Foi como qualificou o vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal, Sebastião Coelho da Silva, o discurso de posse do novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e afirmou sua insatisfação com o Supremo Tribunal Federal.
O desembargador afirmou que irá, em seus últimos dias de atividade, cumprir as leis, mas não “discurso de ministro, seja ele em posse, seja em Twitter, seja ele em redes sociais”.
A fala aconteceu durante uma sessão TRE na sexta-feira 19. Na ocasião, o desembargador anunciou sua aposentadoria. Coelho da Silva, que também atua no Tribunal de Justiça, disse que Moraes fez uma “declaração de guerra ao país” em sua fala diante do presidente Jair Bolsonaro e dos ex-presidentes da República, em vez de promover uma fala de conciliação.
“Estou nesse tribunal há 30 anos, 10 meses e 8 dias”, disse Coelho da Silva, comunicando em seguida a aposentadoria. “Vão me perguntar: ‘Por que você vai se aposentar, Sebastião Coelho da Silva’? E eu respondo: senhor presidente, colegas, eu há muito tempo, e eu não posso falar outra palavra, preciso tomar cuidado com elas, há muito tempo não estou feliz com o Supremo Tribunal Federal. Então, quem não está feliz no órgão não pode continuar”, afirmou.
Mais adiante, o vice-presidente e corregedor do TRE-DF disse que esteve na posse de Moraes e afirmou que esperava que o novo presidente do TSE aproveitasse a presença dos ex-presidentes da República, dos principais candidatos e de Bolsonaro “para fazer um conclamação de paz para a nação”.
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Tal pronunciamento veio explicitar a grave situação vigente no Brasil, desde 2018, após a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro. De lá para cá, o Presidente e a Nação brasileira tem sido provocada diariamente por aqueles que não aceitaram perder as eleições.
A democracia poderá estar em risco no Brasil sim, mas não é por causa de Bolsonaro. O Brasil deixou de conviver com ela a partir da implantação do ativismo judicial no País, da militância política do STF, atingindo o inimaginável estágio de tornar elegível - por um golpe, um malabarismo judicial - um condenado em três instâncias, e de uma imprensa decadente que se tornou cúmplice dessa situação.
Para completar, em seu rastro, diariamente ouvimos e/ou lemos notícias sobre o desmanche da operação Lava Jato, absolvendo criminosos já condenados.
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