A primeira aula de Engenharia Aeronáutica aconteceu em 14 de março de 1950 na sala 405-A no IME, berço original do ITA. O IME também concedeu o título de Doutor Honoris Causa ao Marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho, idealizador e criador do ITA.
Ambas as escolas têm se destacado pela formação de inúmeras gerações de engenheiros civis e militares, que muito contribuíram para o desenvolvimento nacional e soberania do Brasil, em particular na formação de engenheiros nucleares no IME e de engenheiros aeronáuticos no ITA, principais responsáveis pelo domínio das mais variadas tecnologias envolvidas nessas áreas.
No campo nuclear o Brasil está entre os principais países que dominam sua tecnologia, destacando-se no seu uso em geração de energia e nas áreas médicas e industrial. O País também detém o conhecimento do processo de produção de combustível a partir de suas próprias jazidas de urânio em quantidade suficiente para suas próprias necessidades.
Atualmente a Marinha do Brasil alcançou total domínio sobre o ciclo de combustível nuclear e fornece centrífugas para as Indústrias Nucleares do Brasil, além de estar envolvida na construção do reator par o submarino brasileiro de propulsão nuclear, que elevará consideravelmente a capacidade de defesa no Brasil no Atlântico Sul.
No setor aeronáutico, o maior destaque fica por conta da criação da Embraer. Tal fato colocou o Brasil no cenário internacional de produção de aviões civis e militares.
Um exemplo, nesse sentido, é o desenvolvimento, pela Embraer, do cargueiro militar C-390, cuja encomenda inicial de 28 aeronaves foi da Força Aérea Brasileira que injetou cerca de R$ 5 bilhões em seu desenvolvimento. Outros países estão seguindo o mesmo caminho. Em agosto de 2019, Portugal, que faz parte da Otan, fez uma encomenda de cinco aparelhos, o primeiro contrato de exportação da aeronave (US$ 917 milhões).
Todo esse contexto foi de extrema importância para que o Brasil recebesse, em março do ano passado (2019), o status de aliado privilegiado fora da Otan, a aliança militar ocidental. Os primeiros frutos desse alinhamento já começaram a surgir. Brasil e Estados Unidos assinaram um acordo militar inédito, em março/2020, o que irá abrir o maior mercado de defesa do mundo à industria nacional.
O acordo, conhecido pela sigla RDT&E (Research Development, Testing and Evaluation), foi assinado pelos presidentes da duas nações após a formalização desse alinhamento. O texto ainda precisa passar pelo Congresso e prevê parcerias apoiadas por recursos públicos e privados. A partir daí, empresas de ambos os países podem ser selecionadas e contratadas para desenvolver projetos sob a gestão de autoridades brasileiras e americanas.
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