Para fomentar a guerra, cortinas de fumaça se formam em Brasília e inundam as manchetes da velha imprensa.
Os roteiros contam com a parceria da Polícia Federal para prender supostos envolvidos e apreender dezenas de celulares e computadores. Depois, surgem acusações de que essas pessoas preparavam uma trama cinematográfica, com envenenamento, sequestro, explosões e enforcamento de autoridades em praça pública — o que tampouco aconteceu.
Silvio também assinala que depois de dois anos, não foi encontrada uma prova de que Jair Bolsonaro estava por trás de uma conspiração para seguir no poder.
É a primeira vez desde a redemocratização que um presidente eleito enfrenta uma situação desse tipo.
Seguem as transcrições das falas recentes dos ministros sobre o homem que se suicidou com fogos de artifício em frente ao Supremo.
1. “É um contexto que se iniciou lá atrás, quando o famoso ‘gabinete do ódio’ começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF principalmente, contra a autonomia do Judiciário e contra os ministros e familiares de cada um.” (Alexandre de Moraes)
2. “Muito embora o extremismo e a intolerância tenham atingido o paroxismo em 8 de janeiro de 2023, a ideologia rasteira que inspirou a tentativa de golpe de Estado não surgiu subitamente (...) O discurso de ódio, o fanatismo político e a indústria de desinformação foram largamente estimulados pelo governo anterior.” (Gilmar Mendes)
3. “Algumas pessoas foram da indignação à pena, procurando naturalizar o absurdo. Não veem que dão um incentivo para que o mesmo tipo de comportamento ocorra outras vezes. Querem perdoar sem antes sequer condenar.” (Luís Roberto Barroso)
4. “O ataque não é ao edifício do STF. O ataque é contra a legalidade, contra a Constituição. Ontem, um cidadão disse: ‘Minha solidariedade, eu sou de direita’. Eu disse: ‘E daí? O senhor tem mão esquerda e perna esquerda, o senhor é algo a mais do que uma posição política partidária’.” (Flávio Dino)
No mesmo dia, Jair Bolsonaro deu declarações completamente opostas e usou a palavra “pacificação” depois da tragédia. Ele escreveu no X:
“As instituições têm papel fundamental na construção desse diálogo e desse ambiente de união. Por isso, apelo a todas as correntes políticas e aos líderes das instituições nacionais para que, neste momento de tragédia, deem os passos necessários para avançar na pacificação nacional. Quem vai ganhar com isso não será um ou outro partido, líder ou facção política. Vai ser o Brasil".
Sobre o mesmo tema, o senador Gal Hamilton Mourão, direto da tribuna do Senado, convocou a sociedade brasileira para se unir e lutar contra os desmandos judiciários que o STF vem cometendo contra a democracia brasileira. Confira no vídeo abaixo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário