Translate

18 janeiro 2019

TOLERÂNCIA ZERO. QUE A BANDEIRA DO COMBATE À CORRUPÇÃO JAMAIS SEJA RECOLHIDA

A população elegeu um candidato à presidência da República cuja bandeira defendida durante a sua campanha foi a de permanente combate à corrupção, inclusive posicionando-se contrário ao foro privilegiado. E nela não estava escrito que os de casa, os da família, seriam exceções. 

Entretanto, há vários dias, permanece nas manchetes o denominado Caso Queiroz, envolvendo seu filho, o senador Flávio Bolsonaro e o próprio presidente juntamente com a sua esposa.

Hoje (17), no final da tarde, li que Flávio Bolsonaro teria alegado foro privilegiado ao pedir, ao STF, suspensão de apurações do referido Caso. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, sua defesa alegou que Flávio vai ganhar foro especial, já que assumirá o cargo de senador em fevereiro. Portanto, o escândalo de baixo clero, digamos assim, chegou ao topo do poder judiciário, estendendo-se, pelo menos politicamente, ao ocupante da principal cadeira do Palácio do Planalto.

Os que elegeram Jair Bolsonaro aguardavam um posicionamento inverso, acreditaram que o Flavio Bolsonaro iria se incorporar ao time do Senador Alvaro Dias que apresentou projeto acabando com o foro privilegiado e que, salvo engano, está em fase final de votação, com perspectiva de aprovação.

Agora há pouco, tomei conhecimento da nota que a assessoria de imprensa do senador Flavio Bolsonaro divulgou para esclarecer as suas razões para ter levado o Caso ao STF.

Nas redes sociais, diversos estudiosos e profissionais do direito já começaram a se manifestar sobre a nota e, também, sobre a decisão do ministro Luiz Fux, do STF, que, em medida liminar, suspendeu as investigações até o reinicio das atividades do poder judiciário e o consequente pronunciamento do ministro Marco Aurélio, relator do Caso. Alguns contra, outros a favor. Eu, analfa do direito não irei me manifestar sobre o mérito dessas decisões.

MAS SOB O PONTO DE VISTA MORAL E POLÍTICO, ALERTO a população que elegeu o presidente Bolsonaro, e, de resto, à toda a sociedade brasileira, que se mantenham vigilantes, em permanente campanha para que a bandeira do combate à corrupção JAMAIS seja recolhida. VOTAMOS PARA MUDAR O BRASIL.



4 comentários:

  1. Atualização: O bolo cresceu: Ontem (18) e hoje (19), o Jornal Nacional trouxe novas informações.
    Desta vez sobre 48 depósitos de R$2.000,00/cada na conta de Flávio Bolsonaro, perfazendo o total de R$96.000,00 e o pagamento no valor de R$ 1.016.839 de um título bancário da Caixa Econômica Federal.
    O problema deixou de ser técnico-judicial. Passou a ser político. Se o Flávio Bolsonaro não der explicações convincentes, e já passou da hora, complicando-se ainda mais perante a opinião pública, o bolo vai crescer ainda mais independente do destino judiciário que será dado ao caso.

    ResponderExcluir
  2. Atualização (II): Neste domingo, o Flávio Bolsonaro, em entrevista à TV, esclareceu as operações bancárias citadas no comentário anterior. Se o que falou nessa entrevista conseguir provar a sua inocência acima de qualquer suspeita, será o ponto final sobre este assunto. Que assim seja. O vídeo completo da entrevista pode ser acessado aqui: youtu.be/CM0kUhH5DfQ

    ResponderExcluir
  3. Atualização (III): Matéria da Folha de São Paulo confirma, com base em documentos obtidos em cartório, o que disse Flávio Bolsonaro em sua entrevista à TV. - https://www1.folha.uol.com.br/amp/poder/2019/01/filho-de-bolsonaro-comprou-r-42-mi-em-imoveis-em-3-anos.shtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=twfolha&__twitter_impression=true

    ResponderExcluir
  4. Atualização (IV): O ex-jogador de vôlei de praia Fábio Guerra afirmou nesta segunda-feira, 21, que pagou cerca de R$ 100 mil em dinheiro ao senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) pela compra de um apartamento na zona sul do Rio de Janeiro, em 2017. A declaração de Guerra corrobora a versão dada por Flávio Bolsonaro neste domingo, 20, para os 48 depósitos de R$ 2 mil feitos em sua própria conta entre junho e julho de 2017 em um caixa eletrônico da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

    ResponderExcluir