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02 fevereiro 2016

SEM REESTREIA

Depois de quase dois meses em marcha lenta, esta semana se iniciou com o retorno das atividades plenas nos três poderes da República sediados em Brasilia.  

As palavras contidas nos discursos proferidos durante as solenidades ocorridas nos salões dos respectivos poderes, demonstraram que os responsáveis pela condução dos destinos da Nação, compreendem mal a natureza e a dimensão do atual momento vivido pelo Brasil e nenhum deles assumiu e/ou pediu desculpas por essa situação.

Também não se ouviu um discurso novo, especialmente o do executivo em sua mensagem ao Congresso Nacional, lida pela própria presidente. Na pauta, os assuntos são os mesmos do final do ano passado. Como já dissemos aqui, confirma-se, assim, que 2016 é uma prorrogação de 2015.

Mas será mais do mesmo ? Não. Embora os temas não tenham sido modificados, todos eles, a crise econômica, a política e a ética estão em situações piores do que há um ano se encontravam. Em aditamento, para piorar esse quadro, surgiram as consequencias nefastas da propagação das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti.

A revista britânica "The Economist", desta semana, na matéria em que afirma que o Brasil é uma festa à beira do precipício, numa alusão ao período carnavalesco, avalia os indicadores econômicos como catastróficos, na área política aponta que o impeachment continuará na pauta do Congresso e já cita a epidemia do zica vírus como uma crise social de dimensão extensamente dramática.

Em pleno século XXI, depois de mais de 500 anos de seu descobrimento e de quase dois séculos de sua independência, ouve-se com muita tristeza, os discursos citados acima e histórias sobre brasileiros que emigram ou pensam em abandonar o nosso País. Que sina a nossa, um País que estava a um passo de por um pé no primeiro mundo, retornou aos anos 80.

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