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Mostrando postagens com marcador Rússia. Mostrar todas as postagens
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26 dezembro 2024

Danos em cabos elétricos e de dados danificados no Mar Báltico


Nesta manhã a Comissão Europeia e do Alto Representante emitiram uma Declaração conjunta sobre a investigação de cabos elétricos e de dados danificados no Mar Báltico, cujo teor está copiado a seguir.

"O incidente de ontem envolvendo cabos submarinos no Mar Báltico é o mais recente de uma série de ataques suspeitos a infraestruturas críticas. Elogiamos as autoridades finlandesas por sua rápida ação ao abordar a embarcação suspeita. Estamos trabalhando com as autoridades finlandesas na investigação em andamento. Estamos em total solidariedade com a Finlândia, Estônia e Alemanha.

Condenamos veementemente qualquer destruição deliberada da infraestrutura crítica da Europa. A embarcação suspeita faz parte da frota fantasma da Rússia, que ameaça a segurança e o meio ambiente, ao mesmo tempo em que financia o orçamento de guerra da Rússia. Proporemos medidas adicionais, incluindo sanções, para atingir essa frota.

Em resposta a esses incidentes, estamos fortalecendo os esforços para proteger os cabos submarinos, incluindo troca aprimorada de informações, novas tecnologias de detecção, bem como capacidades de reparo submarino e cooperação internacional. Continuamos comprometidos em garantir a resiliência e a segurança de nossa infraestrutura crítica.

Atualmente, não há risco para a segurança do fornecimento de eletricidade na região."

Como se sabe, esse incidente envolvendo cabos submarinos no Mar Báltico é apenas o mais recente de uma série de ataques suspeitos a infraestruturas críticas na região.

Felizmente as antenas também estão ligadas e rapidamente as autoridades finlandesas agiram e abordaram a embarcação suspeita. Essa embarcação faz parte da frota fantasma da Rússia, que ameaça a segurança e o meio ambiente, ao mesmo tempo que financia o orçamento de guerra da Rússia. O Eagle S, o petroleiro suspeito de romper um cabo de energia submarino crítico entre a Finlândia e a Estônia e danificar ou separar quatro cabos de Internet, seguiu escoltado para as águas finlandesas.

Líderes de outros países da região já se pronunciaram e irão propor medidas adicionais, incluindo sanções, para atingir essa frota.

Também irão reforçar os esforços para proteger os cabos submarinos, incluindo uma troca de informações melhorada, novas tecnologias de deteção, capacidades de reparação submarina e cooperação internacional.

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Azerbaijan Airlines

Por que a Rússia recusou o pedido do piloto azeri para um pouso de emergência em um aeroporto russo?

Por que forçaram o avião a sobrevoar o Mar Cáspio?

Por que eles usaram guerra eletrônica (interferência) contra o avião sobre o Mar Cáspio? A aeronave foi exposta a interferência e falsificação de GPS perto de Grozny. A altitude oscilou por 74 minutos antes do acidente perto do Aeroporto de Aktau, a 433 km do destino original. A aeronave ficou no ar por 2h 33 min. (FlightRadar24).

38 pessoas morreram devido aos russos.

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 Chernobyl 

USINA DE CHERNOBYL, PRIPYAT, UCRÂNIA - RELATO E CENAS QUE POUCOS PUDERAM VER ATÉ HOJE


Pripyat, Ucrânia, cidade onde moravam os trabalhadores da usina de Chernobyl e mostra cenas que poucos puderam ver até hoje. Ainda hoje quem a visita assumi o risco de enfrentar a radiação. Aqui, neste link,  as imagens estão reproduzidas. 


Stalin, governou a União Soviética, com mão de ferro de 1920-1953, instaurou um regime de terror e opressão que envolveu a perseguição política e expurgos terríveis. Instalou o comunismo, uma máquina de criar pobreza, fome e morte.

Considerando os expurgos e todas as medidas econômicas controversas que instaurou, estima-se em até 9 milhões o número de pessoas que morreram por ações e decisões diretas de Stalin. A repressão política, a censura, a tortura e os massacres ordenados por Stalin e Lenin superaram em muito as piores atrocidades cometidas pelos czares russos que eles substituíram. A Revolução Russa, por eles liderada, prometeu salvar a Rússia pela destruição do capitalismo: transformou-a num cemitério. 


04 dezembro 2024

EUA abrem nova base espacial na porta da Rússia, China e Coreia do Norte

Brigadier General Anthony Mastalir meets the press on December 3, 2024,
at Yokota Air Base in Western Tokyo, Japan. The U.S. Space Forces Japan
was set up at the base the following day. 
KYODO VIA AP IMAGES

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira, 04/12/2024, sua primeira unidade da Força Espacial no Japão para melhorar a defesa e a dissuasão da aliança em meio a ameaças da Rússia, China e Coreia do Norte.

A Força Espacial dos EUA no Japão foi ativada durante uma cerimônia realizada na Base Aérea de Yokota, que fica a oeste de Tóquio, capital do Japão. É um componente de campo sob a Força Espacial dos EUA no Indo-Pacífico e é subordinada à Força Aérea dos EUA no Japão.

A nova unidade militar dos EUA baseada no Japão reforçará as capacidades de vigilância espacial e alerta de mísseis do país anfitrião, informou a agência de notícias japonesa Kyodo News, bem como garantirá uma coordenação suave com o Grupo de Operações Espaciais da Força Aérea Japonesa.

"Isso aprofundará a colaboração e a sincronização entre os EUA e o Japão na segurança nacional", disse o Brigadeiro-General Anthony Mastalir, comandante das Forças Espaciais Indo-Pacíficas dos EUA. Ele citou ameaças da Rússia, China e Coreia do Norte à estabilidade regional.

Em fevereiro, a Casa Branca confirmou que a Rússia obteve uma arma antissatélite emergente "preocupante" depois que o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Turner, disse que uma arma nuclear russa baseada no espaço constituía uma séria ameaça à segurança nacional.

Em outubro, o General B. Chance Saltzman, chefe de operações espaciais da Força Espacial dos EUA, disse em uma entrevista que o rápido desenvolvimento de sistemas militares chineses baseados no espaço é mais preocupante do que as possíveis armas nucleares russas no espaço.

Na Coreia do Norte, após o lançamento bem-sucedido de seu primeiro satélite espião em novembro do ano passado, Pyongyang prometeu colocar vários outros satélites espiões na órbita da Terra até o final deste ano, com o objetivo de tornar o país com armas nucleares uma "potência espacial".

A Força Espacial dos EUA foi estabelecida como o sexto ramo das Forças Armadas dos EUA em dezembro de 2019. Ela visa buscar a superioridade e proteger e defender os interesses dos Estados Unidos no espaço, já que as ameaças representadas por concorrentes estratégicos, Rússia e China, neste domínio estão crescendo.

"Nossas capacidades espaciais ajudarão a deter a agressão adversária e a proteger as forças aliadas", disse o Coronel Ryan Laughton, comandante das Forças Espaciais dos EUA no Japão.

O Tenente-General Stephen Jost, chefe das Forças dos EUA no Japão, disse que suas forças estão comprometidas em trabalhar duro com suas contrapartes japonesas no domínio espacial, bem como em buscar oportunidades para integrar este domínio aos esforços de dissuasão da aliança.

25 junho 2024

Lula não aderiu à Rússia apenas no campo político e diplomático

A encarnação dos ideais de Putin se mostra na prática


Em 17 meses de governo (os dados vão até maio), o Brasil transferiu para a Rússia US$6,9 bilhões pela importação de diesel. Para se ter uma ideia do que isso representa, o valor é mais de 12 vezes o total pago na soma dos 10 anos anteriores (2012-2022). No mês passado, nada menos que 97,8% das importações brasileiras de diesel vieram da Rússia.

Lula vetou a exportação de ambulâncias blindadas para a Ucrânia, fechou as portas para operações de vendas de munições de tanque para Alemanha – que as repassaria para a Ucrânia – sob a justificativa de que não alimentaria a guerra. 

15 maio 2024

A origem do hábito de um presidente dizer que será novamente presidente por muitos anos



Presidente Vladimir Putin caminha
para sua cerimônia de posse no Kremlin

No dourado Salão Andreyevsky do Grande Palácio do Kremlin, onde os czares russos foram coroados, Vladimir Putin prestou, no último dia 07/05/2024, o juramento de fidelidade à constituição da Rússia na sua tomada de posse para um quinto mandato como presidente. A pompa e cerimónia tradicionais transmitiram o seu poder como líder supremo e incontestado da Rússia durante o último quarto de século.

A história desse quarto de século, contudo, não merece e não recebe aplausos do mundo a não ser de ditaduras, como as encaminhadas pela brasileira. Ela só mostra um país na contramão de uma democracia que se chegou a acreditar que surgiria após o fim da União Soviética e a posse de Boris Yeltsin que promulgou uma nova constituição para a Rússia.

A constituição da Rússia de 1993, promulgada pelo presidente Boris Yeltsin, foi a primeira tentativa da Rússia de estabelecer o Estado de direito e a democracia. Continha compromissos elevados com a liberdade de expressão, o direito ao protesto, eleições livres e direitos humanos, declarando que os “direitos e liberdades das pessoas serão o valor supremo”.

Putin tem renegado esse legado desde que foi eleito pela primeira vez em 2000, depois de ter recebido o cargo quando Yeltsin se demitiu no último dia de 1999, nomeando-o, então primeiro-ministro e como presidente interino.

Desde 2008, quando completou um segundo mandato como presidente, Putin contornou repetidamente os limites constitucionais dos mandatos para permanecer no poder. Primeiro, ele trocou de posição com o então primeiro-ministro Dmitry Medvedev, e depois trocou novamente quatro anos depois, retornando à presidência. Em 2020, ele elaborou emendas constitucionais que lhe permitiram concorrer a mais dois mandatos de seis anos. Seu mandato, que começou neste mês, vai até 2030, e ele pode concorrer a pelo menos outro, que vai até 2036, quando completaria 83 anos.

O que diz a oposição

Um grupo independente de monitorização eleitoral russo, disse após a reeleição de Putin, em março deste ano, que a Rússia nunca tinha visto uma votação “tão fora de linha com os padrões constitucionais”, acrescentando que as salvaguardas constitucionais básicas contra a usurpação do poder tinham sido desmanteladas.

“A campanha foi conduzida numa situação em que os artigos fundamentais da constituição russa, que garantem os direitos e liberdades políticas, não estavam essencialmente em vigor”, disse o grupo.

As eleições de março foram rigorosamente geridas para impedir qualquer rival que se opusesse à guerra na Ucrânia, com o Kremlin a manter um controlo apertado sobre a comissão eleitoral central, os tribunais e os meios de comunicação social.

Este ano, a eleição foi amplamente condenada por não cumprir os padrões democráticos básicos, com candidatos genuínos da oposição impedidos de concorrer e com o Kremlin a exercer controle total sobre os meios de comunicação social.

A reação de Putin

Da mesma forma que em outras ditaduras, como na Venezuela, Cuba e Coréia do Norte, um outro evento revelou que seis anos após a tomada de posse de Putin em 2018, o retrocesso político só se acentuou. O principal rival político de Putin, Alexei Navalny morreu em fevereiro em uma colônia prisional no Ártico, menos de quatro anos depois de sobreviver a uma tentativa de assassinato com um agente nervoso, e três anos depois de ser detido e encarcerado ao retornar à Rússia após se recuperar na Alemanha.

Durante a posse, cheio de otimismo, Putin declarou que a Rússia pretende conquistar e anexar quatro regiões do sudeste da Ucrânia, além da Crimeia, que a Rússia invadiu e anexou ilegalmente em 2014.

Para prestar o juramento, Putin colocou a mão direita sobre a Constituição, um livro vermelho que foi levado ao salão da cerimônia por um membro do regimento presidencial russo, de luvas brancas e passos de ganso, tentando oferecer um verniz de legitimidade constitucional num país. onde o Estado de direito praticamente desapareceu.

É dessa forma em qualquer ditadura. Elas fornecem  combustível suficiente para se ouvir discurso de presidente dizendo que será candidato à presidência por mais dez vezes, até completar 120 anos de idade.





28 abril 2024

Imagens desse vídeo são de arrebentar o coração

Ver uma mãe chorando por um filho, especialmente numa situação como a revelada por esse vídeo é de abater o coração. Pior ainda quando a cena não demonstra nenhum sentimento de pesar mas, ao contrário, é de ironia como traduzem as imagens dessa mãe recebendo um aperto de mãos e uma caixa de bombons após ser informada que o seu filho morreu na guerra de expansão territorial que Vladimir Putin está promovendo na Ucrânia. 

Na Rússia, no caso de soldados solteiros, os pais recebem uma parcela única de um seguro estimado em 5 milhões de rublos, o equivalente a R$ 280 mil. 

Porém, segundo informações já publicadas, os pagamentos estão atrasados e costumam ser feitos entre 10 a 12 meses após a confirmação da morte.

Entretanto, habitualmente as baixas russas na guerra são classificadas como “desaparecido em ação”. Nesses casos o seguro só é pago após 5 anos a partir da data de desaparecimento.

Sabe-se também que os soldados que estão sendo obrigados a irem para o "front" são de outras etnias oriundos de outras partes que compõem a Federação Russa, incluindo crianças.


26 abril 2024

A Rússia corre o risco de perder laços europeus vitais em troca de uma dependência humilhante da China


No artigo anterior se disse que um documento secreto do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia vazou e tonaram-se conhecidos seus planos para tentar enfraquecer os adversários ocidentais, incluindo os Estados Unidos, e aproveitar a guerra na Ucrânia para forjar uma nova ordem mundial livre do que considera ser o domínio americano.

Portanto, poderia-se imaginar que isto decorre ao se enxergar o Putin como um líder nacionalista autoritário, com uma inabalável crença de que os Estados Unidos estão determinados a destruir a Rússia, e que está profundamente preocupado com o futuro nebuloso da Rússia a longo prazo. 

Contudo, qualquer que seja o motivo, não será uma tarefa fácil. Há muitos obstáculos pela frente, e um dos mais importantes está na sua demografia.

Desde 1992, apesar da imigração considerável, a população da Rússia diminuiu. A sua população em idade ativa atingiu o pico em 2006, com cerca de 90 milhões, e é hoje inferior a 80 milhões, uma tendência calamitosa. 


Os gastos com a guerra na Ucrânia impulsionaram a base industrial de defesa da Rússia, mas os limites da reduzida força de trabalho do país estão a tornar-se cada vez mais evidentes, mesmo num setor de alta prioridade, que tem cerca de "cinco milhões de trabalhadores menos qualificados do que necessita". 

 

A proporção de trabalhadores que se encontram na faixa etária mais produtiva – 20 a 39 anos – diminuirá ainda mais durante a próxima década. Nada, nem mesmo o rapto de crianças da Ucrânia, pelo qual o Tribunal Penal Internacional acusou Putin, reverterá a perda de russos, que as exorbitantes baixas da guerra estão a agravar.

 

Os ganhos de produtividade que poderiam contrariar estas tendências demográficas não estão à vista. A Rússia ocupa quase o último lugar no mundo em escala e velocidade de automação na produção: a sua robotização é apenas uma fração microscópica da média mundial. 

 

Mesmo antes da guerra na Ucrânia começar a afetar o orçamento do Estado, a Rússia ocupava uma posição surpreendentemente baixa na classificação global de despesas com a educação. 

 

Nos últimos dois anos, Putin perdeu voluntariamente grande parte do futuro econômico do país quando induziu ou forçou milhares de jovens trabalhadores da tecnologia a fugir do recrutamento e da repressão. É verdade que estas são pessoas que os nacionalistas raivosos afirmam não sentir falta, mas no fundo muitos sabem que uma grande potência precisa delas.

 

Dada a sua extensa geografia eurasiana e os laços de longa data com muitas partes do mundo, bem como a alquimia do oportunismo, a Rússia ainda é capaz de importar muitos componentes indispensáveis ​​para a sua economia, apesar das sanções ocidentais. 

 

Apesar dessa desenvoltura, as elites russas conhecem essas estatísticas contundentes. Elas estão cientes de que, como país exportador de mercadorias, o desenvolvimento a longo prazo da Rússia depende de transferências de tecnologia dos países avançados.

 

Entretanto, a invasão da Ucrânia por Putin tornou mais difícil a utilização do Ocidente como fonte, e a sua aceitação simbólica do Hamas prejudicou gratuitamente as relações da Rússia com Israel, um importante fornecedor de bens e serviços de alta tecnologia. A um nível mais básico, as elites da Rússia estão fisicamente isoladas do mundo desenvolvido.

 

Os Emirados Árabes Unidos, por mais agradáveis ​​que sejam, não podem substituir as vilas e os internatos europeus. Embora um regime autoritário russo tenha mais uma vez provado ser resiliente na guerra, a grave falta de investimento interno e de diversificação, a  crise demográfica e o seu papel na descida do país para o atraso tecnológico ainda podem obrigar os nacionalistas radicais - entre eles muitas elites —admitirem que a Rússia está numa trajetória autodestrutiva. 

 

Muitos já concluíram, em privado, que Putin associa a sobrevivência do seu regime pessoal envelhecido à sobrevivência do célebre país como grande potência.

 

Comenta-se também, em privado, que tal opção política poderá resultar na aceleração da saída de Putin. Também poderia ser-lhe imposto sem a sua remoção, através de ameaças políticas significativas ao seu governo. 


Seja como for, envolveria principalmente movimentos táticos estimulados pelo reconhecimento de que a Rússia não tem os meios para se opor ao Ocidente, pagando um preço exorbitante por tentar e correndo o risco de perder permanentemente laços europeus vitais em troca de uma dependência humilhante da China.

19 abril 2024

Documento secreto revela que russos planejam forjar uma nova ordem mundial

Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Moscou

Documento secreto do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia vazou e tonaram-se conhecidos seus planos para tentar enfraquecer os adversários ocidentais, incluindo os Estados Unidos, e aproveitar a guerra na Ucrânia para forjar uma nova ordem mundial livre do que considera ser o domínio americano.

Num adendo - confidencial - ao “Conceito de Política Externa da Federação Russa” oficial – e público – da Rússia, o ministério apela a uma “campanha de informação ofensiva” e outras medidas que abranjam “as esferas político-militar, econômica, comercial e de informações psicológicas” contra uma “coligação de países hostis” liderada pelos Estados Unidos.


“Precisamos de continuar a ajustar a nossa abordagem às relações com Estados hostis”, afirma o documento de 2023, obtido por um serviço de inteligência europeu. “É importante criar um mecanismo para encontrar os pontos vulneráveis das suas políticas externas e internas com o objectivo de desenvolver medidas práticas para enfraquecer os adversários da Rússia.”


O documento fornece pela primeira vez a confirmação oficial e a codificação daquilo que muitos na elite de Moscou dizem ter se tornado uma guerra híbrida contra o Ocidente. A Rússia procura subverter o apoio ocidental à Ucrânia e perturbar a política interna dos Estados Unidos e dos países europeus, através de campanhas de propaganda que apoiam políticas isolacionistas e extremistas. Está também a procurar remodelar a geopolítica, aproximando-se da China, do Irã e da Coreia do Norte, numa tentativa de alterar o atual equilíbrio de poder.


Usando uma linguagem muito mais dura e direta do que o documento público de política externa, o adendo secreto, datado de 11 de abril de 2023, afirma que os Estados Unidos estão liderando uma coalizão de “países hostis” com o objetivo de enfraquecer a Rússia porque Moscou é “uma ameaça para o mundo ocidental”.


O Conceito de Política Externa da Federação Russa, publicado em 31 de março de 2023 e aprovado por Vladimir Putin, utiliza uma linguagem diplomática branda para apelar à “democratização das relações internacionais”, à “igualdade soberana” e ao fortalecimento da posição da Rússia. no cenário global. Embora o Conceito de Política Externa também acuse os Estados Unidos e “seus satélites” de terem usado o conflito na Ucrânia para escalar “uma política anti-Rússia de muitos anos”, também afirma que “a Rússia não se considera um inimigo do Ocidente … e não tem más intenções em relação a isso.”


A Rússia espera que o Ocidente “perceba a falta de futuro na sua política de confronto e nas suas ambições hegemônicas, e aceite as complicadas realidades do mundo multipolar”, afirma o documento público.


À imprensa europeia e americana, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse em comunicado que não comenta “sobre a existência ou inexistência de documentos internos do ministério” e sobre o andamento dos trabalhos sobre eles. “Como afirmamos várias vezes em diferentes níveis, podemos confirmar que o sentimento é de combater decisivamente as medidas agressivas tomadas pelo Ocidente colectivo como parte da guerra híbrida lançada contra a Rússia”, acrescentou o ministério.


O recente veto da Rússia contra a extensão do monitoramento das sanções da ONU contra a Coreia do Norte devido ao seu programa de armas nucleares e mísseis balísticos, encerrando efetivamente 14 anos de cooperação, foi “um sinal claro” de que o trabalho contemplado no adendo classificado já está em andamento, disse um importante líder russo. Esse líder falou sob condição de anonimato para discutir deliberações delicadas em Moscou.


“A Rússia pode criar dificuldades para os EUA em muitas regiões diferentes do mundo”, disse o referido líder. “Trata-se do Oriente Médio, do nordeste da Ásia, do continente africano e até da América Latina.”


Já o acadêmico Vladimir Zharikhin apelou à Rússia para “continuar a facilitar a chegada ao poder das forças isolacionistas de direita na América”, “permitir a desestabilização dos países latino-americanos e a ascensão ao poder de forças extremistas da extrema esquerda e da extrema-esquerda”, bem como facilitar “a restauração da soberania dos países europeus, apoiando os partidos insatisfeitos com a pressão econômica dos EUA”.


Outros pontos da proposta política sugerem que Moscou alimente o conflito entre os Estados Unidos e a China sobre Taiwan para aproximar a Rússia e a China, bem como “para agravar a situação no Oriente Médio em torno de Israel, Irã e Síria para distrair os EUA com os problemas desta região.”


Autoridades ocidentais alertaram que a Rússia tem aumentado a sua propaganda e campanhas de influência nos últimos dois anos, à medida que procura minar o apoio à Ucrânia. Como parte disso, procurou criar uma nova divisão global, com os esforços de propaganda russa contra o Ocidente a repercutir em muitos países do Oriente Médio, África, América Latina e Ásia.


“Acho que os EUA estavam convencidos de que o resto do mundo – Norte e Sul – apoiaria os EUA no conflito com a Rússia e descobriu-se que isso não era verdade. Isso demonstra que o mundo polar único acabou e os EUA não querem aceitar isso.”


Para Mikhail Khodorkovsky – o crítico de longa data de Putin que já foi o homem mais rico da Rússia até que um confronto com o Kremlin lhe rendeu 10 anos de prisão – não é surpreendente que a Rússia esteja a tentar fazer tudo o que pode para minar os Estados Unidos. 


“Para Putin, é absolutamente natural que ele tente criar o máximo de problemas para os EUA”, disse ele. “A tarefa é tirar os EUA do jogo e depois destruir a OTAN. Isto não significa dissolvê-lo, mas sim criar entre as pessoas o sentimento de que a OTAN não as está a defender.”


O longo impasse no Congresso americano sobre o fornecimento de mais armas à Ucrânia apenas tornou mais fácil para a Rússia desafiar o poder global de Washington, disse ele.


“Os americanos consideram que, na medida em que não participam diretamente na guerra [na Ucrânia], qualquer perda não é perda deles”. Este é um mal-entendido absoluto.”, disse Khodorkovsky.


Uma derrota da Ucrânia, disse ele, “significa que muitos deixarão de temer desafiar os EUA  e os custos para os Estados Unidos só aumentarão".


Fontes: Matérias publicadas na imprensa europeia e americana.

31 março 2024

Crianças com idade de 15 a 16 anos indo pra guerra

 




 

Fatos dessa natureza nos faz lembrar dos anos 60 em que se viveu a guerra do Vietnã. Naquela época, a União Soviética estava em ascensão e a Guerra do Vietnã dilacerava a política e a economia americana, motivos dos vários protestos estudantis de 1968, no mundo inteiro, que questionavam a diplomacia de várias nações. 

Continuou assim até que se estabelecesse  o primeiro Tratado de Limitação de Armas Estratégicas e o Tratado de Mísseis Antibalísticos entre os EUA e a União Soviética, reduzindo significativamente a corrida armamentista entre Washington e Moscou. 

Na sequência, os EUA ratificaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), em 1970 e em 27 de janeiro de 1973 foram concluídas as negociações dos Acordos de Paz de Paris, que puseram fim a guerra entre os países envolvidos. Ainda como decorrência dessa guerra,  em 1975 foi aprovada a Convenção Internacional que proíbe o uso de armas biológicas. 

O mundo de hoje

Na última quinta-feira (28), a Rússia usou o poder de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para acabar com um painel de especialistas que tem monitorado os esforços da Coreia do Norte para escapar de sanções sobre o seu programa nuclear. A aliança contraria um interesse histórico que unia o país europeu aos Estados Unidos ao longo de décadas. Antes, as críticas sobradas da Rússia ao programa nuclear do país asiático, chegaram a nomeá-lo de "ameaça à segurança global". 

Agora, entretanto, de acordo com a análise feita pelo jornal americano "The New York Times", a mudança comportamental evidencia como a Rússia está fornecendo combustível e outros bens à Coreia do Norte, provavelmente, segundo a análise, em troca dos projéteis de artilharia e mísseis que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, está enviando para a Rússia usar contra a Ucrânia. Segundo a análise, a Rússia ajuda a Coreia do Norte a fugir das sanções e não se preocupa em pressionar o Irã a desacelerar sua acumulação de urânio enriquecido, o passo crítico necessário se o país algum dia decidir construir armas nucleares.

Também lembra os conflitos asiáticos a última decisão do presidente americano. Embora a manchete de ajuda humanitária possa ser acolhida com aplausos, a sua implementação segue um caminho similar ao envolvimento dos EUA na guerra do Vietnã.

Trata-se da decisão do presidente Biden de instalar um cais flutuante ao largo da costa de Gaza como parte de uma ampla iniciativa internacional para alimentar os palestinos famintos, mas colocando em perigo os militares dos EUA que devem construir, operar e defender a estrutura de ataques. Segundo dizem especialistas militares, um risco com enorme consequências para os EUA e o resto do mundo.

A proximidade constante dos americanos com os combates e a intensa raiva dos Estados Unidos pelo seu apoio a Israel tornarão o cais um alvo atraente para o Hamas ou outro grupo militante da região - muitos dos quais recebem armas e orientação militar do Irã. Os céticos da operação alertam: disparos de foguetes, drones de ataque e mergulhadores ou lanchas transportando explosivos representarão uma ameaça.

Embora seja considerado um “objetivo digno” para os EUA reduzir o sofrimento civil em Gaza,  questiona-se também se os militares americanos são a "entidade" adequada para estar envolvida.

“Se uma bomba explodir naquele cais, o público americano, em primeiro lugar, perguntará: ‘O que diabos eles estavam fazendo lá? ”

“Sabemos que tais missões nunca são isentas de riscos. Isso é particularmente verdade numa zona de guerra como Gaza mas sabemos que os nossos líderes militares farão todos os esforços para garantir a sua segurança enquanto constroem e operam este cais”, disse porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Aqueles que defenderam o plano disseram que o risco é real, mas administrável, e que os Estados Unidos estão a demonstrar liderança ao procurar novas formas de alimentar os palestinianos encurralados pelos combates.

Vários, no entanto, citaram os mortíferos atentados terroristas em Beirute em 1983 que deixou 241 militares mortos, e durante a evacuação do Afeganistão pelos EUA, em 2021, que matou 13 soldados norte-americanos ao lado de cerca de 170 afegãos, como exemplos da imensa dificuldade em proteger os militares dos EUA durante estadias prolongadas em condições vulneráveis.

A operação no cais liderada pelo Exército envolverá cerca de 1.000 soldados dos EUA e quatro navios do Exército que partiram do sudeste da Virgínia em 12 de março. 

Após um trânsito estimado de 30 dias, os navios deverão atracar no mar, onde os soldados construirão o cais flutuante e uma ponte de duas pistas de 550 m que se estenderá desde a borda do Mar Mediterrâneo até a cabeça de praia.

Todas as entregas serão preparadas e inspecionadas em Chipre antes de serem embarcadas nos navios que as transportam até o cais. O pessoal dos EUA transportará suprimentos para a ponte, mas não sairá dela, disseram autoridades de defesa. O Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, expressou apoio ao plano marítimo, dizendo que as forças israelenses garantirão que a ajuda chegue a quem deveria.

Entretanto, não custa lembrar também que, há poucos dias, Israel acusou a agência das Nações Unidas responsável pela distribuição da maior parte da ajuda dentro do enclave de desviar suprimentos para o Hamas.

Tornou-se urgente, já passou da hora de se negociar um cessar fogo entre a Rússia e a Ucrânia. Os exemplos citados, o vídeo acima e as imagens que se seguem mostram que o caminho a ser percorrido é bastante extenso e demorado mas vale a pena.



17 março 2024

Seguindo o modelo adotado por ditaduras, Putin venceu as eleições russas

Os russos e o resto do mundo já sabiam que Putin seria reeleito para um novo mandato de seis anos, mas muitos se preocupam com o que virá a seguir. Existe, sim, a grande preocupação de que o Presidente Putin possa aproveitar essa vitória para iniciar uma nova mobilização de guerra, convocando mais soldados para lutarem na Ucrânia. 

As preocupações parecem basear-se na possibilidade de Putin usar o seu poder irrestrito para fazer mudanças que evitou antes da votação.

Embora uma potencial mobilização continue a ser a maior causa de preocupação, também há desconforto em relação às finanças e à economia. Os empresários preocupam-se com o aumento dos impostos e os ativistas da oposição esperam mais repressão aos dissidentes. A incerteza foi agravada por um governo que, segundo os especialistas, se tornou cada vez mais autoritário.


Alguns desses especialistas dizem que o Kremlin poderia usar os resultados obtidos da votação para reprimir ainda mais a dissidência e intensificar a guerra na Ucrânia. 

“Numa eleição autoritária, os resultados são previsíveis, mas as consequências não. Se o sistema decidir que funcionou bem e que tudo está bem, então o período pós-eleitoral pode ser o momento para tomar decisões impopulares", disse Yekaterina Schulmann, uma cientista política russa.

As eleições na Rússia são geridas de forma rigorosa pelo Kremlin através do seu controlo quase total dos meios de comunicação social e das empresas estatais, cujos trabalhadores são frequentemente pressionados a votar. A máquina eleitoral filtra candidatos indesejados e os ativistas da oposição são forçados a fugir ou acabam em prisões russas. O dissidente mais proeminente do país, Aleksei A. Navalny, morreu no mês passado numa colônia penal no Ártico, onde estava preso.


Um local de votação no centro de Moscou. Foto de Nanna Heitmann

05 março 2024

5 de março de 1953: data inesquecível do regime de terror e opressão soviético

Imagem do filme "The Death of Stalin"

Há fatos que precisam ser obrigatoriamente relembrados. É o caso do dia, 5 de março de 1953, a data em que o ditador soviético Joseph Stalin morreu.

Stalin, que governava a União Soviética, com mão de ferro desde 1920, instaurou um regime de terror e opressão que envolveu a perseguição política e expurgos terríveis. Instalou-se o comunismo, uma máquina de criar pobreza, fome e morte.

Considerando os expurgos e todas as medidas econômicas controversas que instaurou, estima-se em até 9 milhões o número de pessoas que morreram por ações e decisões diretas de Stalin. A repressão política, a censura, a tortura e os massacres ordenados por Stalin e Lenin superaram em muito as piores atrocidades cometidas pelos czares russos que eles substituíram. A Revolução Russa, por eles liderada, prometeu salvar a Rússia pela destruição do capitalismo: transformou-a num cemitério. 

 No dia 1º de março de 1953 Stalin sofreu um AVC, tendo sido encontrado no dia seguinte caído no seu quarto. O pânico se instaurou no seu círculo mais próximo de colaboradores que temiam tomar qualquer decisão sem o aval de Stalin. 

Por causa dessa indecisão, um médico só foi chamado muitas horas depois, com Stalin morrendo em 5 de março. 

Teve início uma brutal guerra interna pelo poder, com Nikita Khrushchev acabando por se destacar, assumindo o lugar de Stalin.



PS.: Nesta mesma data, 05/03/2013, morreu outro ditador, Hugo Chavez da Venezuela.

13 fevereiro 2024

A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, reagiu à ordem de prisão emitida contra ela por Vladimir Putin

A Rússia emitiu uma ordem de busca e captura em seu território contra a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, além de funcionários de alto escalão e deputados desse país e também da Letônia, Lituânia e Polônia.

Durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (13), o porta-voz do Kremlin acusou os países bálticos de “ações hostis contra a memória histórica” da Rússia. No canal Telegram o Ministério das Relações Exteriores russo acrescentou: "Pelos crimes contra a memória daqueles que libertaram o mundo do nazismo e do fascismo, devemos responder! Isto é apenas o começo!".

O motivo da ação seria a retirada, em agosto de 2022, do tanque soviético T-34 e de outros monumentos soviéticos da cidade de Narva, na fronteira com a Rússia.

Ora, o mundo inteiro sabe que o Exército Vermelho nunca foi libertador. Ao contrário, sempre agiu da mesma forma que aqueles que enfrentou (nazistas e fascistas), ou seja, uma força de ocupação que impôs o regime comunista em diversos países. O que a Rússia sempre esquece de mencionar é que juntamente com a sua então aliada Alemanha nazi, iniciaram a Segunda Guerra Mundial.

Kaja Kallas
Kaja Kallas, está entre as vozes mais fortes dentro da União Europeia (UE) e da OTAN a favor do fornecimento de armas à Ucrânia e do endurecimento das sanções contra a Rússia.

Da mesma forma, o ministro da Cultura da Lituânia, além de 59 dos 68 deputados do Parlamento da Letônia, estão inclusos nessa decisão por votarem a favor da denúncia do tratado com a Rússia para conservação de monumentos.

Já entre os dirigentes poloneses com emissão de busca e captura estão o prefeito da cidade de Walbrzych e o presidente do Instituto de Memória Nacional.

A primeira-ministra da Estônia Kaja Kallas reagiu:

"A decisão da Rússia não é nada surpreendente. É mais uma prova de que estou fazendo a coisa certa – o forte apoio da União Europeia à Ucrânia é um sucesso e prejudica a Rússia. Sempre disse que a caixa de ferramentas da Rússia não mudou. Ao longo da história, a Rússia ocultou as suas repressões por trás das chamadas agências de aplicação da lei. Eu sei disso pela história da minha família. Quando a minha avó e a minha mãe foram deportadas para a Sibéria nos tempos da dominação soviética, a KGB emitiu um mandado de prisão contra elas. O Kremlin espera agora que esta medida irá silenciar-me a mim e a outros – mas não o fará. O oposto! Continuarei o meu forte apoio à Ucrânia. Continuarei a defender o aumento da defesa da Europa."

Kaja Kallas também afirmou:

"Agora não é o momento de pressionar por uma paz prematura. A menos que a Rússia abandone o seu objetivo de conquistar novos territórios na Ucrânia, as conversações de paz têm poucas hipóteses de conseguir alguma coisa. A história mostra que o apaziguamento apenas fortalece e encoraja os agressores e que os agressores só podem ser detidos com força. Como primeira-ministra da Estónia, um país da linha da frente da OTAN que suportou meio século de ocupação soviética, sei o que realmente significa a paz nos termos da Rússia. A paz russa não significaria o fim do sofrimento, mas sim mais atrocidades. O único caminho para a paz é expulsar a Rússia da Ucrânia."

[ ... ] "A Estônia partilha uma fronteira e uma longa história com a Rússia. Os países grandes podem cometer erros e sobreviver. Mas os pequenos têm uma margem de erro muito menor. Para nós, a necessidade de travar a agressão russa na Ucrânia é uma questão existencial. Após a Segunda Guerra Mundial, nós, Estônios, perdemos tudo para o terror soviético: perdemos o nosso território, a nossa liberdade e um quinto da nossa população. Fomos esquecidos e abandonados atrás da Cortina de Ferro durante meio século.


[ ... ] "Quando restauramos a nossa independência em 1991, após 50 anos de ocupação, decidimos que nunca mais ficaríamos sem amigos e aliados. É por isso que aderimos à UE e à OTAN. Muitos países da Europa Central e Oriental fizeram o mesmo, procurando segurança contra a agressão russa, e agora a Suécia e a Finlândia também se juntaram à aliança, numa resposta direta à invasão da Ucrânia pela Rússia. Aqueles que culpam a OTAN por provocar a Rússia através da “expansão” ou “escalada” estão a propagar a ideologia imperial do Kremlin."

[ ... ] "O mundo livre não deve reduzir o seu apoio militar à Ucrânia ou procurar congelar o conflito para prosseguir conversações de paz. Qualquer pausa nos combates agora serviria apenas os interesses militares da Rússia. Permitiria às forças russas descansar e reagrupar-se, apenas para continuarem a sua agressão mais tarde. No final, parafraseando Winston Churchill, teríamos tanto desonra como guerra.