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13 maio 2016

COMPOSIÇÃO MINISTERIAL

"A partir da composição que se fez no ministério, procurando trazer todos os partidos que compõem mais de dois terços do Congresso, esperamos poder preservar essa base que nos garanta as medidas que precisamos tomar."

A declaração acima foi feita pelo ministro Eliseu Padilha, o mesmo que afirmou, no final de 2015, que apenas uma pequena minoria do PMDB defendia a ruptura do partido com o governo.

De fato, a declaração dada pelo pelo ministro, confirma o que se previu naquele final de ano. Os personagens até mudaram, mas o PMDB continua no poder, inclusive com os velhos hábitos. O toma lá, dá cá. 

Princípios que deveriam ser levados em consideração para a formação do governo e que chegaram a ser divulgados pelos partidos PSB, PSDB e do próprio PMDB foram logo esquecidos.

Como explicar, por exemplo,  que quatro filhos de caciques políticos foram alçados a condição de ministros do novo governo ? E um outro cacique só porque teve seu filho recusado para um dos ministérios, passar a dizer que o novo presidente será recebido no Estado (MG) a pontapés ?

Como explicar, por exemplo, que áreas como esportes, turismo ainda permaneçam no organograma do primeiro escalão. O primeiro poderia fazer parte do MEC. O segundo é uma atividade que deve ser entregue ao setor privado que, talvez, precise apenas de regulamentação governamental. Será que a razão para isto está no foro privilegiado ?

Há ainda aqueles que poderiam ser novamente reunidos: Cidades e Integração Nacional, por exemplo. E por aí vai. O mesmo poderia acontecer com autarquias e fundações.

Adicionalmente, ainda temos os casos daqueles que estão sendo investigados por participarem de negócios escusos no âmbito do poder federal. Aqui não vale usar a presunção de inocência como credencial para assumir o cargo.

Por outro lado, uma pequena parte do quadro ministerial, felizmente em áreas fundamentais, reune as condições necessárias e suficientes para compor um governo de salvação nacional. Na outra ponta, a da mediocridade, a luta pra quem será o menos ruim será acirrada.

No sentido inverso, nenhuma reclamação sobre a necessidade de representações definidas por cor, credo ou gênero. Quem lamenta neste sentido o faz por ignorância ou má fé. Inclua-se aqui, os "artistas" que reclamam o fim do MinC.

Por fim, ficamos na expectativa e torcendo para que essa situação seja rapidamente superada e que os resultados para vencer a crise logo apareçam.


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