Em uma sessão de perguntas e respostas para encerrar a conferência Bosch Connected World (fev/2024), Elon Musk falou sobre carros autônomos e robôs humanóides, e sugeriu o que vem a seguir da Tesla em veículos elétricos – mas ele claramente queria enviar o mais claro possível sinal também para a indústria: avançar na geração de energia limpa e fabricar o maior número possível de transformadores elétricos. Elon Musk disse:
"I've never seen any technology advance faster than this." The chip shortage may be behind us, but AI and EVs are expanding at such a rapacious rate that the world will face supply crunches in electricity and transformers next year."
"The artificial intelligence compute coming online appears to be increasing by a factor of 10 every six months. Like, obviously that cannot continue at such a high rate forever, or it'll exceed the mass of the universe, but I've never seen anything like it. The chip rush is bigger than any gold rush that's ever existed."
"I think we really are on the edge of probably the biggest technology revolution that has ever existed. You know, there's supposedly a Chinese curse: 'May you live in interesting times.' Well, we live in the most interesting of times. For a while, it was making me a bit depressed, frankly. I was like, 'Well, will they take over? Will we be useless?' But the way I reconciled myself to this question was: Would I rather be alive to see the AI apocalypse or not? I'm like, I guess I'd like to see this. It's not gonna be boring.
"The constraints on AI compute are very predictable... A year ago, the shortage was chips; neural net chips. Then, it was very easy to predict that the next shortage will be voltage step-down transformers. You've got to feed the power to these things. If you've got 100-300 kilovolts coming out of a utility and it's got to step down all the way to six volts, that's a lot of stepping down.
"My not-that-funny joke is that you need transformers to run transformers. You know, the AI is like... There's this thing called a transformer in AI... I don't know, it's a combination of sort of neural nets... Anyway, they're running out of transformers to run transformers.
"Then, the next shortage will be electricity. They won't be able to find enough electricity to run all the chips. I think next year, you'll see they just can't find enough electricity to run all the chips.
"The simultaneous growth of electric cars and AI, both of which need electricity, both of which need voltage transformers – I think, is creating a tremendous demand for electrical equipment and for electrical power generation."
Corroboram as afirmações de Musk, informações anteriores, divulgadas em 2023, sobre o início do funcionamento do Frontier e as projeções de outros supercomputadores, cada vez mais rápidos e com um elevado consumo de energia elétrica em suas instalações. Vejam no resumo a seguir.
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Os supercomputadores mais rápidos do mundo - o que vem por aí?
Os cientistas começaram a realizar experiências na Frontier, a primeira máquina exaescala oficial do mundo, enquanto instalações em todo o mundo constroem outras máquinas para se juntarem às fileiras.
O supercomputador acima chama-se Frontier. Ele ocupa o espaço de duas quadras de tênis no Laboratório Nacional de Oak Ridge, nas colinas do leste do Tennessee, onde foi inaugurado em maio de 2022, segundo informações divulgadas em setembro de 2023. Desde então, os cientistas têm-se preparado para fabricar mais computadores incrivelmente rápidos: várias dessas máquinas deverão entrar em funcionamento nos EUA e na Europa ainda em 2024.
Nos EUA, os pesquisadores estão instalando atualmente duas máquinas: Aurora, no Laboratório Nacional Argonne, em Illinois, e El Capitan, no Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia. A Europa planeia implantar o seu primeiro supercomputador em exaescala, Júpiter, no final de 2024.
O Frontier usa aproximadamente 50.000 processadores, em comparação com os 16 ou 24 dos notebooks mais poderosos. Consome 20 milhões de watts/h, em comparação com os 65 watts/h, aproximadamente, de um notebook. Custou US$ 600 milhões para ser construído.
A fome por mais poder computacional não termina. O Oak Ridge já está considerando a próxima geração de computadores. Estes teriam três a cinco vezes o poder computacional do Frontier. Mas surge um grande desafio: o enorme consumo energético. A energia que o Frontier consome, mesmo quando está ociosa, é suficiente para abastecer milhares de casas.
À medida que Oak Ridge constrói supercomputadores cada vez maiores, os engenheiros trabalharam para melhorar a eficiência das máquinas com inovações, incluindo um novo método de resfriamento. O Summit, o antecessor do Frontier que ainda funciona em Oak Ridge, gasta cerca de 10% do seu uso total de energia para se resfriar. Em comparação, 3% a 4% do consumo de energia da Frontier é para refrigeração. Essa melhoria veio do uso de água em temperatura ambiente para resfriar o supercomputador, em vez de água gelada, afirmou o chefe do Laboratório.
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