O escopo e a velocidade dos movimentos do presidente Trump para encolher o governo dos EUA, pressionar os aliados dos EUA e reorientar a economia global estão criando um efeito cascata que se estende das principais ruas americanas aos cantos mais distantes do mundo.
Trump e seu vice-chefe na reforma do governo, Elon Musk, agindo para desempoderar, por exemplo, a Agência de Ajuda Internacional do país — a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) — e outros programas federais, bem como para desfazer as políticas de mudança climática e DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) da Casa Branca anterior. Parte disso é consequência da qualidade intermitente dos esforços de Trump para agir com velocidade incomparável para colocar sua marca no governo — um congelamento radical nos gastos federais.
Para alguns americanos, Trump está cumprindo exatamente as promessas que fez durante a campanha de cortar gastos desnecessários e lutar contra o que eles veem como um "estado profundo" de burocratas obstruindo sua agenda.
No Brasil o atual presidente age em sentido inverso desde que foi retirado da prisão por uma maracutaia jurídica e nomeado presidente da República em outubro de 2022.
Não é por outra razão que muitos brasileiros, e esse número só aumenta, têm declarado que gostariam de ter um presidente como o Trump e seu respectivo vice-chefe na reforma do governo.
Aqui, Lula se dedica a atacar o governo anterior. Foi o que fez nesta quinta-feira (6), quando afirmou que Campos Neto armou uma “arapuca”.
“Tivemos um aumento do dólar porque tivemos um Banco Central totalmente irresponsável, que deixou uma ‘arapuca’ que não podemos desmontar de uma hora para outra”, disse Lula, falando sobre a alta dos preços dos alimentos em entrevista a rádios da Bahia.
Obviamente, o problema nunca foi Campos Neto, mas sim a política econômica do governo. Se há alguém armando uma verdadeira arapuca para a economia brasileira, é o próprio Lula.
É o que se constatou durante a retomada do circuito radiofônico de Lula nesta semana que é, sem dúvida, parte da estratégia para tentar estancar a queda de popularidade. Mas as primeiras entrevistas do ano mostram o presidente perdido ao avaliar a inflação, o problema que atualmente mais aflige a população. O assunto é destaque no editorial do jornal O Estado de S. Paulo. Conforme o veículo, a tática tem sido terceirizar responsabilidades, com argumentos que colocam o governo, por exemplo, como vítima da alta de preços, e não como um de seus principais causadores, numa narrativa absolutamente desconectada da realidade.
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