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12 março 2022

DO PARTIDO DAS SOMBRAS AO GOVERNO CLANDESTINO (PARTE 1/3)

 

George Soros, investidor e filantropo húngaro-estadunidense. Em fevereiro de 2018, ele tinha um patrimônio líquido de US$ 8 bilhões, tendo doado mais de US$ 32 bilhões para sua agência, a Open Society Foundation. Sob o chapéu de filantropo, é hoje o principal fomentador do radicalismo de esquerda herdado dos anos 1960, não só nos EUA, como no mundo todo. Num período de 20 anos, Soros foi capaz de exercer uma influencia inigualável por meio da rede de organizações políticas de esquerda criadas por ele - uma rede tão bem sucedida que é um poder em si mesmo e ganhou a alcunha: partido das sombras. Trata-se de uma rede que atua numa penumbra política, embora exija transparência de terceiros que trabalha à margem do sistema eleitoral, porém afetar seus resultados seja a sua razão de ser. Resultados estes, atestados, em sua essência, no próprio EUA.

Toda essa história está contada, em detalhes, no livro "Do partido das sombras ao governo clandestino", 136 p., do renomado escritor David Horowitz. Dele extraímos alguns conteúdos, expostos a seguir, não necessariamente na ordem e na forma em que se encontram escritos no respectivo livro. 

George Soros

Nascido na Hungria em 1930 em uma família judaica apóstata, Soros sobreviveu à Segunda Guerra Mundial trabalhando como assistente de um funcionário do governo fascista cujo trabalho era confiscar a propriedade de judeus condenados à câmara de gás.

Após a guerra, Soros mudou-se para a Inglaterra, onde frequentou a London School of Economics e foi influenciado pelo globalismo e pela perspectiva de aperfeiçoar a humanidade por meio da engenharia social. Mas nesta fase de sua vida suas ideias estavam subordinadas ao desejo de ganhar dinheiro. Depois de se formar em 1952, quatro anos depois mudou-se para Nova York e conseguiu um emprego de gerente de portfólio em um banco de investimentos.

Em 1973 criou a Soros Fund, renomeada em 1979 como Quantum Fund. Seu valor cresceu para US$ 381 milhões em 1980, e em mais de US$ 1 bilhão em 1985. Em 1987 deu início aos investimentos em suas preocupações sociais, US$ 3 milhões, saltando para US$ 300 milhões em 1992. Em 1993, Soros estabeleceu o carro-chefe de sua rede de fundações - o Open Society Institute (OSI), com sede em Nova York.

A partir de então, tem apoiado grupos e bandeiras extremistas, desde a legalização de drogas, passando pelo incentivo da abertura de fronteiras e indo até a criação de um judiciário de esquerda. A sua agenda ideológica pessoal, tem como objetivos centrais a diminuição da influência americana no cenário internacional, o enfraquecimento da soberania do país em favor de um governo mundial, o fim do livre mercado e da liberdade de expressão.

Com os pés na Casa Branca

Em 1995, durante o governo Bill Clinton. Soros gabou-se disso ao afirmar "Eu tenho agora um canal de acesso direto à administração Clinton. Na verdade, nós trabalhamos juntos, como uma equipe".  Soros se referia as iniciativas conhecidas por HillaryCare e que as chamou de "O projeto da morte na América". 

"Seu raciocínio era humanitário: incorporar hospícios e cuidados paliativos ao sistema de saúde americano. Mas seu objetivo principal era mais pragmático: racionar assistencia médica para pacientes terminais e gravemente enfermos para os quais a atenção médica resultavam em baixo custo-benefício e que, portanto, era um fardo para o sistema". 

Ao longo de dez anos esse projeto recebeu US$ 45 milhões do OSI. Contudo, a derrocada do HillaryCare gerou nele uma certeza de como o sistema político deveria mudar para que as ideias progressistas (neomarxistas) triunfassem. Soros estava menos preocupado com o fato de que sua iniciativa não foi recompensada imediatamente do que pela forma como o fato de que tais reformas socialmente progressistas foram derrotadas devido a uma liberdade de expressão desregrada.

A lição que Soros tirou da experiência foi que ele tinha colocado a carroça na frente dos bois. Antes de injetar dinheiro em reformas, ele deveria se livrar do discurso político não regulamentado que sempre estaria no caminho dos tipos de soluções progressistas (isto é, socialistas) para os problemas sociais que ele considerava crítico para o futuro da América e do mundo.

Para isso, havia uma solução em discussão: a reforma do financiamento de campanha, assunto este que será tratado no próximo post.


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