologia ao revelar um vídeo de Simon Cowell cantando ópera no programa de televisão America's Got Talent.

Força bruta

Outra técnica usada por criminosos chamada “força bruta” também pode se beneficiar da IA. É aqui que muitas combinações de caracteres e símbolos são testadas sucessivamente para ver se correspondem às suas senhasÉ por isso que senhas longas e complexas são mais seguras; elas são mais difíceis de adivinhar por esse método. 

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Não devemos ter medo da IA, pois ela pode trazer benefícios reais para a sociedade. Mas, como acontece com qualquer nova tecnologia, a sociedade precisa se adaptar e entendê-la.

Como indivíduos, devemos ser proativos em nossas tentativas de entender a IA, e não complacentes.  Precisaremos considerar como verificar a validade do que estamos lendo, ouvindo ou vendo. Esses atos simples ajudarão a sociedade a colher os benefícios da IA, garantindo que possamos nos proteger de possíveis danos.

Fique ligado.


O retorno de Lula e a ameaça judicial à democracia brasileira

 

Chega-se ao final de 2023 e, lamentavelmente, se constata que se confirmaram as previsões contidas neste artigo The Return of Lula and the Judicial Threat to Brazil’s Democracy, publicado na seção The Americas no domingo (25/12/2022), pela expoente do The Wall Street Journal, Mary Anastasia O’Grady, incluindo o seu entendimento sobre o que seria o governo Lula e de que o Supremo Tribunal Federal (STF) continuará buscando limitar o poder do Congresso brasileiro.

O’Grady destacou que Lula assumiria o cargo com previsões de excesso de gastos do governo: "sua intenção é de deixar os gastos públicos estourarem, deter as privatizações e reverter as reformas destinadas a conter a corrupção”.

"Infelizmente, um presidente populista do Partido dos Trabalhadores prometendo gastar para prosperidade nacional não é a única coisa a temer pelos brasileiros", lamentou O’Grady. 

"Uma ameaça maior é a Suprema Corte de 11 membros, que está extrapolando sua jurisdição e desrespeitando o Estado de Direito por razões políticas sem consequências", afirmou O’Grady.

A jornalista lembrou que Lula tem o aval dos ministros do Supremo Tribunal Federal que lhe dão, não só base jurídica para continuar governando quanto, silenciam os opositores executando prisões, inclusive de parlamentares, banimentos e censuras das redes sociais, cobrando multas milionárias e até mesmo determinando o bloqueio de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.

"Uma coisa é um Poder guardar zelosamente suas próprias prerrogativas. Mas quando a mais alta corte se torna aliada de políticos ideológicos e corruptos, a democracia corre um grave perigo. O Brasil chegou a esse momento”, diz o texto, que esboça grande inquietação com o rumo que o País tomou.

Na avaliação de O’Grady, o tribunal superior politizado é uma ferida aberta para um público que está rapidamente perdendo a confiança nas suas instituições. Afirmação/previsão reiteradamente confirmada.

"A decisão da Suprema Corte brasileira de 2019 – por uma estreita maioria – de libertar Lula da prisão chocou a nação. O público aplaudiu os promotores que o condenaram em 2017 por acusações de corrupção e que desvendaram um esquema mais amplo de propinas multimilionárias orquestrado por seu Partido dos Trabalhadores. O enorme escândalo envolveu empresas, congressistas de vários partidos, a companhia estatal de petróleo, o banco nacional de desenvolvimento e muitos governos estrangeiros", explicou a jornalista.

No entender de O’Grady, "as provas contra Lula eram sólidas e sua condenação havia sido confirmada por dois tribunais de apelação. Mas o tribunal superior reverteu seus próprios precedentes e anulou a decisão. Sabia que o prazo de prescrição não deixava tempo para um novo julgamento. Lula foi solto, mas nunca inocentado", enfatizou.

O’Grady ressaltou que "o ativismo judicial não parou por aí". 

"Durante a campanha mais recente, o tribunal eleitoral do país – que incluía três juízes da Suprema Corte – censurou os críticos de Lula, incluindo um juiz aposentado da própria Suprema Corte, que apontou que o candidato foi libertado por uma questão técnica, mas não inocentado".. . .

"O mesmo tribunal também censurou outros discursos políticos de líderes empresariais, membros eleitos do Congresso e plataformas de notícias e entretenimento à direita. Isso foi realizado com o auxílio da 'assessoria especial para combater a desinformação' do Tribunal Superior Eleitoral, que atua como um ministério da verdade", como descrito no livro"1984", de George Orwell, publicado em 1949, que oferece a visão de um pesadelo satírico político de um mundo totalitário.

Outra preocupação descrita por O’Grady é a falta de limitadores para a ação do STF. Recentemente, um juiz do Supremo afirmou que o Congresso não tem o poder de usar um teto para negar aumentos em certos gastos sociais que Lula quer.

"Isso é um absurdo – como nos EUA, a Constituição brasileira dá aos legisladores o poder do orçamento. Mas na semana passada o Congresso cedeu à pressão e removeu o limite", escreveu O’Grady.

Na visão da jornalista, “Lula é um político esperto e vai querer reconstituir uma rede multipartidária de legisladores que o deixarão fazer o que quiser, desde que negociado. Tudo indica que o STF está pronto para ajudar usando seu poder, incluindo a ameaça de processo criminal, para pressionar os legisladores que hesitam em cooperar”.

O’Grady encerra o texto citando preocupações de Armínio Fraga na frente fiscal. 

"Vejo velhas ideias que nunca funcionaram para nós. Estamos prestes a ver uma enorme expansão fiscal em uma economia que não está mais em crise", disse o ex-presidente do Banco Central. Novos estímulos que poderiam elevar o déficit orçamentário primário para 2% "não fazem sentido".

No final, possivelmente Lula ficará sem o dinheiro de outras pessoas. Mas isso dificilmente pode ser um conforto para os brasileiros, provocou O’Grady.

Completado um ano dessas previsões e afirmações, não há dúvidas em se reconhecer que Mary Anastasia O’Grady é uma expoente do jornalismo. 

Infelizmente, para o Brasil e para os brasileiros, tais previsões além de terem sido confirmadas em 2023, elas continuam em pleno vigor para o ano novo que se aproxima.