Translate

08 dezembro 2023

A ditadura da versão única

No Brasil está se vivendo a ditadura da versão única. A "novilíngua" e o "duplipensar" orwellianos, são agora tutelados judicialmente. Protegidos por um sistema jurídico que na origem deveria  combatê-los ...

"Por trás do problema há uma pessoa. Destrua a pessoa e o problema se resolve", diria Stalin. Quando o argumento é forte, destrua o autor e esqueça o argumento.

No  Brasil, o jornalismo desapareceu da grande mídia brasileira. Saíram os profissionais de imprensa, entraram os militantes da narrativa contra fatos, os novos burocratas do "Ministério da Verdade".

Quanto aos cidadãos... somos todos sapos numa panela prestes a ferver ... Quanto aos "cozinheiros",  depois  do estrago, serão despejados, juntamente com os excrementos resultantes da sua receita, no já sobrecarregado esgoto da história. 

A história é implacável. Tudo é questão de tempo. 

Em seu magistral artigo "O vício da liberdade", publicado agora há pouco na revista Oeste, edição 194, o J. R. Guzzo afirma que "os ministros do Supremo estão convencidos de que a liberdade só pode ser usada pelos cidadãos se for concedida pelo STF".

Que o STF não está interessado em lei nenhuma. O que quer mesmo é impor ao Brasil um novo regime em parceria com Lula e o Alto Comando do Exército. E que os ministros do STF contam, em seu esforço para estatizar a liberdade, com a maioria da mídia - jornalistas e donos de veículos que não têm competência... " 

"O STF não está interessado em lei nenhuma. Está interessado, nesse caso das entrevistas, em fazer censura; no resto, o que quer mesmo é impor ao Brasil um novo regime em parceria com Lula, o Alto Comando do Exército e a tropa de gatos gordos que se pendura no Tesouro Nacional. É um consórcio para governar o país sem necessidade de Congresso (“pigmeus morais”, segundo Gilmar), sem eleições (só com o TSE) e sobretudo sem o povo brasileiro, com os seus 60 milhões de “fascistas” que tanto perturbam o presidente Barroso em sua encarnação atual. É isso: nenhuma outra opção é válida. Não importa, assim, se o novo decreto do ministro Moraes vai “pegar” ou não; ele vai tentar de novo, e de novo, e sempre. Tudo o que decidem é na mesma direção; porque iriam mudar, em matéria de censura ou de qualquer outro assunto? Seu único objetivo para valer é um Brasil com liberdade estritamente controlada, como se faz na aplicação de cortisona na veia — é o STF e mais ninguém que decide a dose correta. Moraes já chamou a prisão de um dos indiciados em seu inquérito de “flexibilização do direito de ir e vir”. O que estão fazendo agora é a flexibilização da liberdade de imprensa. "

. . .

"Os ministros do STF contam, em seu esforço para estatizar a liberdade, com o apoio intransigente da maioria da mídia — jornalistas e donos de veículos que não têm competência, nem energia, nem interesse em decidir o que vai ser publicado nas suas páginas e nas suas transmissões. Trata-se, tanto quanto parece, de um fenômeno inédito desde a invenção da máquina de imprimir, quase 600 anos atrás: pela primeira vez, o principal inimigo da liberdade de imprensa não é a polícia — e sim os próprios jornalistas."

. . .

"Lembra-se do “consórcio” para a publicação de notícias sobre o número de mortos da covid-19? Então: a covid-19 acabou, mas um noticiário fornecido exclusivamente por “fontes confiáveis” e submetido a uma posição comum para todo mundo, sem competição entre os veículos, é a situação que a maior parte dos jornalistas considera ideal. Acham que isso deve ser feito com um propósito nobre — evitar a publicação de “notícias falsas”, sem falar no combate ao “discurso do ódio”, aos “atos golpistas” e ao “bolsonarismo” em geral. O que querem mesmo é o pensamento único."

. . .

"Um jornalista do New York Times, na sua palestra, disse que as grandes plataformas da internet viciam os leitores e, por causa disso, deveriam ser reguladas como “a indústria de cigarros”. "

. . . 

"O que se combate, no STF e entre os jornalistas, não são as enzimas e as reações hápticas. É o vício da liberdade." 


*. *. *

2 comentários:

  1. Que bom que nemhum desses é imortal; e nem nós o somos. Esquecem que o Criador, com um simples pensamento, pode destruí-los. Que venha o Apocalipse!

    ResponderExcluir
  2. É estarrecedor a situação em que estamos. Ministros da mais alta corte decidindo passando por cima da Lei. A interpretação da Lei passou muito do ponto "in abstrato".

    ResponderExcluir