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11 fevereiro 2022

CRESCE TENSÃO ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA

Nesta quinta feira (10/02) a "temperatura aumentou" no âmbito das negociações que estão ocorrendo sobre um possível conflito entre a Rússia e a Ucrânia, com repercussões diretas em outros países. O deslocamento de tropas de ambos os lados cresceu bastante e já se tornou notícia de primeira página nos meios de comunicação, inclusive aqui no Brasil. Veja na imagem algumas delas.


Da TV selecionei esta matéria do SBT (
Tensão entre Rússia e Ucrânia aumenta na Europa | SBT Brasil (10/02/22)), disponível no Youtube https://youtu.be/CNJho26Jx6M

Em texto, segue abaixo uma análise minuciosa desse grave problema que ronda toda a humanidade, produzida pelo Paulo Emendabili.

Boa leitura e nossa torcida pela paz.

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SURDOS E MUDOS

Foi assim que definiram hoje as tratativas diplomáticas entre representantes de governos ocidentais europeus e governo russo, na tentativa de evitar uma guerra, senão mundial, ao menos, continental.
Explico: Muito embora Putin tenha publicamente afirmado que em caso de guerra, a OTAN não terá tempo de piscar, trata-se exatamente do contrário, e esta é a razão principal da Rússia não arredar pé da fronteira ucraniana e de levar contingentes bélicos à Belorus e Mar do Norte, visto que a Rússia, a partir de sua derrocada nos anos 1990, viu progressivamente os países da Europa do Leste, antes sob o seu absoluto domínio, caírem nos braços e no colo do Ocidente, bem como, militarmente, ingressarem no seleto círculo da OTAN.
Isto fez com que a Rússia, embora protestasse veementemente com a Europa e os EUA a respeito desta progressiva ameaça desde então, sobretudo, depois da ascensão de Putin ao poder máximo russo, fato é que hoje a Rússia literalmente se vê cercada de bases militares da OTAN comandada, de fato, pelos EUA, que tem na aliança o seu braço longo na Europa, e que, progressivamente, nestas duas últimas décadas, foi instalando suas bases atômicas na cara e na esquina dos russos.
Putin sabe que por razões geopolíticas, energéticas e econômicas, o Ocidente, especialmente os EUA, querem o controle total da Eurásia e sem a Ucrânia totalmente incluída no cardápio, não tem jantar servido...
O atual czar russo sabe também que não pode mais arregar após colocar 150 mil homens nas fronteiras e enclaves, armados até os dentes com aviões, mísseis, tanques, artilharia pesada e leve, fruto de uma comprovada logística russa de deslocamento e abastecimento rápido que surpreendeu sim os comandos militares do Ocidente, mas não a ponto de serem dissuadidos de resistirem diante de um eventual avanço russo por sobre a Ucrânia, com todas as forças e armas da OTAN, reforçadas pelas forças deslocadas dos EUA, inclusive em água mediterrâneas.
Putin sabe bem, e disse isso claramente, no sentido que a disparidade de forças entre a OTAN e a Rússia é desproporcional em favor da OTAN, não lhe sendo nenhum segredo que mísseis do Ocidente, nucleares, lançados a partir de Kiev, atingiriam Moscou devastando-a matando, quando da fissão nuclear, toda a população moscovita e dos arredores, tudo em cerca de 8 minutos a partir do lançamento.
Já o contrário não é verdadeiro. As forças bélicas russas, para atingir nuclearmente, no revide, as principais cidades dos EUA, necessitariam posicionar os seus submarinos nucleares nas costas norte-americanas, o que provavelmente a Marinha do Tio Sam não deixaria acontecer assim tão facilmente...
Assim, a guerra seria total na Europa, soçobrando, primeiro todos, os países do leste europeu, estimando-se 35 milhões de mortos nos primeiros momentos do conflito, estendendo-se a guerra nuclear, química e biológica para toda a Europa em um segundo momento, haja ou não a participação chinesa ao lado da Rússia, pois que, como povo oriental de cultura milenar, pode sim pacientemente aguardar o circo pegar fogo para entrar na tenda só depois do rescaldo, a se apropriar do que sobrar...
Neste sentido, correta a frase de Putin que, em caso de uma guerra como esta, não haverá mesmo vencedores, somente um hemisfério, o norte, pelo menos, tornado estéril, radioativo, pestilento, fétido por dezenas de milhões de cadáveres em decomposição, além de inabitável.
O que ninguém percebeu, ou não quis notar, é que a partir de agora as relações internacionais entre potências mudaram radicalmente, pois que conflitos não mais serão resolvidos por meio da diplomacia, ou das resoluções da ONU, e sim pela força da ameaça da utilização das mais mortíferas armas e exércitos, ou seja, retrocedemos ao clássico: “escreveu, não leu, o pau comeu...”!
Paulo Emendabili Souza Barros De Carvalhosa
Dia de Júpiter, 10 de fevereiro de 2022.
90º da Revolução Constitucionalista.
105º da Revelação em Fátima.

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