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Mostrando postagens com marcador Fidel Castro. Mostrar todas as postagens
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10 fevereiro 2022

MUITO ALÉM DO DIREITO

Já li em textos de alguns autores, que com o fim da União Soviética, acabaram-se as ideologias políticas e que elas se desmembraram em ideologias identitárias sobre gênero, sexualidade, feminismo e racismo. 

Já os chineses não estão preocupados com essas questões, na medida em que o que acontece lá, em um formato aprendido com os russos, é uma ditadura que não dá espaço para essas discussões.

Os mesmos autores também afirmam que, no resto do mundo, isso tem acontecido muito nas universidades. Nelas ocorre uma verdadeira lavagem cerebral nos alunos, especialmente na área de humanas.

Contudo, aqui no Brasil, e em especial nas universidades, parece continuar havendo a predominância das ideologias políticas.

É o que reitera, por exemplo, o convite para a solenidade de formatura do curso de Direito da Universidade Federal de Goiás.  


Trata-se, portanto, de uma homenagem a Fidel Castro, ou melhor, aos seus crimes de torturas e assassinatos de milhares de cubanos, incluindo, a execução de seus mais valorosos e fiéis colaboradores, como foi o caso do fuzilamento, em praça pública, do general Arnaldo Ochoa, herói da Baía dos Porcos, da Revolução Sandinista na Nicarágua e da guerra  contra a África do Sul em Angola.

O líder cubano também se alicerçava sobre outro pilar - o da expansão do regime cubano na América Latina. O dinheiro originário do tráfico era uma forma de patrocinar partidos de esquerda e grupos guerrilheiros em todo essa região. Assim, por meio desse argumento, Fidel Castro celebrou a união do tráfico de drogas com os movimentos insurgentes do continente, criando o que se convencionou chamar de narcoguerrilha.

Em breve iremos saber mais sobre o narcotráfico em nosso continente, a partir das declarações, nos USA, dos operadores desertores/exilados venezuelanos, que agiam sob o comando de Chavez e Maduro e com ramificações em outros países da América do Sul, inclusive o Brasil. 

Três deles já são bem conhecidos: o guarda-costas, Leamsy Salazar, um capitão de corveta da Marinha venezuelana, que declarou às autoridades americanas ter presenciado, em 2013, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, despachar quatro lanchas de cocaína a partir de uma praia localizada na Península Paraguana, porção do território venezuelano que avança pelo Mar do Caribe e Hugo Armando Carvajal (El Pollo).

Indiciado por tráfico de drogas em 2011 por um procurador de Nova Iorque, "El Pollo" é acusado de envolvimento na importação de cocaína para os Estados Unidos, incluindo um carregamento de 5,6 toneladas transportado da Venezuela para o México em 2006. Poderá ser condenado a uma pena de entre dez anos de prisão e prisão perpétua nos Estados Unidos. O antigo general foi afastado do exército venezuelano por decisão do chefe de Estado, Nicolás Maduro, por ter reconhecido, no início de 2019, o opositor e Presidente autoproclamado Juan Guaidó. Carvajal fugiu então da Venezuela por mar até à República Dominicana e daí para Espanha. Em 03/12/2021, a justiça espanhola deu 'luz verde' à sua extradição para os Estados Unidos. Poderá ser condenado a uma pena entre dez anos de prisão a prisão perpétua nos Estados Unidos.

O Dossiê Carvajal é o maior pesadelo de Lula e dos partidos de esquerda do Brasil. Ouça aqui as razões apontadas para isto.

Em junho de 2015, Diosdado, visitou o Brasil a convite da maior indústria de carnes do país e principal fornecedora da Venezuela, a JBS Friboi. Ciceroneado pelo presidente do Conselho da companhia, Joesley Batista, Diosdado foi recebido duas vezes pelo descondenado Lula da Silva na sede do instituto que leva seu nome, em São Paulo.

10 julho 2021

NÃO FOI ATO FALHO, LULA FALOU O QUE SEMPRE DESEJOU PARA O BRASIL

"A ditadura chinesa é mais interessante do que a democracia no Brasil"

Em entrevista que concedeu à emissora chinesa Guancha (08/07/2021), o ex-presidiário Lula, desejoso de retomar o Planalto em 2022,  disse que os americanos interferiram na justiça brasileira para garantir a sua condenação. A motivação para isso seria o fato de que o PT estava construindo um “protagonismo internacional” para o Brasil. “Os americanos não aceitam em hipótese alguma que na América do Sul algum país tenha protagonismo” e os EUA “têm medo de perder a primazia de xerife do mundo”, ele acusou.

Lula resgatou os discursos utilizados por Fidel Castro ao longo de sua trajetória em Cuba, e que o ex-presidiário os aprendeu logo cedo, desde os seus tempos de líder sindicalista no ABC paulista. Posteriormente, Lula os renovou dias antes das eleições presidenciais de 1989, quando foi se aconselhar com o ditador cubano.

Na entrevista, Lula ainda enalteceu o “poder” e o “Estado forte” sob comando do Partido Comunista Chinês como algo a ser admirado. Para o petista, a ditadura chinesa é mais interessante do que a democracia no Brasil, onde foi possível instalar o “golpe” que depôs Dilma Rousseff.

O problema do lulopetismo – o mesmo que apoiou todos os tipos de tiranias mundo afora, “patrocinou” o bolivarianismo e defendeu a regulação da mídia - não se limita à questões que afligem o povo brasileiro. Ao contrário, estas chegam a ser acessórias diante de declarações como as que acabamos de conhecer.





07 julho 2021

AS ASPIRAÇÕES DE FIDEL CASTRO IAM ALÉM DO ÂMBITO LOCAL

Capa do livro "A vida secreta de Fidel: as revelações de seu guarda-costas pessoal", escrito por Juan Reinaldo Sánchez e Axel Gyldén, em tradução de Júlia da Rosa Simões. 
Sánchez viveu por 17 anos, 1977-94, na intimidade do "líder" como seu guarda-costas pessoal. Posteriormente, jogado na lata do lixo, foi preso, torturado e quase eliminado, cumpriu 2 anos de cadeia (1994-96). Em 2008, depois de 10 tentativas de fugas infrutíferas, conseguiu se evadir para os EUA. 
No último final de semana (4/jul), o presidente Jair Bolsonaro trouxe ao conhecimento público uma das práticas de chantagem muito utilizada em Cuba, e em todos os países comunistas também, sob o argumento de que parece que esse procedimento estar sendo utilizado atualmente no Brasil, para atender ao conhecido chantageador brasileiro - Daniel - que frequentou os "bancos escolares cubanos", recebendo o respectivo treinamento, durante os anos 1970-75.

Fidelidade ao conforto capitalista

O autor afirma que Fidel nunca renunciou ao conforto capitalista, nem escolheu viver com austeridade.

"Ao contrário do que sempre afirmou, Fidel nunca renunciou ao conforto capitalista, nem escolheu viver com austeridade. Seu modo de vida é exatamente o oposto, assemelha-se ao de um capitalista sem qualquer tipo de restrição. Nunca considerou ter que seguir seus discursos sobre o modo de vida austero próprio a todo bom revolucionário. Ele e Raúl nunca aplicaram a si mesmos os preceitos que recomendavam aos compatriotas."

Tráfico de drogas

"Entendi que o homem a quem eu sacrificava minha vida desde sempre, el líder que eu venerava como um deus e que, a meus olhos, era mais importante que minha própria família, estava envolvido no tráfico de cocaína a ponto de comandar operações ilegais como um verdadeiro mafioso. Aterrado, coloquei o fone no lugar e girei a chave para cortar o microfone no. 1, de repente sentido uma imensa solidão ...."

O caso Ochoa

Em seguida, o autor afirma que só tarde demais foi compreender que Fidel Castro utilizava as pessoas enquanto elas lhes fossem úteis, e depois as jogava no lixo sem o menor escrúpulo, sendo ele próprio uma das vítimas. Contudo, o caso mais emblemático nesse sentido é conhecido como o "caso Ochoa", ocorrido em julho de 1989, para esconder da população a liderança (ele próprio) do tráfico de drogas que ocorria na Ilha em larga escala.

"Essa espécie de "caso Dreyfus do castrismo" ficará como uma mancha indelével na história da Revolução Cubana. Após um processo stalinista televisionado, ainda vivo nas nossas memórias, usaram Arnaldo Ochoa, herói da nação e general mais respeitado da Ilha, para dar exemplo e o condenaram e fuzilaram por tráfico de drogas ao lado de três outros membros da mais alta hierarquia militar. Ora, pertencendo ao circulo mais íntimo do poder, eu sabia muito bem que esse tráfico, destinado a arrecadar divisas para financiar a Revolução, tinha sido organizado com o aval do Comandante, que portanto estava diretamente ligado ao "caso". Para melhor se proteger, Fidel Castro não hesitara em sacrificar o mais valoroso e fiel de seus generais, Arnaldo Ochoa, herói da Baía dos Porcos, da Revolução Sandinista na Nicarágua e da guerra  contra a África do Sul em Angola.

As aspirações de Fidel iam além do âmbito local

"As aspirações do líder máximo iam muito além do âmbito local, inscritas num projeto continental, ou planetário, no centro da Guerra Fria. As ambições de Fidel não se limitava a Cuba. Castro queria exportar sua revolução para todo o mundo, a começar pelo continente latino-americano, onde queria criar "um, dois, três Vietnã", segundo a teoria castrista do foco, ou foquismo."

"Popularizada por Ernesto Che Guevara, essa doutrina afirmava que multiplicando os focos de insurreição rural, esses primeiros pontos se propagariam como um incêndio até as grandes cidades, e depois para o país como um todo. Em 1967, o francês Régis Debray desenvolveu essa idéia em Revolução na revolução, livro de sucesso fenomenal. Foi esquecido, nos meios universitários dos cinco continentes esse best-seller se tornou uma obra de referência para todos os movimentos de guerrilha e seus futuros combatentes, tanto na América Latina quanto na África e no Oriente Médio."

Repercussões no Brasil. Relatório do Arquivo Público do Estado do Rio mostra que esquerdistas buscaram ajuda militar na ilha antes da revolução de de 31/03/1964

Até agora, os historiadores acreditaram que o suporte do regime nascido com a Revolução Cubana de 1959 a esquerdistas brasileiros começou durante o governo João Goulart (61-64), intensificando-se após o movimento militar de 64. Na verdade, o apoio veio de antes.

Em maio de 1961, o dirigente do PCB (Partido Comunista Brasileiro) Jover Telles escreveu quatro páginas intituladas "Relatório à Comissão Executiva sobre minhas atividades em Cuba".

No documento, endereçado ao núcleo supremo do CC (Comitê Central) do partido, ele detalhou o dia-a-dia da sua missão. Telles chegou a Havana em 30 de abril de 1961. Deixou a cidade em 23 de maio. No item 12 do relatório, Telles escreveu: "Curso político-militar: levantei a questão. Estão dispostos a fazer. Mandar nomes, biografia e aguardar a ordem de embarque".

Na mesma época, o líder das Ligas Camponesas, Francisco Julião (1915-99), estava em Havana tratando do apoio cubano à luta armada. No item 13, Telles contou que "Julião começou a falar em pedido de armas etc. (...) Dei opinião contrária, por dois motivos: a) poderia ser o pretexto para uma grande provocação e para o rompimento de Jânio com Cuba; b) o assunto não estava em boas mãos. Que discutissem o assunto com Prestes (Luís Carlos Prestes, secretário-geral do PCB), quando lá fosse".

Em maio de 1961, também estava em Cuba, conforme o relato de Jover Telles, um dos precursores da guerrilha socialista no Brasil, Clodomir dos Santos Morais, advogado que comandava um grupo de líderes das Ligas Camponesas e pregava -sem sucesso- a adesão do PCB à luta armada. Acabou expulso do partido.

O fundamental da narrativa de Jover Telles é a concordância dos cubanos em promover cursos militares. Embora inédita, essa não é uma informação de todo surpreendente.

"Desde o início (1959) os cubanos estavam convictos de que a luta armada era o caminho da revolução", diz o historiador Jacob Gorender, 78, que em 1961 era membro do CC do PCB. "Para mim, porém, o relatório é novidade. Deve ter circulado por poucas pessoas."

A fortuna do Comandante

"Fidel Castro é rico? Tem uma fortuna escondida? Dispões de uma conta secreta num paraíso fiscal? Está cheio de ouro? Ouvi perguntas como essas inúmeras vezes. Em 2006, a revista americana Forbes tentou responder a elas publicando um artigo sobre as fortunas dos reis, das rainhas e ditadores do planeta. A de Fidel apareceria entre as dez primeiras, ao lado da de Elizabeth  II, do príncipe Alberto de Mônaco e do ditador  guinéu-equatoriano Teodoro Obiang. A cifra de 900 milhões de dólares foi sugerida a partir de uma extrapolação: a revista atribuiu a Fidel Castro uma parte da receita de empresas criadas e controladas pelo Comandante (Corporate Cimex, El Centro de Convenciones e Medicuba), nas quais parentes e amigos geriam por ele o dinheiro. Baseando nos testemunhos de vários altos funcionários cubanos que tinham desertado, a revista afirmou que Fidel desviava e utilizava uma parte importante da riqueza nacional a seu bel-prazer. Não é mentira. 

Ninguém nunca terá condições de avaliar com precisão a fortuna do Comandante. Para chegar mais perto da verdade, porém, é preciso entender a realidade cubana, partindo do fato de que Fidel Castro reina como um monarca absoluto de 11 milhões de habitantes. Em Cuba, ele é a única pessoa que pode dispor de qualquer coisa, apropriar-se dela, vendê-la ou doá-la", disse o autor. 

Conclusão 

Nos parece que esta última lição também foi fielmente aprendida pelo aluno Daniel. Com outros nomes, tivemos aqui no Brasil, pelo menos, o mensalão e o petrolão, as mais conhecidas.


PS.:  Saiba o que quer Bolsonaro ao revelar quem é o chantageado e quem é Daniel aqui neste vídeo do Polibio Braga https://youtu.be/IKAgezhm8EI