Após mais um episódio (“Tempos Veritatis”) pensado e planejado pelos personagens citados no título deste post, leio com satisfação o artigo do Coronel da Reserva Gerson Gomes, publicado em suas redes sociais.
A conclusão do artigo do Gerson é brilhante. Trata-se de uma convocação aos seus ex-colegas de farda. Contudo, não deixa também de ser um chamamento a todos os brasileiros de bem.
Leia-o com atenção. E para quem desejar recordar e/ou conhecer um pouco mais sobre o Foro de São Paulo clique aqui e aqui.
Boa leitura.
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A DESMORALIZAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS
Com a eleição de Javier Milei meu argumento sobre a “argentinização” das Forças Armadas brasileiras ficará cada vez mais incompreensível para o público mais jovem. De fato, o novo presidente dos argentinos não esqueceu de tratar da recuperação moral de seus cidadãos fardados e, inclusive, revisitou o tema das Malvinas.Tenho alertado para a verdadeira (e profissional) “operação psicológica” em andamento no Brasil, com o objetivo de desmoralização especialmente do Exército e, em última análise, de promover o desmantelamento da coesão nacional. Essa é a razão que prefiro o exemplo histórico argentino, em detrimento do narco-estado venezuelano, em minhas análises da conjuntura.
A operação capitaneada pela PF paralela de Alexandre denominada “Tempos Veritatis” (hora da verdade em latim) foi deflagrada no bojo dos inconstitucionais inquéritos secretos e perpétuos patrocinados pela omissão conivente do STF e do Senado Federal. A “hora”, escolhida para trazer à tona a “verdade alexandrina”, segue um cronograma eminentemente político.
Lula / Dirceu e Alexandre, talvez por razões diferentes, se agarram à narrativa do golpe de estado com todas as forças e, para tal, não medem consequências: presos políticos inocentes, caçadas e cassações, censura, perseguição, exílio forçado, multas arbitrárias e, não poderia faltar, o conveniente desgaste da Instituição que se mostrou nos governos FHC, Lula e Dilma um entrave incômodo ao projeto socialista.
Em nosso entorno geopolítico apenas Cuba e Venezuela conseguiram perverter ideologicamente suas Forças Armadas. Nem mesmo na Bolívia de Evo Morales a aversão ao marxismo foi eliminada. Os militares latino-americanos ainda são o principal segmento de retardamento aos planos do Foro de São Paulo em toda a região.
Os ideólogos socialistas estudam esse anticorpo fardado há décadas e tentaram desbordar a resistência ideológica militar via nacionalismo travestido de patriotismo. Criaram o Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS) no bojo da finada UNASUL e não funcionou.
No retorno do PT ao poder o caminho da desmoralização (via discórdia, confusão informacional, manipulação orçamentária e perseguição de opositores) foi elencado como o mais eficaz para erodir a hierarquia e a disciplina, afastando de vez a imagem virtuosa do poder militar do imaginário da sociedade.
Passei fardado por todos os governos civis após a “redemocratização” e testemunhei o verdadeiro malabarismo de chefes militares para conduzir o braço armado da sociedade em tempos de revanchismo, corrupção sistêmica e quadrilhas atuando com desenvoltura nas estruturas do Estado. A linha de ação da tutela da sociedade pela força foi repetidamente descartada.
Pelo que conheço dos integrantes do Alto Comando do Exército (e de alguns da Marinha e da Força Aérea meus contemporâneos) posso assegurar que nada do que escrevi acima lhes escapa. Sabem que os atalhos de imposição de uma “maturidade política” foram historicamente trágicos em todas as partes do mundo e que o cidadão fardado é parte indissociável da sociedade.
Lula, Alexandre et caterva estão conduzindo o país para o abismo institucional. Chegou a vez de minha geração, que assumiu os mais altos postos militares nesta quadra da História, mostrar sua capacidade de liderança e firmeza de propósitos diante da crise instalada com o retorno da quadrilha ao local do crime.
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