Antonio Fernando Pinheiro Pedro (*), advogado e jornalista, nos conta em dois artigos, o estado atual da crise em que se encontra o Brasil.
O primeiro alerta foi escrito há quase três anos (27/05/2020) - "O CAOS SEM NOVA ORDEM - E AGORA?", na íntegra acessível aqui.
Nele o subscritor disseca toda a metamorfose inquisitorial, urdida nos corredores do Supremo Tribunal Federal, primeiro para proteger a imagem de ministros da corte face matéria jornalística (15/04/2019)¹ que denunciava posturas pouco republicanas destes e, depois, para manejar o processo político e "conter" o governo Bolsonaro. Os pretextos declarados para os inquéritos 4.781/DF e 4.874/DF foram, respectivamente, reprimir a onda de fake news e combater "atos antidemocráticos" por "milícias digitais".
Inquéritos "Bom Brill" do STF viraram meio de coerção para salvar projeto totalitário contra o direito legítimo à livre manifestação e crítica no Brasil
Um poder sem controle |
E prossegue dizendo que "nela (crise) há uma nítida ausência de controle sobre o controlador. Uma falha constitucional que urge ser corrigida". E continua . . .
"A sanha revanchista se une ao intento totalitário.
A denúncia de se querer replicar no Brasil o narcopopulismo que enxovalha outros regimes canhestros latino-americanos, revela-se, a cada dia, real.
O caminho está traçado por uma leitura psicótica do "bloco histórico" gramisciano: cooptação, corrupção, judicialização e intimidação.
Por mais que a mídia amestrada acoberte, e o contexto policialesco iniba, a verdade expõe um complô totalitário contra a democracia - executado a pretexto de salvá-la.
Por óbvio, as primeiras vítimas são a liberdade de opinião, de expressão e a liberdade de imprensa.
Esse é o estado da arte da crise em que o país está mergulhado. E a consequência lamentável é a desmoralização das instituições.
A péssima extração da atual judicatura suprema foi capaz, infelizmente, de criar confusão entre direito, pretexto, opinião, expressão, integridade, vaidade ferida, atentado à ordem constiticional, interesses ideológicos, difamação e calúnia.
Definitivamente, essa sucessão de imprecisões e teratologias procedimentais, posiciona a cúpula do Judiciário Nacional a serviço do mal... aplaudida por uma platéia de enlameados."
Este segundo artigo também é longo, mas como no primeiro, recomendamos sua leitura integral, cujo acesso está disponível através deste link.
¹ Alexandre de Moraes em 15/04/2019: "Determino que o site 'O Antagonista' e a revista 'Crusoé' retirem, imediatamente, dos respectivos ambientes virtuais a matéria intitulada 'O amigo do amigo de meu pai' e todas as postagens subsequentes que tratem sobre o assunto, sob pena de multa diária de R$ 100.000,00 (cem mil reais), cujo prazo será contado a partir da intimação dos responsáveis. A Polícia Federal deverá intimar os responsáveis pelo site 'O Antagonista' e pela Revista 'Crusoé' para que prestem depoimentos no prazo de 72 horas", diz a decisão.
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