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23 janeiro 2016

ESTARRECIDOS ESTÃO OS BRASILEIROS

A presidente Dilma Rousseff, em ato partidário do PDT, realizado nesta sexta-feira (22), em Brasília, revelou estar estarrecida com as informações contidas no relatório do FMI sobre o Brasil.

Durante o seu discurso, a presidente também se referiu ao impeachment a que se encontra submetida no Congresso, comparando-o com igual processo enfrentado pelo ex-presidente Getúlio Vargas.


Em ambos os casos, a presidente teima em apresentar enredos que não conversam com a realidade. Nem em obras de ficção seriam registrados, pelas incoerências contidas em seus pronunciamentos.


A presidente parece ainda se encontrar em campanha eleitoral, reproduzindo discursos e/ou imagens que iam de encontro à realidade, produzidas por seus marqueteiros de plantão. Passado mais de um ano das eleições de 2014, a vitoriosa presidente ainda não retornou ao mundo real.


Será que a presidente ainda não escutou que o País perdeu, em 2015, 1,5 milhão de postos de trabalho  e que essa perda será maior em 2016 ?


Será que a presidente não sabe que a inflação atingiu, no último ano, 10,67% e segue em ritmo ascendente ?


Será que a presidente desconhece que a taxa de juros chegou a 14,25%, o que torna o crédito inadmissível e espanta os investidores ?


Será, então, que a presidente gostaria que o FMI fingisse e acreditasse em seus discursos de campanha, enquanto a realidade dos números aponta para o encolhimento da economia brasileira de cerca de 4% em 2015 e nada diz que esse valor irá mudar em 2016 ?


No outro campo, o político, a presidente ao repetir essa cantilena de que a oposição quer dar um golpe, demonstra, também, o quão distante se encontra do mundo real. Até o presente, nenhuma iniciativa neste sentido é conhecida.


Não é, pelo menos, de conhecimento público, que existam civis e/ou militares conspirando contra o seu governo e/ou que a presidente dorme com uma arma nas proximidades de sua cama, como fazia o ex-presidente Getúlio Vargas.


O que existe, isto sim, são enormes diferenças entre os perfis e nas atuações dos dois presidentes da República, o ex-presidente Vargas e a presidente atual.


Do primeiro presidente, a história nos conta de sua ferrenha dedicação em cumprir as promessas  assumidas, em público, com a população. Muitos dos quesitos constantes de seus planos de governo e em execução, chegaram a ser incorporados em planos de governo de seus sucessores.


O que se sabe também, é que o ex-presidente sempre pensou no País em primeiro lugar, e não em um projeto de poder. De tão disciplinado e sincero, o ex-presidente Vargas cumpriu à risca este seu mandamento até deixar o governo, e que, ao mesmo tempo, embora morto, saiu do Palácio do Catete amado e carregado nos braços dos brasileiros.


Da segunda presidente, embora já se tenham passado cinco anos de exercício no poder, no Palácio do Planalto, já se pode registrar uma enorme diferença entre os dois presidentes.


Até o momento, o que se pode contabilizar, em primeiro lugar, foi um extenso rol de promessas que não se concretizaram. Elas podem ser verificadas aqui, tendo como referências os discursos de posse da presidente no Congresso Nacional, em 01 de janeiro de 2011 e em 01 de janeiro de 2015.


Em segundo lugar, além do desastre econômico mencionado acima, se registra um blecaute do governo, extensivo a todas as áreas de sua responsabilidade: saúde, segurança e infraestrutura. Já escrevemos aqui que o mesmo fenômeno ocorre na área de educação, mesmo sendo esta objeto do slogan "Pátria Educadora" para o seu segundo governo.


Na verdade, o problema é mais grave, pois esse blecaute é decorrente da péssima administração de um setor público aparelhado, loteado e saqueado numa verdadeira orgia de corrupção.


"Estamos sem governo, com um modelo de fisiologismo que nos enche de vergonha", disse o ministro Gilmar Mendes, do STF, por ocasião do julgamento da Medida Cautelar (MC) e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 378), todas sobre o rito a ser cumprido durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Portanto, senhora presidente, retorne à realidade, ESTARRECIDOS estão os brasileiros. É o que expressam as pesquisas de opinião pública em relação ao seu governo.

Não lhe desejamos uma saída que siga o mesmo roteiro do ex-presidente Vargas, mas sugerimos que  reconheça a sua incapacidade de continuar governando o País e, em ato sublime, RENUNCIE ao seu mandato em benefício do povo e das futuras gerações do Brasil.

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