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06 janeiro 2024

Brasil tem exportações recordes de commodities em 2023

As exportações de commodities deram impulso importante para o resultado recorde do superávit comercial brasileiro em 2023, com quase US$ 100 bilhões

Embora distantes do governo (lula o critica, Bolsonaro o apoia) o agronegócio mais uma vez não decepcionou e salvou a balança comercial brasileira  gerando um expressivo superávit.

Em 2023, as exportações de soja, principal produto de exportação do Brasil, confirmaram recorde, somando de 101,9 milhões de toneladas, alta de 29,4%, com receitas de 53,2 bilhões de dólares (+14,4). Na imagem abaixo os resultados de dezembro de 2023 e sua comparação com os de 2022. 

Os embarques de petróleo brasileiro em 2023 totalizaram um recorde de 81,8 milhões de toneladas, em linha com o avanço da produção do Brasil no pré-sal, com crescimento de 19,1%. O faturamento com as vendas externas do produto somou 42,5 bilhões de dólares, praticamente estável ante 2022.

Em 2023, os embarques de minério de ferro do Brasil alcançaram 378,5 milhões de toneladas, alta anual de 10% e o maior patamar desde as 389,8 milhões de toneladas registradas em 2018, antes do desastre com uma barragem da Vale em Brumadinho (MG), em 2019, o que impactou a produção da mineradora.

No ano passado, o Brasil exportou 31,4 milhões de toneladas de açúcar, um novo recorde com alta de 15% ante 2022, apagando máxima histórica registrada em 2020.

As exportações de milho confirmaram um recorde anual de 55,9 milhões de toneladas, com alta de 29,4%, enquanto os embarques de carnes bovina e de aves, notadamente frango, tiveram máximas histórias em volumes também em 2023.

No caso da carne bovina, o setor superou 2 milhões de toneladas pela primeira vez em um ano, ainda que o faturamento tenha ficado 19,6% abaixo do ano passado. Nas aves, os embarques somaram cerca de 4,8 milhões de toneladas, com alta de 8,4%.

No farelo de soja, a exportação atingiu 23,3 milhões de toneladas, avanço anual de 11%.

No café verde, o Brasil o desempenho anual ficou aquém de anos anteriores. Mas o país embarcou 243,56 mil toneladas em dezembro, o equivalente a mais de 4 milhões de sacas de 60 kg, total próximo do resultado de outubro, quando foi visto o maior patamar de exportações dessa commodity em quase três anos.

O crescimento das exportações de café brasileiro para a China


Novos produtos emergem nas relações com o agro. O Brasil triplicou suas exportações de café para a China com a onda das cafeterias. Em 2023, o volume foi mais de dez vezes maior na comparação com 2017.

Uma das principais razões para esse crescimento se deve ao foto de que o café ganhou/ganha espaço entre jovens chineses e desloca o consumo do chá. A China superou os Estados Unidos como o país com maior número de cafeterias de marca do mundo: cerca de 50 mil pontos de venda.

Se olharmos para os números globais do comércio entre os dois países, iremos encontrar que em 2021 o Brasil assumiu a posição de maior receptor de investimentos chineses do mundo. O valor alcançou US$ 5,9 bilhões. 

Em 2022, empresas chinesas iniciaram 32 novos projetos no Brasil, o maior valor registrado na históriaO setor elétrico respondeu por 50% dos empreendimentos chineses, seguido pelas áreas de tecnologia da informação (25%), veículos automotores (6%), obras de infraestrutura (6%), agricultura e serviços relacionados (6%), têxteis (3%) e materiais médico-odontológicos (3%).

Das exportações brasileiras, mais de 30% vão para a China. Em três anos, o país se tornou o maior importador de milho do Brasil (11 milhões de toneladas). Desde 2022, o Ministério da Agricultura habilitou mais de 500 empresas para exportarem milho à China. A China é o maior importador de soja (70% das exportações) e de carne bovina (67% em 2022).

Dados como esses ensinam sobre como aceitar diferentes culturas e visões de mundo, o benefício da tolerância às nações e ao desenvolvimento humano, o convívio com o opositor, e não seu extermínio. 

Graças ao agro, o saldo comercial brasileiro é positivo.