Por muito tempo, os investimentos tradicionais e o crescimento do emprego podiam explicar em maior parte o desenvolvimento econômico observado em vários países. Os fatores restantes, considerados residuais, eram chamados de “fatores técnicos” e visualizados por muitos como uma “caixa preta”.
Entretanto, a partir das últimas décadas do Século XX, o desenvolvimento dos países foi bombardeado por novos fatores e causas que passaram a determinar os novos padrões do crescimento econômico mundial.
Tal desenvolvimento esteve especialmente vinculado à contribuição das novas tecnologias e como elas interagem com as mudanças nos campos da inovação, do capital humano e da reestruturação das organizações industriais.
Isso apareceu, por exemplo, com o avanço e uso dessas tecnologias em atividades industriais e a exigência de novos conhecimentos, rapidamente evoluindo para necessidades de formação de mão-de-obra com as novas habilidades, enquanto as velhas ficam obsoletas. Um segundo exemplo é a taxa fenomenal de crescimento de produtos de alta tecnologia ocorrida no mercado internacional.
Ao mesmo tempo em que esse crescimento se dava, avanços em Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs tornaram possíveis difundir e acessar informações em uma velocidade e em uma escala nunca vista antes, tornando vital o encadeamento da indústria com a ciência para os dinamismos locais, regionais e nacionais das estruturas de produção.
A organização de empreendimentos e do local de trabalho está sendo renovada com a chegada de novas ferramentas e modos inovadores de fazer coisas.
Não é mais novidade. Já estamos diante de um mundo em que grande parte dos trabalhos - em todas as áreas - são realizados por máquinas inteligentes.
As últimas semanas foram bombardeadas com notícias significativas sobre demissões de colaboradores nas empresas tradicionais aqui no Brasil e, lá fora no âmbito das big techs. Em qualquer dos segmentos os números são contabilizados em milhares.
As perdas desses empregos estão sendo debitadas aos problemas decorrentes da pandemia C19, da guerra Rússia x Ucrânia, da má gestão de governos e das empresas e daqueles impostos pela necessidade de novos perfis profissionais.
Neste último caso, computação em nuvem, segurança da informação, inteligência artificial, analytics e serviços gerenciados e executados por robôs são ingredientes nesse processo.
Quase todos os setores e profissões estão sendo afetados, criando um novo conjunto de problemas sociais, mas surgindo, também, um grande número de oportunidades.
Saber gerenciar esses dois lados é o grande desafio para todas as nações.
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