Mas não há de se compreender o real significado do gesto de Musk, e em que ponto da trama histórica se insere, quem não atentar para os acontecimentos decisivos, como foram a vitória de Donald Trump e do Brexit em 2016 e, posteriormente, no Brasil, em 2018, a vitoria de Jair Bolsonaro.
De um dia para o outro, por exemplo, misteriosos “especialistas” puseram-se a condenar o processo de formação da opinião pública com toda a tecnologia disponível de imposição de falsos consensos (a monocultura político-ideológica da academia e da grande imprensa, a censura das Big Techs e suas ‘agências de checagem’, as iniciativas legislativas e judiciárias – sob o pretexto do combate às ‘fake news’ e ao ‘discurso de ódio’).
O efeito político desse processo de descentralização da informação e democratização do debate público – que, com a entrada de novos atores antes proscritos, se tornou culturalmente mais diverso e complexo – não demorou a aparecer.
Diante de tão inaceitáveis resultados, a esquerda endinheirada - como, também, manifestado diversas vezes pelo ex-presidiário Lula - passou a condenar a internet livre. Teve início, então, a busca por pretextos pseudo-humanitários (combate às “fake news”, à “desinformação”, ao “discurso de ódio” etc.) que pudessem conferir uma aparência de dignidade e interesse público àquilo que não passava de uma defesa mesquinha e reacionária do status quo.
"O Twitter deixou de ser uma ágora e se tornou um gulag contra conservadores". Vítima da censura das big techs, a humanidade espera que Elon Musk possa tornar o Twitter uma praça da liberdade de expressão.
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