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18 julho 2014

PARCERIAS ECONÔMICAS NO LONGO PRAZO

Na semana que sucedeu a copa, aqui em Brasília, de pires na mão e de olho no dinheiro do futuro banco do BRICS, Cristina Fernandez de Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolivia) e Nicolás Maduro (Venezuela), em um abraço de afogados.

Todos com seus países no fundo do poço em conseqüência do modelo econômico bolivariano do finado Hugo Chavez secundado pelo cubano, símbolo maior do retrocesso que ainda permanece no mundo.

Enquanto isso, o mais esperto de todos os países que pousaram aqui, a China, pela beirada, vai comendo todos, inclusive o Brasil, buscando competir pela liderança econômica mundial no longo prazo. Na prática, os componentes do BRICS tendem a ficar submetidos aos interesses do capitalismo chinês, tão ou ainda mais hegemônico que o dos EUA.



Como antes, desde o nosso descobrimento, nós só exportamos produtos primários (minérios, grãos, carne); eles só vendem bens industriais. Isso não é necessariamente ruim, já que a China sustenta boa parte do nosso magro superavit comercial. 

O que preocupa é a falta de opções do manufaturado brasileiro, sem preço para exportar, além de também perder espaço no mercado nacional. 

A promessa dos chineses comprarem 60 jatos da EMBRAER, se realizada, não nos fará mal, mas não é motivo de grandes celebrações. Deve ser visto mais como um fato isolado - um agrado -  no lastro da inviabilização de sua fábrica em território chinês com parceria local.

Do lado sul-americano, alguns de nossos vizinhos, Chile, Colômbia e Peru, entenderam melhor a conjuntura, observam melhor o futuro, enxergam suas economias sem ideologias, e estreitam, cada vez mais, relações comerciais com os americanos e o bloco europeu.

Lição a ser (re)aprendida pelo Brasil !








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