A semana que está se encerrando tem mostrado a realidade de um embate político travado entre o senador Sergio Moro e o ex-presidiário Lula, atualmente ocupando a chefia do Palácio do Planalto.
A própria velha imprensa militante, o consórcio de imprensa que fez o L, dá como vencedor do embate o Sergio Moro.
Contudo, e mais importante do que o próprio resultado, é o que o referido embate mostra aos brasileiros, ou seja, o nível de ridicularização dirigido à diversas autoridades e, também, o próprio Lula. Um tiro no pé - utilizando-se o vocabulário do William Waack. Para piorar, está se ridicularizando o posto da mais alta autoridade do País, o de CHEFE DO ESTADO BRASILEIRO. No vídeo, Waack responsabiliza o Lula por tal carimbo, o que não deixa de ser verdade.
Entretanto, o buraco é mais embaixo, e para chegarmos ao fundo do poço, sua imensa profundidade deve ser atribuída ao STF, decorrente da sua decisão e atuação permanente para colocar um condenado - em três instâncias, a quase trinta anos de prisão - na Presidência da República, tendo para isto que rasgar a própria Lei Maior do País e as legislações inferiores.
Dificilmente iremos encontrar fato semelhante em democracias com letras maiúsculas. Só mesmo em algumas democracias trans e/ou ditaduras como a que já se anuncia existir no Brasil.
Durante a última semana a discussão sobre a candidatura de Sergio Moro à presidência da República ganhou as redes sociais. Tal exposição, incluindo as mensagens postadas pelo próprio Moro e por seus aliados não modificaram a posição do fiel da balança. Não foram capazes de revertê-la. Ao contrário, o prato onde estão colocadas as informações que o desabonam para o exercício do cargo de presidente tornou-se mais pesado. Tirá-las desse prato não será tarefa fácil, impossível digamos assim.
Neste domingo (12) esse prato da balança baixou, afundou ainda mais após a divulgação de um vídeo produzido e divulgado no Youtube do Kim Paim. Veja-o com atenção.
Nas redes sociais
Estamos no meio de uma crise mundial, uma mudança de stablishment global, onde só um completo alienado não percebeu que o foco principal é tirar a liberdade dos cidadãos. Estamos no meio de uma pandemia, onde as violações aos direitos básicos dos cidadãos são uma constante. Estamos falando sobre medidas restritivas como "passaportes especiais" para imunizados. Literalmente, estamos criando "castas" sociais que dividem a sociedade entre "obedientes" e "rebeldes".
E estamos discutindo a candidatura de alguém que, enquanto Ministro da Justiça, NADA FEZ ao ver cidadãos sendo algemados, agredidos e humilhados por estarem nas ruas. Um homem que foi OMISSO quando governadores e prefeitos usaram a força do Estado para TIRAR O PÃO dos brasileiros.
Moro foi o ministro que, ao ser cobrado por sua omissão, tentou derrubar um governo, no meio de uma crise sanitária, só pra satisfazer sua vaidade. Um ministro que revelou o video de uma reunião ministerial, para provar um crime do Presidente, e só provou que não aguentou nem um merecido esporro por sua incompetência.
Chega a ser piada dizer que o ex-juíz vai "combater o sistema". Ele É DO SISTEMA! Hoje, mais do que nunca, já ficaram claras as intenções do circo midiático que ele transformou a "Lava-Jato". E é óbvio que não foi para beneficiar Bolsonaro.
Seu único "feito" foi ser "O homem que prendeu o Lula". Mas até isso, graças à sua vaidade, já se perdeu. A sua "biografia", pela qual tanto diz zelar, não passa de uma caixa cujas cartas rapidamente estão caindo e não são de prata como mostrou o vídeo acima.
Não surpreende ninguém esse discurso de "terceira via". A terceira via é a que está no poder, oras. A Nova República só teve duas vias, que levavam ao mesmo destino, e Moro, desde sempre, faz parte de uma delas. Sua candidatura representa o mesmo que a de Alckmin em 2018. É tão "novidade" quanto Dória ou Álvaro Dias.
Por que? Simples! Porque ele SABE que não ganha. O objetivo da sua candidatura "de aluguel" é AGRADAR O SISTEMA e desgastar a imagem do atual Presidente, em troca de um cargo de evidência em um outro governo.
Durante sua tradicional live desta quinta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu à acusação feita pelo ex-ministro do governo Sergio Moro (Podemos), na qual afirmou que o mandatário comemorou ao saber que Lula foi solto, em 2019.
“Um assunto que eu não queria tocar aqui porque mexe com ex-ministro, mas esse cara está mentindo descaradamente. E o cara quer ser candidato. É um direito dele. E em vez de ele mostrar o que ele fez [durante o governo], ele fica só apontando dedo para os outros e mentindo. É o caso do Sergio Moro aqui”, disse o presidente.
“A última notícia dele é: ‘Bolsonaro comemorou quando Lula foi solto, diz Moro’. E no vídeo ele fala ‘ouvi dizer’. É um papel de palhaço, um cara sem caráter. Está se comportando como jornalista da Folha de S.Paulo ou do Antagonista. Aprendeu rápido, hein, Sergio Moro? Aprendeu rápido com a velha política. Pelo amor de Deus, cara. Falta de caráter. Saiu pelo governo pelas portas dos fundos, traindo a gente…”.
Reproduzo abaixo, fazendo a opção por um anônimo que escreveu o seguinte poema, o que já fiz em outras ocasiões, quando leio/escuto pronunciamentos do ex juiz Sergio Moro:
Uma Lágrima por Moro (na companhia de Drummond)
AUTOR: anônimo
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu.
A toga rasgou,
você não é mais juiz,
nem ministério você tem.
E agora?
Você que era gigante,
amado do povo,
admirado pelo mundo.
E agora, José Moro?
Andavas na rua,
era abraçado,
selfies a mil.
Era celebridade,
sujeito ilustre,
um dignitário.
E agora?
A fama acabou,
o dinheiro entrou(?),
mas a honra se foi.
Virou um bordão,
na moral um anão,
agora está só.
O povo lhe amava,
ao vê-lo chorava,
gritava Môôro.
Agora acabou,
você faleceu,
um judas nasceu,
a honra se foi.
E agora, José?
Sem a luz do palco,
sem o brilho de outrora,
o que vai fazer?
A esquerda lhe odeia,
a direita lhe despreza,
pra onde fugir?
Você tinha gloria,
cargo e fama,
mas virou um traíra.
Por quê você fez isso,
tomou alguma,
ou cheirou o que não devia?
Você era herói,
agora nos dói vê-lo contando lorotas,
fazendo fofocas,
perdido pela ambição.
Você tinha tudo,
era sortudo,
o nosso guerreiro.
Mas em plena pandemia,
união se pedia,
e olha o que você fez?
A mosca azul lhe infectou,
ou virou um robô,
pra Globo e pro Dória?
Pobre de você,
Moro José, você acabou.
É coisa pra chorar,
mas somente uma lágrima vou deixar,
sobre seu caixão moral.
Que pena, Moro.
Nós brasileiros vestimos nosso herói,
mas ao acordarmos vimos que o nosso rei estava nu.
Sergio Moro discursou por quase uma hora, hoje pela manhã, por ocasião de sua filiação ao partido Podemos e o seu desejo de se candidatar a Presidente da República nas próximas eleições.
Agora há pouco, Moro publicou em seu Twitter a mensagem ao lado, na qual afirma que seria até um Davi contra Golias em uma luta pelo Brasil.
Ora, a verdade é que falta muita coragem para tal luta. Por exemplo, não deu para deixar de se notar em seu discurso a ausência de referências ao STF. Moro não fez qualquer menção àqueles que, hoje, compõem um importante grupo político e que, embriagados de poder, não têm pudor algum em legislar e interferir no Executivo, como o ator principal da ditadura judicial hoje vigente no País e que anulou todas as suas decisões na Lava Jato por considerá-lo suspeito.
Moro novamente falhou
O ex-juiz fez promessas para implementação de uma educação de qualidade, com base em “inovação” e “sociedade inclusiva” e, ao falar sobre economia, demonstrou uma profunda ignorância quanto às leis que regem o livre mercado. Até mesmo quando falou sobre acabar com o Foro Privilegiado, inclusive para Presidente da República, Moro errou.
O Super Moro também falou sobre pobreza, saúde pública, meio ambiente, estradas esburacadas, juros e corrupção – não há área de atuação para a qual Moro não tenha uma solução rápida, simples e eficiente.
Já no finalzinho do seu discurso falou: “Eu sempre vou fazer a coisa certa”.
Não acredito, digo eu. Não há lastro em seu discurso ou em outras variáveis que atestem isso. Faço, portanto, a opção por um anônimo que escreveu o seguinte poema:
Uma Lágrima por Moro (na companhia de Drummond)
AUTOR: anônimo
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu.
A toga rasgou,
você não é mais juiz,
nem ministério você tem.
E agora?
Você que era gigante,
amado do povo,
admirado pelo mundo.
E agora, José Moro?
Andavas na rua,
era abraçado,
selfies a mil.
Era celebridade,
sujeito ilustre,
um dignitário.
E agora?
A fama acabou,
o dinheiro entrou(?),
mas a honra se foi.
Virou um bordão,
na moral um anão,
agora está só.
O povo lhe amava,
ao vê-lo chorava,
gritava Môôro.
Agora acabou,
você faleceu,
um judas nasceu,
a honra se foi.
E agora, José?
Sem a luz do palco,
sem o brilho de outrora,
o que vai fazer?
A esquerda lhe odeia,
a direita lhe despreza,
pra onde fugir?
Você tinha gloria,
cargo e fama,
mas virou um traíra.
Por quê você fez isso,
tomou alguma,
ou cheirou o que não devia?
Você era herói,
agora nos dói vê-lo contando lorotas,
fazendo fofocas,
perdido pela ambição.
Você tinha tudo,
era sortudo,
o nosso guerreiro.
Mas em plena pandemia,
união se pedia,
e olha o que você fez?
A mosca azul lhe infectou,
ou virou um robô,
pra Globo e pro Dória?
Pobre de você,
Moro José, você acabou.
É coisa pra chorar,
mas somente uma lágrima vou deixar,
sobre seu caixão moral.
Que pena, Moro.
Nós brasileiros vestimos nosso herói,
mas ao acordarmos vimos que o nosso rei estava nu.