Segundo informações divulgadas nas mídias, o início das obras de construção da ferrovia EF-170 poderá ser retardado. A Ferrogrão, como ela é conhecida, ligará Sinop (MT) a Miritituba, distrito do município de Itaituba (PA), com aproximadamente 933 km de extensão e será utilizada, principalmente, para escoar os produtos da região aos portos. Há previsão de quase R$13 bilhões de investimentos numa área que é uma das mais pobres do País.
A Ferrogrão, de acordo com os Cadernos de estudos revisados pela ANTT em 2020 para a concessão da ferrovia, levará 9 anos para sua construção, prevendo-se o início de sua operação em 2030, quando funcionará com três terminais em Sinop/MT, Matupá/MT e Miritituba/PA. Em Miritituba, haverá a construção de mais dois ramais da ferrovia, em Santarenzinho, onde há potencial para adição de capacidade de 14,3 milhões de toneladas de granéis agrícolas à capacidade existente de Miritituba, e Itapacurá, onde há capacidade potencial de 23 milhões de toneladas por ano.
Depois de fechadas as torneiras pelo novo governo para ONGs que atuam na região, o Instituto Socioambiental (ISA), ONG que só em 2018 recebeu R$19,7 milhões do governo e hoje já não leva mais nada, é uma das autoras, juntamente com o MPF, da representação encaminhada ao Tribunal de Contas da União pedindo a suspensão cautelar do processo de desestatização e a proibição da licitação da ferrovia até que os indígenas sejam “consultados”.
"A ideia é parar tudo porque durante o governo Temer o diretor da ANTT, prometeu “ouvir comunidades indígenas”, ou seja, as próprias ONGs."
Em comentários sobre a representação junto ao TCU divulgada pela ONG nas redes sociais, fiz a seleção de um deles que ilustra bem as COISAS DO NOSSO BRASIL.
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