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30 junho 2024

'A lei está violando a lei', diz Musk em nova reação a decisão de Moraes




 

Elon Musk, dono da rede social X (ex-Twitter), fez novas críticas a ordens do ministro Alexandre de Moraes, em razão de ordens de retirada de conteúdos da plataforma.

"A lei está violando a lei", afirmou Musk neste domingo (30). Ele comentava uma publicação do perfil de assuntos governamentais globais da própria rede social que citava decisões de Moraes sobre a retirada de conteúdo.

"O X cumpriu a legislação brasileira ao reter as postagens em questão no Brasil e pagar a multa de R$ 100 mil, enquanto aguarda recurso para o plenário do Supremo Tribunal Federal. A tentativa de Moraes de aumentar a multa para R$ 700 mil ex post facto e em contradição com sua própria ordem anterior representa uma clara negação do devido processo legal e deve ser anulada em recurso", disse a publicação do X.

Quem incriminou Filipe Martins?

Na edição deste domingo, 30/06/2024, o The Wall Street Journal publicou este artigo de opinião.

Depois do Daily Wire agora é a vez do The Wall Street Journal questionar a prisão de Filipe Martins.

A seguir a tradução do artigo.

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Quem incriminou Filipe Martins?

Um juiz brasileiro está usando um registro fraudulento de entrada nos EUA para mantê-lo atrás das grades

Filipe Martins, que foi conselheiro sênior do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, não voou do Brasil para Orlando, Flórida, em 30 de dezembro de 2022. Mesmo assim, durante meses, a Alfândega e Proteção de Fronteiras, uma agência do Departamento de Pátria dos EUA Segurança, tem afirmado que sim. O juiz da Suprema Corte brasileira, Alexandre de Moraes, está usando essa afirmação do CBP para declarar o Sr. Martins um “risco de fuga” e mantê-lo na prisão.

O registro legal de entrada nos EUA é o formulário I-94, que os viajantes preenchem nos postos de entrada. O CBP removeu o que havia sido postado em seu site em 30 de dezembro de 2022, entrada de Martins, admitindo implicitamente que algo estava errado. No entanto, o juiz de Moraes continua a contar com uma seção separada, ainda a ser corrigida, “Obter histórico de viagens” do site I-94 do CBP, que lista a viagem.

O que diabos está acontecendo no CBP em Orlando? O mau uso do registro de viagem está sendo usado para violar as liberdades civis do Sr. Martins no Brasil. Ninguém no CBP consegue explicar como, porquê ou quando foi criada a falsa I-94, que fornece convenientemente a narrativa necessária para a prisão.

A cronologia dos acontecimentos é no mínimo curiosa. Ministro de Moraes preside investigação sobre suposta conspiração do círculo íntimo de Bolsonaro contra o presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva, inaugurada em 1º de janeiro de 2023. Martins foi levado para a prisão em 8 de fevereiro de 2024. Seus advogados souberam que uma lista desatualizada de passageiros do avião presidencial de Bolsonaro para Orlando em 30 de dezembro de 2022 foi usada para apoiar a alegação de que o Sr. de Martins. No Brasil os seus advogados obtiveram a lista oficial de passageiros do voo de Bolsonaro, que chegou por volta das 22h, e seu nome não constava dela. A Latam Airlines forneceu uma declaração de que o Sr. Martins estava em um voo doméstico no Brasil no dia seguinte entre Brasília e Curitiba.

Nada disso importou para o ministro de Moraes, que quer seu suspeito atrás das grades, mas não encontrou nenhum crime. Então, para detê-lo, a justiça recorreu à alegação de “risco de fuga”, apontando para a página “histórico de viagens” do CBP.

O CBP afirma em seu site que o “histórico de viagens” não pode ser usado para fins legais. Ana Bárbara Schaffert, especialista em imigração baseada na Flórida e uma das advogadas do Sr. Martins, me disse em entrevista por telefone na semana passada que escreveu para o Orlando CBP em 11 de abril “porque não havia I-94 sob o número do seu passaporte e seu nome” e ela queria que o histórico de viagens fosse corrigido. “Eles confirmaram que não havia registro de sua entrada em Orlando em dezembro de 2022 e que seus registros mostravam que sua última entrada nos EUA foi em setembro de 2022 no JFK em Nova York.” Se isso fosse verdade, o Sr. Martins não violou nenhuma lei brasileira porque as autoridades brasileiras foram notificadas daquela viagem.

A Sra. Schaffert diz que estava convencida de que o registro legal correto foi estabelecido. Mas o ministro de Moraes não cedeu. Então, em 1º de maio, a Sra. Schaffert entrou em contato com o CBP no JFK para obter uma cópia do I-94 de setembro de 2022. Foi quando um funcionário disse a ela que um Martins I-94 para 30 de dezembro de 2022, em Orlando, estava aparecendo em sua tela. O horário de chegada foi próximo ao horário do avião do presidente. Mas seu primeiro nome estava escrito incorretamente, o número do documento era de um passaporte perdido ou roubado que havia sido cancelado em 2021 e listava o tipo de visto errado.

A atordoada Sra. Schaffert contatou o Orlando CBP para apontar as informações falsas em seu site e solicitar uma correção. Mas, em vez de remover a ficha ruim, Orlando corrigiu imediatamente o erro ortográfico e posteriormente substituiu o número do passaporte cancelado pelo atual do Sr. Martins.

Schaffert diz que contatou um supervisor em Orlando e lhe enviou a documentação que mostrava a confirmação anterior do CBP de que não existia tal registro. Uma semana depois, o supervisor disse-lhe que não havia nada que pudesse fazer. Ela fez uma série de perguntas, incluindo a data em que o falso I-94 foi criado. Ela diz que ele nem explicou o processo de investigação.

Schaffert diz que escreveu ao Programa de Inquérito de Reparação de Viajantes do CBP, anexando as provas e pedindo uma correção, e o DHS emitiu uma carta em 5 de junho para dizer que o caso foi encerrado. Acessando o site I-94, ela descobriu que a entrada falsa havia sido removida. A seu pedido, o CBP em JFK enviou-lhe o I-94 mais recente, de setembro de 2022. Para corrigir o “histórico de viagens”, o CBP disse-lhe para abrir um pedido da Lei de Liberdade de Informação. A Sra. Schaffert fez isso em 10 de junho e ainda aguarda uma resposta. Enquanto isso, na sexta-feira, a Sra. Schaffert me disse que o caso no site de reparação foi reaberto sem explicação. Uma porta-voz do CBP não quis comentar, dizendo que a agência não discute casos individuais.

A partir de segunda-feira, o Sr. Martins terá sido preso injustamente por 144 dias com base em falsas alegações no site do CBP. Seria bom saber como isso aconteceu e por que a agência está tão relutante em consertar as coisas.

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Eleições na França: o POVO venceu

Lá o povo votou e o povo venceu

O  RN (Rassemblement National)  obteve uma vitória esmagadora no primeiro turno da votação para a Assembleia Nacional Francesa.

O partido obteve cerca de 34 por cento dos votos, muito à frente do partido centrista Renaissance do presidente Emmanuel Macron e seus aliados, que obtiveram cerca de 21 por cento.

Os resultados deste primeiro turno, numa eleição de dois turnos que terminará com o segundo turno em 7 de julho entre os partidos líderes em cada turno, não fornecem uma projeção confiável do número de assentos parlamentares que cada partido irá garantir. Mas o RN parece agora ser a maior força na Câmara dos Deputados, embora não necessariamente com maioria absoluta.

A participação dos eleitores foi muito elevada, refletindo a importância atribuída por eles às eleições antecipadas, acima de 65 por cento, em comparação com 47,51 por cento no primeiro turno das últimas eleições parlamentares em 2022.

Para Macron, agora no seu sétimo ano como presidente, o resultado representou um grave revés depois de ter apostado que a dolorosa derrota do seu partido nas recentes eleições para o Parlamento Europeu não se repetiria.

Marine Le Pen, líder do RN, declarou que a França votou “sem ambiguidade, virando a página de sete anos de poder corrosivo”. Ela instou seus apoiadores a garantir que seu protegido, Jordan Bardella se torne o próximo primeiro-ministro.



Por dentro do desastre do debate de Biden e da luta para reprimir o pânico democrático

Este é um dos artigos publicados na edição desta Time, com reportagem de Eric Cortellessa. A coluna traz opiniões e um resumo dos bastidores do antes, do durante e do depois do debate entre Donald Trump e Joe Biden ocorrido na última quinta-feira, 27 de junho.

“Joe está pronto para ir. Ele está preparado." Disse Jill Biden, sua esposa ao seu grupo de apoiadores.

Confira.

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Enquanto o presidente Joe Biden estava a rever as suas notas finais com o seu círculo íntimo e se preparava para debater com Donald Trump em 27 de junho em Atlanta, a sua esposa apareceu numa reunião próxima dos maiores doadores do Partido Democrata. O Biden Victory Fund e os figurões financeiros do Comitê Nacional Democrata reuniram-se no Ritz Carlton como parte de um briefing político de dois dias que contou com conversas emocionantes e encontros presenciais com VIPs. “Joe está pronto para partir”, disse Jill Biden ao grupo. "Ele está preparado."

Antes da meia-noite, Joe Biden enfrentaria 90 minutos de um debate contra Trump que mesmo os aliados mais próximos de Biden admitiram em privado ter sido um desastre. Biden parecia exatamente o avô de 81 anos que é, gaguejando com uma voz fina através de argumentos ininteligíveis e muitas vezes olhando fixamente, boquiaberto, enquanto Trump lançava um ataque verbal após o outro. Biden congelou repetidamente e atrapalhou-se até mesmo com algumas linhas (set-piece lines) que haviam sido preparadas com antecedência para o momento. Ao responder a uma pergunta sobre a dívida nacional, a sua resposta foi incompreensível, pois parecia estar tentando defender que os americanos super-ricos pagassem mais impostos. "Poderíamos ajudar a garantir que todas as coisas que precisamos fazer - cuidar de crianças, cuidar de idosos, garantir que continuamos a fortalecer nosso sistema de saúde, garantir que somos capazes de tornar cada pessoa solitária elegível para o que fui capaz de fazer com - com, com, com o COVID, com licença, ao lidar com tudo o que temos que fazer com - olhe, se - finalmente vencemos o Medicare.

Pânico não é uma palavra muito forte para descrever o sentimento que percorreu o Partido Democrata de cima a baixo à medida que o debate se desenrolava. “O que diabos está acontecendo?” foi uma das mensagens que um arrecadador de fundos democrata enviou ao grupo. Do outro lado da sala, outro enviou uma espécie de pedido de socorro e um vídeo de reféns ao mesmo tempo: “Isso não será tão ruim para os eleitores quanto é para nós, certo?” De progressista a pragmático, o veredito entre os democratas foi talvez o mais unido dos escalões superiores do partido em décadas. “Ininteligível deve ter sido a [legenda oculta]”, durante todo o desempenho de Biden, refletiu outro estrategista democrata sênior. “Teria sido o mais honesto.” Quase imediatamente após o término, os democratas começaram a perguntar se e como Biden poderia ser convencido a desistir pelo bem do partido, da nação e do próprio candidato.

Os partidários de Biden correram para a brecha. A vice-presidente Kamala Harris fez uma série de intervenções programadas na TV a cabo tarde da noite, fazendo seu melhor esforço para afastar os sonhos dos ativistas do partido de abandonar Biden, e talvez Harris também. A equipe de Biden insistiu publicamente que a noite foi apenas uma entre muitas e que o candidato estava absolutamente 100% apto por mais quatro anos. Como prova, eles seguiram seu plano para depois do debate, enviando-o para uma festa no Hyatt Regency, na Peachtree Street, em Atlanta, para 45 minutos de selfies antes de uma visita à meia-noite em uma Waffle House, a caminho de um campo de aviação de Atlanta para um salto rápido para Raleigh, N.C., onde faria campanha no dia seguinte. O Air Force One pousou pouco antes das 2h. No dia seguinte, o democrata mais popular do país, Barack Obama, disse a seus aliados para não recuarem Biden. “Noites de debate ruins acontecem. Acredite em mim, eu sei”.

Mas a realidade permanece: todos os que assistiram ao debate nos Estados Unidos puderam ver por si próprios como Biden envelheceu. Já preso no que é, na melhor das hipóteses, uma corrida acirrada com Trump, o caminho de Biden para a vitória de repente parecia estar a transformar-se num beco sem saída diante dos olhos dos democratas. Isso deixou o partido fazendo duas perguntas. Havia alguma maneira de tirá-lo da luta? E se não, haveria alguma chance de cruzar a linha de chegada com um candidato profundamente falho? De qualquer forma, não foi nada parecido com o que Biden e a sua equipe tinham planeado enquanto estavam isolados no retiro presidencial de Camp David, nas montanhas de Maryland, durante seis dias inteiros de ensaio num hangar de avião e numa sala de cinema. Apesar de toda a conversa sobre a agenda de primeiro mandato mais bem sucedida de todos os tempos e uma eleição de meio de mandato que desafia a história, a equipe de Biden passou a madrugada de quinta e a sexta-feira inteira tentando dissuadir os democratas.

Quando um candidato briga, espera-se que um assessor leal assuma a responsabilidade. E poucos têm mais experiência em jogar pessoas debaixo do ônibus do que Joe Biden. Quando a sua primeira campanha implodiu no verão de 1987, um jovem assessor e futuro presidente do Comitê Nacional Democrata, chamado David Wilhelm, assumiu a culpa por transmitir os discursos de um líder trabalhista britânico que Biden copiou num palco de debate. Quando sua terceira candidatura para o cargo terminou em quarto lugar no início de Iowa, Biden removeu seu assessor de longa data e gerente de campanha, Greg Schultz, enquanto a comitiva navegava lentamente pelas estradas geladas de New Hampshire a caminho de um local de debate. Com as investigações intermináveis ​​sobre o envolvimento do seu filho com parceiros de negócios duvidosos, Biden culpou a sua equipa por não ter sinalizado os potenciais conflitos de interesse mais cedo. E quando documentos confidenciais foram recuperados em sua posse pessoal, a culpa foi novamente do ajudante.

Mas desta vez, a culpa não pode ir muito além do próprio presidente e dos seus familiares mais próximos. Ninguém pode dizer que o que aconteceu em Atlanta foi inesperado. Os eleitores têm sido consistentes ao dizer aos pesquisadores que estão preocupados com a idade de ambos os candidatos. Quase dois terços da nação acham que tanto Trump como Biden são demasiado velhos para o cargo, de acordo com uma sondagem da Ipsos. Outro quarto acha que Biden é muito velho. Uma pesquisa separada do Gallup revela que apenas 22% dos americanos dizem estar satisfeitos com a direção do país, um número que coloca Biden na zona de perigo. Por esta altura, em 2020, Trump estava com 20% e perdeu, enquanto Barack Obama estava no mesmo nível nesta etapa da maratona de 2012 e manteve o seu emprego. Em 1992, como George H.W. Bush procurava um segundo mandato como presidente, esse número era de 14%; ele perdeu.

E não é como se ninguém estivesse tentando alertar exatamente sobre esse cenário. Os democratas seniores têm dito aos seus pares que Biden está a um passo de perder e não é a melhor versão de si mesmo. Pessoas próximas de Obama, como David Axelrod e David Plouffe, alertaram tanto os doadores quanto os agentes que Biden era uma aposta arriscada e que o partido precisava de sangue novo. Mas levantar a questão da idade foi motivo para a excomunhão do alto comando da órbita Biden. Histórias sombrias circularam entre aqueles que tinham acesso aos principais conselheiros de Biden, de um assessor próximo que levantou a questão da idade e foi sumariamente congelado.

Imediatamente após o debate, falou-se de uma revolta, com Democratas de Hill anônimos, cautelosos com a sua própria vulnerabilidade eleitoral, jurando que desta vez seria desencadeada uma intervenção dos líderes do partido. Mas se Biden tinha resistido a falar de uma presidência de um mandato quando a oportunidade de se afastar graciosamente estava disponível, ele estava ainda melhor posicionado para se manter firme agora. As regras do Partido Democrata tornam quase impossível substituir Biden no topo da chapa, a menos que ele se afaste voluntariamente. Biden tem atualmente 3.894 dos quase 4.000 delegados prometidos/estimados até agora, a maioria dos quais será obrigada a permanecer com ele durante o primeiro turno de votação, que será realizada virtualmente (online) antes da Convenção Nacional Democrata. Seriam necessários cerca de 25% dos delegados na convenção em oposição a Biden, em uma votação aberta, para abertura de caminho para uma eventual possibilidade de outro candidato ser o indicado. Isso continua muito improvável.

“As coisas estão sombrias. Não há dúvida sobre isso”, diz alguém que está sentado na Ala Oeste desde o primeiro dia. “Mas vamos em frente. Essa é a única opção que está na mesa.”

Se Biden pudesse ser convencido a se afastar, haveria um caos dentro do partido, diferente de tudo desde 1968. A vice-presidente Kamala Harris começaria com a vantagem do mandato, mas o seu número de aprovação é baixo e ela estaria vulnerável a um desafio. Candidatos proeminentes, nominalmente disputando 2028, mas todos discretamente considerados como possíveis substitutos de Biden em 2024, incluem os governadores Gretchen Whitmer, de Michigan, Gavin Newsom, da Califórnia, e J.B. Pritzker, de Illinois.

A campanha de Trump, por sua vez, parece satisfeita com o status quo. “Os democratas estão presos a Joe Biden, gostem ou não”, diz Alex Bruesewitz, consultor do Partido Republicano aliado de Trump. Provavelmente isso é verdade, e a equipe do ex-presidente estava aproveitando ao máximo após o debate. "Joe Biden esqueceu que 13 heróis morreram no Afeganistão e pensa que há uma epidemia de estupro entre irmãs. Ele não deveria estar nem perto da maleta nuclear. Nunca esteve tão claro que a força do presidente Donald Trump é necessária na Casa Branca", diz Bruesewitz.

Para acalmar os receios, Biden teve de reconhecer o erro. “A contragosto, Biden não é realmente uma placa de jardim que eu quero”, disse um estrategista de doadores na sexta-feira. A campanha redobrou a sua determinação, fazendo circular críticas positivas dos aliados. E continuam convencidos de que Trump é uma figura improvável que não conquistou nenhum eleitor com a sua aparição no debate. Na luz fria da manhã, a chefe de campanha Jen O'Malley Dillon passou pelo Atlanta Ritz para animar os doadores. “A liderança da campanha contextualizou tudo e os apoiantes saíram sentindo-se melhor do que ontem à noite”, diz Noah Mamet, ex-embaixador na Argentina. “Os torcedores diziam uns aos outros que poderia ter sido melhor, mas nada de fazer xixi na cama, é hora de focar.” Nos escalões superiores da órbita de Biden, não fazia sentido adicionar brilho. “Estas eleições nunca seriam vencidas ou perdidas num comício, numa conversa ou num debate”, diz um conselheiro sénior. “Temos um eleitorado em grande parte fechado e dois candidatos bem definidos – e os eleitores que decidirão esta eleição vão exigir tempo e esforço consistentes para vencer em Novembro.”

Biden começou a trabalhar para transmitir essa visão na sexta-feira na Carolina do Norte, dizendo à sua multidão que compreendia o pânico dentro do partido e depois rejeitou-o firmemente. “Pessoal, deixe-me encerrar com isto: eu sei que não sou um jovem, para afirmar o óbvio”, Biden brincou em Raleigh ao lançar um mea culpa que os doadores exigiam e os estrategistas esperavam que ele entendesse. “Não debato tão bem como antes. Eu sei o que sei: sei dizer a verdade. Eu sei diferenciar o certo do errado. Eu sei como fazer esse trabalho. Eu sei como fazer as coisas. Eu sei o que milhões de americanos sabem: quando você é derrubado, você se levanta.”

É verdade que Biden sofreu muitas derrotas em sua carreira, mas às vezes é melhor permanecer na tela.

“Pessoal, dou minha palavra como Biden: não estaria concorrendo novamente se não acreditasse de todo o coração e alma que posso fazer este trabalho”, disse ele. Para muitos democratas que assistiram ao debate, o problema é que aquilo que Biden acredita está a começar a parecer cada vez mais contrário à realidade.

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Tambores da III Guerra Mundial seguem sendo tocados cada vez mais altos






Tudo leva a crer que Israel não terá opção a não ser atacar as posições do Hezbollah no Líbano, vistos os ataques incessantes que recebe.

A verdade seja dita, sempre foi uma questão de tempo. O Irã diz que irá destruir Israel se atacarem as posições do Hezbollah. 

O Brasil precisa deixar o sombrio Eixo do Mal o quanto antes. Pode nos custar MUITO caro essa ridícula situação..

Para se chegar a essa conclusão não se precisa discutir geopolítica, regimes A ou B. É só relembrar o que a II GM representou para o Brasil, especialmente para as famílias brasileiras que tiveram, entre seus familiares, aqueles que diretamente participaram nas frentes de batalha em solo italiano, embora muitos civis e militares faleceram sem nem lá estarem. Um exemplo do ocorrido está contado a seguir e é mais do que suficiente para se encerrar a palhaçada do atual governo.

Um dos 25 mil homens enviados pelo Brasil para combater as forças do Eixo na Itália, o cabo Waldemar Reinaldo Cerezoli deixou um tesouro precioso antes de morrer, em 1975: seus diários.

Transformado pela historiadora Cristina de Lourdes Pellegrino Feres no livro ‘A Dupla Face da Guerra: a FEB pelo Olhar de um Prisioneiro’ (editora Intermeios), esse material relata desde banalidades do dia a dia no front a conflitos brutais com os inimigos.

No trecho a seguir, Cerezoli narra seu último combate em solo italiano e sua passagem por um campo de prisioneiros na Alemanha, antes de ser libertado pelo Exército dos Estados Unidos em 29 de abril de 1945.

No dia 4 de maio voou para a França. No começo de junho retornou para a Itália e no dia 6 de julho embarcou em um navio para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 18 de junho.


Relato do dia 30 de outubro de 1944

Às 4h nos levantamos e partimos para o ataque. Este combate irá resolver minha situação ao posto de sargento. Chegamos na base de partida, fiz uma trincheira para a gata [apelido de sua metralhadora] e estamos esperando a ordem do major para atacar.

Às 10h começou a chover forte. Já estou todo molhado, nossa artilharia está batendo o morro que vamos atacar. Enfim, às 4h da tarde chegou a ordem para atacar. Abrimos fogo em conjunto com os morteiros e metralhadoras. Pus a gata para funcionar e o pelotão de fuzileiros começou a avançar.

Estamos atirando por cima de nossa tropa. Nossa artilharia está atirando certo e granadas estão caindo em cima de nossos homens. O capitão telefonou para a artilharia e pediu para alongar a alça [aumentar o alcance dos tiros].

Recebi a ordem de cessar fogo e avançar com minha peça. Com muito sacrifício consegui chegar nas posições inimigas. O capitão pediu uma metralhadora e eu fui escalado para aquela missão.

Saí com o soldado Alcides, rastejamos por baixo de balas, mas conseguimos chegar aonde o capitão queria e abri fogo em menos de um segundo. Vi que o inimigo recuou e aproveitei para avançar mais. Consegui posição melhor e continuei a atirar

Somente às 8h da noite terminou o combate. Perdemos cinco homens. Recebi ordem de recolher minha peça e fomos para dentro de uma casa que horas antes pertencia aos alemães. Lá encontramos o fogo acesso, chá quente e uns pães pretos.

Eu estava completamente molhado e sujo de barro. Fiquei perto do fogo até à 1h da madrugada e depois peguei no sono. Às 4h, do dia 31, o inimigo contra-atacou e fui acordado pelo sargento Joel.

Entrei em posição em uma janela com minha gata e abri fogo. Às 5h e pouco tudo ficou em silêncio, o inimigo tornou a recuar.

Às 8h da manhã saí com o sargento e o soldado Eliseu para procurar o resto da Companhia e saber de nossa situação. Já tínhamos andado uns 20 metros quando o inimigo abriu fogo em nós a uns dez passos de distância.

Deitei-me rapidamente e abri fogo com meu fuzil. O sargento rastejou e conseguiu entrar em uma zona abrigada. Fiquei com o Eliseu atirando no inimigo e vimos que eram dois e estavam bem entrincheirados.

Só me restava uma granada de mão que estava pendurada no meu cinto do lado esquerdo. O soldado Eliseu a arrancou do cinto, porque eu não podia me mover para tirá-la. Eu já tinha onze furos de bala no capacete e estava desabrigado.

Enquanto eu atirava, Eliseu rastejou até perto da trincheira inimiga e atirou a granada.

Aqueles dois já não matariam mais brasileiros. Voltamos para a casa e encontramos os demais todos assustados.

O sargento não encontrou sinal de nossa Companhia, estávamos em 17 homens cercados pelo inimigo, a Companhia já tinha recuado e nós éramos obrigados a aguentar os alemães.

Começaram os palpites e ficou resolvido que dois homens iriam procurar comunicação com o capitão, que estava em uma casa à nossa direita, a 50 metros aproximadamente. O sargento pediu dois voluntários para arriscar-se naquela missão, mas ninguém se apresentou.

Resolvi ir novamente e o Eliseu disse que iria comigo. Afirmou que todos estavam com medo, e tinha razão. Saímos rastejando, mas pouco adiantou. O alemão nos viu e começou a chover balas sobre nós dois.

Pensei em voltar, mas resolvi ir em frente até o fim: minha missão era encontrar o capitão.

Rastejamos e conseguimos entrar em uma valeta. As balas já não nos alcançavam. Chegamos perto da casa onde estava o capitão com mais dois oficiais. Assim que nos viu fez sinal para voltarmos porque o inimigo estava atirando na porta, pela qual tínhamos que entrar.

Não obedecemos e continuamos a rastejar. Quando o alemão parou de atirar, o Eliseu entrou rapidamente e abriram fogo novamente. Eu fiquei esperando uma oportunidade. Cessaram novamente e consegui entrar na casa.

Contei nossa situação ao capitão. Ele me chamou de louco por arriscar tanto e disse que não nos deixaria voltar. Tanto insistimos que ele consentiu na nossa volta, mas disse-nos que seria loucura.

A ordem que nos deu para levar era para aguentar até a última bala. Saímos rastejando. Então, começou a chover balas sobre nós. Com muita dificuldade e sorte chegamos na casa onde estavam os 15 restantes.

Ficaram admirados em tornar a nos ver. Contei-lhes sobre a nossa situação e a ordem recebida do capitão. Alguns não concordaram, mas fiz-lhes ver que era uma ordem superior.

Era aproximadamente 11h e eu já estava com fome e sede insuportáveis. Subi para o andar superior e vi pela janela que o inimigo já tinha cercado a casa. Falei com o sargento Joel e resolvemos abrir fogo. Éramos 17 e o inimigo seriam mais ou menos 300 homens.

Enquanto tinha balas, atirei para matar. Quando terminaram meus 3 mil tiros de metralhadora, peguei meu fuzil e continuei atirando. Atirávamos a dois ou três metros de distância, dava para ver o ódio estampado no rosto do inimigo.

Troquei de posição e fui para um quarto onde estava o sargento e o soldado Hamilton, que já estava surdo de tanto estouro de granada dentro do quarto. Vi perfeitamente uma granada entrar pela janela e cobri o rosto com o braço esperando a explosão.

Senti uma pancada na cabeça e desacordei por alguns segundos. Depois, vi meu braço ferido e senti sangue escorrer pela perna esquerda. Quis andar, mas não pude.

Olhei para o sargento e vi sangue no braço dele, que se contorcia de dor e estava com o braço direito quebrado. Ao meu lado estava o Hamilton deitado em uma poça de sangue. Um estilhaço havia-lhe cortado a veia.

Consegui ajoelhar-me e acabou minha munição. O sargento pediu para nos entregarmos. Apareceram mais cinco feridos e, então, resolvemos nos entregar. Todos desceram.

Eu fiquei com o Hamilton. O infeliz ainda falava e pediu-me para levá-lo para fora. Eu o arrastei, mas já não tinha mais forças para sustentar-se de pé. Quando chegamos na porta, um alemão com uma metralhadora agarrou-me pelos ombros e fui obrigado a deixar meu colega Hamilton, que já tinha estampado no rosto a hora da morte.

Fui carregado para junto dos meus colegas. O alemão colocou-nos em frente a uma pedra e com a metralhadora na mão gritava como um louco, mas nós não compreendíamos nada. Então, trouxeram os mortos e feridos deles e vi que tínhamos acertado muito.

Aos poucos se acalmaram e vieram dois enfermeiros que nos fizeram os curativos. À tarde nos levaram para a retaguarda e fomos para um hospital em Modena. Ali é que sofremos nas mãos daqueles enfermeiros italianos.

Tiraram-me o estilhaço da perna e outro da cabeça, mas tudo sem anestesia; punham-me gaze na boca para sufocar os gritos. Enfim, fui carregado para uma cama e deixaram-me em paz.

Ali passamos três dias, depois fomos para outro hospital em Parma, onde fomos melhor tratados, porque as enfermeiras eram alemães e pareciam mais humanas que as italianas.

A fome aumentava e a vontade de fumar me deixava louco. À noite, eu tirava uns fios de gaze e enrolava no papel para fumar. A comida era só sopa e muito pouca. Ficamos uma semana naquele hospital, depois fomos para outro que ficava na cidade de Mantova.

Era um hospital só de prisioneiros. Ali que foi de amargar! Tiraram toda nossa roupa e nos deram camisola, mas o diabo é que elas eram curtas e as enfermeiras não queriam que saíssemos da cama.

Assim, passamos até o dia 23 de novembro. Já estava melhor, só me doía a cabeça, e fomos conduzidos para um campo de concentração que ficava na mesma cidade. Encontramos no campo o restante da nossa turma e mais cinco brasileiros que tinham caído prisioneiros antes de nós.

Ficamos naquele campo até 5 de dezembro. A comida era de amargar: 50 gramas de sopa no almoço e 95 gramas na janta, e dormir em cima de tábuas.

No dia 5 de dezembro fomos conduzidos para uma estação e embarcamos em trem de carga: 50 prisioneiros em cada vagão de aço fechado por fora. Partimos à noite e, assim, passamos três dias e três noites fechados como ratos. Durante a viagem comemos uns pedaços de pão duas vezes.

À meia-noite, de 8 de dezembro, tive a honra de desembarcar na Alemanha. Estávamos loucos de sede e, assim que descemos, começamos a comer neve. Entramos em forma e seguimos para o campo de concentração [de Stalag VII-A, localizado na cidade de Moosburg].

Foi a pior impressão de minha vida ver aquele cercado de arame onde eu ia entrar, mas não sabia se sairia.

Passamos a noite sem comer nada. No outro dia, às 9h, vieram uns pães pretos, mas alguns avançaram como loucos nos pães e quem foi educado não comeu nada. À tarde fomos identificados e recebi uma chapa com o número 142292, a qual era obrigado a levar pendurada no pescoço.

Fomos integrados novamente e nos levaram para outra barraca, número 30, junto com americanos. Havia, naquela barraca, muitos mexicanos e logo ficamos amigos.

Fiquei sabendo que naquele campo havia 110 mil prisioneiros de 24 raças [nacionalidade] diferentes. A comida constituía somente em batata.

Ficamos um tempo ali, depois, nós graduados, fomos separados para uma barraca de lona e dormia-se no pedregulho. A primeira refeição vinha às 3h ou 4h da tarde, e muitos dias não vinha; então, comíamos neve para enganar o estômago. Já andava eu barbudo, sujo, cheio de muquirana [um tipo de piolho] e bichos de toda espécie.

E, assim, passaram-se seis meses, até que, no dia 29 de abril de 1945, o Sétimo Exército [dos Estados Unidos] tomou o campo e fomos libertados. Ninguém avalia nossa alegria. Jamais tive um dia tão feliz!

Os tanques comandados pelo general Patton invadiram o campo e já não éramos mais prisioneiros, trocamos de lugar com os alemães. No mesmo dia, chegou cigarro e comida à vontade.

Comi tanto que amanheci doente. Montaram chuveiros e tomamos um banho quente, trocamos de roupa, cortei a barba e já me sentia outro.



29 junho 2024

Brasil atual: uma república tão falsa como uma nota de 3 reais


Ultrapassamos o meio do ano. "Ano miou, ano findou", diz o ditado popular. E há mais de cinco anos o Brasil ainda não restabeleceu a sua República. Continua com essa que aí está, tão falsa como uma nota de 3 reais. 

Existe alguma luz no fim do túnel? Esta semana ocorreu um lampejo. Durante o julgamento sobre o uso de maconha o ministro Luiz Fux disse que tal decisão cabe ao parlamento.

“Nós não somos Juízes eleitos. O Brasil não tem governo de Juízes. Num Estado Democrático, a instância maior é o Parlamento”, disse Fux

 


Estátua de Montesquieu no Louvre


Já passou da hora de retornarmos ao que nos ensinou o pensador francês Montesquieu (1689-1755). Ele elaborou a teoria da separação dos poderes que propunha a organização do Estado em: 

Poder Executivo, cuja função é administrar o país de acordo com as leis;

Poder Legislativo, encarregado de elaborar e aprovar as leis que regem o país; e 

Poder Judiciário, incumbido de exercer a justiça com base na aplicação das leis.

Tais poderes devem ser independentes e harmônicos entre si, de forma que cada um fiscalize a conduta dos demais.

Outro filósofo de grande expressão nesse contexto é o francês François-Marie Arouet, conhecido por M. de Voltaire (1694-1778). Voltaire condenava a intolerância e as perseguições religiosas. Entre suas ideias principais estão a defesa da liberdade religiosa e de expressão, opondo-se a qualquer forma de censura.

Concomitantemente com esses filósofos, a opinião pública aderiu à ideia de que o governo exerce o poder em nome do povo e, com base na Constituição, suas funções são garantir o bem comum, o direito à vida, à liberdade, à propriedade.

28 junho 2024

Menos Marx, Mais Mises

Um crescente número de brasileiros começou a despertar para a importância das ideias de determinados autores falecidos, mas que ainda governam os rumos de nossa vida. Esta impressionante tomada de consciência pode ser exemplificada, dentre outros fatores, por intermédio da popularização do bordão "Menos Marx, Mais Mises", estampado em adesivos, camisetas, balões e cartazes que se tornaram populares nas diversas manifestações contra a desastrosa administração do governo federal exercido pelo PT.

Portanto, é muito oportuna, chegou em boa hora, a republicação de um dos livros da coleção de Ludwig von Mises (1881-1973), nascido na região da Galícia, no Império Autro-húngaro. Durante o nazismo foi obrigado e fugiu (emigrou) para os EUA, onde continuou desenvolvendo toda a sua obra no âmbito das ciências econômicas. 

Nesse livro se aprende com Ludwig von Mises que a única política econômica viável para a raça humana seria um política de laissez-faire (*) irrestrito, de livre mercado e de respeito total aos direitos de propriedade privada, com o governo estritamente limitado a defender a pessoa e a propriedade dentro de sua área territorial.

Nele se ler que Ludwig von Mises foi capaz de demonstrar que:

(1) a expansão do livre mercado, a divisão do trabalho e o investimento de capital privado são o único caminho possível para a prosperidade e o sucesso contínuo da raça humana; 

(2) o socialismo seria desastroso para a economia moderna, porque a ausência de propriedade privada da terra e de ens de capital impediria qualquer tipo de apreçamento racional, ou de estimativa de custos; e 

(3) a intervenção governamental, além de obstruir e arruinar o mercado, seria contraprodutiva e acumulativa, levando inevitavelmente ao socialismo, a não ser que todo o tecido intervencionista fosse repelido. 

Mantendo essas visões, e se apegando bravamente à verdade em um século cada vez mais devotado ao estatismo e ao coletivismo, Mises se tornou famoso por sua intransigência em insistir em um padrão-ouro não inflacionário e o laissez-faire.

(*) Laissez-faire é expressão escrita em francês que simboliza o liberalismo econômico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência, taxas nem subsídios, apenas com regulamentos suficientes para proteger os direitos de propriedade. Wikipédia

Lula sempre teve o seu caminho pavimentado por comunistas

E essa pavimentação foi feita, nada mais nada menos, por aquele que se autodenomina o Kerensky brasileiro e o melhor aluno de Antônio Gramsci: Fernando Henrique Cardoso.

O ex-presidente, por sua vez, teve seu caminho pavimentado pela própria família, conforme se encontra no livro 1889, de Laurentino Batista. Vamos lá. O avô de FHC, Joaquim Inácio Batista Cardoso, chegou a sugerir a Benjamin Constant, o fuzilamento de Pedro II caso ele resistisse ao exílio (p. 41). O tio de FHC, Felicíssimo Cardoso, era membro do Conselho Mundial para a Paz, uma organização criada pela KGB, a polícia secreta soviética. O pai de FHC, General de Exército Leônidas Cardoso, foi militante do CEDPEN, entidade diretamente envolvida na campanha popular "O Petróleo é nosso!", perseguido pelo Conselho de Segurança Nacional em 1953, sob a alegação de envolvimento com atividades comunistas, subversivo" (Última Hora 26/5/1953, p.3).  O General Leônidas chegou a ter seu nome citado como eventual candidato do então Partido Comunista do Brasil (PCB) em 1954. 

FHC foi um cérebro operante por trás da implementação definitiva do comunismo no Brasil desde seus tempos como estudante e, posteriormente, como professor na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USPEntre 1966 e 1968, as ideias de Gramsci repercutiram tão somente no interior de um restrito circulo de intelectuais e professores universitários de ciências sociais, sobretudo na USP. FHC (sempre ele), por exemplo, num artigo publicado na revista Les temps modernesfoi um dos primeiros intelectuais brasileiros a fazer menção ao conceito gramsciano de hegemonia.

O Pacto de Princeton

Os continentes americanos - e o Brasil em particular - sempre estiveram na mira das lideranças do globalismo e estas tinham como um de seus objetivos incentivar a criação de um bloco latino-americano.

Foi nesse contexto, que a organização  "Dialogo Interamericano" passou a financiar o Foro de São Paulo, criado por Lula e Fidel Castro, através do que ficou conhecido como Pacto de Princeton.

O Pacto de Princeton foi um combinado de uma falsa oposição e da aplicação dos métodos de doutrinação de Gramsci, feito por Lula e FHC, ocorrido em janeiro de 1993 na cidade de Princeton, EUA. No Pacto, Lula representando o Foro de São Paulo que fomenta o socialismo comunista na América Latina e FHC representando a Diálogo Interamericano ligada ao Partido Democrata americano com pele socialista-fabiano.

No Pacto, os dois comunistas - Lula e FHC- demonstraram para a grande imprensa que eram adversários, adotando os ideais da política das tesouras, de Lênin, como única solução para implantar o socialismo-comunismo no Brasil. Forjaram uma falsa oposição para culminar com o grande projeto de instalação do socialismo em toda a América Latina. Desta forma, qualquer um dos dois que fosse eleito pelo voto democrático, estava comprometido com os ditames socialistas em toda a extensão da América Latina, objeto do Foro de São Paulo.

Além de forjar uma falsa oposição, o Pacto tinha como objetivo:

"a participação de revolucionários comunistas de 1964 nas eleições, bem como o controle populacional através do estímulo de uniões homossexuais, legalização do aborto, enfraquecimento da Igreja Católica para se prevenir de reações contrárias aos projetos estabelecidos, e também o enfraquecimento das Forças Armadas."

No ano de 1995, FHC ganhou a eleição presidencial no Brasil e começou a por em prática os métodos de desconstrução dos valores estabelecidos na sociedade brasileira e a fomentar o crescimento socialista no País.

Em 2003 foi a vez de Lula ganhar a eleição presidencial, ficando até final de 2010 no poder, período esse onde aparelhou todas as instituições, investiu bilhões em nações socialistas e forjou pesado na implantação das disciplinas que compõem o marxismo cultural, colocando classes contra classes e pulverizando a discórdia entre pobre e rico, negro e branco, sulista e nortista, homossexual e heterossexual, filho e pai, sociedade civil e polícia. Apoiou a ideologia de gênero, incentivou a corrente feminista, buscou meios para legalizar o aborto, incentivou à promiscuidade e a impunidade, desarmou a população contra resposta do referendo de 2005, sucateou as Forças Armadas, investiu em ONGs trapaceiras que defendem os ideais do globalismo-comunismo e nos artistas consagrados através da Lei Rouanet para se aproveitar do público seguidor dos mesmos no sentido que eles ajudassem falar bem do sistema. 

Enfim, nos mais de vinte anos que os esquerdistas estiveram na condução de governos para mudar a cor de nossa bandeira para o vermelho, as universidades públicas foram as que mais se esmeraram em entregar títulos, incluindo o de Doctor Honoris Causa, bem como todos os tipos de bolsas e incentivos para quem fosse convincente aos ideais marxistas e gramsciano no sentido de fomentar, cada vez mais a luta de classes, tendo no MST e em tantos outros organismos a bandeira de luta para destruir o capitalismo e implantar o decadente sistema socialista no Brasil.

Brasil 2023

Em 2023 Lula retornou ao Palácio do Planalto e com ele sua troupe viciada nos costumes comunistas, incluindo o globalismo. Lula já abriu mão da Amazônia brasileira ... e o Brasil vai ter de escolher entre o dinheiro e a dignidade, senão corre o risco de perder os dois ... https://bit.ly/3oVnZ90.

Neste momento, as redes sociais começaram a divulgar que delegações de 23 países confirmaram participação na reunião do Foro de São Paulo que irá ocorrer em Brasília entre os dias 29/06 e 02/07/2023.

Tal reunião, suponho, servirá para atualizar os planos do Foro, cujos teores para os períodos 2019-2020, 2021-2022 e 2022-2023, foram revelados pelo jornalista espanhol, Luis María Ansón, e publicados no jornal El Mundo, disponível neste link.

Mais informações sobre o Foro de São Paulo estão também disponíveis neste ótimo documentário lançado em Madrid. Um filme para denunciar a aliança entre as narcoditaduras latino-americanas e o partido espanhol Podemos, por meio do chamado Grupo de Puebla, herdeiro do Foro de São Paulo.

25 junho 2024

O povo da Venezuela clama por liberdade

Maria Corina Machado

A líder opositora, Maria Corina Machado, já foi definida como não candidata nas próximas eleições presidenciais pelo regime de Maduro. Portanto, seu nome não estará nas cédulas em 28 de julho mas, mesmo assim, tem lotado as ruas em total aderência aos venezuelanos que gritam por liberdade.



O ex-diplomata Edmundo González Urrutia será o candidato majoritário da oposição com o apoio de Corina Machado e tem sofrido muita repressão, incluindo prisões de pessoas que trabalham na sua campanha. Uma prova evidente de que o regime de Nicolás Maduro não esconde que tem medo de lutar democraticamente contra o candidato.


Lula não aderiu à Rússia apenas no campo político e diplomático

A encarnação dos ideais de Putin se mostra na prática


Em 17 meses de governo (os dados vão até maio), o Brasil transferiu para a Rússia US$6,9 bilhões pela importação de diesel. Para se ter uma ideia do que isso representa, o valor é mais de 12 vezes o total pago na soma dos 10 anos anteriores (2012-2022). No mês passado, nada menos que 97,8% das importações brasileiras de diesel vieram da Rússia.

Lula vetou a exportação de ambulâncias blindadas para a Ucrânia, fechou as portas para operações de vendas de munições de tanque para Alemanha – que as repassaria para a Ucrânia – sob a justificativa de que não alimentaria a guerra. 

24 junho 2024

O algoritmo do Big Brother brasileiro

A matéria publicada pela Folha de São Paulo, neste domingo (23/06/2024), fornece uma boa idéia do funcionamento do sistema de vigilância onipresente e intrusivo do regime totalitário e do controle autoritário sobre a população implantados no Brasil nos últimos cinco anos. Confira o seu texto completo a seguir. Se preferir, para quem possui assinatura, o acesso direto está neste link.

Boa leitura.

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Suspensão de perfis por Moraes vira caixa-preta com sigilo e exclusão de PF e PGR

Com ordens mantidas em segredo, somente o ministro sabe total de contas derrubadas em seus inquéritos


23.jun.2024 às 12h00

BRASÍLIA

As decisões do ministro Alexandre de Moraes que não envolvem pedidos da Polícia Federal ou pareceres da PGR (Procuradoria-Geral da República), além do sigilo imposto a inquéritos, têm impossibilitado o acompanhamento global de quantos perfis de redes sociais foram suspensos por ele —e por quais motivos.

A determinação de retirar do ar uma entrevista da Folha com a ex-mulher do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se soma a outras decisões do integrante do STF (Supremo Tribunal Federal) de censurar perfis em redes sociais.

O ministro recuou da censura à Folha na última quarta-feira (19), um dia após determinar a retirada do vídeo do ar.


O relatório do Congresso dos EUA com decisões sigilosas do magistrado para suspender perfis de redes sociais também revelou casos que não partiam da PGR ou da PF nem passavam por esses órgãos.

Esse fato, atrelado ao sigilo de inquéritos, faz com que somente o ministro tenha condições de saber quantas contas já mandou suspender e por quais motivos.

Uma das investigações mais polêmicas, a de fake news, aberta por Dias Toffoli, tem todos os documentos físicos, não digitalizados, sendo que sua totalidade só pode ser acessada por Moraes.

A falta de transparência nas decisões tem sido um dos motivos das críticas recebidas pelo ministro.

Em alguns casos, ao longo de cinco anos de investigações comandadas por ele, nem PGR nem PF tiveram acesso ao conteúdo antes da ordem de providência enviada às plataformas, até mesmo em determinações envolvendo quebras de sigilo.

Como mostrou a Folha, o ministro também derrubou perfis e conteúdos apenas com base em relatório da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, órgão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), grupo que ele chefiou.

O modelo de comunicação de Moraes com as plataformas para dar as ordens judiciais foi exposto no material divulgado pela comissão do Congresso dos Estados Unidos comandada pelo deputado republicano Jim Jordan, ligado ao ex-presidente Donald Trump —ídolo do bolsonarismo.

O documento elenca decisões de Moraes em inquéritos em andamento no STF e decisões relacionadas à atuação do ministro no TSE.

No caso da corte eleitoral, as 22 decisões reveladas são fundamentadas e detalham os motivos da suspensão das contas ou de postagens. Nelas, alguns pedidos partem da assessoria do próprio ministro.

As notificações às plataformas via STF, no entanto, não são acompanhadas das respectivas decisões fundamentadas.

Essas decisões, apontam os documentos, são relacionadas a casos como o inquérito das fake news, 8 de janeiro e milícias digitais —todos relatados por Moraes.

O ministro, nesses casos, apenas cita no documento que uma decisão foi tomada, mas é mantida em sigilo, e determina que a ordem de derrubada também seja mantida em sigilo.

Em nota, o STF afirmou que todas as decisões tomadas "são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação". Sobre o que foi revelado pela comissão do Congresso americano, a corte informou que não se tratam de decisões, mas de "ofícios enviados às plataformas para cumprimento da decisão".

"Fazendo uma comparação, para compreensão de todos, é como se tivessem divulgado o mandado de prisão (e não a decisão que fundamentou a prisão) ou o ofício para cumprimento do bloqueio de uma conta (e não a decisão que fundamentou o bloqueio)."

A ausência das decisões tem sido criticada nos bastidores pelas plataformas. Do lado de Moraes, o entendimento é que como as plataformas são apenas o meio de divulgação, não precisam ter acesso aos documentos que fundamentam a decisão.

Advogados que representam essas empresas de tecnologia afirmam, sob reserva, que as decisões nesse sentido se acumularam durante as eleições de 2022 e logo após o pleito. Depois, o ritmo diminuiu, mas ordens judiciais desta natureza seguem ocorrendo.

Profissionais que atuam nos casos afirmam que o STF é o único tribunal do país a dar ordens do tipo sem estar acompanhada de uma fundamentação.

Pessoas com conhecimento dos processos afirmam que na minoria dos casos houve decisão posterior para autorizar a retomada de perfis. A maioria, portanto, segue fora do ar.

O relatório traz decisões relacionadas ao X (ex-Twitter), mas que também determinam a derrubada de links de outras plataformas —como TikTok, YouTube, Instagram e Telegram.

O relatório indica que foram ao menos 77 decisões tomadas no âmbito do STF pela derrubada de perfis em 2022 –em alguns casos, as contas dizem respeito à mesma pessoa, mas em diferentes plataformas.

No ano seguinte, foram suspensas das redes sociais 136 contas por ordem de Moraes nas apurações em curso no Supremo. Do total, 107 perfis foram derrubados entre janeiro e março, o que demonstra que a atuação do ministro se intensificou logo após os ataques golpistas de 8 de janeiro.

O debate sobre a atuação do magistrado em relação às plataformas voltou à tona após o dono do X, Elon Musk, fazer ataques a Moraes e ameaçar publicar tudo o que é exigido pelo ministro e "como essas solicitações violam a legislação brasileira".

O ministro iniciou sua atuação no combate às ofensivas contra o tribunal quando foi designado pelo então presidente da corte, Dias Toffoli, para ser relator do inquérito das fake news, que nasceu para apurar ataques aos membros do STF.

A instauração do caso foi criticada porque se baseou em um artigo do regimento interno do Supremo que permite abertura de inquérito caso ocorra "infração à lei penal na sede ou dependência do tribunal".

Toffoli fez uma interpretação ampliativa do texto para afirmar que ataques às contas de emails dos ministros e ameaças em meios digitais validam a decisão, uma vez que um membro do STF seria ministro em "qualquer hora e em qualquer lugar".

Nessas situações, o regimento prevê que o presidente escolha o relator, em vez de haver sorteio entre todos, como acontece geralmente.

Inicialmente, a decisão foi muito criticada, inclusive por ministros da corte. Com o passar do tempo, no entanto, os ataques ao STF durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) se avolumaram e o apoio ao inquérito cresceu, levando à sua validação pelo plenário.

Depois, outras investigações foram abertas, também sob relatoria de Moraes, por terem conexão com a primeira.

Além disso, o magistrado se tornou integrante do TSE e assumiu a presidência da corte nas eleições de 2022. Ele mantém um discurso sobre a necessidade de o Judiciário atuar para impedir a circulação de fake news que atentem contra a democracia.