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18 maio 2024

Astra será o primeiro agente de IA do Google



As empresas de tecnologia estão no meio de uma competição feroz pela supremacia da IA, e os agentes de IA são o mais recente esforço das grandes empresas de tecnologia para mostrar que estão ultrapassando a fronteira do desenvolvimento.

O que é um agente? 

A geração atual de assistentes de IA, como o ChatGPT, pode recuperar informações e oferecer respostas, mas isso é tudo. 

Assistentes mais avançados estão sendo denominados como “agentes”, que poderão mostrar habilidades de raciocínio, planejamento e memória e são capazes de realizar várias etapas para executar tarefas.

O Google deverá lançar seu novo sistema, chamado Astra, ainda este ano e o está classificando como agente. Clique aqui - e role a página - para conhecer as aplicações do Astra que estão em desenvolvimento.





17 maio 2024

O Corredor Netzarim

As imagens disponibilizadas pela empresa Planet Labs com sede em São Francisco, Califórnia, são impressionantes. Não apenas pela precisão mas, substantivamente, pelo que revela ao mundo.

Em especial quando se observa o tamanho da área em disputa - Gaza - e na dimensão do Corredor Netzarim, de apenas 6 km de extensão. Extensão esta que praticamente todos os brasileiros a superam no seu dia a dia, a pé ou por meio de veículos. É claro que a destruição de toda a região não pode ser menosprezada, fato ocorrido depois que o Hamas atacou Israel no último 7 de outubro.



No momento atual, as tropas israelenses estão fortificando esse corredor estratégico que divide Gaza em duas, construindo bases, assumindo estruturas civis e destruindo casas. É o que revelam as imagens e vídeos produzidos pela Planet.


Detalhes

Como se pode ver na primeira imagem, o Corredor Netzarim é uma estrada logo ao sul da Cidade de Gaza que vai de leste a oeste, estendendo-se desde o Mar Mediterrâneo até a fronteira israelita, que analistas militares e especialistas israelenses dizem ser parte de um projeto de grande escala para remodelar a Faixa e consolidar a presença militar israelense ali, embora Israel insista em dizer que não pretende reocupar permanentemente Gaza, que as suas tropas controlaram durante 38 anos até à retirada em 2005.

O Corredor Netzarim tem o nome de um assentamento israelita que ficava na rota costeira, até 2005, – o segundo “dedo” da estratégia de “cinco dedos” do então primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, que previa dividir Gaza em segmentos, todos sob o controle de segurança israelita.

16 maio 2024

Senador chama ministros de oportunistas e diz que STF é uma ‘tragédia’

 Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) afirma que falta caráter aos magistrados

Por Deborah Sena

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) usou a tribuna da Casa Alta do Congresso Nacional para chamar a atenção sobre a reincidência no uso de decisões monocráticas pelo judiciário do Brasil. O parlamentar fez discurso duro contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e até se referiu aos ministros da Corte como ‘oportunistas’.

“Não vim aqui para falar de uma tragédia provocada pela força da natureza, vim falar da falta de caráter, vim falar de uma tragédia provocada por oportunistas. Por pessoas que usam sua autoridade para fazer deboche com os brasileiros”, disparou.  

Em analogia com a catástrofe enfrentada pelo povo gaúcho, Oriovisto disse que há uma outra tragédia em curso “ela se chama Supremo Tribunal Federal e as suas decisões monocráticas”.  

O parlamentar seguiu criticando as decisões monocráticas. Ele repercutiu dados que apontam que em dez anos, 72,4% das decisões do Supremo foram feitas monocraticamente. Desse percentual, 60,65% foram decisões em ação de controle de constitucionalidade. “Ou seja, suspendendo a vigência de atos normativos legitimamente aprovados pelo legislativo”. 

Para o parlamentar, ao longo da história do Brasil, as liminares significaram ‘licença para desobedecer a lei’. “Licença que se dava aos amigos. Dentre muitos exemplos, podemos mostrar uma decisão do ministro Luiz Fux de setembro de 2014, que concedeu auxílio moradia a todos os juízes federais e estaduais, mesmo aqueles que já tinha imóvel próprio. Somente em novembro de 2018, a liminar foi revogada sendo declara inconstitucional.  Mas a verba não foi devolvida para os cofres públicos”, refletiu.

Para o parlamentar, o Brasil precisa aprender com os exemplos histórico do quanto são danosas as decisões monocráticas. Ele fez menção a decisão pelo fim da Lei das Estatais, assinada pelo então ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que “se aposentou 30 dias depois de dar essa decisão e agora premiado foi com o cargo de Ministro da Justiça pelo governo Lula que ele beneficiou”.  

O parlamentar reclamou de recente análise do Supremo atribuindo constitucionalidade à decisão. “Não me chamem de idiota. Não chamem o povo brasileiro de idiota. Coisas assim torna o Brasil uma república de bananas. Não nos chamem de idiotas. Do que vale 513 congressistas aprovarem uma Lei, quando um único homem suspende essa Lei?”, questionou. 

PROGRAMA ECONÔMICO DE LULA É O ATRASO

Demissão de Prates na Petrobras mostra presidente empenhado em repetir o que deu errado nas gestões petistas anteriores

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a surpresa de ninguém, demitiu Jean Paul Prates da chefia da Petrobras porque o defenestrado não cumpriu, com a velocidade e a fidelidade canina exigidas pelo mandatário, a missão de submeter a estatal aos comandos do bestiário ideológico petista.

Para o chefe de Estado, não bastou Prates já ter descarrilhado a política de preços da Petrobras, reestabelecendo defasagens significativas em relação aos praticados internacionalmente. Era necessário afundar o pé no acelerador de projetos ruinosos, considerados estratégicos pelo mandachuva petista.

Lula faz campanha pela retomada vertiginosa de obras no Rio de Janeiro e em Pernambuco, empreendimentos que entraram para os anais da indústria petrolífera mundial pelos desembolsos estratosféricos, irrecuperáveis, e pela corrupção desabrida.

O presidente também faz carga pela entrada da estatal em projetos bilionários nas áreas de fertilizantes e de construção de navios no Brasil. Encampa, assim, a plataforma de repetir tudo o que deu errado nos seus dois mandatos anteriores e na desastrosa passagem da correligionária Dilma Rousseff pelo Palácio do Planalto.

As consequências negativas do intervencionismo que assoma das catacumbas serão duradouras. A deterioração manifesta-se no banho de sangue nas ações da estatal nesta quarta-feira (15), mas não apenas nesse indicador arisco.

Torrar recursos em novas aventuras de retorno improvável vai reduzir a lucratividade da empresa, deprimindo os repasses de dividendos ao Tesouro Nacional, seu principal acionista, que não deveria perder oportunidades de reduzir o seu rombo fiscal.

A invectiva na Petrobras —a repetir, em novo contexto, o intervencionismo tosco de Jair Bolsonaro (PL), que empilhou quatro presidentes na estatal— insere-se num conjunto de atitudes nefastas da administração petista na condução da política econômica.

Lula não faz questão de esconder que mandou às favas a preocupação com o equilíbrio orçamentário e ninguém se surpreenderá, infelizmente, se indicar um cupincha para presidir o Banco Central com a ordem de baixar juros na marra.

A bagunça e a incerteza que o mandonismo voluntarista produzem no ambiente e nas instituições econômicas vão dificultar o crescimento sustentado da renda e do emprego. O fiasco dos investimentos na produção de bens e serviços responde a esses estímulos irresponsáveis do chefe do governo.

O programa econômico de Lula e do PT é o atraso, e seu vulto empobrecedor vai-se tornando cada vez mais nítido conforme progride o mandato presidencial.

15 maio 2024

A origem do hábito de um presidente dizer que será novamente presidente por muitos anos



Presidente Vladimir Putin caminha
para sua cerimônia de posse no Kremlin

No dourado Salão Andreyevsky do Grande Palácio do Kremlin, onde os czares russos foram coroados, Vladimir Putin prestou, no último dia 07/05/2024, o juramento de fidelidade à constituição da Rússia na sua tomada de posse para um quinto mandato como presidente. A pompa e cerimónia tradicionais transmitiram o seu poder como líder supremo e incontestado da Rússia durante o último quarto de século.

A história desse quarto de século, contudo, não merece e não recebe aplausos do mundo a não ser de ditaduras, como as encaminhadas pela brasileira. Ela só mostra um país na contramão de uma democracia que se chegou a acreditar que surgiria após o fim da União Soviética e a posse de Boris Yeltsin que promulgou uma nova constituição para a Rússia.

A constituição da Rússia de 1993, promulgada pelo presidente Boris Yeltsin, foi a primeira tentativa da Rússia de estabelecer o Estado de direito e a democracia. Continha compromissos elevados com a liberdade de expressão, o direito ao protesto, eleições livres e direitos humanos, declarando que os “direitos e liberdades das pessoas serão o valor supremo”.

Putin tem renegado esse legado desde que foi eleito pela primeira vez em 2000, depois de ter recebido o cargo quando Yeltsin se demitiu no último dia de 1999, nomeando-o, então primeiro-ministro e como presidente interino.

Desde 2008, quando completou um segundo mandato como presidente, Putin contornou repetidamente os limites constitucionais dos mandatos para permanecer no poder. Primeiro, ele trocou de posição com o então primeiro-ministro Dmitry Medvedev, e depois trocou novamente quatro anos depois, retornando à presidência. Em 2020, ele elaborou emendas constitucionais que lhe permitiram concorrer a mais dois mandatos de seis anos. Seu mandato, que começou neste mês, vai até 2030, e ele pode concorrer a pelo menos outro, que vai até 2036, quando completaria 83 anos.

O que diz a oposição

Um grupo independente de monitorização eleitoral russo, disse após a reeleição de Putin, em março deste ano, que a Rússia nunca tinha visto uma votação “tão fora de linha com os padrões constitucionais”, acrescentando que as salvaguardas constitucionais básicas contra a usurpação do poder tinham sido desmanteladas.

“A campanha foi conduzida numa situação em que os artigos fundamentais da constituição russa, que garantem os direitos e liberdades políticas, não estavam essencialmente em vigor”, disse o grupo.

As eleições de março foram rigorosamente geridas para impedir qualquer rival que se opusesse à guerra na Ucrânia, com o Kremlin a manter um controlo apertado sobre a comissão eleitoral central, os tribunais e os meios de comunicação social.

Este ano, a eleição foi amplamente condenada por não cumprir os padrões democráticos básicos, com candidatos genuínos da oposição impedidos de concorrer e com o Kremlin a exercer controle total sobre os meios de comunicação social.

A reação de Putin

Da mesma forma que em outras ditaduras, como na Venezuela, Cuba e Coréia do Norte, um outro evento revelou que seis anos após a tomada de posse de Putin em 2018, o retrocesso político só se acentuou. O principal rival político de Putin, Alexei Navalny morreu em fevereiro em uma colônia prisional no Ártico, menos de quatro anos depois de sobreviver a uma tentativa de assassinato com um agente nervoso, e três anos depois de ser detido e encarcerado ao retornar à Rússia após se recuperar na Alemanha.

Durante a posse, cheio de otimismo, Putin declarou que a Rússia pretende conquistar e anexar quatro regiões do sudeste da Ucrânia, além da Crimeia, que a Rússia invadiu e anexou ilegalmente em 2014.

Para prestar o juramento, Putin colocou a mão direita sobre a Constituição, um livro vermelho que foi levado ao salão da cerimônia por um membro do regimento presidencial russo, de luvas brancas e passos de ganso, tentando oferecer um verniz de legitimidade constitucional num país. onde o Estado de direito praticamente desapareceu.

É dessa forma em qualquer ditadura. Elas fornecem  combustível suficiente para se ouvir discurso de presidente dizendo que será candidato à presidência por mais dez vezes, até completar 120 anos de idade.





Taiwan é a nova Berlim. O muro é uma lição da Guerra Fria para a disputa dos EUA com a China



No artigo anterior se disse que o mais importante de tudo para o Pensamento Xi, é tomar Taiwan e integrá-la na RPC. Não há dúvida de que Xi prefere uma solução pacífica a Taiwan, que pode ser alcançada através da rendição de Taipei e da aceitação da “reunificação” com a China.

Não acontecerá dessa forma, segundo arquivos históricos. Neles podem ser encontradas as histórias americanas da Guerra Fria que tendem a retratar o Muro de Berlim como um símbolo daquela época, até mesmo que o presidente dos EUA, John F. Kennedy, ficou aliviado quando o muro começou a ser erguido em 1961.

Entre o final da Segunda Guerra Mundial e o início da década de 1960, a questão de quem controlaria Berlim – os americanos e os seus aliados ou os soviéticos – tinha sido o ponto mais perigoso da Guerra Fria, ameaçando transformar a rivalidade entre os dois países numa situação acalorada ou mesmo numa guerra nuclear. Os presidentes Harry Truman, Dwight Eisenhower e Kennedy geriram habilmente esta crise. 

Os Estados Unidos aceleram agora o seu mergulho numa rivalidade perigosa com a China, e os decisores políticos dos EUA não devem esquecer as lições da crise de Berlim – lições sobre como duas superpotências em conflito recuaram da guerra na ponta dos pés e finalmente chegaram a uma louvável distensão.

Hoje, os Estados Unidos estão novamente envolvidos numa rivalidade entre grandes potências, cujas complexidades estão a fundir-se numa luta campal sobre o futuro de um pequeno território. A crise de Berlim mostra quão perigosos estes pontos podem ser numa competição global entre duas grandes potências nucleares. Durante a década de 1950, os líderes soviéticos interrogaram-se sobre o quanto os Estados Unidos realmente se importavam com Berlim e procuraram formas de testar a determinação americana. Da mesma forma, hoje, muitos questionam-se se os Estados Unidos defenderiam verdadeiramente Taiwan contra uma invasão chinesa.

Da maneira igual, os Estados Unidos não podem recuar no conflito de Taiwan, tal como não puderam abandonar Berlim Ocidental. Se for permitido à China conquistar Taiwan sem que os Estados Unidos venham em auxílio da ilha, seria um desastre para o povo taiwanês. 

No verão de 2022, Lu Shaye, embaixador da China na França, declarou que a China pretende “reeducar” a população de Taiwan “para eliminar o pensamento separatista e a teoria separatista”. Um livro branco sobre a política de Taiwan que o governo chinês divulgou pouco depois – deixando aberta a possibilidade de uma ocupação militar prolongada da ilha – deixou claro que a declaração de Lu não era uma mera arrogância. A China certamente faria com Taiwan o que fez com o Tibete, Xinjiang e Hong Kong: atacaria os direitos humanos e suprimiria liberdades como o direito à reunião pacífica, a liberdade de expressão e a liberdade de praticar a própria religião.

De forma mais ampla, uma conquista chinesa de Taiwan reconfiguraria rapidamente as estruturas de poder geopolítico em toda a Ásia e no Pacífico e além, estabelecendo uma esfera de influência chinesa sobre a Ásia Oriental. 

A capacidade dos Estados Unidos de proteger as rotas comerciais (veja na imagem o estreito de Taiwan) para garantir o seu crescimento econômico, proteger os aliados da coerção militar e econômica chinesa e projetar o seu poder em toda a Ásia diminuiria drasticamente, porque uma Taiwan controlada pela China tornar-se-ia uma força naval, base de mísseis estratégicos, base de radares que representariam um grande risco para as operações da Marinha dos EUA no Pacífico Ocidental. 

E muitos países em toda a Ásia e no Indo-Pacífico, e mesmo em todo o mundo, perderiam a fé nas garantias de segurança dos Estados Unidos. Nações economicamente importantes como o Japão, as Filipinas e a Coreia do Sul teriam de mudar as suas políticas de segurança nacional para acomodar a China, a nova superpotência regional.

Contudo, em última análise, segundo estudiosos sediados nos EUA e na Europa, não pode haver distensão com a China sem a criação de um “muro” figurativo através do Estreito de Taiwan. Isto exigiria que os Estados Unidos, por exemplo, posicionassem munições significativas – mísseis antinavio, minas, baterias de defesa costeira e aérea em toda a região e na própria Taiwan – o suficiente para convencer a China de que qualquer tentativa de tomar a ilha seria inútil. 

Além disso, os Estados Unidos devem concentrar-se em aumentar a sua influência econômica sobre a China e diminuir a da China sobre os Estados Unidos, em áreas-chave como semicondutores, minerais críticos, IA, biotecnologia e produtos biológicos sintéticos, tecnologia espacial e energia verde, assunto também já comentado no artigo anterior

Pequim, portanto, tem de compreender que, mesmo que conseguisse de alguma forma obter uma vitória militar sobre Taiwan, tal aquisição teria um custo devastador para a economia e a prosperidade da China. 

Assim, mais uma vez, a estratégia dos Estados Unidos nesta nova guerra fria deve consistir em convencer o outro lado de que um status quo – em que o destino da independência de Taiwan é indeterminado, mas que, no entanto, contribui para a paz e a coexistência – é preferível a um conflito potencialmente existencial.

Mas chegar à distensão alcançada pela União Soviética e pelos Estados Unidos na década de 1970 levou tempo – algo que os líderes dos EUA perceberam nas fases iniciais da Guerra Fria. O domínio do Partido Comunista Chinês sobre a China pode durar gerações. Mesmo que o governo chinês se torne mais democrático, muitos dos conflitos de Washington com Pequim não desaparecerão, tal como a queda do regime comunista em Moscou não amenizou todos os graves conflitos entre os Estados Unidos e a Rússia.

Estagnar pode, mais uma vez, ser uma estratégia vencedora. Abrandar o avanço da China um mês aqui e um ano ali é fundamental, tal como o é deixar a China cometer os seus próprios erros, recomendam dezenas de estudiosos do assunto. 

Tal como aconteceu durante a crise de Berlim, os Estados Unidos devem agora caminhar numa linha incrivelmente tênue e delicada, recomendam os estudiosos. Ao investir rapidamente na dissuasão militar e econômica sem desencadear uma dissociação total da China, os decisores políticos dos EUA devem garantir que os líderes chineses acordem e pensem: “Hoje não é o dia para invadir Taiwan” – mas também imaginar que amanhã poderá ser, para que eles acordem numa manhã, daqui a alguns anos, com a mesma conclusão a que Khrushchev chegou em agosto de 1961 sobre Berlim: a janela para invadir foi totalmente fechada.

Igualmente ao que aconteceu durante a Guerra Fria, o tempo está do lado de Washington. E se os Estados Unidos conseguirem evitar uma crise sobre Taiwan nos próximos anos, as fraquezas econômicas e demográficas da China provavelmente forçarão Pequim a submeter-se cada vez mais a compromissos, tal como a União Soviética fez durante as décadas de 1970 e 1980. 

Mas os Estados Unidos devem utilizar esse tempo com sabedoria. Felizmente, os EUA têm um plano histórico simbolicamente representado pelo Muro de Berlim.

14 maio 2024

A temporada de entusiasmo pela IA continua

Durante a conferência Google I/O,
companhia revelou a nova versão da ferramenta de GenAI do Gemini
 e novidades para fotos e buscas

Ontem (13) foi OpenAI. Hoje (14) foi o Google, que usou sua conferência anual de desenvolvedores, Google I/O (conferência anual da empresa em que são apresentadas as atualizações mais recentes no setor de tecnologia), para narrar todas as formas como está avançando na inteligência artificial. Entre as novidades, está uma nova versão do Gemini, a atual estrela da companhia.

O Google faz parte de uma empresa de mais de 2 trilhões de dólares, por isso tinha muito terreno a percorrer. De acordo com alguns analistas presentes, o evento de ontem da OpenAI (avaliado pela última vez em US$ 86 bilhões) foi um mero aperitivo para a refeição de 12 novos pratos apresentados pelo Google.

O Google mostrou como está integrando ainda mais a IA na pesquisa, permitindo formas mais complexas de pesquisa e planejamento (por exemplo, gerando três dias de planos de refeições vegetarianas a partir de uma consulta). 

Ele introduziu uma nova ferramenta de conversão de texto em vídeo chamada Veo e um assistente de IA multimodal chamado Projeto Astra. Parece, segundo o que foi possível se deduzir, não haver nenhum produto Google existente que não receba uma nova injeção de IA, incluindo Google Docs, Gmail e Chrome.

Também foi anunciada uma ferramenta de detecção de chamadas fraudulentas para telefones Android que avisa em tempo real quando alguém do outro lado da linha está prestes a roubar você.

Em muitos de seus produtos e recursos recém-revelados, o Google parecia estar alcançando OpenAI, Perplexity e outras startups de IA. 

O Google do final de 2022 e início de 2023, que lutou para colocar sua casa de IA em ordem semanas e meses após o OpenAI lançar o ChatGPT, se foi. 

Para ver como é uma grande empresa de tecnologia em desvantagem em IA, teremos que esperar mais algumas semanas para ouvir as novidades que a Apple anunciará em sua próxima conferência de desenvolvedores.

12 maio 2024

O pensamento político de Xi Jinping. O mundo recebe um forte alerta

O diretor do China Institute at SOAS University of London, Steve Tsang, é coautor, com Olivia Cheung, do livro "The Political Thought of Xi Jinping", recentemente publicado.

Os autores fornecem uma visão geral do que o "Pensamento de Xi Jinping" é e não é e o que ele significa para a China e para o mundo.

Xi, agora efetivamente líder vitalício, tem trabalhado para garantir que o “Pensamento de Xi Jinping” se torne permanente como a nova ideologia do Estado. 

Tal como Xi o concebe, o Sonho da China consiste em tornar a China grande novamente e/ou em restaurar a China ao auge do seu poder, influência e posição internacional na era mítica de grandeza da sua longa história imperial. 

Com base em pesquisas originais dos discursos, escritos e políticas de Xi, Tsang e Cheung conceituam a visão de Xi independentemente das interpretações fornecidas pelo Partido Comunista Chinês ou por outras fontes. Os autores examinam e explicam ainda como Xi procura transformar esta visão em realidade.

Tsang e Cheung afirmam que Xi Jinping mudou fundamentalmente a China. Ele manteve o mesmo sistema político que o presidente Mao Tse-Tung criou quando fundou a República Popular da China em 1949. Mao governou a China com o “Pensamento de Mao Tse-Tung", que introduziu em 1945. Posteriormente, Deng Xiaoping deixou isso de lado quando assumiu o poder em 1978, e desencadeou a era da “reforma e abertura”. A abordagem de Deng foi, por sua vez, descartada, em 2017, com o “Pensamento de Xi Jinping” com uma ideologia estatal de fato. Xi não está tentando uma restauração maoísta; ele tem ambições ainda maiores que as de Mao.

Segundo os autores, no centro da visão de Xi está a realização do “Sonho Chinês de rejuvenescimento nacional” até 2050. Mas o que é que o Pensamento de Xi realmente implica? Para compreender isto corretamente, os autores consultaram todos os discursos, escritos e políticas publicamente disponíveis de Xi, no primeiro estudo abrangente da sua ideologia para explicar como este líder supremo de um dos países mais importantes do mundo está tentando modificar tanto a China como o mundo de forma profunda. 

Ainda, segundo os autores, a ambição de Xi de reforçar a segurança do seu regime, aumentar a supremacia do Partido Comunista Chinês e realizar o seu sonho de rejuvenescimento nacional pode ser resumida nas seguintes visões.

A primeira visão é criar “um país, um povo, uma ideologia, um partido e um líder”. A visão de Xi de “um país” exige que cada chinês se submeta ao bem maior da China, tal como interpretado pelo Partido. 

A sua visão de “um país” apela à defesa resoluta da honra da China. Isto requer uma abordagem enérgica para domar as inquietas regiões periféricas da China, para que não se tornem forças centrífugas. Implica também que Xi leva a sério o uso da força para tomar Taiwan ou territórios definidos pelo partido-Estado como chineses. Ele vê a transformação do Exército de Libertação Popular (ELP) num exército de classe mundial como essencial para fazer avançar a sua visão de “um país”.

Para criar “um povo patriótico”, o Pensamento Xi faz com que cada chinês assuma uma identidade nacional politizada e aprenda os seus princípios. A herança ou cultura chinesa torna-se inseparável da lealdade política à RPC, ao PCC e ao seu líder máximo. 

Assim, as ideias maoistas da linha de massas (fazer as pessoas acreditarem que tudo o que o Partido faz é do seu interesse) e da Frente Unida (a metodologia definitiva de dividir para governar) foram revigoradas. No pensamento de Xi, as medidas extremas utilizadas têm como objetivo “educar” e “elevar o nível” daqueles que Xi considera terem se desviado, como os uigures muçulmanos, outras minorias, os habitantes de Hong Kong e alguns conglomerados tecnológicos privados, para que possam tornar-se membros plenos e úteis de “uma família” que é a China.

Xi quer transformar o seu “povo único” em novos patriotas socialistas chineses. Para este fim, ele investe na transformação do Pensamento Xi na “ideologia única” que lhes permite pensar corretamente. 

Ele acredita que a doutrinação ideológica não é eficaz se não for abrangente. Isso significa padronizar não apenas o pensamento das pessoas em questões políticas ou históricas, mas também a forma como os fornecedores de educação e entretenimento operam. Por esta razão, Xi usa tecnologia habilmente, como o Xuexi qiangguo, o aplicativo móvel que promove o Pensamento Xi, para exigir que os cidadãos chineses aprendam o Pensamento Xi e sejam monitorados no nível de dificuldade com que o aprendem diariamente. Isto é reforçado pela utilização de tecnologias de vigilância digital para garantir que não sejam permitidos comentários críticos sobre Xi. Veja também o artigo "China - o jogo da vida na educação e a farsa das notas".

Para tornar realidade a visão de Xi de “um país”, “um povo” e “uma ideologia”, o Pensamento de Xi revigora e “atualiza” o PCC para um “partido único” que pode guiar todos, em todos os lugares e em todas as áreas políticas. sob si mesmo como líder supremo. 

O PCC “atualizado” é um partido leninista que segue uma disciplina rigorosa, abraça a hierarquia centralizada, penetra eficazmente na sociedade e defende a liderança de Xi. Xi acredita que estes atributos podem permitir ao Partido, sob a sua orientação, liderar tudo e todos na China. Para consolidar a sua permanência no poder, Xi proíbe efetivamente qualquer plano de sucessão e um grande afastamento dos recentes líderes chineses.

Como a visão global de Xi é guiada pelo princípio “China Primeiro”, o que na realidade significa colocar o poder e o interesse do Partido – e dele próprio como seu líder principal – acima de todas as outras considerações, orientar a política externa chinesa para tornar o mundo seguro para autoritarismo. 

Um mundo inseguro para estados autoritários como a China de Xi é aquele em que o seu governo pode ser vítima de uma “revolução colorida”. Esta visão também inclui a ambição de “modernizar e transformar” a ordem internacional baseada em regras lideradas pelos EUA numa ordem que se encaixe nos interesses e valores da China. 

O outro princípio fundamental da política externa do Pensamento Xi, é de que os diplomatas e funcionários chineses devem contar com orgulho a história da China e exigir que outros prestem o devido respeito à China, sustentar o advento da diplomacia do “lobo-guerreiro”. Esta combinação tem seis implicações principais, não por ordem de importância, segundo descrevem os autores do livro. São elas:

A mentalidade sinocêntrica, que prepara o povo chinês para se sentir superior aos outros, em linha com a visão do mundo de Xi, onde a China será a potência da “civilização superior”, embora seja ofensiva para muitos. Mas a natureza fundamentalmente transacional da abordagem de Xi – quer sejam investimentos através da Iniciativa Cinturão e Rota ou apoio a governantes autoritários no estrangeiro – faz de Pequim um parceiro valioso em todo o mundo.

Colocar a China em primeiro lugar também implica que a China adoptará uma abordagem mais assertiva em relação aos seus vizinhos e ao resto do mundo. Sob o Pensamento de Xi, a China adoptará uma linha dura em disputas territoriais ou marítimas, seja no Mar da China Oriental, no Mar da China Meridional ou nas fronteiras terrestres ocidentais da China. 

A única grande exceção diz respeito ao Extremo Oriente Russo, que a Rússia czarista tomou do Império Manchu Qing em 1860. A China de Xi reivindica o Império Manchu como chinês e quererá este vasto território de volta, mas não o exigirá agora para que a China possa manter estratégica parceria com a Rússia enquanto compete com os EUA pela liderança global. 

Como corolário desta abordagem assertiva está a disponibilidade para insistir no alcance extraterritorial da China. Sob Xi, os fugitivos chineses, incluindo alegados ex-funcionários corruptos e dissidentes, foram trazidos para casa para enfrentarem “justiça”. Pequim também impulsionou a Lei de Segurança de Hong Kong e melhorou o trabalho da Frente Unida no exterior.

Em quarto lugar, o Pensamento Xi tem uma visão diferente da globalização, onde o seu aprofundamento só deve ser prosseguido se for benéfico para a China. Em termos políticos, isto traduz-se numa dissociação seletiva, uma vez que Xi procura fortalecer a força econômica da China através da inovação por todos os meios necessários e reduzir a sua vulnerabilidade econômica a potenciais sanções ocidentais. Em termos do lugar da China na cadeia de abastecimento global e na integração econômica, a China dará prioridade às suas necessidades políticas internas à frente do bem comum global, como evidenciado na forma como a política de “COVID zero” e os confinamentos associados foram implementados.

Quinto, sob o Pensamento de Xi, o foco principal da competição da política externa da China são os EUA. Isso significa envolver-se numa competição intensa e muitas vezes antagônica com Washington. Isto inclui inculcar o ódio contra os EUA entre a população da China e celebrar os principais erros da política externa dos EUA e os seus percalços democráticos. Embora não pretenda que a China substitua os EUA como hegemonia global, exige, em última análise, que Pequim desbanque Washington como potência proeminente e afirme a sua liderança para o mundo.

Por fim, e o mais importante de tudo para o Pensamento Xi, é tomar Taiwan e integrá-la na RPC. Não há dúvida de que Xi prefere uma solução pacífica a Taiwan, que pode ser alcançada através da rendição de Taipei e da aceitação da “reunificação” com a China. Como isso não é realista, Xi exige que o ELP esteja preparado para usar a força. Independentemente de como o controle chinês sobre Taiwan deva ser alcançado, isso só poderá acontecer se a China dissuadir os EUA de interferir segundo a Lei Americana de Relações com Taiwan ou se for suficientemente derrotada para recuar. De qualquer forma, a vitória da China sobre Taiwan contra os desejos dos EUA mudará fundamentalmente o equilíbrio de poder global e do espaço Indo-Pacífico, e os EUA terão cedido uma esfera geopolítica chave de domínio. Uma vitória chinesa mostrará ao mundo que o sonho chinês de Xi de rejuvenescimento nacional foi realizado.

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Foi Henry Kissinger que abriu as comunicações diplomáticas entre os Estados Unidos e a China de Mao Tse-Tung. 

À época, a visita de Nixon a Pequim em 1972 – arquitetada por Kissinger foi uma das maiores jogadas políticas dos Estados Unidos no confronto com a União Soviética, ajudando na aproximação do gigante asiático com o Ocidente e enfraquecendo a posição geopolítica de Moscou. A partir dessa visita, as portas do resto do mundo foram abertas para a China. 

Porém, antes de seu falecimento, Kissinger disse esperar que a ameaça da pandemia Covid-19 proporcione uma abertura para discussões políticas entre os EUA e China. 

U.S. needs new understanding with China or it risks conflict, Kissinger says

"A menos que haja base para alguma ação cooperativa, o mundo cairá em uma catástrofe comparável à Primeira Guerra Mundial”. Ele disse também que as tecnologias militares disponíveis atualmente tornariam essa crise “ainda mais difícil de controlar” do que as de épocas anteriores. 

“Os Estados Unidos e a China caminham cada vez mais para o conflito e conduzem sua diplomacia de forma confrontadora”. O perigo é que ocorra alguma crise que vá além da retórica para um conflito militar real.”

“Se você puder, olhe para a Covid-19 como um alerta, no sentido de que na prática ela é tratada por cada país de forma amplamente autônoma, mas sua solução de longo prazo deve ser numa base global e deve ser tratada com uma lição”, disse Kissinger.

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Após a pandemia provocada pelo vírus chinês, o vírus de Wuhan, o mundo tem observado o que poucos, até então, vinham percebendo: o risco de dependência de um regime ditatorial como o de Pequim, vigente há mais de 70 anos.

Hoje não é mais segredo para ninguém que a China representa a maior ameaça ao mundo livre ocidental, passando a adotar uma política internacional agressiva desde que Xi Jinping assumiu o poder.  Neste sentido, a China possui despachantes trabalhando em diversos países do mundo, sejam eles de origem chinesa, ou não. No Brasil está clara a presença dos dois tipos. Alguns deles, bem conhecidos, com grande sede de poder, ocupam cargos públicos. A Covid-19 os expôs ainda mais.

As opções mais antigas dessa ameaça reportam iniciativas de natureza mais política através dos admiradores daquele regime. Dos idos de 1922, da criação do PCB ao mais recente, a fundação do "Foro de São Paulo", "O Maior inimigo do Brasil".

Coisas que você talvez não saiba e que seu iPhone poderá fazer

Não importa há quanto tempo você usa um iPhone, sempre há recursos novos (ou novos para você) para descobrir. E descobrir um truque para economizar tempo depois de tantos anos é, francamente, uma delícia. Aqui estão dicas e truques. Se você ainda não os conhece, esperamos que tornem sua vida muito mais fácil.

1) Identifique plantas ou animais. Se você tirar uma foto de uma planta, flor, árvore ou animal, poderá descobrir exatamente o que é tocando no botão Informações na parte inferior da tela; se o seu iPhone souber o que é, um símbolo com estrelas aparecerá na parte inferior da foto. Os detalhes dos metadados informarão qual é a planta ou animal e também darão a opção de procurar mais informações sobre ele.

2) Transforme seu telefone em uma máquina portátil de ruído branco. Em Configurações, vá para Acessibilidade > Áudio e Visual > Sons de Fundo e escolha sons como Oceano, Chuva e Fluxo. Nós mesmos testamos isso e com bebês, e os sons são calmantes para todos.

3) Peça ao Siri para ler coisas para você. Abra o aplicativo Safari e ordene ao Siri “ler isto” ou dizer “Quero ouvir esta página”. Você também pode tocar no botão Aa à esquerda da barra de endereço e tocar em Ouvir página. Você tem a opção de ajustar a velocidade da fala e também de pausar.

4) Classifique automaticamente sua lista de compras. O aplicativo Lembretes tem dupla função de manter listas e pode até organizar algumas listas para você. Ao criar uma nova lista, selecione Mercearia no menu suspenso Tipo de lista. À medida que você adiciona itens à lista, o aplicativo os classifica em categorias, como colocar “ovos” em “Laticínios, Ovos e Queijo”.

5) Mantenha as pessoas fora de suas guias privadas. Se você estiver ausente do Safari por 15 minutos, seu iPhone poderá exigir autenticação antes de exibir suas guias privadas. Isso é útil se você costuma permitir que outras pessoas usem seu telefone e deseja manter alguns hábitos de navegação privados. Para ativar o recurso, vá para Configurações, toque em Safari e ative o botão Exigir Face ID para desbloquear a navegação privada.

6) Crie gestos que você pode acionar com sua voz. Os recursos de acessibilidade do iOS podem reproduzir qualquer série de ações de toque quando você dá um comando de voz. Imagine mapear uma ação inteira e tediosa que você realiza com frequência em um aplicativo, como inserir informações manualmente para navegar pelas telas ou ter um comando que rabisque sua assinatura ou faça um desenho. Vá para Configurações, toque em Acessibilidade e depois toque em Controle de Voz. Ative-o e toque em Comandos > Criar novo comando. Digite a frase de comando desejada, toque em Ação e, em seguida, toque em Executar gesto personalizado. Use o dedo para criar o gesto na tela inicial e seu telefone irá reproduzi-lo quando você disser a frase de gatilho. Observação: descobrimos que o Controle de Voz responderia a qualquer pessoa que usasse os comandos, então talvez desligue este quando não estiver usando.

7) Remova rapidamente o fundo das fotos. Toque e segure qualquer imagem armazenada no aplicativo Arquivos e toque em Ações rápidas > Remover plano de fundo. O iOS cria uma duplicata da sua foto original sem fundo, perfeita para edição posterior em outro aplicativo. Você também pode usar o mesmo truque com várias fotos.

8) Use dois dedos para selecionar tudo. Basta deslizar para baixo para selecionar tudo para marcar cada item como lido ou excluir itens em massa em aplicativos como Mensagens, Mail, Notas e Lembretes. Essa ação também funciona em alguns aplicativos de terceiros, como o Telegram, mas ainda não há suporte em outros, como o Gmail.

9) Copie ou traduza texto com a câmera. Abra o aplicativo da câmera e aponte a lente do telefone para um bloco de texto. Um ícone com três linhas em um quadrado contornado aparece no canto inferior direito. Toque no ícone e ele captura o texto com a opção de copiar, selecionar tudo, pesquisar, traduzir ou compartilhar.

10) Procure ícones de cuidados com a lavanderia. Depois de tirar uma foto de uma etiqueta de cuidados com a roupa, toque no botão Informações na parte inferior da página e toque em Procurar cuidados com a roupa. Os resultados mostrarão o que cada rótulo específico significa.

11) Exclua um dígito da calculadora. Deslize em qualquer direção no visor da calculadora para remover um dígito de cada vez, em vez de remover todos os dígitos por meio do botão Limpar ou Limpar tudo.

12) Evite que as pessoas bisbilhotem seu telefone. Uma configuração chamada Acesso guiado mantém seu telefone bloqueado em um aplicativo, o que é particularmente útil quando você permite que crianças brinquem com seu iPhone. Em Ajustes, toque em Acessibilidade > Acesso Guiado para ativar o recurso, que evita que quem está usando seu telefone saia de um aplicativo e abra outro. Lembre-se de desligá-lo assim que recuperar o telefone.

13) Torne-se um fotógrafo mais rápido com os atalhos da câmera. Deslizar para a esquerda na tela de bloqueio do seu iPhone abre o aplicativo Câmera. É muito mais fácil tirar fotos pressionando o botão físico de volume na lateral do telefone em vez de tocar no botão do obturador. Deslizar o botão do obturador para a esquerda tira um monte de fotos seguidas, uma função conhecida como modo burst, enquanto mantém pressionado o botão do obturador grava vídeos sem precisar deslizar para o modo de vídeo. Reduzir um segundo do tempo necessário para tirar uma foto ou gravar um vídeo pode ser precioso quando você está capturando algo passageiro, como crianças ou animais de estimação em movimento rápido.

14) Limite o tempo de tela para aplicativos específicos. Perdendo muito tempo navegando sem pensar no TikTok ou no Instagram? Você pode ativar uma configuração que restringe seu acesso a esses aplicativos. Em Configurações, toque em Tempo de tela e depois em Adicionar limites > Adicionar limite. Você pode selecionar uma categoria inteira de aplicativos, como Social, ou definir limites para aplicativos específicos tocando na categoria e selecionando os aplicativos nessas categorias. Toque em Avançar no canto superior direito e escolha quanto tempo você permitirá gastar nesses aplicativos. Você pode ter mais tempo nos finais de semana, se quiser, tocando em Personalizar dias.

15) Mova um grupo de aplicativos para outra página da tela inicial. Ao fazer a curadoria da tela inicial do iPhone, mover os aplicativos um por um para uma página diferente pode ser entediante. Você pode mover um grupo de aplicativos ao mesmo tempo: basta manter pressionado um aplicativo, tocar em Editar tela inicial e, em seguida, pegar o aplicativo que deseja mover. Enquanto mantém o dedo na tela, toque em cada ícone de aplicativo que deseja mover e o iPhone irá capturar todos eles.

16) Se você não conseguir atender uma chamada - digamos, você está ocupado cozinhando ou limpando - você pode pedir ao Siri para "atender o telefone" e a chamada será atendida e o alto-falante será ativado automaticamente.


As dicas, por enquanto, foram fornecidas por Caitlin McGarry, Jason Chen e Peter Cohen. Caso queira contribuir com alguma dica, deixe-a através de um comentário com o seu respectivo nome.

Aqueduto de Segóvia

Esta não é uma representação de inteligência artificial. Trata-se do impressionante aqueduto de Segóvia, erguido durante o governo do imperador Trajano, entre 98 e 117 d.C., que permanece como um símbolo da genialidade da engenharia romana. 

Surpreendentemente bem preservada, essa monumental estrutura de 727,14 m de extensão e se eleva através de 165 arcos, cada um alcançando até 9,14 m de altura. 

Feito exclusivamente com cerca de 24.000 blocos de granito escuro de Guadarrama, dispostos sem argamassa, evidenciando a precisão e a durabilidade das antigas técnicas construtivas romanas.




Saturno V







 

 





















11 maio 2024

Tempestade solar atinge a Terra, resultando em shows de luzes coloridas em todo o hemisfério norte

 

A aurora boreal brilha no céu sobre uma casa de fazenda,
na noite de sexta-feira, 10 de maio de 2024, em Brunswick, Maine.


Uma tempestade solar excepcionalmente forte que atingiu a Terra e produziu impressionantes exibições de cores nos céus do Hemisfério Norte no início do sábado, sem relatos imediatos de interrupções na energia e nas comunicações.

Tempestades geomagnéticas severas acontecem quando uma explosão solar atinge a Terra. Os efeitos da aurora boreal, que estavam em exibição com destaque na Grã-Bretanha, devem durar até o fim de semana e possivelmente até a próxima semana, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.

Muitos no Reino Unido compartilharam fotos das luzes por telefone nas redes sociais na manhã deste sábado, com o fenômeno visto no sul de Londres e no sul da Inglaterra. Houve avistamentos de cima a baixo em todo o país.

A aurora boreal brilha sobre Portsmouth, N.H.,
na sexta-feira, 10 de maio de 2024.

A NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration / U.S. Department of Commerce) alertou os operadores de usinas de energia e espaçonaves em órbita, bem como a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências, para tomarem precauções.

“Para a maioria das pessoas aqui no planeta Terra, elas não terão que fazer nada”, disse Rob Steenburgh, cientista do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA.

A tempestade pode produzir auroras boreais até o sul dos EUA, como Alabama e norte da Califórnia, disse a NOAA. Mas era difícil prever e os especialistas sublinharam que não seriam as dramáticas cortinas coloridas normalmente associadas às luzes do norte, mas sim salpicos de tons esverdeados.

“Esse é realmente o presente do clima espacial: a aurora”, disse Steenburgh. Ele e seus colegas disseram que as melhores visualizações da aurora podem vir das câmeras dos telefones, que são melhores na captura de luz do que a olho nu.


Nesta fotografia de longa exposição, um carro passa e ilumina choupos 
enquanto a aurora boreal brilha acima da vila de Daillens, 
na Suíça, na manhã de sábado, 11 de maio de 2024.

Tire uma foto do céu e “pode haver um pequeno presente para você”, disse Mike Bettwy, chefe de operações do centro de previsões.


A tempestade solar mais intensa registrada na história, em 1859, provocou auroras na América Central e possivelmente até no Havaí. “Não estamos prevendo isso”, mas pode chegar perto, disse Shawn Dahl, meteorologista espacial da NOAA.


Esta tempestade representa um risco para as linhas de transmissão de alta tensão das redes elétricas, e não para as linhas elétricas normalmente encontradas nas casas das pessoas e poderá perturbar os serviços de navegação e comunicação aqui na Terra.


Uma tempestade geomagnética extrema em 2003, por exemplo, cortou a energia na Suécia e danificou transformadores de energia na África do Sul.


Mesmo quando a tempestade passar, os sinais entre os satélites GPS e os receptores terrestres poderão ser embaralhados ou perdidos, de acordo com a NOAA. Mas há tantos satélites de navegação que qualquer interrupção não deve durar muito, observou Steenburgh.


A aurora boreal aparece sobre o Vale Dreisamtal,
na Floresta Negra, perto de Freiburg,
Alemanha, na noite de sexta-feira, 10 de maio de 2024.


O sol produziu fortes explosões solares desde quarta-feira, resultando em pelo menos sete explosões de plasma. Cada erupção, conhecida como ejeção de massa coronal, pode conter bilhões de toneladas de plasma e campo magnético da atmosfera externa do Sol, ou coroa.


As explosões parecem estar associadas a uma mancha solar com 16 vezes o diâmetro da Terra, disse a NOAA. Tudo faz parte do aumento da atividade solar à medida que o Sol se aproxima do pico do seu ciclo de 11 anos.

A NASA disse que a tempestade não representava uma ameaça séria para os sete astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional. A maior preocupação é o aumento dos níveis de radiação, e a tripulação poderia se deslocar para uma parte mais protegida da estação, se necessário.

O aumento da radiação também pode ameaçar alguns dos satélites científicos da NASA. Instrumentos extremamente sensíveis serão desligados, se necessário, para evitar danos.

Várias naves espaciais focadas no Sol estão monitorando toda a ação. “Este é exatamente o tipo de coisas que queremos observar”, concluiu o representante da NASA.


Fontes: NOOA, NASA, TWJ, NYT