Não houve vitória do centro na França. Na verdade, a coalizão do Macron, que é socialista globalista, bem ao estilo do Fórum Econômico Mundial, foi quem perdeu mais deputados.
O maior crescimento foi do partido de direita, que só não assumiu a maioria no parlamento por conta da união do "centro" com a extrema-esquerda, através da manobra de retirar candidatos da disputa em cada distrito no segundo turno do pleito deste domingo (07/07/2024).
A composição do Parlamento antes e depois das eleições de 2024
- Em 2022, a forças políticas que hoje formam a Nova Frente Popular, somava 149 assentos. Agora, subiu para 182;
- O grupo governista que, em 2024 concorreu com o Juntos, tinha 250 assentos em 2022. Agora caiu 168;
- A Reunião Nacional (RN), de direita, obteve um crescimento expressivo, passando de 88 assentos em 2022 para 143 em 2024;
- Os demais assentos são compostos pelos Republicanos e por outras forças políticas.
Na França não foi muito diferente do que aconteceu no Brasil. Tucanos e outros "centristas", como os da Faria Lima, se uniram para viabilizar a ascensão do descondenado à presidência, jogando o país no abismo.
Um bom exemplo das mazelas do isentismo brasileiro é o do atual vice-presidente, Geraldo Alckmin. Ele se apresentava como opositor do descondenado, como um "centrista" moderado e pragmático, mas tirou a máscara e foi cantar a Internacional Socialista com a mão no peito, ao lado de Lula.
Na França, a turma do Macron resolveu se aliar com quem apoia o terrorismo islâmico, liderada por Jean-Luc Mélenchon, e que quer a estatização completa da economia, supostamente para "combater o extremismo de direita".
Segundo o Le Monde, um governo em minoria na Assembleia Nacional corre o risco de enfrentar uma moção de censura, que poderia ser apresentada na primeira sessão da nova Assembleia, prevista para o próximo dia 18 de julho.
Dada a nova composição parlamentar, com o bloco presidencial detendo apenas 168 dos 577 assentos, essa moção poderia ser aprovada, o que resultaria na queda imediata da gestão do atual primeiro-ministro, Gabriel Attal.
Como é escolhido o primeiro-ministro da França
Tecnicamente, o presidente tem o poder de nomear qualquer pessoa como primeiro-ministro, mas deve considerar a maioria dos deputados, pois um governo contrário a essa maioria pode enfrentar uma moção de censura.
Com isso, o presidente deve escolher um candidato que possa obter apoio ou ao menos não ser rejeitado pela maioria dos deputados.
No entanto, nenhum grupo político conseguiu a maioria absoluta necessária de 289 assentos. A coligação de esquerda Novo Front Popular (NFP) tem 182 parlamentares, com o apoio potencial de mais 13 parlamentares de esquerda, resultando em uma maioria relativa de apenas um terço dos assentos.
Risco de bloqueio institucional na França
Dado esse cenário, o risco de um bloqueio institucional é real, segundo a publicação francesa. Sem um novo governo, nenhum texto legislativo pode ser aprovado.
As próximas negociações podem levar a diferentes cenários, incluindo a formação de uma coalizão que reúna mais de 50% dos deputados em apoio a um primeiro-ministro e um contrato de governo, como ocorre em outras democracias parlamentares, como Alemanha e Itália.
Há risco de nova dissolução do Parlamento?
A hipótese de um retorno às urnas para esclarecer a situação política está, em princípio, excluída no futuro imediato.
De acordo com o artigo 12o da Constituição da França, “não pode ser realizada nova dissolução no ano seguinte a estas eleições.”
A nova Assembleia Nacional deverá, portanto, se reunir até meados de 2025.
PS:. No Brasil, Lula celebrou a vitória do bloco de esquerda nas eleições parlamentares francesas e pediu que o presidente francês, Emannuel Macron, se entenda com o líder da extrema esquerda na França, Jean-Luc Mélenchon, para montar um novo governo.
"Agora, espero que meu amigo Macron, que meu amigo Mélenchon, que meu amigo François Hollande e tantos outros companheiros da França se coloquem de acordo para montar um novo governo", disse Lula.
Quem é Jean-Luc Mélenchon?
Como Lula, Mélenchom é também um admirador de ditadores. Formado em filosofia, Mélenchon foi um trotskista radical na juventude e hoje é uma figura proeminente da esquerda radical. Ele é conhecido por discursos vigorosos contra o capitalismo e por defender fortemente o marxismo. Continua aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário